1 . MESTRADO EM TURISMO E HOTELARIA O Processo de Logística integrada nos Hotéis de Selva na cidade de Manaus Wanderley de Oliveira Pires Balneário Camboriú - SC Outubro/2012 2 Wanderley de Oliveira Pires O Processo de Logística integrada nos Hotéis de Selva na cidade de Manaus. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Acadêmico em Turismo e Hotelaria da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Profª. Drª. Sara Joana Gadotti dos Anjos. Balneário Camboriú - SC Outubro/2012 3 4 Dedico este trabalho aos meus pais, Jacy de Mello Pires e Carmelinda de Oliveira Pires, por terem me criado educado e transformado na pessoa que sou até hoje. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta caminhada. Agradeço a minha esposa Rosa Pires, que de forma especial e carinhosa me deu força e coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades, quero agradecer, também, aos meus filhos Victor, William e Wagner Pires, que embora não tivessem conhecimento disto, mas iluminaram de maneira especial os meus pensamentos me levando a buscar mais conhecimentos. E não deixando de agradecer de forma grata e grandiosa meus pais, Jacy Pires e Carmelinda Pires, a quem eu rogo todas as noites mesmo não estando conosco neste plano, mas estão comigo espiritualmente me acompanhando nesta jornada. Aos meus amigos Fernando Fontes e Leandro Pantoja que me apoiaram incessantemente na elaboração deste trabalho. Aos professores Sara dos Anjos e Francisco dos Anjos pela paciência na orientação e amizade construida durante este tempo. À professora Doris Ruschmann coordenadora do curso, pelo convívio, pelo apoio, pela compreensão e pela amizade. A todos os professores do curso de mestrado, que foram tão importantes na minha vida acadêmica e no desenvolvimento desta dissertação. Aos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio constantes. 6 CONFIE SEMPRE Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo, crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia. Chico Xavier 7 RESUMO A Amazônia se constitui em um grande potencial turístico mundialmente conhecido e explorado por empreendedores que investiram em hotéis de selva no meio da floresta amazônica. Tem-se, contudo um grande desafio o gerenciamento da cadeia de valor integrada á logística, onde busca-se manter harmonia entre as atividades hoteleiras e a floresta. O presente estudo buscou analisar as contribuições da logística integrada na gestão dos hotéis de selva em Manaus. Nesta pesquisa o estudo realizado esta caracterizado com uma abordagem qualitativa cujo objeto foi três hotéis de selva na cidade de Manaus. Foram adotadas ferramentas de coleta de dados secundários como: observação direta e entrevistas semiestruturadas, com o objetivo de compreender a dinâmica da cadeia de valor aplicada á logística integrada. Como contribuição ao estudo se identificou que a cadeia de valor somente funciona perfeitamente se integrada ás ferramentas de um sistema que permita de forma distinta e ágil realizar as atividades e solucionar os problemas de cada hotel de selva. Palavras - chave: Hotelaria, logística Integrada, Cadeia de Valor, turismo 8 ABSTRACT The Amazon is a region with high tourism potential, known worldwide and explored by entrepreneurs, who invest in jungle lodge-style hotels in the Amazon rainforest. However, managing the value chain integrated with logistics is a great challenge, in which the aim is to maintain harmony between the hotel activities and the surrounding forest. This project analyzes the contributions of integrated logistics in the management of jungle lodges near Manaus. This characteristic was explored using a qualitative approach, taking as its object three jungle lodges near the city of Manaus. Tools of secondary data collection were adopted, including: direct observation and semistructured interviews, in order to understand the dynamic of the value chain applied to integrated logistics. As a contribution to the study, it was identified that the value chain only works perfectly when it is integrated with the tools of a system that enables the activities to be carried out, and the problems of each jungle lodge to be solved in an efficient and clear way. Keywords: Hospitality, Integrated logistics, Value Chain, tourism 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Supply Chain....................................................................................32 Figura 2.Cadeia de Valores e Logística Integrada.......................................34 Figura 3 Logística Integrada..........................................................................36 Figura 4 Milk Run dos Hotéis.........................................................................37 Figura 5 Milk Run............................................................................................39 Figura 6 Estrutura Organizacional e Cadeia de Valor.................................41 Figura 7 Ambiente de um Sistema................................................................66 Figura 8 Os cinco Componentes de um sistema de informação...............67 Figura 9 Componentes de um sistema de informação...............................74 Figura 10 Resumo da Metodologia...............................................................86 Figura 11 Levantamento da Pesquisa por tema..........................................88 Figura 12 Região metropolitana....................................................................91 10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Ocupação por categoria de Associados......................................29 Quadro 2 Classificação ABIH.........................................................................29 Quadro 3 Autores de livros Publicados........................................................89 Quadro 4 Localização dos Hotéis de Selva..................................................91 Quadro 5 Procedimentos de Coleta de Dados.............................................94 Quadro 6 Entrevistados..................................................................................95 Quadro 7 Atividades de apoio da cadeia de valor dos hotéis .................104 Quadro 8 Identificação da rede de valor dos hotéis de selva...................114 Quadro 9 Atividades primárias da cadeia logística dos hotéis de selva124 Quadro 10 Fluxo informacional dos hotéis de selva.................................128 11 LISTA DE SIGLAS Associação Brasileira da Indústria de Hotéis- ABIH Banco Interamericano de Desenvolvimento- BID Gerenciamento da cadeia de Suprimentos- GCS Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE Instituto Brasileiro de Turismo- EMBRATUR Instituição de Ensino Superior- IES Ministério do Turismo- MTUR Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais- NEAPL Organização Mundial de Turismo- OMT Programa de Ecoturismo para Amazônia Legal- POECOTUR Região Metropolitana de Manaus- RMM Secretaria de Estado de Turismo- AMAZONASTUR Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas- SEBRAE Sistema de Informação- SI Sistemas de Informação Gerencial- MIS Sistemas de Apoio a Decisão- DSS Sistema de Informação Executivo- EIS Supply Chain Management- SCM Universidade Federal do Amazonas- UFAM 12 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO......................................................................................................15 1.1CONTEXTUALIZAÇÃO......................................................................................15 1.2 RELEVÂNCIA DA PESQUISA..........................................................................17 1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA..................................................19 1.4OBJETIVOS.......................................................................................................19 1.4.1 Objetivo geral.............................................................................................19 1.4.2 Objetivos específicos................................................................................19 1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO...................................................................19 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................21 2.1 HOTELARIA.....................................................................................................21 2.1.1 Classificação dos Hotéis............................................................................24 2.1.2 Localização dos Hotéis..............................................................................25 2.1.3 Hotéis de Selva...........................................................................................27 2.1.4 Classificação dos Hotéis ABIH-AM...........................................................28 2.2 LOGÍSTICA......................................................................................................30 2.2.1 O gerenciamento da cadeia de suprimento – Supply Chain Management SCM.......................................................................................................................31 2.2.2 O que é Supply Chain ou Cadeia de Logística integrada.......................34 2.3 CADEIA DE VALOR........................................................................................39 2.3.2 A tecnologia e a cadeia de valor...............................................................53 2.4 TURISMO E A LOGÍSTICA............................................................................54 13 2.4.1 Uma visão sobre Turismo, qualidade, indústria do turismo e Logística do turismo.............................................................................................................55 2.4.2 Logística e a Logística do Turismo...........................................................60 2.4.2.1 Logística do turismo...................................................................................60 2.5 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO...................................65 2.5.1 Recursos dos sistemas de informação.....................................................68 2.5.2 Tipos de sistemas de informação .............................................................76 2.5.3 A cadeia de Valor e os sistemas de informação estratégicos................80 3 METODOLOGIA..................................................................................................83 3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................84 3.2 O PROCESSO DE PESQUISA........................................................................86 3.3 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES.......................................................87 3.4 OBJETIVO DO ESTUDO E SUJEITO DA PESQUISA...................................90 3.5 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS...............................................92 3.6 ANÁLISE DE INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.............................................96 4 RESULTADOS....................................................................................................97 4.1 APRESENTAÇÃO DOS HOTÉIS ...................................................................97 4.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS............................................101 4.2.1 Identificação da cadeia de valor dos hotéis de selva............................101 4.2.1.1 Atividades de apoio de cadeia de valor...................................................102 4.2.1.1.1 Infraestrutura.........................................................................................104 4.2.1.1.2 Recursos Humanos...............................................................................107 4.2.1.1.3 Administrativo........................................................................................108 4.2.1.1.4 Tecnologia da Informação ...................................................................109 14 4.2.2 Identificação da rede de valor..................................................................110 4.2.2.1 Logística Integrada...................................................................................115 4.2.2.2 Fornecedores............................................................................................116 4.2.2.2.1 Distribuidor, Atacadistas e Varejistas....................................................117 4.3. ANÁLISE DOS RESULTADOS E MAPEAMENTO DA CADEIA DE VALOR DOS HOTEIS DE SELVA.....................................................................................118 4.3.2 Análise das atividades de apoio da cadeia de valor dos hotéis de selva.....................................................................................................................119 4.3.3 Análise das atividades primarias da cadeia de valor dos hotéis de selva.....................................................................................................................122 4.4 ANÁLISE DA DESCRIÇÃO DA REDE DE VALOR DOS HOTÉIS DE SELVA..................................................................................................................126 4.5 ANÁLISE E IDENTIFICACAO DO FLUXO INFORMACIONAL DA CADEIA DE VALOR DOS HOTEIS DE SELVA........................................................................127 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................132 REFERÊNCIAS....................................................................................................135 APÊNDICE...........................................................................................................140 ANEXO.................................................................................................................144 15 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como ênfase discorrer sobre a logística integrada em um processo evolutivo, no qual as organizações de Hotel de Selva se preocupam mais em conquistar novos clientes, do que lançar esforços em prolongar a permanência dos mesmos. As exigências dos clientes vêm aumentando a cada dia, com isso requer das organizações planejamento dinâmico em longo prazo, de forma a criar valor ao cliente. O segmento Turístico e de Hotel de Selva é, portanto, uma atividade essencial para crescimento econômico do Turismo em algumas regiões, colaborando direta e indiretamente, as comunidades vizinhas no entorno dos hotéis de selva, colocando-se como elo constante nas atividades da região. 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO Normalmente o impacto econômico que o turismo exerce em algumas regiões está relacionado às riquezas que a região possui, transformadas em produtos turísticos dentro das necessidades primárias e secundárias dos visitantes, com isso cria atividades remuneradas que ajudam a desenvolver a região e a sociedade com um efeito multiplicador. A Amazônia tem uma das maiores biodiversidades do mundo, e também um dos maiores símbolos da ecológica mundial, com uma expressiva fauna e flora, onde se destacam pela sua beleza exótica, formam o cenário ideal para o desenvolvimento do Turismo de Natureza. Por este motivo Manaus capital do estado do Amazonas encravada no meio da floresta, desenvolve atividades eco turísticas. Dados da Organização Mundial de Turismo – OMT - indicam que a atividade eco turística movimentou, o correspondente a 20% do movimento total com turismo. 16 No Brasil, durante o mesmo período, os gastos com ecoturismo foram de apenas 3% dos R$ 2,5 bilhões gastos com a atividade turística no País, sendo a Amazônia e o Pantanal os lugares preferidos pelos visitantes. O mercado do ecoturismo no Estado do Amazonas vem crescendo a taxa de 6% ao ano, em resposta ao fortalecimento de alguns setores, como infraestrutura e de serviços, que aliados ao pioneirismo do Estado na prática dessa modalidade turística, levaram o Amazonas a ser eleito pelo Governo Federal como o Estado referência para o Ecoturismo no Brasil. Em 1997, o Estado recebeu cerca de 283.000 turistas, aqui vieram impulsionados pela natureza, negócios e convenções. Ao potencial natural do Amazonas, o Governo Federal por meio do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo criou, no final de 1995, o Grupo Técnico de Coordenação de Ecoturismo para a Amazônia Legal, que tendo os Governos dos Estados como membros, desenvolveram o Programa de Ecoturismo para a Amazônia Legal - PROECOTUR, que disponibilizará US$ 210 milhões para investimentos no setor, oriundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, dos quais US$ 100 milhões destinam-se à iniciativa privada. Abre-se, portanto, a possibilidade de investimentos promissores como: eco lodges (alojamento de floresta), ecos-resorts, operadoras de receptivo, agenciadoras de cruzeiros fluviais, pesca esportiva, safáris ecológicos e outros. Dados coletados no setor eco turístico do Amazonas contam com a seguinte infraestrutura: 16 hotéis de selva, 21 empresas de cruzeiros fluviais, 06 empresas de pesca esportiva e 23 agências de receptivo especializadas (NEAPL-AMAZONAS, 2009). Para entender melhor do espaço turístico, é necessário identificar o mercado. Mercado é um espaço construído especificamente para que as pessoas possam trocar bens por uma unidade monetária ou por outros bens, pode-se, também, esta relacionada, a um ao conjunto de consumidores potenciais do produto ou serviço oferecido por determinada empresa. A segmentação do mercado consiste num processo do qual o mercado é dividido em grupos de produtos ou serviços. 17 O mercado turístico está afixado na quantidade de consumidores direcionado a quantidade de produtos oferecidos, ou seja, a quantidade de turistas pelas quantidades de produtos oferecidos pelas empresas de turismo. Sendo assim, o mercado depende da demanda e da oferta (IGNARA, 2003). Valente e Cury (2004) relata que historicamente, o desenvolvimento do conceito de turismo está muito relacionada à questão do deslocamento, uma vez que, por definição, implica em um ‘’movimento’’ para fora do lugar de residência habitual e, consequentemente, muito próxima a própria realidade dos transportes. Desta forma, nascem algumas necessidades de se colocar em prática a logística. 1.2 RELEVÂNCIA DA PESQUISA Hoje, o centro das atenções, está voltado para os clientes e a expectativa criada entre cliente e serviço oferecido está muito grande. Porém, se atingido um desempenho satisfatório, conseguirá índices elevados, principalmente se ultrapassar as expectativas, mas ao mesmo tempo em que a satisfação vai sendo preenchida, vão crescendo as expectativas de novos serviços almejados. Sendo assim, a logística tem uma função relativa as necessidades do mercado. Desta forma, há motivos para monitoração das necessidades, com intuito de verificar se existe capacidade de atender os níveis mais elevados dos serviços. Muitas organizações têm dificuldades de programar sistemas de logística integrados. Isto porque estão atrelados ao uso de sistemas inadequados e baseados em princípios antiquados. Por estas razões, faz-se necessário investimento para composição de processos de logística modernos que atendem as necessidades às organizações e dos clientes. A busca constante para atingir a qualidade colabora para elaboração da pesquisa em uma análise organizacional, pelo tipo de logística utilizada no segmento 18 de Hotel de Selva, que hoje estão voltados para atender às necessidades imediatas. Através do cliente pode-se obter a direção certeira na conquista dos negócios, é primordial desenvolver este tema através dados fornecidos. Por este motivo, destacase o quanto é importante este estudo, para o Curso de Mestrado em Administração em Turismo e Hotelaria, pois se disserta acerca da influência da Logística Integrada, analisando o desempenho dos hotéis de selva na cidade de Manaus. Para isso, as práticas utilizadas pelos hotéis irão ajudar a discorrer sobre as formas de construção de uma logística integrada, a partir do processo de logística utilizado, seja pelo desempenho ou pelas estratégias existentes. Tendo em vista que o município de Manaus/AM é considerado a maior referência em hotel de selva e ponto de entrada e saída do Estado do Amazonas, onde se localiza os hotéis de selva pesquisados, dependem economicamente das atividades desenvolvidas pelas organizações de selva para sobrevivência. Com isso, direcionaram-se os estudos com base em uma pesquisa de caráter qualitativo, descritiva, explicativa e de campo, no qual se verificou por meio das entrevistas que os gerentes dos Hotéis de Selva e entre alguns funcionários de campo vivem as dificuldades das organizações em manter as visitas constantes dos clientes, e retorno dos mesmos. Desta forma, justifica-se esta dissertação pelas pressões que o mercado exerce sobre as organizações de Hotel de Selva em renovar seus compromissos com o cliente, abandonando antigas estratégias e melhorando a logística e a qualidade do serviço, além de contribuir teoricamente e empiricamente sobre o desempenho dos hotéis de selva. 1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA 19 Diante do exposto, surge a inquietação sobre o tema abordado frente às dificuldades de muitas empresas em conciliar as atividades da logística e gestão. Este fato motivou a formulação da seguinte pergunta de pesquisa: Quais as contribuições da Logística integrada na gestão dos hotéis de selva na Cidade de Manaus? 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 Objetivo geral - Analisar as contribuições da logística integrada na gestão dos hotéis de selva em Manaus. 1.4.2 Objetivos específicos - Descrever o processo de logística utilizado pelos hotéis de selva. - Identificar a cadeia de valor existente nos hotéis de selva. - Analisar o processo logístico dos hotéis de selva. 1.6 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO Para o melhor entendimento do estudo desta dissertação segmentou-se em 20 seis capítulos. O primeiro capítulo descreve as etapas ligadas ao tema como relevância da pesquisa, definição do problema de pesquisa e objetivos. No segundo capítulo relata-se sobre a fundamentação teoria que ajudam a esclarecer e explicar com detalhes como a logística, logística integrada, cadeia de suprimento, cadeia de valor, as cinco forças de Porter. Descreve-se sobre o turismo, assim como os meios de hospedagem , classificação dos hotéis, entre os de fundamental importância. O terceiro capítulo traça a metodologia utilizada assim como discorre sobre os procedimentos, o processo de pesquisa; identificou-se o sujeito da pesquisa, demonstram-se os procedimentos de coleta de dados, análise e interpretação dos dados e por último o cumprimento do cronograma proposto. O quarto capítulo aborda-se os resultados como um estudo de caso sobre as organizações de selva inicia-se com a apresentação dos dados coletados, passandose a infraestrutura dos hotéis de selva e a cadeia de valor dos hotéis de selva, assim como análise, mapeamento e rede de valor dos hotéis de selva. Há também a descrição da rede de valor dos hotéis, indo um pouco mais além a descrição dos componentes de compõem os hotéis de selva que ajudaram na coleta dos dados. No quinto capítulo descreve-se a conclusão do trabalho e em seguida as referências utilizadas durante este trabalho e apêndices. 21 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . Aborda-se, neste capítulo a pesquisa realizada em livros e artigos de diversos autores, os conceitos e características, bem como a classificação dos meios de hospedagem, de logística e sua evolução, da cadeia de valor, do turismo e a logística e o funcionamento do sistema de informação. Optou-se pela análise e investigação da bibliográfica de cada item para melhor entendimento teórico. 2.1 HOTELARIA Antes do início da discussão sobre os meios de hospedagem, e importante entender que o turismo está relacionado á viagens e concomitantemente ás atividades, um determinado loca, entre outros motivos, que geralmente levam pessoas aos destinos procurados, que normalmente estão ligados aos atrativos de uma da região (IGNARA, 2003). Quando se fala em turismo torna-se necessário verificar a demanda. A demanda é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço. A demanda Turística pode ser compreendida pelas segmentações em demanda efetiva, no qual há consumo do produto e demanda potencial que por alguma razão o produto não é consumido, seja por alguns fatores que a influenciam que vai do preço à disponibilidade do produto entre outras variações (IGNARA 2003). Para se entender a amplitude do estudo inicia-se pelos meios de hospedagem de uma empresa hoteleira que pode ser compreendida como uma organização que mediante ao pagamento de diárias, oferece alojamento à clientela indiscriminada. Sendo assim, entra a discussão existente pelas classificações, em uma disposição de características de cada alojamento ou hotel. Para Cândido e Vieira (2003), o Hotel é o meio de hospedagem mais convencional e comumente encontrado em centros urbanos. É o estabelecimento onde os turistas encontram hospedagem e 22 alimentação em troca de pagamento por esses serviços. Hotel é uma empresa pública que visa obter lucro oferecendo ao hospede alojamento, alimentação e entretenimento. Desta forma, ainda, Cândido e Viera (2003) consideram o Hotel como uma organização, que quando está associado a um grupo de pessoas exercem diferentes funções para atingir um objetivo comum. Esse objetivo comum nada mais é do que dar ao hospede o melhor; seja em serviço, em atendimento, preço, em busca da satisfação. Neste princípio surgem também as classificações por meio do diferencial competitivo. Para se entender a existência das Hospedagens diversas, normalmente um único hotel dispõe de estrutura diversificada para atender a segmentos variados de turistas transformando-os em hospedes, como: peregrinos, convencionais de exposição ou em turismo de negócios e outros, que desejam encontrar no hotel os aspectos fundamentais de infraestrutura diretamente ligados ao tipo de turismo que os motivou a viajar (CÂNDIDO E VIERA, 2003). Ainda no entendimento de Cândido e Vieira (2003) hospedagem nos dias de hoje, esta ligada a indústria Turística e a Indústria Hoteleira. Desta forma surge o binômio: Hotelaria e Turismo. A hotelaria pode ser considerada a indústria de bens de serviços. E como qualquer ramo industrial, possui suas características próprias de organização e sua finalidade principal é o fornecimento de hospedagem, alimentação, entretenimento, segurança e bem-estar dos hospedes (CÂNDIDO E VIERA, 2003). Hotel pode simplificar o seu significado como: Segundo Cândido e Viera ( 2003), Hotel é a palavra genérica que identifica e define diversos tipos de estabelecimentos comerciais destinados a acolher, alimentar e entreter pessoa. Os autores também consideram como meio de Hospedagem do tipo convencional e mais comum, normalmente localizado em perímetro urbano, e destinado a atender turistas, tanto em viagens de lazer quanto em viagens de 23 negócios. Indo além se pode entender hotel como um estabelecimento de caráter público, destinado a oferecer uma série de serviços: alojamento, alimentos e bebidas, entretenimento e que persegue três grandes objetivos: a) Ser uma fonte de receita. b) Ser uma fonte de empregos. c) Oferecer um serviço a comunidade.. Os hotéis têm em sua atividade principal a de alojamento. O Hotel possui conforme Candido e Vieira (2003), uma atividade permanente de prestação de serviços que opera 24 horas por dia, durante o ano inteiro, e seu principal produto, a diária hoteleira, é altamente perecível. Há ainda comentários sobre hotel ser uma empresa pública que visa obter lucro oferecendo ao hospede alojamento, alimentação e entretenimento. Ao Decreto nr. 5.406 entendem-se como meios de hospedagem e turismo, os estabelecimentos com licença de funcionamento para prestar serviços de hospedagem expedida por autoridade competente. Os serviços de hospedagem, ofertados pelas empresas hoteleiras, a que se refere o mencionado decreto, são aqueles prestados por empreendimentos ou estabelecimentos empresariais administrados ou explorados por prestadores de serviços turísticos hoteleiros, que ofertem alojamento temporário para hóspedes, mediante adoção de contrato de hospedagem, tácito ou expresso, e cobrança de diária pela ocupação da unidade habitacional (UH). O Regulamento Geral dos Meios de Hospedagem da Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR, 2011) entende como unidade habitacional (UH) o espaço, atingível a partir das áreas de circulação comuns do estabelecimento, destinada à utilização pelo hóspede, para seu bem-estar, higiene e repouso. 24 2.1.1 Classificação dos Hotéis Os Hotéis podem receber classificação conforme o tipo e podem ser definidos, conforme o padrão e as características das suas instalações, ou seja, o grau de conforto, a qualidade dos serviços e os preços. A Empresa brasileira de Turismo EMBRATUR e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (EMBRATUR E ABIH 2011) classificam os hotéis. Esse tipo de classificação pretende informar ao público os níveis de conforto, os preços e os serviços oferecidos; orientar investidores e empresários; constituir instrumentos de política de incentivo às atividades turísticas, Alėm disso, há a classificação pela sua localização em hotéis de cidades de praia, de montanha, de aeroporto, também pela sua destinação como hotéis de turismo, negócios, lazer, cassino, convenções, econômicos, etc. A ABIH (2011) estabeleceu outra classificação uma auto classificação, já que feita pelos próprios hoteleiros e apenas chancelada pela (ABIH), segundo a qual os hotéis são divididos entre as categorias superluxo (6 estrelas), luxo (5 estrelas), superior (4 estrelas), turística ( 3 estrelas), econômica (2 estrelas) e simples ( 1 estrela). Adotando-se outros critérios, pode-se chagar a novas classificações. Convém lembrar ainda que um mesmo hotel poder ser classificado em mais de uma categoria, e que um mesmo hotel pode reunir características comuns a mais de um tipo. Por exemplo, um hotel de montanha voltado para lazer pode ser enquadrado simultaneamente nas categorias de lazer, de alto luxo e também como hotel de convenções (CĀNDIDO E VIEIRA, 2003). Segundo Cândido e Vieira (2003) os hotéis recebem a seguinte denominação tipos principais de hotel: hotéis centrais (downtown hotels); hotéis não centrais; hotéis de aeroporto; hotéis de lazer; hotéis econômicos. 25 2.1.2 Localização dos hotéis Segundo Cândido e Vieira (2003), os hotéis podem ser classificados, ou, expressando de outra forma, os tipos de hotéis podem ser definidos: 1- Hotel Central: Localização no centro da cidade, ou o mais próximo possível. Restrições quanto ao uso e à ocupação do solo. Compatibilidade entre o preço do terreno, o porte e o padrão do empreendimento. O custo do terreno não pode ultrapassar o valor determinado pelos estudos de viabilidades econômicos e financeiros. Facilidade de acesso ao aeroporto e às principais vias da cidade. Existência de redes de infraestrutura confiáveis (água, energia elétrica, telefones). Localização em via sem congestionamento de trânsito. Localização de fácil identificação na cidade. 2- Hotel Econômico: Localização na principal via de ligação entre a rodovia regional de acesso à cidade e o centro urbano. Localização de fácil visualização e identificação em relação à cidade e à rodovia. Terreno de custo baixo e com dimensões adequadas para permitir pátio de estacionamento e uma construção horizontal ou, no máximo de três pavimentos. Terreno servido por redes de infraestrutura (drenagem, água, 26 esgoto, energia elétrica, comunicações). 3- Hotel de Convenções: Localização em cidades caracterizadas como importantes centros de negócios e de serviços. Existência de redes confiáveis de infraestrutura urbana. Localização de fácil identificação na cidade. Dimensões de terreno que permitam implantar área de estacionamento de veículos. 4- Resort ou Hotel de Lazer: Localização em região com meio ambiente de grande apelo turístico e paisagístico. Terreno de grandes dimensões (inclusive com trechos de floresta, quando possível), que permita a implantação de campo de golfe, hípica, parque aquático, quadras de esportes, marina. Local de fácil acesso a aeroporto. Local de fácil identificação em relação à estrada ou à rodovia. 5- Hotel de Selva: Localização em meio a floresta ou parque ecológico, com grande apelo turístico e paisagístico. Facilidade de acesso por meio de rodovia ou hidrovia. Terreno com grandes dimensões, que permita áreas de esportes ao ar livre, ancoradouros de barcos, parque aquático. Localização em protegidos contra insetos. terrenos não inundáveis e relativamente 27 6- Hotel Cassino: Local de fácil acesso ao aeroporto por meio de rodovias de bom desempenho. Existência de redes confiáveis de infraestrutura urbana. Localização em via sem congestionamento de trânsito. Dimensões de terreno que permitam implantar áreas de estacionamento, lazer e recreação. Localização em áreas com recursos paisagísticos. 2.1.3 Hotéis de Selva Qualquer projeto no espaço expressa por representação revela a imagem de um território, de um local de revelação e por causa destas revelações a relação do território se inscreve em um campo de poder. A construção de uma realidade é um instrumento de poder que atua no território produzido (RAFFESTIN, 2011). Territorialidade, segundo Andrade (1994), é encarada como um processo subjetivo de conscientização da população de fazer parte de um território, ou seja, a inter-relação entre ambos, sendo o conjunto de práticas e suas expressões materiais, capazes de garantir a apropriação e permanência de um dado território por um determinado agente social, tendo muitas características com o espaço vivido, marcado por trocas de experiências entre território e o indivíduo por serem ambos dinâmicos, interagindo reciprocamente. Segundo Linderberg, Kreg, Hawkins, Donald (1999), algumas das características que o eco lodge deve necessariamente apresentar estilo arquitetônico em harmonia com o meio natural e cultural no cenário no qual se insere; aplicação dos princípios de sustentabilidade no projeto que inclui a minimização do uso de 28 energia e de materiais de construção não renovava; utilização de materiais recicláveis onde for possível; atuação em harmonia com as comunidades receptoras, oferecendolhes oportunidades de emprego que envolva responsabilidade crescente; contratos com fornecedores locais; participação nas iniciativas que promovam a conservação do meio; e a pesquisa científica – tanto no setor público como no privado. Além disso, os empreendedores de ‘eco lodges’ devem oferecer programas de educação ambiental aos turistas, promovendo entendimento das características e das singularidades do meio natural e cultural visitado. Os Hotéis de Selva diferente do eco lodge tem em sua maioria características voltadas para atividades de contemplação da natureza, de confinamento dos turistas em território específico do que a atividade eco turístico na sua essência. A valorização da vida simples, do cotidiano (ato de caminhar pela manhã em ruas arborizadas, pescar nos rios, dormir debaixo de árvores e em redes, conversar à noite sob o luar, etc.), todos esses pequenos atos provocam um sentimento de territorialidade que é transformada em sentimento de confraternização entre as pessoas com o lugar. Conforme Faria (2006), os Hotéis de Selva, ou Lodge, têm-se na expressão inglesa o significado de alojamento ou residência temporária, que atendem aos turistas praticamente do ecoturismo, que também recebe outra nomenclatura, os Eco lodges – alojamentos que se caracterizam pelo seu alojamento, arquitetura, construção e administração de forma ambientalmente sustentável, o que basta saber é se os hotéis têm atividades eco turística, especialmente na Amazônia. 2.1.4 Classificação de hotéis ABIH-AM Segundo dados obtidos pela ABIHAM (2011), a classificação das estrelas é um sistema oficial adotado no Brasil. As estrelas são cotadas de uma a cinco, de acordo com o padrão de serviços oferecidos. Por meio de um novo sistema serão 29 disponibilizados, também, os hotéis cinco estrelas plus. No exterior a classificação é feita por categorias, como turística (duas a três estrelas), turística superior (três a quatro estrelas), de negócios (quatro estrelas) e de luxo (cinco estrelas). Tipo Super Luxo Luxo Superior Turístico Econômico Pousada Hotel de Selva Hotel Flutuante Hotel de Lazer QUADRO 1 : Ocupação por Categorias de Associados-ABIH-AM Leitos Classe 1.100 509 1.217 2.057 49 213 991 186 107 Fonte: ABIH- AM (2011). Aos quadros 1 e 2 as categorias que inclui hotéis de lazer ou hotéis fazenda, representam os estabelecimentos localizados no campo.; e as categorias de pousadas(meios de hospedagem instalados em edifícios de valor histórico, cultural ou turístico), resort (são complexos turísticos, em geral tematizados e localizado fora das cidades) e albergue(normalmente muito baratos, são instalações de hospedagem coletivas que oferecem quartos para até quatro pessoas). QUADRO 2 : Classificação ABIH-AM Tipo Classe Categoria Plus(hotel super luxo) Super Luxo Negócios Luxo Turística Superior Turismo Superior Turística ou Superior Turismo Turística Econômica Hotéis de lazer ou Campo e lazer Fazenda Pousadas Localização/Econômic o Resort Temáticos Alberg Econômica Fonte: ABIH-AM (2011). 30 2.2 LOGÍSTICA A palavra Logística tem origem francesa (do verbo loger, que significa “alojar”) e era entendida como um termo militar que significava a arte de transportar, abastecer e alojar as tropas. Atualmente, num significado mais amplo, trata da arte de administrar o fluxo de materiais e produtos, da fonte para o usuário (RAMOS, 2002). Outras definições de logística são encontradas em Ballou (2010, p.17) que define que: “a Logística é responsável por diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem e na condição física que desejar”. Pozo (2008, p. 5), comenta ainda que ação logística está ˝relacionada em rede de fornecedores, sistema de informação, transporte, armazenagem e movimentação de materiais˝, estabelecendo conforme comenta o autor os cinco pilares da logística que em seu ponto de vista está diretamente integrada criando assim as competências exigidas pelo mercado. Ching (2006, p.16) ressalta que sua maior denominação e aplicabilidade começaram nos Estados Unidos na década de 40 pelas forças Armadas Americana durante a Segunda Grande Guerra, sendo transferida para indústria a integralidade das funções entre elas, têm-se a roteirização, dimensionamento, administração da frota, localização, layout, armazéns, ate seleção de fornecedores como atividades logísticas. Ballou (2006, p.27) define ˝a logística como sendo um processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto da origem até o ponto de consumo com propósito de atender as exigências dos clientes˝. Desta forma tem-se uma excelente definição da logística e uma perfeita integração das atividades, ou seja, a logística é um processo que faz parte da cadeia de suprimentos. Neste consenso vê-se que apesar das atividades logísticas serem independentes com seus resultados específicos, ela interage entre si formando uma cadeia que para o bom funcionamento 31 torna-se fundamental que a mesma funcione de forma perfeita ou eficaz conforme o autor descreveu anteriormente, a fim de alcançar bons resultados e atingir seus objetivos. 2.2.1 O gerenciamento da cadeia de Suprimento - Supply Chain Management – SCM Durante os anos de 1980 e 2000 algumas mudanças nos conceitos gerenciais, com destaque a função de operação. O modelo de qualidade total nas empresas e seus programas de engenharia, houve um avanço no que diz respeito a qualidade e a produtividade das empresas. Neste período, ocorreram grandes transformações nos conceitos gerenciais, com destaque a função de operação. Assim, apareceram dois conceitos em relação a produção muito utilizado pelas empresas com bastante intensidade. Em primeiro lugar está a logística integrada que despontou por volta de 1980 e ganhou velocidade e crescimento ao longo dos anos sendo puxada pela revolução tecnológica e pelo aumento do nível de exigências de desempenho em termos de distribuição e qualidade. Logo em seguida, o conceito é o Supply Chain Management – SCM, ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – GCS, que começou a se desenvolver por volta de 1990. No entanto, ainda hoje são poucas as empresas que conseguem evoluir e implementar de forma completa e com sucesso. Destaca Ching (2006) em seu comentário que o SCM ou o gerenciamento da cadeia de suprimentos originou-se dos conceitos de logística e de logística integrada. A primeira integração parcial que originou o conceito de logística integrada foi a de dois grandes subsistemas; o de materiais e o de distribuição física, atribuindo-o o planejamento e a gestão de fluxos físicos e informacionais. A partir daí o ponto chave que auxiliou na evolução desse novo conceito foi a questão do relacionamento entre os 32 diversos agentes da cadeia de suprimentos, primeiramente o estreitamento de relacionamento empresa-cliente, até mesmo por conta da origem da logística como gestão de distribuição física, e em segundo lugar o estreitamento no relacionamento fornecedora-empresa. Essa integração interna e externa de atividades que inclui uma série de processos que interligam fornecedores aos clientes finais originou o atual conceito de gerenciamento da cadeia de suprimentos conforme Figura 1. Figura 1 : Supply Chain Management – SCM Fonte: Wood Junior, (2004, p.220) Conforme Ching (2006), essa abordagem tem trazido enormes benefícios para as empresas de diversos setores, principalmente à automobilística. A indústria tem servido como setor de impulsão nas questões relacionadas à administração da produção e à gestão da cadeia de suprimentos, com destaque para a produção enxuta. Para compreender melhor o SCM, é preciso entender o que é um canal de 33 distribuição e quais suas funções. Primeiramente, o canal de distribuição ganhou bastante ênfase tendo sua utilização dentro do marketing, sendo uma ferramenta de eficiência, podendo ser estratégica, na comercialização e distribuição de produtos e serviços. Com o passar dos anos esse canal de distribuição foi se tornando mais complexo ao mesmo tempo em que seu controle diminuía. Diante do surgimento de complexidades e do ambiente cada vez mais competitivo e exigente, o SCM surgiu para atuar de forma sistêmica e abrangente em toda a cadeia empresarial(STRANG, 2012). Lambert e Cooper (2000) definem a SCM como sendo a integração de processos de um negócio, tendo como ponto de partida o consumidor final até os fornecedores iniciais da cadeia desses produtos, informações e serviços, sendo que acrescentem valor para o comprador. Ching (2006, p.66) define Supply Chain como cadeia de logística integrada, comentando ainda que o andamento da integração das fases do processo se torna evidente quando há lógica de integração, principalmente onde se encontra diferenciação do produto ou serviço . ˝Esse processo não pode ser estendido somente na empresa, mas deve ser estendidos a todos envolvidos no processo dentro ou fora da empresa˝. A Integração da cadeia logística concentra-se em alinhar os processoschave do negócio (MARTIN; LABEGALI E DE PADUA, 2008). Para Ballou (2006, p.29), a cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades funcionais (transporte, controle de estoques, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor. Wood Junior (2002) destaca que o supply chain management pode ser definido como uma filosofia que bem desenvolvida pode alinhar todas as atividades de produção de forma sincronizada, visando a reduzir custos, minimizar ciclos e maximizar o valor percebido por todos os envolvidos na cadeia, por meio do rompimento das barreiras entre departamentos e áreas envolvidas. Sendo assim, o gerenciamento do Supply Chain é uma forma integrada de planejar e controlar o fluxo de mercadorias, 34 informações e recursos, desde os fornecedores até o cliente final, procurando de forma coesa administrar as relações da cadeia logística como uma cooperativa e para o benefício de todos os envolvidos ou cooperados. Ballou (2006, p.50), comenta que ˝a criação de estratégias cooperativas começa com a definição muito clara dos objetivos da empresa˝. Que a empresa deve ter objetivos em conjunto com todas as atividades da empresa que vai do pedido ate a escolha do transporte por meio de um determinado modal (IVANOVIC; VUJIC, 2007). 2.2.2 O que é Supply Chain ou Cadeia de Logística Integrada Há uma corrida em andamento para integração da cadeia logística. Torna-se evidente a necessidade de estender a lógica da integração para fora das fronteiras da empresa para incluir fornecedores e clientes. A empresa somente poderá obter vantagens competitivas por meio de aumento de produtividade, diferenciação do produto e níveis altos de serviço ao cliente. Muitas iniciativas das empresas enfatizam a eficiência das operações e não buscam uma visão consensual do futuro. O enfoque está em operações e na geração de maior valor para o cliente e em maior lucro ao longo de toda a cadeia logística. Figura 2: Cadeia de Valor e Logística Integrada. Fonte: Organizado, Porter (1989, p.31). 35 A integração da cadeia logística concentra-se em alinhar os processos-chave do negócio. A gestão do supply chain é um conceito mais amplo e estrategicamente mais importante, que se inicia na saída da matéria-prima dos fornecedores, passa pela produção, montagem e termina na distribuição dos produtos acabados aos clientes finais. Inclui considerações estratégicas que passam por focalizar a satisfação do cliente; formular e programar estratégias baseadas na retenção dos clientes atuais e obtenção de novos clientes e gerenciamento da cadeia de forma eficaz. O desempenho do supply chain depende principalmente de quatro fatores, a saber: Capacidade de resposta às demandas dos clientes. Qualidade de produtos e serviços. Velocidade, qualidade e inovação nos produtos. Efetividade dos custos de produção e entrega e utilização de capital. Nesta linha de pensamento liga-se a Figura 2 onde os critérios competitivos são bem definidos a partir do tipo de tecnologia empregada a realização das suas atividades, daí tira-se a desenvoltura de cada empresa, dividindo as atividades do dia a dia por meio dos canais logístico utilizados. Existe comentários de alguns autores sobre a logística colaborativa Almeida et al (2007) discutem sobre o tema sido a tendência na competição por mercados não será definida somente por empresas individuais, mas sim pela gestão da cadeia de suprimentos. Indo mais além informa que há estudos sobre a gestão da cadeia de suprimentos, parcerias e logística que mostram a importância das organizações estabelecerem relacionamentos colaborativos na intenção de manter liderança e crescimento de mercado destacando o trabalho de (VIVALDINI; SOUZA ,2006)1. Segundo Almeida et al (2007), muitas companhias estão falando sobre colaboração com seus parceiros na cadeia de suprimentos, mas poucas atualmente 1 VIVALDINI, M.; SOUZA, F. B. de (2006) - O relacionamento colaborativo na cadeia de suprimentos do McDonald’s. Artigo publicado no XIII SIMPEP – Simpósio de Engenharia de Produção. Bauru, SP. 36 têm alcançado isto. Para que se tenha uma verdadeira colaboração é fundamental um acordo entre os parceiros para integrar os recursos em ganho mútuo. Essa colaboração na cadeia, chamada de logística colaborativa, é uma parte integrante de que todas as áreas funcionais (agregando valor no desenvolvimento, fabricação, comercialização e distribuição dos produtos) interagem com as demais de tal forma que no resultado final nada de verdadeiramente importante seja esquecido. Assim, tudo é pensado e executado de forma integrada. Figura 3: Logística Integrada. Fonte: Bowersox e Closs,(2001, p.44). Conforme Coronado (2011, p.8) sobre a identificação da cadeia logística comenta que o varejista está mais próxima da ponta da cadeia de suprimentos e próximo do consumidor final sendo ele que impulsiona o sistema de puxar em lotes pequenos onde se destaca os novos modelos de varejistas: como hipermercado, lojas de convenientes, supermercado 24 horas, assim agregando também revistaria com café, posto de gasolina com conveniência entre outros. 37 As parcerias existentes dentro da cadeia de suprimentos esta relacionado também ao pensamento de Coronado (2011, p. 13) no qual destaca que : O fator de otimização no gerenciamento da cadeia de suprimentos sem sombra de duvida e a mudança do perfil do consumidor final, que estabeleceu o conceito de puxar, provocando reestruturações no setor atacadista/varejista e fornecedores, com parcerias e alianças, com o objetivo de agilizar o sistema Just in time das entregas com lotes econômicos, agregando valores na margem de contribuição. Conforme Coronado (2011) os membros da cadeia de suprimentos não conseguem desenvolver estratégias junto ao consumidor sem oferecer preço baixo. Por esse motivo os hotéis de selva identificam os integrantes da cadeia pelo preço e eficiência na logística. Fornecedor B Fornecedor A MILK RUN Fornecedor C Figura 4 : Milk Run dos Hotéis de Selva. Fonte : Organizado pelo Autor, (2012). Hotel de Selva 38 Pela interpretação de Alvarenga e Novaes (2000) tem-se ˝Milk Run significa Corrida do Leite. Esse nome é devido ao processo de um transportador passar em duas ou mais fazendas sem cruzar caminho na rota, retirar o leite e, em seguida, entregá-lo a uma empresa de laticínio. Isso é um dos exemplos do conceito de Milk Run, que mais comumente é usado na indústria automobilística˝. Milk Run é um sistema de coleta programada de materiais, que utiliza um único equipamento de transporte, normalmente são utilizados pelos responsáveis da logística das organizações. Pires (2011) confirma que os clientes utilizam seu próprio veículo para fazer as coletas fracionadas normalmente ou por um Operador Logístico assim também relata (ALVARENGA E NOVAES, 2000). O sistema de coleta programada MR, que vem sendo adotado por um número crescente de empresas, permite um maior controle sobre as peças realmente necessárias e utiliza com maior frequência de abastecimento em lotes menores, com isso provoca uma redução de estoques. O Modelo Milk Run tem sido muito utilizado pelas organizações onde a coleta na hora certa, facilita o abastecimento, pois o veículo próprio ou contrato retira a matéria prima às organizações, previamente separados, facilitando, com isso a coleta e mantém uma cronologia. Isso possibilita a organização, a manutenção e a melhorias na administração do estoque, consecutivamente provoca uma redução de estoques em toda a cadeia de suprimentos. Ilustra-se a cadeia de suprimentos por meio do modelo MR muito bem na Figura 5 a seguir: 39 Fornecedor Fornecedor Fornecedor 1 Fornecedor 2 Milk Run Fornecedor Fornecedor 3 . Fornecedor Fornecedor 4 Montadora Distribuidor Varejista Cliente Figura 5 : Milk Run Fonte: Organizado pelo Autor, (2012). 2.3. CADEIA DE VALOR Para entendermos a cadeia de valor busca-se o conceito, que serve para o raciocínio estratégico das atividades envolvidas e nelas estão o modelo citado por Porter (1989, p.1) como as cinco forças. Para o autor as empresas devem posicionarse de forma a ajustar as suas capacidades à situação da indústria, a qual é caracterizada pelo peso relativo das cinco variáveis descritas. Conforme Bicho e Batista, (2006), o posicionamento do negócio, ou seja, a forma como o cliente vê o produto em relação à concorrência em termos de qualidade e preço, pode levar a empresa a concorrer com base em preços reduzidos (porque tem a vantagem dos custos) ou, pelo contrário, em preços mais elevados pela via da diferenciação; isto é se o cliente estiver disposto a pagar mais por um produto que considera diferente e ao qual atribui maior valor, por achar que melhor satisfaz as suas necessidades. O conceito de valor é fulcral nesta análise, porque representa o 40 montante que os clientes estão dispostos a pagar para terem acesso a um produto ou serviço com as características que melhor satisfaçam as suas necessidades. Destaca-se à análise de Porter, (1989, apud Bicho; Batista, 2006 p. 4 ) não deve ser encarada de modo geral e abstrato, mas dirigida para uma decisão de investimento concreta, por uma empresa específica, com horizonte temporal e momento de decisão determinado, relativa a um negócio específico num contexto geográfico bem definido. Para uma empresa que vai entrar num novo negócio, a preocupação essencial é como ultrapassar as barreiras à entrada, e como, posteriormente, criar barreiras à entrada de concorrentes adicionais. Obviamente, o ponto de vista é distinto para empresas já no mercado. Mas mesmo aqui, o ponto de vista de uma empresa presente em todos os segmentos de mercado será diferente de uma pequena concorrente com ação limitada a um nicho. Desde que a orientação e análise por empresa e decisão sejam claras e consistentes, este modelo de análise é robusto em termos de definições. Assim se o negócio for definido de modo restrito, terse-á concorrência direta e limitada, mas ameaças elevadas de entrada e/ou produtos substitutos, passando-se o inverso se o negócio for definido de modo muito geral. Porter (1989, p.33) destaca que toda empresa ˝é uma reunião de atividades que são executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto˝. Todas estas atividades podem ser representadas, a partir do uso de uma cadeia de valores. A cadeia de valores de uma empresa e o modo como ela executa atividades individuais são um reflexo de sua história, de sua estratégia, de seu método de implementação de sua estratégia, e da economia básica das próprias atividades. 41 Figura 6: Estrutura Organizacional e Cadeia de Valor Fonte : Porter (1989, p.54). A cadeia de valor, segundo Porter (1989, p.53) define˝ como um instrumento básico para diagnosticar a vantagem competitiva e descobrir maneiras de criá-la e sustentá-la˝. No entanto, a cadeia de valor também pode desempenhar um papel valioso no projeto da estrutura organizacional. Para melhor compreensão a estrutura organizacional agrupa certas atividades sob unidades organizacionais como marketing ou produção. A lógica destes agrupamentos e que as atividades tem similaridades que deveriam ser exploradas, reunindo-as em um departamento; ao mesmo tempo, departamentos são separados de outros grupos de atividades devido as suas diferenças. O autor ainda comenta que a separação de atividades semelhantes é aquilo que teóricos organizacionais chamam de diferenciação. Com a separação de unidades organizacionais vem a necessidade de coordená-las, geralmente denominada integração. Assim, mecanismos de integração devem ser estabelecidos em uma empresa para assegurar a ocorrência da coordenação necessária. Afirma ainda o autor que estrutura organizacional compara os benefícios da separação e da integração. 42 Para Porter (1989) a cadeia de valor oferece uma forma sistemática de dividir uma empresa em suas atividades distintas, podendo, assim, ser utilizada para examinar como são as atividades em uma empresa, e como poderiam ser agrupadas. Conforme o autor os limites organizacionais frequentemente não são traçados em torno dos grupos de atividades mais similares em termos econômicos. Além disso, unidades organizacionais como os departamentos de compra e de P&D normalmente contém apenas uma fração das atividades similares executadas em uma empresa. Na visão Porter (1989), as empresas tem necessidade de integração entre unidades organizacionais e uma manifestação de elos. Normalmente existem muitos elos dentro da cadeia de valores, e a estrutura organizacional não fornece mecanismos para coordená-los ou otimizá-los. As informações necessárias para coordenar ou aperfeiçoar elos também são raramente coletadas por toda a cadeia. Como exemplo, tem-se os gerentes de atividades de apoio como gerência de recursos humanos e desenvolvimento de tecnologia em geral não tem uma visão clara do modo como elas estão relacionadas a posição competitiva global da empresa, alguma coisa que a cadeia de valor realça. Desta forma, elos verticais quase sempre não são levados bem em conta na estrutura organizacional. Porter ( 1989) comenta ainda que muitos resultados obtidos por empresas não conseguem traçar os limites das unidades mais ajustados as suas fontes de vantagem competitiva e estabelecer os tipos apropriados de coordenação, relacionando sua estrutura organizacional a cadeia de valores, e aos elos dentro dela e com fornecedores ou canais. Uma estrutura organizacional que corresponde a cadeia de valores ira melhorar a habilidade de uma empresa para criar e sustentar uma vantagem competitiva. Segundo Porter (1989) para a construção de uma cadeia de valor é necessário somente as atividades de uma empresa ou de uma indústria em particular (a unidade empresarial). Uma cadeia de valor no nível do setor ou da indústria é demasiadamente ampla, porque pode encobrir importantes fontes de vantagem competitiva. Embora as empresas na mesma indústria possam ter cadeias similares, as cadeias de valores dos concorrentes frequentemente diferem. Porter (1989) dá um exemplo de aplicabilidade 43 da cadeia de valor como no caso da People Express e a United Airlines, por exemplo, ambas na indústria de linhas aéreas competem, mas elas têm cadeias de valores muito diferentes incorporando diferenças significativas nas operações de embarque, nas políticas de pessoal e nas operações da aeronave. As diferenças entre cadeias de valores concorrentes são uma fonte básica de vantagem competitiva. A cadeia de valores de uma empresa em uma indústria pode variar um pouco para itens diferentes em sua linha de produtos, ou compradores, áreas geográficas ou canais de distribuição diferentes. As cadeias de valores para estes subconjuntos de uma empresa estão, contudo, intimamente relacionadas, e só podem ser compreendidas no cenário da cadeia da unidade empresarial. Em termos competitivos, Porter (1989, p.34) descreve que ˝o valor é o montante que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa lhes fornece˝. O valor é medido pela receita total, reflexo do preço que o produto de uma empresa impõe e as unidades que ela pode vender. Uma empresa é rentável, se o valor que ela impõe ultrapassa os custos envolvidos na criação do produto. Criar valor para os compradores que exceda o custo disto é a meta de qualquer estratégia genérica. O valor e não o custo deve ser usado na análise da posição competitiva, pois em geral as empresas deliberadamente elevam seu custo para impor um preço-prêmio, via diferenciação. A cadeia de valor exibe o valor total, consiste em margem e atividades de valor. As atividades de valor são as atividades física e tecnologicamente distintas, através das quais uma empresa cria um produto valioso para os seus compradores. Na sua análise, Porter (1989) coloca que a margem é a diferença entre o valor total e o custo coletivo da execução das atividades de valor. Sendo assim, a margem pode ser medida de várias formas. As cadeias de valores do canal e do fornecedor também incluem uma margem cujo isolamento é importante para a compreensão das fontes da posição de custo de uma empresa, pois as margens do canal e do fornecedor fazem parte do custo total arcado pelo comprador. Cada atividade de valor emprega insumos adquiridos, recursos humanos (mãode-obra e gerência) e alguma forma de tecnologia para executar sua função. Cada uma 44 também utiliza e cria informação, como dados do comprador (entrada de pedidos), parâmetros de desempenho (testes) e estatísticas sobre falhas dos produtos. As atividades de valor podem, ainda, criar ativos financeiros como estoque e contas a receber, ou passivos como contas a pagar. Desta forma, Porter (1989, p. 34), comenta que as ˝atividades de valor podem ser divididas em dois tipos gerais, atividades primárias e atividades de apoio˝. As atividades primárias, relacionadas, são as atividades envolvidas na criação física do produto e na sua venda e transferência para o comprador, bem como na assistência após a venda. Em qualquer empresa, as atividades primárias podem ser divididas em cinco categorias genéricas. As atividades de apoio sustentam as atividades primárias e a si mesmas, fornecendo insumos adquiridos, tecnologia, recursos humanos e várias funções de âmbito da empresa. Em sua linha de pensamento o autor comenta o fato de que a gerência de recursos humanos, o desenvolvimento de tecnologia e a aquisição podem ser associados a atividades primárias além de apoiarem a cadeia inteira. A estrutura interna da empresa não está associada a atividades primárias particulares, mas apoia a cadeia inteira. Sendo assim Porter (1989, p. 36) salienta que ˝as atividades de valor são, portanto, os blocos de construção distintos da vantagem competitiva˝. O modo como cada atividade é executada, combinado com sua economia, determinará se uma empresa tem custo alto ou baixo em relação à concorrência. O modo como cada atividade de valor é executada também irá determinar sua contribuição às necessidades do comprador e, assim, para a diferenciação. Uma comparação das cadeias de valores dos concorrentes expõe as diferenças que determinam a vantagem competitiva. Em sua análise da cadeia de valor, Porter (1989, p.34) ˝o não valor adicionado, é a maneira apropriada de examinarmos a vantagem competitiva˝. Comenta ainda que o valor adicionado (preço de venda menos o custo de matérias-primas adquiridas) vem sendo empregado algumas vezes como ponto focal para análise do custo, porque era considerado a área em que uma empresa pode controlar os custos. O valor adicionado não é, contudo, uma base sólida para a análise do custo, porque distinguem de forma 45 incorreta as matérias-primas dos muitos outros insumos adquiridos usados nas atividades de uma empresa. Além disso, o comportamento do custo das atividades não pode ser compreendido sem um exame simultâneo dos custos dos insumos empregados para executá-las. Ademais, o valor adicionado deixa de apontar os elos entre uma empresa e seus fornecedores que podem reduzir o custo ou intensificar a diferenciação. Porter (1989, p. 36) ressalta que ˝a identificação das atividades de valor exige o isolamento de atividades tecnológicas e estrategicamente distintas˝. As atividades de valor e as classificações contábeis (por exemplo, encargos, despesas indiretas, mão de obra direta) agrupam atividades com tecnologias discrepantes, e separam custos que fazem parte da mesma atividade. Sendo assim classifica em: a) Atividades Primárias Para Porter (1989, p.36)˝ dentro das atividades primarias existem cinco categorias genéricas de atividade envolvidas na concorrência em qualquer indústria. Cada categoria pode ser dividida em uma série de atividades distintas que dependem da indústria particular e da estratégia da empresa entre elas destaca˝: Logística interna. Atividades associadas ao recebimento, armazenamento e distribuição de insumos no produto, como manuseio de material, armazenagem, controle de estoque, programação de frotas, veículos e devolução para fornecedores. Operações. Atividades associadas à transformação dos insumos no produto final, como trabalho com máquinas, embalagens, montagem, manutenção de equipamentos, testes, impressão e operações de produção. Logística Externa. Atividades associadas à coleta, armazenamento e distribuição física do produto para compradores, como armazenagem de produtos acabados, manuseio de materiais, operação de veículos de entrega, processamento de pedidos e programação. Marketing e Vendas. Atividades associadas a oferecer um meio pelo qual compradores possam comprar o produto e a induzi-los a fazer isto, como propaganda, 46 promoção, força de vendas, cotação, seleção de canal, relações com canais e fixação de preços. Serviço. Atividades associadas ao fornecimento de serviço para intensificar ou manter o valor do produto, como instalação, conserto, treinamento, fornecimento de peças e ajuste do produto. Como se vê cada categoria pode ser vital para a vantagem competitiva, dependendo da indústria. Para um distribuidor, a logística interna e externa são as mais cruciais. Para uma empresa de serviços, que presta serviço em seus próprios locais, como um restaurante ou um varejista, a logística externa pode ser em, grande parte, inexistente, sendo as operações a categoria vital. Para um banco engajado em empréstimos para empresas, o marketing e as vendas são uma chave para a vantagem competitiva por meio da eficácia dos gerentes de conta e do modo como é feito pacote e seus preços fixados. Para um fabricante de copiadoras de alta velocidade, o serviço representa uma fonte-chave de vantagem competitiva. Em qualquer empresa, contudo, todas as categorias de atividades primárias estarão, até certo ponto, presentes, e desempenham algum papel na vantagem competitiva (PORTER, 1989). b) Atividades de Apoio Comenta Porter (1989, p.37) que ˝as atividades de valor de apoio envolvidas na concorrência em qualquer indústria podem ser divididas em quatro categorias genéricas. ˝Nas atividades primárias, cada categoria de atividades de apoio pode ser dividida em uma série de atividades de valor distintas específicas a uma determinada indústria. No desenvolvimento de tecnologia, por exemplo, atividades distintas poderiam incluir projeto de componentes, projeto de características, estes de campo, engenharia de processo e seleção de tecnologia. De modo semelhante, a aquisição pode ser dividida em atividades como qualificação de novos fornecedores, aquisição de grupos diferentes de insumos adquiridos, e supervisão contínua do desempenho dos fornecedores. Aquisição – nesta fase de aquisição para Porter (1989, p. 37 ) é a função mais importante pois refere-se à função de compra de insumos empregados na cadeia de 47 valor da empresa, e não aos próprios insumos adquiridos. Insumos adquiridos incluem matérias-primas, suprimentos e outros itens de consumo, bem como ativos como máquinas, equipamentos de laboratório, equipamento de escritório e prédios. Embora estes insumos adquiridos estejam comumente associados a atividades primárias, eles estão presentes em cada atividade de valor, inclusive atividades de apoio. Por exemplo, suprimentos laboratoriais e serviços de testes independentes são insumos adquiridos comuns no desenvolvimento de tecnologia, enquanto um escritório de contabilidade um insumo adquirido comum na sua infraestrutura. Segundo Porter (1989) destaca alguns exemplos na aquisição que tende a espalhar-se pela empresa inteira. Alguns itens como matérias-primas são adquiridos pelo departamento de compras tradicional, enquanto outros itens são adquiridos por gerentes de fábrica (por exemplo, máquinas), gerentes de escritório (por exemplo, mão de obra temporária), vendedores (por exemplo, consultoria estratégica). Emprega-se, aqui, o termo aquisição no lugar de compras, porque a conotação usual de compras é demasiadamente limitada entre administradores. Ocorre frequentemente a dispersão da função de aquisição que encobre a magnitude das compras totais, e significa que muitas delas recebem pouca atenção. Uma organização com determinada atividade de aquisição pode, em geral, ser associada a uma atividade de valor específica ou a atividades que ela apoia, embora normalmente um departamento de compras atenda muitas atividades de valor, e as políticas de compras apliquem-se no nível de toda a empresa. Via de regra, o custo das atividades de compras propriamente ditas representa uma parte pequena, senão insignificante, dos custos totais, mas tem, amiúde, um grande impacto sobre o custo global da empresa e sobre a diferenciação. Práticas de compras melhores podem afetar intensamente o custo e a qualidade dos insumos adquiridos, bem como de outras atividades associadas ao recebimento e ao uso dos insumos, assim como a interação com fornecedores. Na fabricação de chocolate e em empresas de eletricidade, por exemplo, a aquisição de cacau e de combustível, respectivamente, é, de longe, o determinante mais importante da posição dos custos. Desenvolvimento de Tecnologia – No desenvolvimento de tecnologia cada 48 atividade de valor engloba tecnologia, seja ela know-how, procedimentos ou a tecnologia envolvida no equipamento do processo. A variedade de tecnologias empregadas na maioria das empresas é muito ampla, variando daquelas tecnologias empregadas na preparação de documentos e no transporte de mercadorias até aquelas tecnologias envolvidas no próprio produto. Além disto, as maiorias das atividades de valor empregam uma tecnologia que combina uma série de subtecnologias diferentes envolvendo diferentes disciplinas científicas. A operação com máquinas, por exemplo, envolve metalurgia, eletrônica e mecânica. O desenvolvimento da tecnologia consiste em várias atividades que podem ser agrupadas, em termos gerais, em esforços para aperfeiçoar o produto e o processo. Denomino esta categoria de atividades desenvolvimento e tecnologia, em vez de pesquisa e desenvolvimento, porque P&D tem uma conotação demasiado limitada para a maioria dos gerentes. O desenvolvimento de tecnologia costuma estar associado ao departamento de engenharia ou ao grupo de desenvolvimento. Normalmente, ocorre em muitas outras partes de uma empresa, embora isto não seja explicitamente reconhecido. O desenvolvimento de tecnologia pode apoiar qualquer uma das numerosas tecnologias englobadas em atividades de valor, inclusive áreas como tecnologia de telecomunicações para o sistema de entrada de pedidos, ou automação do escritório para o departamento de contabilidade. Ele não se aplica apenas a tecnologias diretamente relacionadas ao produto final. O desenvolvimento de tecnologia também assume diversas formas, desde a pesquisa básica e o projeto do produto até pesquisa de mídia, projeto do equipamento de processo e procedimentos de atendimento. O desenvolvimento de tecnologia relacionado ao produto e às suas características apoia a cadeia inteira, enquanto outro desenvolvimento de tecnologia está associado a atividades primárias ou de apoio particulares. Infraestrutura - Conforme Porter (1989, p. 39), ˝a infraestrutura da empresa consiste em uma série de atividades, incluindo gerência geral, planejamento, finanças, contabilidade, problemas jurídicos, questões governamentais e gerência de qualidade˝. A infraestrutura, ao contrário de outras atividades de apoio, geralmente dá apoio à cadeia inteira, e não às atividades individuais. Dependendo da empresa ser 49 diversificada ou não, a sua infraestrutura pode ser fechada ou dividida entre uma unidade empresarial e à corporação matriz. Em empresas diversificadas, as atividades da infraestrutura são em geral divididas entre a unidade empresarial e os níveis da empresa (por exemplo, o financiamento quase sempre é feito no nível da empresa, enquanto a gerência de qualidade é feita no nível da unidade empresarial). Muitas destas atividades ocorrem, contudo, em ambos os níveis. Algumas vezes, a infraestrutura da empresa é encarada apenas como “despesa indireta”, mas pode ser uma poderosa fonte de vantagem competitiva. Em uma companhia de operações telefônicas, por exemplo, a negociação e a manutenção de relações contínuas com entidades reguladoras podem estar entre as atividades mais importantes para a vantagem competitiva. De modo semelhante, sistemas de informações gerenciais apropriados podem prestar uma contribuição significativa para a posição dos custos, enquanto em algumas indústrias a alta gerência desempenha um papel vital no contato com o computador. c) Tipos de atividades Dentro de cada cadeia de atividades primárias e de apoio, existem três tipos de atividades que desempenham um papel diferente na vantagem competitiva: Direta. Atividades diretamente envolvidas na criação de valor para o comprador, como montagem, fabricação de peças, operação da força de vendas, publicidade, projeto do produto, recrutamento. Indireta. Atividades que tornam possível a execução de atividades direta em uma base contínua, como manutenção, programação, operação de instalações, gerência da força de vendas, administração de pesquisa, manutenção de registro do vendedor. Garantia de qualidade. Atividades que garantem a qualidade de outras atividades, como monitoramento, inspeção, testes, revisão, verificação, ajuste e reforma. Garantia da qualidade não é sinônimo de gerência de qualidade, porque muitas atividades de valor contribuem para a qualidade. 50 Indo mais além; Porter (1989) comenta que toda empresa tem atividades de valor diretas, indiretas e de garantia da qualidade. Todos os três tipos estão presentes, não só entre atividades primárias, mas também entre atividades de apoio. No desenvolvimento de tecnologia, por exemplo, equipes de laboratório reais são atividades diretas, enquanto a administração da pesquisa é uma atividade indireta. Segundo Porter (1989), a função das atividades indiretas e de garantia da qualidade frequentemente não é bem compreendida, fazendo com que a distinção entre os três tipos de atividades seja importante para o diagnóstico da vantagem competitiva. Em muitas indústrias as atividades indiretas representam uma proporção grande e em rápido crescimento do custo, podendo desempenhar um papel significativo na diferenciação por meio de seu efeito sobre as atividades diretas. Apesar disso, as atividades indiretas são amiúde amontoadas com atividades diretas, quando os administradores pensam sobre suas empresas, embora as duas as duas tenham economias bem diferentes. Em geral existem trad-offs entre atividades diretas e indiretas; uma despesa maior com a manutenção reduz os custos das máquinas.; também são, com frequência, agrupadas em contas de encargos ou “despesas indiretas”, encobrindo seu custo e sua contribuição para a diferenciação. Atividades de garantia da qualidade prevalecem em quase toda parte de uma empresa, embora quase nunca sejam reconhecidas como tal. Os testes e a inspeção estão associados a muitas atividades primárias. As atividades de garantia da qualidade fora das operações são, via de regra, menos aparentes, embora igualmente prevalecentes. O custo cumulativo destas atividades, e o modo como outras atividades são executadas afetas. ˝A possibilidade de simplificar ou eliminar a necessidade destas atividades pela execução de outras atividades de uma forma melhor está na raiz da noção de que qualidade está ao alcance de todos˝ (PORTER, 1989, p. 41). Para diagnosticar a vantagem competitiva, Porter (1989, p.41) diz que necessário definir a cadeia de valores de uma empresa para competir em uma indústria particular. Começando com a cadeia genérica, atividades de valor individuais são identificadas na empresa particular. Cada categoria genérica pode ser dividida em atividades distintas, conforme ilustrado para uma categoria genérica. 51 A definição de atividades de valor relevantes exige que atividades com economias e tecnologias distintas sejam isoladas. Funções gerais como fabricação ou marketing devem ser subdivididas em atividades. O fluxo de produtos, o fluxo de pedidos ou fluxo de papelada podem ser úteis nisto. A subdivisão de atividades pode proceder até o nível de atividades cada vez mais estreitas que são, até certo ponto, distintas. Cada máquina em uma fábrica, por exemplo, poderia ser tratada como uma atividade independente. Assim, o número de atividades em potencial normalmente é muito grande (PORTER, 1989). O grau apropriado de desagregação, na definição de Porter (1989, p. 41), ˝depende da economia das atividades e dos propósitos para os quais a cadeia de valores está sendo analisada˝. Embora se vá voltar a esta questões anteriores, o principio básico é que as atividades deveriam ser isoladas e separadas, se (1) tiverem economias diferentes, (2) tiverem um alto impacto em potencial de diferenciação, ou (3) representarem uma proporção significativa ou crescente do custo. No uso da cadeia de valores, desagregações sucessivamente mais refinadas de algumas atividades são feitas, visto que a analise expõe diferenças importantes para a vantagem competitiva; outras atividades são combinadas porque mostraram ser sem importância para a vantagem competitiva ou são governadas por economias similares. O processamento de pedidos, por exemplo, pode ser classificado como parte da logística externa ou como parte do marketing. No caso de um distribuidor, o papel do processamento de pedidos é mais uma função de marketing. De modo semelhante, a força de vendas desempenha, com frequência, funções de serviço. Atividades de valor devem ser designadas a categorias que representem melhor sua contribuição para a vantagem competitiva de uma empresa. Se o processamento de pedidos é uma forma importante de interação da empresa com seus compradores, por exemplo, ele deve ser classificado como atribuição do marketing. Semelhantemente, se o manuseio de material interno e o manuseio de material externo utilizam as mesmas instalações e o mesmo pessoal, então ambos deveriam provavelmente ser combinados em uma atividade de valor, e classificados onde quer que a função tenha o maior impacto competitivo. As empresas obtêm quase sempre vantagem competitiva por meio de uma 52 redefinição dos papéis de atividades tradicionais – a exemplo que destaca Porter (1989, p. 44) onde a Vetco, um fornecedor de equipamento para campos de petróleo, utiliza o treinamento do cliente como um instrumento de marketing e como um modo de formar, por exemplo, custos de mudança. Tudo aquilo que uma empresa faz deveria ser classificado em uma atividade primária ou de apoio. Rótulos de atividades de valor são arbitrários e devem ser escolhidos para proporcionarem o melhor discernimento com relação ao negócio. Normalmente a rotulação de atividades em indústrias de serviços causa confusão porque as operações, o marketing e o apoio após a venda em geral estão intimamente ligados. A solicitação de atividades deveria seguir, em geral, o fluxo do processo, mas o pedido, também é uma questão de opinião. Via de regra, as empresas executam atividades paralelas, cujo pedido deve ser feito de modo a intensificar a clareza intuitiva da cadeia de valores para os administradores. Na visão de Porter (1989, p.112), ˝uma empresa diferencia-se da outra justamente na competitividade que uma empresa tem em relação a outra˝, ou seja, esta na diferenciação que se obtêm de vantagem e que se destaca. Porter (1989, p.113), descreve que ˝a diferenciação não pode ser compreendida se a empresa for considerada como um todo, pois elas provem das atividades especificas que uma empresa executa e do modo como afetam o comprador˝. A diferenciação surge da cadeia de valor da empresa. Virtualmente, qualquer atividade de valor constitui uma fonte em potencial de singularidade. A aquisição de matarias- primas e de outros insumos pode afetar o desempenho do produto final e, portanto, a diferenciação. Por exemplo, a Heineken dedica uma atenção especial a qualidade e a pureza dos ingredientes de sua cerveja e usa uma qualidade constante de levedura. De modo semelhante, o autor dá outro exemplo da Steinway emprega técnicos especializados na seleção dos melhores materiais para seus pianos, e a Michelin e mais seletiva que seus concorrentes com relações às classes de borracha que utiliza em seus pneus. 53 Outros diferenciadores de sucesso criam singularidade por meio de outras atividades primárias e de apoio. Atividades de desenvolvimento de tecnologia podem resultar em projetos de produtos com desempenho singular do produto, como bem destacado por Porter (1989, p.113) no qual a Cray Research fez no campo dos supercomputadores. ˝As atividades de operações podem afetar formas de singularidade como aparência do produto, conformidade com as especificações e confiabilidade˝. Outro exemplo, esta diferenciação dos frangos frescos por meio de um controle cuidadoso das condições de criação e alimentação os frangos com calendulas para melhorar sua coloração. Uma boa aplicação do sistema de logística externa pode estruturar a velocidade e a consistência das entregas. Por exemplo, a Federal Express estabeleceu um sistema logístico integrado utilizando seu centro em Memphis que produz um nível de confiabilidade de entrega desconhecido ate a sua entrada no negócio de entrega de encomendas pequenas. As atividades de marketing e de vendas também tem frequentemente um impacto sobre a diferenciação. 2.3.2 A Tecnologia e a Cadeia de Valor Segundo Porter (1989, p.154), ˝á transformação tecnológica é um dos principais condutores da concorrência. Ela desempenha um papel importante na mudança estrutural da indústria, bem como na criação de novas indústrias˝. Normalmente ela também é um equalizador, acabando com a vantagem competitiva até mesmo de empresas bem fortificadas e instigando outras para a dianteira `` . No entanto, apesar de sua importância, a relação entre transformação tecnológica e concorrência é muito mal entendida. Porter (1989, p.154) comenta em sua análise que se deve ter cuidado, pois ˝a transformação tecnológica costuma ser considerada por si só valiosa a qualquer modificação tecnológica que uma empresa possa ser a primeira˝ . Geralmente, a concorrência em indústrias de alta tecnologia é considerada uma passagem para a rentabilidade, enquanto outras indústrias de baixa tecnologia são vistas com desdém. O recente sucesso da concorrência estrangeira, 54 grande parte do qual baseado em inovação tecnológica, encorajou as companhias a investirem ainda mais em tecnologia, em alguns casos indiscriminadamente. A transformação tecnológica não é por si só importante, mas é importante se afetar a vantagem competitiva e a estrutura industrial. Nem toda a transformação tecnológica é estrategicamente benéfica; ela pode piorar a posição competitiva de uma empresa e a atratividade da indústria. Alta tecnologia não garante rentabilidade. Na verdade, muitas indústrias de alta tecnologia são muito menos rentáveis do que algumas de “baixa tecnologia” devido ás suas estruturas desfavoráveis. A tecnologia, contudo, penetra na cadeia de valores de uma empresa e extrapola as tecnologias associadas diretamente ao produto. Não existe, de fato, uma indústria de baixa tecnologia observada por este prisma mais amplo. Ao considerar qualquer indústria madura em termos tecnológicos, em geral, o resultado será um desastre estratégico. Além disso, muitas inovações importantes para a obtenção de vantagem competitiva são comuns e não envolvem nenhuma ruptura científica. A inovação pode ter importantes implicações estratégicas para companhias de baixa, bem como de alta tecnologia. 2.4 TURISMO E A LOGÍSTICA O turismo não pode ser considerado um fenômeno puramente socioeconômico, "pois não pode ser entendido como um setor independente da economia, e só em sentido figurado poderá ser aceito como um ramo específico produtivo, integrando no setor de serviços da economia" (CĀNDIDO E VIERA, 2003, p.27) No ponto vista de Palhares (2002, p.21) "considerar o turismo como uma indústria é ignorar a ação dos outros efeitos do turismo". Desta forma, os comentários de diversos autores estarão nos ajudando a revisar os tópicos como turismo, qualidade e logística no turismo, a indústria do turismos e os produtos turísticos. 55 2.4.1 Uma visão sobre turismo, qualidade, indústria do Turismo. Ao conceito turismo tem-se a palavra Tour que significa uma viagem em circuito, ou seja, saída de um ponto de origem e volta à mesma origem inicial, depois de um giro distante do domicílio. Os ingleses ampliaram o conceito do tour para tourism e ou turist. Para se entender melhor, o turismo criar somente uma definição sem se contar com todo aparato que cerca o turismo por meio de suas atividades, formando a denominação da indústria turística. Indústria do Turismo A indústria do turismo tem na visão de Palhares (2002), que segundo o autor há uma interação entre indústrias de segmentos diversos, que diretamente envolvidas se relacionam às atividades de alojamento e alimentação, transportes especializados, agências de viagens, artigos de viagem (do tipo souvenires), recreio e diversão nos locais turísticos. As indústrias indiretamente envolvidas com o turismo atendem à população em geral e dão apoio às atividades turísticas. Produto Turístico O produto turístico é o resultado da soma de recursos naturais, culturais e de serviços, produzido por uma pluralidade de empresas, algumas em produto acabado. No caso do turismo, há uma característica ainda mais marcante: o produto turístico é produzido e consumindo no mesmo local e o consumidor é que se desloca para a área de consumo. O momento de produção coincide com o de distribuição e muitas vezes com o de consumo. Turístico e diversificado que inclui, por exemplo, serviços de agências de viagens, alojamentos hoteleiros, transportes, diversões, aquisição de produtos de recordação, contatos sociais com outros turistas e com populações locais, frequência a 56 praias, circuitos no campo e na montanha, caça e pesca, visita a castelos, museus, palácios, etc., visita a cidades locais e típicas; qualidade, eficiência e urbanidade nos serviços de profissionais de turismo. Destaca Palhares (2002), o conceito do produto turístico, na perspectiva do consumidor a quem fundamentalmente interessa na óptica do marketing corresponde a um pacote de componentes tangíveis e intangíveis.Existem três núcleos básicos: Núcleo receptor. Polo emissor. Fontes de suprimento. Ao produto turístico, se tem os comentários de Machado (2005), que o produto turístico é produzido no mesmo local onde é consumido, ou a produção e o consumo acontecem concomitantemente. Nessa perspectiva, a preocupação da logística de bens em distribuir o produto para um mercado distante do centro de produção, cujo consumo realizado a posterior atrai o consumidor para o centro de produção e fazê-lo consumir o produto no transcorrer de seu próprio processo produtivo. Informações do turismo Os Fluxos de informação são elementos essenciais para a operação de logística do turismo. Existe, portanto, o conceito de qualidade e de qualidade de serviços, que desta forma não o turismo, porém todas as empresas e negócios dependem da informação, sendo esta a alma dos negócios. Nesta linha de pensamento O`Brien (2004), fala que os sistemas e tecnologias de informação tornaram-se componentes vitais quando se pretende alcançar o sucesso das empresas e organizações e, por essa razão, constituem um campo de estudo essencial em administração e gerenciamento de empresas. Com este pensamento em sua análise coloca que a desenvoltura de um gerente, empresário ou profissional de negócios, somente tem bons resultados se possuir uma compreensão básica de sistemas de informação como entender qualquer outra área funcional nos negócios. 57 Segundo Machado (2005) se obtêm a qualidade quando se alcança a meta estabelecida. Cada um dos agentes envolvidos, promotores, vendedores e turistas, tem sua própria meta e, se essa a meta foi atingida para ele, particularmente, a qualidade foi atingida. A Qualidade mais direcionada ao cliente corresponde ao cumprimento das especificações estabelecidas para alcançar a satisfação dos clientes. A qualidade só pode ser definida em termos de quem avalia. O que é a qualidade para o turista? O consumidor, a parte mais importante da linha de produção, é quem decidirá pela compra ou não do produto. "Mas do que é que o cliente necessita?" Algumas características da qualidade de um serviço são tão fáceis de quantificar e de medir quanto as características de qualidade de um produto manufaturado,. A imagem que um cliente formula de uma organização de serviços está extraordinariamente relacionada com percepção. Machado (2005) indica as diferenças e semelhanças entre prestação de serviços e produção de bens. Ao mesmo tempo em que se pode quantificar a qualidade do serviço como se fosse um bem físico, para ele, o operário de produção tem a ideia da qualidade do produto final. Sobre a qualidade do serviço havendo estudos da qualidade. Quatro características básicas para a maioria dos serviços podem ser destacadas: Os serviços são mais ou menos intangíveis. Os serviços são atividades ou série de atividades em vez de coisas. Os serviços são, pelo menos até certo ponto, produzidos e consumidos simultaneamente. O cliente participa do processo de produção pelo menos até certo ponto. Ainda tem-se a percepção com algo que se manifesta em forma de sensação 58 do tipo confiança, tato, segurança. Como exemplo tem-se as refeições servidas aos turistas ou os prospectos têm em sua essência do serviço, entretanto, é a intangibilidade do próprio fenômeno, que é o critério de serviço mais frequentemente (MACHADO, 2005). E o que acontece com o produto turístico é quase todo produzido na presença do turista, ou seja, sua produção e seu consumo são concomitantes. O turista não vivencia o trabalho de bastidores, mas avalia o resultado desse esforço, aquilo que ele apreende por meio de sua percepção. A rigor, o turista não é um mero receptor dos serviços, participa como um recurso da produção. O que se tem de entender, os clientes não podem ser mantido em estoque para depois serem distribuídos em outros períodos, como por exemplo, em promoções especiais onde a demanda é baixa. A complexidade da qualidade do serviço exige a elaboração de um modelo mais detalhado, gerenciável por partes. Normalmente, os clientes percebem qualidade como um conceito muito mais amplo, enquanto, frequentemente, apenas a especificação técnica acaba prevalecendo para a empresa. Que desta forma pode-se analisar o grau de satisfação dos clientes. Kuazaqui e Filho (2010) comentam que o domínio comercial da hospitalidade está perfeitamente caracterizado, até mesmo como um local turístico, dado sua beleza e o fascínio exercidos sobre os visitantes, muitos dos quais para lá se dirigem apenas com o intuito de passear e fazer compras. Nota-se, portanto, que o domínio comercial se estende para fora dos espaços reservados às estadias, aos restaurantes e outros estabelecimentos do gênero. Daí a necessidade de uma logística de prestação de serviços perfeitamente adequada, para que este visitante ou turista, ou mesmo o viajante a serviço, possam ser recepcionados, na chegada ou na partida, de forma hospitaleira, em que a qualidade dos serviços esteja presente e percebida por ele. A necessidade de se ter segurança durante a realização das atividades se refere a existência do não perigo físico para a pessoa que recebe o serviço. A empatia se refere à formação de uma corrente de aceitação e comunicação mútua entre a pessoa que presta o serviço e ao que recebe. 59 Ainda relacionado a questão de segurança a capacidade disponível dos meios necessários para prestar o serviço, também e relevante, tanto para os materiais, como para as pessoas. Há existência de indicadores de qualidade no transporte aéreo por exemplo pode-se destacar perfeitamente o desempenho de um determinado voo, onde as preocupações são as seguintes, (KUAZAQUI E FILHO, 2010 p.3). 1. Não perder a bagagem. 2. Não danificar a bagagem. 3. Banheiros limpos. 4. Acentos confortáveis. 5. Entrega rápida de bagagens. 6. Espaço amplo para as pernas. 7. Comidas de boa qualidade. 8. Serviço rápido de reservas. 9. Pessoal de cabine amigável e eficiente. 10. Cabine ordenada e limpa. 11. Temperatura e umidade de cabine confortáveis. 12. Assistência para conectar com outros voos. 13. Informar aos passageiros os atrasos. 14. Transporte do aeroporto para a cidade. 15. Informação precisa da chegada a parentes e amigos. 16. Embarque bem organizado. 17. Check-in rápido e amigável no aeroporto. 18. Carros porta-bagagens disponíveis. 60 19. Chegada pontual. 20. Provisão de almofadas e tapetes. 21. Assistência na alfândega autoritária de imigração. 22. Saídas pontuais. 2.4.2 A Logística e a Logística do Turismo. A gestão empresarial objetiva o suprimento das unidades de produção e a distribuição dos produtos aos consumidores. Para a gestão os fluxos de suprimento e de distribuição dos produtos acabados ligam-se a logística. A Logística Empresarial, as exigências do consumidor e, consequentemente, pela necessidade de se implementar um serviço de distribuição mais eficiente. A Logística Empresarial pode ser aplicada ao turismo no sentido da administração, dos serviços e da informação. A logística vai cuidar do fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como os fluxos de informação que colocam os produtos em movimento com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes, que podem ser aplicáveis perfeitamente ao turismo. 2.4.2.1 Logística do turismo A visão que alguns autores tem sobre o turismo por suas atividades serem dinâmicas dar-se de forma a parecer um arranjo logístico, buscando á otimização do uso dos transportes, dos recursos turísticos e dos sistemas de informações, interconectando à oferta e à demanda. Nesta linha de pensamento a Logística do 61 Turismo é o processo de planejamento, implementação e gestão do fluxo de turistas; de sua acomodação, lazer, recreação, entretenimento e mobilidade nos centros de interesse; do fluxo de informações e do suprimento dos mesmos centros de interesse com bens de consumo com eficiência de desempenho em qualidade e custo (MACHADO, 2005). Desta forma Machado (2005) descreve que Logística Turística está relacionada ao sistema de informação, ao transporte, aos centros de interesse ou núcleos repetitivos, à gestão das acomodações, dos serviços de transporte para a mobilidade local dos turistas e,completamente, à gestão dos fluxos de suprimento(abastecimento) dos centros de interesse. Logística tem o transporte como a atividade destinada ao deslocamento dos turistas, a partir do local de origem até o destino do ponto de interesse turístico. Gestão das acomodações é o centro de interesse e da fruição a partir das atividades turística proporcionais com cortesia e eficiência. É a mobilidade, processamento das informações, obtenção das fontes e suprimento. A logística turística, portanto, tem uma função primordial na determinação do nível do serviço prestado pelo sistema turístico, já que toda a gestão de fluxo e expedição e sua atribuição. Há alguns exemplos de aplicação à logística de turismo como: Tangibilidade. Confiabilidade. Responsabilidade. Competência. Cortesia. Credibilidade. Segurança. Acessibilidade. 62 Comunicação. Conhecimento do cliente. No cenário das atividades turística, o turismo internacional, utiliza bem a logística e atividades integradas, onde o que mais se destaca é o uso dos transportes para movimentação do fluxo de pessoas entre os mais diversos pontos do planeta, e com os mais diferentes objetivos, envolvendo os segmentos de transportes, aéreo, rodoviário e marítimo , onde estão: Companhias aéreas. Companhias ferroviárias. Armadores e operadores de cruzeiros marítimos. O turismo está unido à logística, e as novas tecnologias contribuem por sua relação com as técnicas de transporte e comunicação, também o número de viagens cresce, e crescem sim, a oferta de lugares bonitos, de bom clima, que aumentam a cada dia. Tem sido possível graças às melhorias nas técnicas de transporte e de comunicações e à aplicação das técnicas de logística. A decisão sobre o meio de transporte de viajar se baseia em características do mesmo, intimamente relacionada com a distância entre a origem e o destino, e com o tempo que demoram a ocorrer. Dentro deste mesmo conceito de opção por viajar, utilizar o transporte aéreo, aparece como preferência, pela a velocidade, rapidez, a qualquer outra dimensão. Sendo assim as visitas aos portos especialmente escolhidos, situam-se em um plano similar de atração e conforto que a estada de um navio. O tempo de transporte tem um significado distinto em relação a um avião. A viagem dura muito mais, mais o conforto e bem maior (NORIN, YAAN E VARBRAND, 2011).. As viagens de trem podem ser consideradas intermediarias ao do avião, e ao 63 barco, como componentes do turismo; onde apresentam uma curiosa complementaridade com o tempo de estada em um país distante. Assim, a comunidade de uma viagem de avião, compensa pelo menor tempo; a comodidade do barco tem uma compensação maior. Essa oposição entre os dois é muito frequente com os problemas logísticos. O tempo de viagem é um modo de lazer, emprego e prazer que o turista sente quando viajar pode ser visto em ralação ao tempo livre é usado ou que o tempo livre está sendo perdido. Fato que deve ser levado em conta esta nas operadoras logísticas, que não estão sempre a disposição em levar a cabo todas as operações que se incluem com a função logística. Ambas as circunstâncias têm possível outsourcing (as operadoras logísticas são empresas que se dedicam à prestação de serviços logística a outras empresas). Pode-se classificar-se estas operadoras em: Operadoras logísticas com capacidade de realizar serviços. Operadoras logísticas que oferecem apenas o serviço de armazenamento e sua gestão. Operadoras logísticas que oferecem apenas o serviço de transportes e de armazenamento. Segundo Pozo (2008), o sistema logístico tem uma grande importância nas operações logísticas, pela influência e disposição dos recursos necessários para realização das atividades. No primeiro, todos os turistas voam em grandes aviões, grandes barcos, em ônibus por autopistas que cruzam as fronteiras. Se tratando de trem, avião, os ônibus pelo país se alojam em grandes hotéis. No segundo os turistas chegam muitas vezes em seu avião particular ou de carro. Elas se movem em torno do país, que tem um aeroporto e rodovias para chegar em qualquer lugar Ivanovic e Baldigar (2007). Nesta situação alguns clientes ficam, por exemplo, em apartamentos ou em casas de montanha, distanciadas das cidades, buscam pequenas praias balneários. Eles gostam de ir aos restaurantes selecionados, manter certa solidão e intimidade. Nestas duas situações informamos algumas etapas destes processos: 64 A etapa do processo do primeiro país será, por exemplo: Viajar em um avião. Chegar em um aeroporto. Pegar um ônibus grande que leve ao hotel. Ficar em um hotel com muitas habitações. Visitar em grupos a cidade. Comprar grandes coisas. Voltar de avião ao seu país. O segundo caso poderia vir como o seguinte: Levar em um pequeno avião privado. Aterrissar em um pequeno aeroporto. Viajar de carro próprio a um pequeno albergue da montanha. Sair com amigos em restaurantes selecionados. Visitar os povos do redor. Voltar à seu país em seu próprio avião. Nesse contexto a escolha do processo segundo Pozo (2008) os meios que compõem depende do tipo de serviço prestado. Assim, o sistema logístico está formado por o conjunto de dispositivos e suas relações que se empregam para alcançar os objetivos de circulação, armazenamento, entrega e informação. No caso do turismo, formariam parte do sistema logístico, quanto 65 menos os meios de transporte, alojamentos, dispositivos de comunicação. Os modelos descritos mostram que as etapas de prestação do serviço turístico seriam as mesmas em ambos os casos. Como parte do processo descrito anteriormente os empresários devem localizar as suas instalações, como restaurantes, um hotel ou grandes armazéns, devem tratar de buscar informações em sites que as trazem e tentem identificar qual é o local, e qual a parcela de onde pretendem ficar uma determinada demanda. Percebendo estes fatos nota-se a distribuição do espaço, a partir de alguma divisão da cidade em zonas, onde a instalação de cada negócio se pode atender sua demanda. De alguma maneira parece que a escolha dos locais é baseado em leis conhecida de atração de clientes. Conforme Ching (2006), Gestão da logística e a previsão de incertezas e riscos, está relacionado à nunca se ter a certeza da quantidade a ser solicitada pelos clientes e da quantidade a ser enviada para a armazenagem. Para complicar ainda mais a situação, não é possível prever com exatidão quando chegarão os suprimentos para iniciar a produção e abastecer os estoques. Nesta linha de pensamento tem-se também as atividades turísticas. Desta forma, muitas empresas em diversos segmentos mantêm seus estoques elevados com intuito de atender às necessidades de seus clientes de forma que não falte mercadorias. Assim como nas indústrias e comércios, ocorre também no setor hoteleiro, principalmente, aqueles que estão instalados em locais inóspitos como os hotéis de selva que devido a distante têm que estar mantendo seus estoques no máximo e ficar atento a fenômenos naturais que provocam a cheias e baixas dos rios deixando inclusive comunidades isoladas. 2.5 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO A mistura de tecnologias da internet e preocupações empresariais tradicionais estão influenciando todos os setores empresarias e sem dúvida as organizações. 66 Todas as empresas precisam atualizar suas infraestruturas de negócios e mudar sua maneira de trabalhar para que possam atender mais rapidamente às necessidades de seus clientes (O`BRIEN, 2004). Um modelo de sistema de informação expressa uma estrutura conceitual fundamental para os principais componentes e atividades dos sistemas de informação. Um sistema de informação depende dos recursos de pessoal, hardware, software e redes para executar atividades de entrada, processamento, saída, armazenamento e controle que convertem recursos de dados em produtos de informação. Essa combinação está nos comentários e na análise de Bertalanffy (2010) sobre a teoria de sistemas na qual um sistema depende de outra para poder funcionar, pois um sistema gera dados para outros subsistema interagiram de forma a estarem interdependentes. Um Hardware precisa de um Software e vice-versa para de funcionar, a Figura 7, ilustra o envolvimento necessário de um sistema de informação. Figura 7: Ambiente de um sistema. Fonte : O`Brien, (2004, p.8). Ao modelo de sistema de informação destacam-se os cinco conceitos 67 principais que podem ser aplicados a todos os tipos de sistemas de informação, conforme demonstrado na Figura 8 (O`BRIEN, 2004): Pessoas, hardware, software, redes e dados são os cinco recursos ou componentes básicos dos sistemas de informação. Os recursos humanos incluem os usuários finais e especialistas em SI, os recursos de hardware consistem em máquinas e mídia, os recursos de software incluem programas e procedimentos, os recursos de rede consistem em mídia e apoio às comunicações e os recursos de dados podem incluir dados, modelo e bases de conhecimento. Os recursos de dados são transformados por atividades de processamento de informação em uma diversidade de produtos de informação para os usuários finais. Processamento de informação consiste em atividades de entrada, processamento, saída, armazenamento e controle. Figura 8: Os cinco componentes de um sistema de informação Fonte: O`Brien, (2004, p.8). 68 2.5.1 Recursos dos Sistemas de Informação O modelo básico de SI mostra que um sistema de informação consiste em cinco recursos principais, como Recursos humanos, hardware, software, dados e redes, são essenciais para o desenvolvimento de qualquer atividade, conforme comentado anteriormente O`Brien,(2004). Os comentários de Laudon e Laudon (2007) também dão significância a tirar o exemplo de um CRM somente pode rodar com as informações sendo bem alimentadas e somente perfeito entrosamento desses recursos. Os Recursos Humanos são necessárias pessoas para a operação de todos os sistemas de informação. Esses recursos incluem os usuários finais e os especialistas em SI. Usuários finais - são pessoas que utilizam um sistema de informação ou a informação que ele produz. Especialistas em SI - são pessoas que desenvolvem e operam sistemas de informação. Analistas de Sistemas – projetam sistemas de informação com base nas demandas dos usuários finais. Desenvolvedores de Software – criam programas de computador seguindo as especificações dos analistas de sistemas. Operadores do sistema – monitoram e operam grandes redes e sistemas de computadores. Os Recursos de Hardware incluem todos os dispositivos físicos e equipamentos utilizados no processamento de informações (O`BRIEN, 2004). Máquinas periféricos, computadores) - dispositivos físicos (redes de telecomunicações, 69 Mídia - todos os objetos tangíveis nos quais são registrados dados (papel, discos magnéticos). Exemplos de hardware em sistemas de informação computadorizados são: Sistemas de computadores – consistem em unidades de processamento central contendo microprocessadores e uma multiplicidade de dispositivos periféricos interconectados. Periféricos de computador – são dispositivos, como um teclado ou um mouse, para a entrada de dados e de comandos, uma tela de vídeo ou impressora, para a saída de informação, e discos magnéticos ou ópticos para armazenamento de recursos de dados. Os Recursos de Software incluem todos os conjuntos de instruções de processamento da informação, além disso, para ajudar a montar o quebra cabeça do sistema, o software somente pode rodar em um computador que esteja a sua altura, caso contrário os exemplos que se tem, da utilização de um programa denominado como muito pesado, ocorre pela incompatibilidade entre o software e hardware (O`BRIEN, 2004). Programas - um conjunto de instruções que fazem com que um computador execute uma tarefa específica. Procedimentos - conjunto de instruções utilizadas por pessoas para finalizar uma tarefa. Exemplos de recursos de software são: Software de sistema – por exemplo, um programa de sistema operacional, que controla e apoia as operações de um sistema de computador. Software aplicativo - programas que dirigem o processamento para um determinado uso do computador pelo usuário final. Procedimentos – são instruções operacionais para as pessoas que 70 utilizarão um sistema de informação. Aos Recursos de Dados constituem um valioso recurso organizacional. Dessa forma, os dados devem ser efetivamente administrados para beneficiar todos os usuários finais de uma organização. Os recursos de dados dos sistemas de informação normalmente são organizados em (O`BRIEN, 2004): Bancos de dados - uma coleção de registros e arquivos logicamente relacionados. Um banco de dados incorpora muitos registros anteriormente armazenados em arquivos separados para que uma fonte comum de registros de dados sirva para muitas aplicações. Bases de conhecimento - que guardam conhecimento em uma multiplicidade de formas como fatos, regras e inferência sobre vários assuntos. Dados versus Informações. O termo dados é o plural de datum, embora seja geralmente usado para representar a forma singular e plural. Os termos dados e informações são muitas vezes empregados de modo intercambiável. Entretanto, devese fazer a seguinte distinção: Dados: - são fatos ou observações crus, normalmente sobre fenômenos físicos ou transações de negócios. Mais especificamente, os dados são medidas objetivas dos atributos (características) de entidades como pessoas, lugares, coisas e eventos. Informações: - são dados processados que foram colocados em um cenário significativo e útil para um usuário final. Os dados são submetidos a um processo de “valor adicionado” (processamento de dados ou processamento de informação) onde: Sua forma é agregada, manipulada e organizada Seu conteúdo é analisado e avaliado São colocados em um contexto adequado a um usuário humano. 71 Os Recursos de Rede como as redes de telecomunicações como a Internet, Intranets e Extranets tornaram-se essenciais ao sucesso de operações de todos os tipos de organizações e de seus sistemas de informação baseados no computador. As redes de telecomunicações consistem em computadores, processadores de comunicações e outros dispositivos interconectados por mídia de comunicações e controlados por software de comunicações. O conceito de recursos de rede enfatiza que as redes de comunicações são componente fundamental de todos os sistemas de informação. Os recursos de rede incluem (O`BRIEN, 2004): Mídia de comunicações (cabos de pares trançados, cabo coaxial, cabo de fibra ótica, sistemas de micro-onda e sistemas de satélite de comunicações). Suporte de rede (recursos de dados, pessoas, hardware e software que apoiam diretamente a operação e uso de uma rede de comunicações). Desta forma, não se trabalha uma mídia de comunicação sem todo aparato técnico que se dispõe. As atividades de processamento de informação (ou processamento de dados) que acontecem nos sistemas de informação, O`Brien, (2004) assim como Ballou (2010) descreve que para o sistema de informação logístico (SIL), possa gerar informação suficiente para alimentar o sistema de informação gerencial (SIG) torna-se necessário existir algumas etapas como: entrada de recursos de dados, transformação de dados em informação, Saída de produtos da informação, armazenamento de recursos de dados e Controle de desempenho do sistema. Laudon e Laudon (2007) também comentam que a cadeia de suprimentos precisa de informações para coordenar as atividades e processos de coleta a entrega de matéria-prima. Entrada de Recursos de Dados Os dados sobre transações comerciais e outros eventos devem ser capturados e preparados para processamento pela atividade de entrada. A entrada normalmente assume a forma de atividades de registro de dados como gravar e editar. 72 Uma vez registrados, os dados podem ser transferidos para uma mídia que pode ser lida por máquina, como um disco magnético, por exemplo, até serem requisitados para processamento. Transformando os Dados em Informação Os dados normalmente são submetidos a atividades de processamento como cálculo, comparação, separação, classificação e resumo. Estas atividades organizam, analisam e manipulam dados, convertendo-os assim em informação para os usuários finais. A informação é transmitida de várias formas aos usuários finais e colocada à disposição deles na atividade de saída. A meta dos sistemas de informação é a produção de produtos de informação adequados aos usuários finais. Saída de Produtos da Informação A informação é transmitida em várias formas para os usuários finais e colocadas à disposição destes na atividade de saída. A meta dos sistemas de informação é a produção de produtos de informação apropriados para os usuários finais. O`Brien (2004) destaca que existência de características que tornam a informação válida e útil as informações, como descreve também Bertalanffy (2010): um sistema somente encontra sua eficiência por meio do desempenho de suas funções pela características que o mesmo possui como: Qualidade da Informação Exame das características ou atributos da qualidade de informação. Informações antiquadas, inexatas ou difíceis de entender não seriam muito significativas, úteis ou valiosas para você ou para outros usuários finais. Desejo das pessoas por informações de alta qualidade, ou seja, produtos de informação cujas características, atributos ou qualidades ajudem a torná-los 73 valiosos para elas. As três dimensões da informação são: tempo, conteúdo e forma. Armazenamento é um componente básico dos sistemas de informação. É a atividade do sistema de informação na qual os dados e informações são retidos de uma maneira organizada para uso posterior. Controle de Desempenho do Sistema: Uma importante atividade do sistema de informação é o controle de seu desempenho. Um sistema de informação deve produzir feedback sobre sua atividades de entrada, processamento, saída e armazenamento. O feedback deve ser monitorado e avaliado para determinar se o sistema está atendendo os padrões de desempenho estabelecidos. O feedback é utilizado para fazer ajustes nas atividades do sistema para a correção de defeitos. Como usuário final de uma empresa, deve-se ser capaz de reconhecer os componentes fundamentais dos sistemas de informação que encontra no mundo real. Isso significa que: Identificação dos sistemas de informação Deve-se identificar as pessoas, o hardware, o software, os dados, e os recursos de rede que utilizam. Os tipos de produtos de informação que produzem. O modo como executam as atividades de entrada, processamento, saída, armazenamento e controle. 74 Figura 9: Componentes de um sistema de informação. Fonte: O`Brien, (2004, p.41). Para uma compreensão melhor a análise dos sistemas de informação segundo O`Brien, (2004), destaca-se o exemplo da Figura 9 onde a análise de sistemas em uma organização. Pode-se destacar partir do momento que tenta-se identificar ou visualizar os recursos utilizados, a própria empresa em suas atividades, começa a enxergar o produto da informação produzida em seus sistemas de informação. Demonstram-se abaixo os recursos necessários para melhor visualização da empresa. Recursos de SI: Recursos pessoais compreendem os usuários finais, tais como os clientes online da empresa, fornecedores, funcionários e especialistas de SI, bem como os engenheiros de software, os diretores executivos de informação, e o diretor executivo de tecnologia. Recursos de Hardware: Milhares de PCs e servidores e outros computadores que a empresa deve estar 75 usando. Recursos de Software: Navegadores de rede a software de e-business que operam websites de ecommerce, realizam leilões online e dão suporte à colaboração online. Recursos de Rede: Mídias e redes de comunicação apoiam componentes que são parte dos recursos de rede necessários aos processos de e-business e de e-commerce dentro da empresa. Recursos de Dados: Arquivos e bancos de dados sobre seus clientes, fornecedores, funcionários, produtos e outras informações necessárias para os negócios, incluindo as bases de conhecimento que são parte de seu sistema Central de Apoio à administração do conhecimento. Produtos de Informação: Telas em PCs conectados ao cliente, fornecedor e funcionário oferecem informações sobre os produtos e serviços online da empresa desde catálogos de ecommerce e websites de leilão; apoiam a colaboração online de grupos de trabalho e equipes da companhia; e fornecem informações online aos gerentes em portais de informação de terminais digitais. Atividades de SI: Atividades de entrada incluem a entrada de cliques de navegação da website, entradas e seleções de dados de e-commerce e de e-business, e consultas e respostas de colaboração online feitas por clientes, fornecedores e funcionários. Atividades de processamento: As atividades de processamento são realizadas sempre que algum dos 76 computadores da empresa executa os programas que são parte dos recursos de software de e-business e de e-commerce. Atividades de saída: As atividades de saída envolvem principalmente a tela ou a impressão de produtos de informação mencionados anteriormente. Atividades de armazenamento: As atividades de armazenamento têm lugar quando os dados da empresa são armazenados e controlados nos arquivos e bancos de dados nos drives de disco e em outros meios de armazenamento dos computadores da empresa. Atividades de controle: As atividades de controle incluem a utilização de senhas e outros códigos de segurança pelos clientes, fornecedores e funcionários para a entrada nos web sites de e-commerce e de e-business da empresa e para o acesso a seus bancos de dados e bases de conhecimento. 2.5. 2 Tipos de Sistemas de Informação Segundo O`Brien (2004), os Sistemas de Informação desempenham papéis administrativos e operacionais importantes em empresas e outras organizações. Destaca Ballou (2010) que o sistema operacional de uma empresa de logística, depende diretamente das informações gerenciais e de seus sistemas. Laudon e Laudon (2007) argumentam que o sistema de gerenciamento também gera informações para sua cadeia e os membros da mesma e auxilia na tomada de direções. Portanto, vários tipos de sistemas de informação podem ser classificados conceitualmente destacam-se os Sistemas de Apoio às Operações e Sistemas de Apoio Gerencial. 77 1-Sistemas de Apoio às Operações Os sistemas de informação são necessários para processar dados gerados por e utilizados em operações empresariais. Esses sistemas de apoio às operações produzem uma diversidade de produtos de informação para uso interno e externo. Entretanto, eles não enfatizam a produção de produtos de informação específicos que possam ser mais bem utilizados pelos gerentes. Normalmente é exigido o processamento adicional por sistemas de informação gerencial. O papel dos sistemas de apoio às operações de uma empresa em busca de eficientemente processar transações, controlar processos industriais, apoiar comunicações e colaboração atualizar bancos de dados da empresa. 2-Sistemas de Processamento de Transações (TPS) Concentram-se no processamento de dados produzidos por transações e operações empresariais. Os sistemas de processamento de transações registram e processam dados resultantes de transações empresariais (vendas, compras, alterações de estoque). Os TPS também produzem uma diversidade de produtos de informação para uso interno e externo (declarações de clientes, salários de funcionários, recibos de vendas, etc.). Os TPS processam transações de dois modos básicos: Processamento em Lotes- os dados das transações são acumulados durante certo tempo e periodicamente processados. Processamento em Tempo Real (ou on-line) - os dados imediatamente depois da ocorrência de uma transação. são processados 78 3-Sistemas de Controle de Processo (PCS) Os sistemas de controle de processo são sistemas que utilizam computadores para o controle de processos físicos contínuos. Esses computadores destinam-se a tomar automaticamente decisões que ajustam o processo de produção físico. Exemplos incluem refinarias de petróleo e as linhas de montagem de fábricas automatizadas. 4-Sistemas Colaborativos Os sistemas colaborativos são sistemas de informação que utilizam uma diversidade de tecnologias de informação a fim de ajudar as pessoas a trabalharem em conjunto. Eles nos ajudam de certa forma a colaborar com a comunicação de ideias, a compartilhar recursos e coordenar nos esforços de trabalho cooperativo como membro dos muitos processos informais e formais e equipes de projeto. Sua meta normalmente é a utilização da TI para aumentar a produtividade e criatividade de equipes e grupos de trabalho na empresa moderna. 5-Sistemas de Apoio Gerencial (MSS) Os sistemas de apoio gerencial se concentram em fornecer informação e apoio para a tomada de decisão eficaz pelos gerentes. Eles apoiam as necessidades de tomada de decisão da administração estratégica (principal), administração tática (média) e administração de operação (supervisora). Em termos conceituais, O`Brien (2004) comenta que alguns tipos principais de sistemas de informação, Sistemas de Informação Gerencial (MIS) Sistemas de Apoio à Decisão (DSS) e Sistemas de Informação Executiva (EIS) estes sistemas são necessários para apoiar uma série de responsabilidades administrativas do usuário final conforme comentamos abaixo: 79 6-Sistemas de informação gerencial Os sistemas de informação gerencial são a forma mais comum de sistemas de informação gerencial. Eles fornecem aos usuários finais administrativos produtos de informação que apoiam grande parte de suas necessidades de tomada de decisão do dia a dia. Os SIG fornecem uma diversidade de informações pré-especificadas (relatórios) e exibições em vídeo para a administração que podem ser utilizadas para ajudá-los a tomar tipos estruturados mais eficazes de decisões diárias. Os produtos de informação fornecidos aos gerentes incluem exibições em vídeo e relatórios que podem ser providos por meio de solicitação, periodicamente, de acordo com uma tabela prédeterminada e sempre que houver a ocorrência de condições excepcionais. 7-Sistemas de apoio à decisão Os sistemas de apoio à decisão fornecem informações aos usuários finais gerenciais em uma seção interativa em uma base (quando necessário). Os gerentes criam as informações que necessitam para tipos mais desestruturados de decisões em um sistema interativo de informação computadorizado que utiliza modelos de decisão e bancos de dados especializados para auxiliar os processos de tomada de decisão dos usuários finais gerenciais. 8-Sistemas de informação executiva Os sistemas de informação executiva (EIS) fornecem acesso imediato e fácil à alta e média administração a informações seletivas sobre fatores que são críticos para a que os objetivos estratégicos de uma empresa sejam alcançados. 80 2.5.3 A Cadeia de Valor e os Sistemas de Informação Estratégicos Conforme destaca O`Brien (2004) um importante conceito que pode ajudar o gerente a identificar oportunidades, para sistemas de informação estratégicos é o conceito de cadeia de valor como foi desenvolvido por Porter (1989), comenta que o uso da tecnologia da informação da desenvoltura as atividades logísticas também sejam integradas como o uso da Internet e Intranet, assim como Laudon e Laudon (2007) ressaltam abaixo estas descrições: Encara uma empresa como uma série ou “cadeia” de atividades básicas que adicionam valor a seus produtos e serviços e, com isso, adicionam uma margem de valor para a empresa. Algumas atividades das empresas são consideradas atividades primárias, e outras são atividades de apoio. Este referencial pode destacar onde as estratégias competitivas podem ser mais bem aplicadas em um negócio. Os usuários finais gerenciais devem tentar desenvolver sistemas de informação estratégicos para aquelas atividades que adicionem o maior valor para os produtos ou serviços de uma empresa e, consequentemente, ao valor total da empresa. 1-Exemplos de cadeia de valor Os sistemas colaborativos com base na Internet podem aumentar as comunicações e a colaboração necessárias para melhorar drasticamente os serviços de coordenação e apoio administrativos. Exemplos de processos de apoio: Uma intranet para aprimoramento funcional pode ajudar a função de gestão de recursos humanos a propiciar desenvolvimento profissional aos funcionários. programas de treinamento e 81 Extranets de engenharia e projeto auxiliados por computador permitem que uma companhia, juntamente com suas parceiras comerciais, crie produtos e processos. Extranets podem melhorar drasticamente a aquisição de recursos ao propiciar um website de e-commerce online aos fornecedores de uma empresa. 2-Exemplos de processos primários: Sistemas de armazenamento automatizado just-in-time para apoiar processos de logística interna envolvendo o armazenamento de estoque, sistemas de manufatura flexível auxiliado por computador para operações industriais, e sistemas de ponto de venda e processamento de pedidos online para melhorar processos logísticos externos que processam pedidos de clientes (O`BRIEN, 2004). Apoio de marketing e processos de vendas por meio do desenvolvimento de uma capacidade de marketing interativo direcionado na Internet e na Rede Mundial de Computadores. O atendimento ao cliente pode ser drasticamente melhorado por meio de um sistema coordenado e integrado de gerenciamento das relações com o cliente. 3-Exemplos de Cadeia de Valor Baseadas na Internet: Cadeias de valor também podem ser usadas para uma colocação estratégica dos aplicativos de uma empresa que atua na Internet para obter uma vantagem competitiva. As conexões de Internet de uma empresa com seus clientes podem propiciar benefícios e oportunidades de vantagens competitivas O`Brien (2004), há também comentários de Laudon e Laudon (2007) que por meio das Intranets e Extranets e possível que todos os membros da cadeia de suprimentos com o bom uso das informações serem beneficiados sem gastar muito utilizar-se da Internet para execução e coordenação de suas atividades. Assim dar-se abaixo alguns exemplos do que a empresa pode controlar: 82 Grupos de notícias na Internet, salas de bate-papo, e web sites de ecommerce são poderosas ferramentas para a pesquisa de mercado e o desenvolvimento de produtos, vendas diretas e oferta de suporte e recepção de feedback do cliente. As conexões de Internet de uma organização com seus fornecedores podem também ser utilizados na obtenção de vantagem competitiva. Por exemplo: Catálogos multimídia de produtos em web sites de e-commerce de fornecedores, e informações online da situação de embarque e de programação que dão às companhias acesso imediato a informações atualizadas de diversos fornecedores. 83 3 METODOLOGIA A pesquisa caracteriza-se por ser descritiva e comparativa com uma abordagem qualitativa, utilizando um estudo de caso múltiplo sobre o tema específico, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investigando determinado assunto em profundidade, mas também em todos os seus ângulos e aspectos, aos fins que se destinam. (SALOMAN, 2010 ). O raciocínio é um processo de pensamento pelo qual conhecimentos são logicamente encadeados de maneira a produzirem novos conhecimentos. Tal processo lógico pode ser dedutivo ou indutivo. Dedução e indução são, pois processos lógicos de raciocínio. O levantamento e caracterização de fatos são realizados mediante o processo de pesquisa, sobretudo da pesquisa experimental, de acordo com técnicas específicas. (SEVERINO, 2010, p.183) O Método Cientifico tem como estratégia organização e orientação da atividade científica, encaminhando à obtenção de um novo conhecimento científico que transforme a realidade (SALOMON, 2010). Ainda sobre os métodos científicos os aspectos descritivos e da análise reflexiva, alguns autores abordam o processo científico, a metodologia da ciência, além de descrever o que são os métodos indutivo, dedutivo e hipotético-dedutivo, inclui outros procedimentos que levam a formulação das hipóteses, elaboração de leis, explicações de leis, explicações e teorias científicas, fazendo também uma análise crítica deles como destaca os autores como pré-requisitos nos quais o trabalho assume as formas descritas anteriormente (SEVERINO, 2010; MARCONI E LAKATOS 2010; SALOMON, 2010). O estudo realizado caracteriza-se como exploratório, uma vez que se propôs a conhecer melhor e delinear o processo de logística integrada nos hotéis de selva na cidade de Manaus. Quanto à abordagem metodológica, o estudo faz a opção pelo método de pesquisa qualitativa, com o intuito de obter maior clareza dos conteúdos. 84 Desta forma, a obtenção dos dados deu-se por meio de uma pesquisa nos quais foram identificados um universo de seis Hotéis de Selva cadastrados na ABIH-AM na cidade de Manaus, porém houve somente obtenção de autorização para pesquisa sem divulgação do nome em três hotéis de selva, dando uma amostra de cinquenta por cento. O qual julga-se ser considerável para realização da pesquisa. Vergara (2010, p.59) comenta “os dados também podem ser tratados de forma qualitativa como, por exemplo, codificando-os, apresentado-os de forma mais estruturada e analisando-os”. Em verdade, elas são muito variadas e escolher a apropriada e tarefa do pesquisador. Marconi e Lakatos (2010, p. 103) afirma que ˝em certos graus de mudança quantitativa, produz-se, subitamente, uma conversão qualitativa˝. Em suas considerações Yin (2001), destaca que estudo de caso é um estereótipo, porém um modelo muito utilizado para teses e dissertações, sendo este mais uma das várias maneiras de se fazer pesquisa, nesse intuito finca-se o estudo em três organizações de selva avaliando a importância da logística integrada e sua cadeia de valor. 3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para atingir as finalidades do trabalho foi necessário optar por uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Sendo assim Malhotra (2006, p. 101) descreve que a pesquisa exploratória descritiva é ‘’ aquela que descreve as características de grupos, com base em estudo estruturado. Mais além Denker (2007, p.124) informa que este tipo de pesquisa “caracterizando-se por possuir um planejamento flexível envolvendo em geral levantamento bibliográfico, entrevistas, com pessoas experientes e analise similares”. A pesquisa descritiva em geral procura descrever fenômenos ou estabelecer relações variáveis. Assim, realizou-se a pesquisa, observações e entrevistas em três hotéis de selva na cidade de Manaus. com visitas, 85 As entrevistas foram realizadas com gestores dos hotéis, responsáveis dos setores e supervisores das unidades, tanto na cidade como no próprio hotel. As observações foram realizadas em todas as dependências, equipamentos utilizados na logística onde tivemos o privilegiam de realizar por mais de uma visita. Quanto à pesquisa bibliográfica foi de fundamental importância nas descobertas realizadas tanto nos anais, web, revistas eletrônicas e artigos contribuíram para razão do trabalho. No processo metodológico buscou-se a coleta de informações sobre a temática central do estudo uma vez se analisou a logística integrada em hotel de selva. O levantamento das informações realizado no período de Agosto de 2011 a Julho de 2012, com um recorte temporal 2000 a 2010, porém encontrando publicações importantes relevantes, o qual se estabeleceu relações entre as fontes de dados, entre elas os anais, websites e fontes cientificas internacionais, publicações e periódicos científicos como Ebsco entre outros, sendo que a busca durante a pesquisa baseou-se nas palavras-chave como, logística, logística integrada, supply chain, cadeia e rede valor, turismo, hotelaria. Desta forma destacamos a seguir o saldo parcial de nossa pesquisa bibliográfica seja pelas palavras–chave ou pelo tema. 86 3.2 O PROCESSO DE PESQUISA Figura 10: Resumo da Metodologia. Fonte: Autor, (2011). 87 Para realização da pesquisa foi necessário completar diversas etapas uma a uma, apesar de haver comentários de Cooper e Schindler (2003) a respeito, que é comum ocorrer adequações, dolos e pulos, de muitas etapas antes do fim, outras etapas serem desenvolvidas ao mesmo tempo, o que ocorreu durante nossa pesquisa. Destaca-se, ainda que essas mudanças fossem bastante relevantes para o desenvolvimento. Desta forma, ilustra-se anteriormente na Figura. 10 às etapas cumpridas durante a pesquisa. 3.3 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES Nesta etapa da metodologia aplicada por meio das informações coletadas sobre o tema central foi bastante significante e ampla pela sua magnitude em razão da problemática existente e envolvente; e pela razão dos hotéis de selva ter de enfrentar constantemente barreiras geográficas e climáticas. Ao darem prosseguimento as suas atividades, são obrigados a enfrentar diversas adversidades: assim este fato serviu para aumentar o conhecimento empírico através das informações coletadas e observações realizadas, ajudando na compreensão e contextualização teórica a respeito da logística integrada. Como complemento da pesquisa bibliográfica realizada em 1.195 artigos sobre as temáticas: logística, logística integrada, cadeia de valor e turismo como palavras chave na consulta da base Ebsco, destes foi utilizado somente um total de 05 artigos no recorte temporal de 2000 a 2010 conforme proposto para este trabalho, alem de utilização de teses, de dissertações de mestrado. Assim, também, se realizou pesquisa bibliográfica em livros na biblioteca das IES Uninorte/AM, Ciesa/AM, Dom Bosco/AM e UFAM, em livrarias na cidade de Manaus enfatizando a pesquisa utilizando as palavras chave Logística, logística integrada, cadeia de valor e turismo o qual facilitou a interpretação e aprofundamento do conhecimento sobre o tema. 88 Pode-se demonstrar na Figura 11 a seguir possui o recorte por palavras chave e temas estabelecidos no levantamento das informações a fundamentação utilizada. Figura 11: Levantamento da pesquisa por Tema Fonte: Autor (2011). 89 Autor Porter QUADRO 3 : Autores de Livros Publicados Ano Segmento 1989 Estratégia Alvarenga e Novaes 2000 Logística Lambert e Cooper 2000 Administração Wood Junior 2000 Logística Andrade 2001 Metodologia Yin 2001 Metodologia Palhares 2002 Logística e Turismo Ignarra 2003 Turismo Candido e Vieira 2003 Hotelaria O`Brien 2004 Sist. de Informação Pozo 2005 Logística e Turismo Machado 2005 Logística e Turismo Ballou 2006 Logística Ching 2006 Logística Faria e Carneiro 2006 Turismo Dencker 2007 Metodologia Laundon e Laundon 2007 Sist. de Informação Ballou 2010 Logística Bertalanffy 2010 Sistemas Salomon 2010 Metodologia Severino 2010 Metodologia Vergara 2010 Metodologia Marconi e Lakatos 2010 Metodologia Fonte: Autor (2011). 90 3.4 OBJETO DE ESTUDO E SUJEITO DA PESQUISA A delimitação do estudo assim como o campo de estudo referem-se a moldura que o autor coloca em seu estudo. Conforme Vergara (2010, p.30) ˝o momento em que se explica para o leitor o que fica dentro do estudo e o que fica de fora˝. Tem-se pleno entendimento que não pode confundir o universo com amostra da pesquisa, pois são pontos variáveis como período de tempo e área específica. Dentre a forma que se apresenta este tipo de estudo, optou-se pelo formato de um estudo de casos múltiplos em função do direcionamento da pesquisa para um setor específico da atividade econômica, o turismo de selva, no qual a ocorrência do fenômeno em questão é considerada importante e potencialmente para economia local. Yin (2001, p.19) descreve que ˝os estudos de caso representam a estratégia preferida quando se colocam questões do tipo como e por que˝. Sendo assim, cada uma destas estratégias representa uma maneira diferente de se coletar e analisar provas empíricas, seguindo sua própria lógica. Destaca-se a seguir no Quadro 4 a relação dos hotéis de selva de Manaus pesquisados e devidamente cadastrados na ABIH-AM, porem vale resaltar que constam somente seis hotéis em um raio de até 60 km partindo do centro de Manaus em linha reta onde estão localizados os hotéis de selva do objeto de estudo, porem somente três atenderam nossa solicitação para pesquisa . pode-se destacar que os hotéis de selva pesquisados localizam-se próximo de áreas de mata densa, em Reservas de Desenvolvimento Sustentável, como é o caso de dois hotéis localizados na RDS dos Tupė, o hotel A1 e A2, onde pode-se ter uma visualização próxima através da Figura 12. O primeiro conta com uma infraestrutura de hotel de cinco estrelas com 65 apartamentos, localizado no lago sobre uma estrutura flutuante de balsas. O hotel A2 localizado na mesma RDS do Tupė, mais precisamente no lago do Tupė, com uma estrutura mista, balsa e fixa em terra oferecendo uma estrutura similar de hotel três estrelas com 53 apartamentos, e o hotel A3 localizado no lago do Puraquequara com 32 apartamentos. 91 Quadro 4 : Localização dos Hotéis de Selva Meio de Hospedagem Tipologia Endereço Apartamentos / N° de leitos A1 Hotel de Floresta Margem Rio Negro. Apartamentos: 68 Leitos: 136 A2 Hotel de Floresta Margem do Rio Negro Apartamentos: 53 A3 Hotel de Floresta Lago do Puraquequara Apartamentos: 32 Leitos: 70 Fonte:http://www.viverde.com.br.acesso em 25.05.11. Figura 12: Região Metropolitana de Manaus. Fonte: Secretaria Metropolitana de Manaus (2011). 92 3.5 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS No que diz respeito ao instrumento de coleta de dados, utilizou-se a observação direta, por meio do uso da entrevista, utilizando questionários o qual ajudaram na interação entre o pesquisador e os entrevistados, conforme demonstrado no Quadro 5 a seguir. Vale resaltar que o questionário utilizado foi semiestruturado com perguntas abertas de caráter qualitativo. Observação direta, no ponto de vista de Yin (2001), não pode deixar passar alguns fenômenos que podem ocorrer durante uma visita de campo nas organizações visitadas, observando assim alguns comportamentos organizacionais ambientais relevantes, o que ocorreu em nossa visita nas organizações de selva, que pode ser levado em consideração como evidencias ao estudo de caso. Yin (2001, p.119) comenta que há ˝três princípios para coleta de dados, baseado nestes comentários deve-se observar que existe benefícios para obter as evidencias, baseado nestes como: utilizar várias fontes de evidência, criar um banco de dados para estudo de caso e manter encadeamento de evidências˝. O questionário caracteriza-se por uma série de questões apresentadas ao respondente, por escrito. As vezes e chamado de teste, como é comum em pesquisa psicológica; outras , e designado por escala, quando quantifica respostas. O questionário aberto, as respostas livres são dadas pelos respondentes; no fechado, o respondente faz escolhas, ou pondera, diante de alternativas apresentadas (VERGARA, 2010, p. 54). Também se obteve dados por meio da pesquisa bibliográfica. Os dados serão coletados entre Agosto de 2011 e Janeiro de 2012, a população identificada esta nas organizações de hotéis de Selva na cidade de Manaus, na qual se identificou num total de seis empresas. Marconi e Lakatos (2010, p.165) destaca que a coleta de dados ˝é a tarefa cansativa e toma, quase sempre, mais tempo do que se espera. Exige do pesquisador paciência, perseverança e esforço pessoal, além do cuidado do registro 93 dos dados e de um bom preparo anterior˝. Nos relatos contidos no quadro a seguir elaborou-se a segunda etapa da pesquisa sobre o estudo de caso. 94 QUADRO 5: PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS 2ª ETAPA 1. 2ª Etapa da Pesquisa - Estudo de Caso 1.1 Plano para conduzir o estudo de caso: Quais as contribuições da Logística integrada na gestão dos Hotéis de Selva na Cidade de Manaus? 1.2 Objetivo principal: Analisar as contribuições da logística integrada na gestão dos Hotéis de Selva em Manaus. 1.3 Ferramentais adotados: Observação direta e Entrevistas semiestruturadas. 2. Procedimentos de Campo A. Observação Direta - Agendamentos para visita de campo nos hotéis e escritório Revisão das informações preliminares. Verificação de procedimentos de acesso. . B. Entrevistas Semiestruturadas - Determinação das pessoas a serem entrevistadas. Gerentes (5 pessoas) Supervisor (01 pessoa) 3. Questões para o Estudo de Caso A. Descrever as atividades primárias e de apoio da cadeia Cadeia de Valor. A.1 Infraestrutura, Recursos Humanos e Administrativos, Tecnologia da Informação e Logística operacional. A.2 Questões formulário de entrevista 01 (Apêndice A) B. Descrever a Rede de Valor B.1 Fornecedor, Distribuidor, Atacadista, Varejista. B.2 Questões formulário de entrevista 02(Apêndice A) 4. Plano de Análise e Relatório de estudo de caso A. Apresentação dos dados coletados. A.1 Identificação das atividades primárias dos Hotéis de Selva; A.2 Identificação da cadeia de valor dos Hotéis de Selva; A.3 Identificação do fluxo informacional da cadeia de valor dos Hotéis de Selva B. Análise dos dados coletados. B.1 Análise do mapeamento da cadeia de valor dos Hotéis de selva; B.2 Análise da descrição da rede de valor dos Hotéis de Selva B.3 Análise do fluxo informacional da cadeia de valor dos Hotéis de Selva B.4 Análise da descrição dos componentes existentes da logística integrada dos Hotéis de Selva. Fonte: Autor (2012). 95 Antes da análise e interpretação dos dados Marconi e Lakatos, (2010, p.166) descrevem que ˝ deve-se tomar como procedimentos, os dados devem ser elaborados e classificados de forma sistemática˝. Alguns passos devem ser seguidos como: seleção etapa minuciosa dos dados onde se deve verificar criticamente a fim de detectar falhas; codificação técnica operacional na utilização para categorizar os dados e tabulação etapa de disposição dos dados. Quadro 6 - Entrevistados Hotéis de Selva /Instituições Cargo A1 Ger. De Rec.Humanos A1 Sup. de Logística A1 Ger. de operações A1 Ger. de Vendas A2 Ger. de Comercial A3 Ger. de operações SRRM(Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Região Metropolitana de Manaus Subsecretário Fonte: Autor, (2012). A coleta das informações realizadas com sete entrevistados, conforme demonstra o Quadro 6, foram úteis, pois serviram para identificar inclusive, para ter uma visão mais ampla do tipo de estrutura e de gestão utilizada pelos hotéis de selva. O ponto de vista de cada entrevistado, assim como acesso a SRRMM que deu apoio fornecendo cópia do Plano de desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus(RMM) foi de fundamental importância 96 3.6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Dencker (2007, p.191) em seus estudos ressalta que a parte do ˝objetivo da análise consiste em reunir as observações de maneira coerente e organizada, de forma que seja possível responder ao problema da pesquisa˝. Quanto à interpretação buscase sentido mais amplo aos dados coletados, fazendo a ponte entre eles e o conhecimento existente. Indo mais além nas considerações do autor, a fase mais importante e fundamental está no uso do referencial teórico, pois é ele que vai dar sentido as observações em razão dados terem significados ou não. Portanto, na análise dos dados apesar da abrangência geral necessária optouse por priorizar uma análise nas ações de implementação na logística integrada. Sendo assim, para auxiliar a pesquisa, escolheu-se também a análise da fundamentação teórica, ou seja, o estudo sobre o tema como base nas revisões feitas na literatura. Yin (2001, p.121) comenta que ˝qualquer descoberta ou conclusão em um estudo de caso provavelmente será muito mais convincente e apurada se basear em várias fontes distintas de informação, obedecendo a um estilo colaborativo de pesquisa˝. O processo de divulgação dos dados e etapa mais importante, pois o pesquisador após coletado as informações e analisados o pesquisador passa a ter conhecimento especifico sobre o caso, sendo assim a divulgação dar-se á nesse relatório final e também em publicações de artigos. Denker (2007, p.209) afirma que ˝as conclusões devem ser claras, mostrando os inconvenientes, e vantagens do estudo e dos resultados obtidos˝. Os procedimentos tomados para análise dos dados foram realizados de maneira distinta. A primeira observação direta (visita nos hotéis) cujo objetivo foi acompanhar os principais processos realizados, no que auxiliou na compreensão da integração da logística adotada por cada hotel de selva. A segunda a realização de entrevistas semi estruturada contribuiu na compreensão da estrutura e atividades realizadas pelos hotéis de selva. Desta forma as informações coletadas foram relevantes, e ajudou a concretizar as evidências ao estudo de caso proposto. 97 4 RESULTADOS A obtenção dos resultados deu-se por meio de um alto performance de desenvolvimento da pesquisa em virtude dos dados coletados, culminando em analise e mapeamento da cadeia de valor e logística desenvolvida pelos hotéis de selva da cidade de Manaus. 4.1 APRESENTAÇÃO DOS HOTÉIS Além do luxo e riqueza da floresta amazônica o hotel de selva A1 oferece acomodações de alto padrão, de forma que os hospedes sintam-se em um verdadeiro hotel cinco estrelas em meio a floresta uma vez que o hotel não deixa faltar nada, inclusive com shows musicais de cantores de renome nacional e internacional.Como parte de nossa pesquisa as informações foram disponibilizadas pelo hotel de selva A1, onde relata bem sua infraestrutura e atividades realizadas. Localizado à margem esquerda do Rio Negro, Hotel de selva A1 tem sua construção norteada pela preocupação ambiental e oferecimento de ótimos serviços ao turista. Quem se hospedar em um de seus 65 apartamentos, poderá sentir-se na natureza no meio da selva amazônica, com o conforto dos grandes hotéis de luxo. Os diferenciais do hotel de selva A1 saltam aos olhos já na primeira visita pela beleza da construção arquitetônica: suas janelas e paredes espelham a beleza dos rios e da mata, no entorno da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé (RDS TUPÉ) e do Parque Estadual do Rio Negro Setor Sul. Internamente, o turista também encontrará um apartamento com o conforto e luxo dos hotéis cinco estrelas. A maior preocupação do hotel A1 está em manter o meio ambiente intacto, o hotel destaca-se como poucos hotéis de selva no Amazonas em possuir um sistema de tratamento de água, recolhimento de lixo, ser o primeiro a apresentar um Plano 98 de Contingenciamento elaborado por pesquisadores de um Centro Universitário. O hotel de selva A1 foi idealizado dentro dos conceitos mais modernos de turismo sustentável, usando a alta tecnologia de tratamento de água, com uso responsável de energia e materiais, recolhimento e reciclagem de lixo, além do trabalho que respeita a natureza e integra a comunidade que se encontra próximo ao hotel. O principal diferencial está em proporcionar aos clientes a aventura e experiência na selva com o conforto e o serviço padrão de um hotel de luxo. A exuberância da região amazônica está mais perto de seus clientes. O Complexo possui 65 apartamentos, todos climatizados, com vista panorâmica para o rio e equipados com sistema de aquecimento de água, frigobar, cofre e TV LCD com programação via satélite. O hotel de selva A1 conta também com elevador, bares, auditório, sala de eventos, salão de jogos, piscina, área de entretenimento, trilhas interpretativas, observatório de pássaros, área de descanso e leitura. Possui um restaurante com comida regional com padrão internacional com serviços à la carte, buffet e sugestão do chef. Lazer é o que não falta no hotel de selva A1. O hotel conta com opções de lazer como piscinas, érea de recreação infantil (ESPAÇO KIDS), bar aquático, área de fitness, salão de jogos, área de descanso e leitura com acesso à internet. As informações a seguir foram coletadas do hotel de selva A2, onde oferece acomodações, visitas a tribos indígenas e comunidades ribeirinhas, ruínas e museu do seringal, caminhadas na selva, observações noturnas, como dos pássaros, focagem de jacaré, pescarias e contemplação do nascer do sol e atividades livres como nas praia, piscina, pedalinhos e kayaks. O hotel de selva A2, e classificado na categoria especial de hotel de selva, foi construído em Manaus e só levado à sua localização definitiva após a total conclusão do projeto dezembro de 2008. A arquitetura do hotel é nativa e o complexo é composto por dois blocos construídos sobre uma estrutura flutuante, portanto, a 99 informação colita em sua pagina destaca que o hotel de selva A2 não sofre e com variação do nível das águas. Também possui passarela que interliga o complexo às praias. Porem, com a seca dos rios o lago de acesso e fechado pelo baixo nível dos rios. O hotel de selva A2 está localizado na margem esquerda do Rio Negro, na reserva de desenvolvimento sustentável do Tupé. Idealizado por E. H., proprietário do Grupo AB, o hotel de selva A2 foi construído conforme os dados coletados minuciosamente projetado em todos os seus detalhes: a localização privilegiada com praias e lago privativos. Porém vale comentar que o hotel de selva A2 está localizado em uma RDS (RDS do tupė). As lanchas rápidas possibilitam um transfer de apenas 30 minutos entre a cidade e o hotel na selva e o pick-up é realizado 24h à partir do aeroporto ou hotel na cidade, o que não obriga o cliente a pernoitar na cidade. O hotel de selva A2 possui 53 apartamentos, todos com ar condicionado, TV e frigobar e ducha quente. Há piscina, bem como os kayaks e pedalinhos são para livre utilização pelos hóspedes. Os quais poderão fazer agradáveis passeios e pesca nativa no lago, com material fornecido pelo próprio hotel. O complexo também dispõe de serviço de internet e salão de convenções com capacidade para 100 pessoas. O Hotel de selva A2 procura ter cuidado com o conforto e a segurança nas acomodações e áreas comuns do hotel faz com que a interação com a natureza. O hotel de selva A3 está localizado a 30 km (18,75 milhas) de Manaus, às margens do Lago Puraquequara, a montante do rio Puraquequara. Devido ao elevado PH ácido, água, mosquitos não proliferam na área, fato não tão relevante para nossa pesquisa porem torna-se necessário ao cliente devido o hotel estar localizado no meio da mata. A partir de Manaus, somente um barco leva os hóspedes. Os hóspedes são transladados a partir do Aeroporto ou Hotel e transferido de carro para o porto para embarque CEASA. A viagem a bordo de um barco demora cerca de 2 1/2 horas e passa pelo "Encontro das Águas" e continua através de um braço do lado do Rio 100 Negro para o Lodge. O hotel de selva A3 é classificado como "especiais de alojamento Ecológicas” pela EMBRATUR - A Secretaria de Turismo do Brasil. A aldeia é constituída de uma central "ar livre" lodge rodeado por 21 bungalows, a maioria deles com dois quartos separados. As salas são dispostas com sofás e cadeiras confortáveis, para o perfeito relaxamento. Há um Grande terraço para tomar sol, ler e relaxar com a natureza. O hotel de selva A3 procura proporcional uma atmosfera confortável enquanto seus hospedes experimentam a deliciosa cozinha, três refeições são servidas diariamente, bem como lanches entre os diferentes programas. A alimentação consiste principalmente de produtos locais, preparados pelo Chef no local. Há 45 apartamentos, todos com telas mosqueteiros, duas camas de solteiro, casa de banho privativa com ducha e varanda com rede, discretamente integrados em ambiente natural de floresta tropical. A capacidade máxima é de 90 pessoas, em quartos duplos. O alojamento não tem luz elétrica somente um gerador de energia que é utilizado como fonte alternativa de energia para abastecimento da água. Não há nenhuma fonte de energia a não ser baterias automotivas (110 v) para iluminação dos quartos, não existe tomadas disponíveis para carregar qualquer tipo de aparelho. As luzes nos quartos são limitadas para as horas da noite e não há água quente disponível. A área principal Lodge é iluminada por lamparinas de querosene e candeeiros. As áreas de cozinha e serviço são fornecidas com energia das baterias continuamente dia e noite e a geladeira e os freezers são mantidas a gás. 101 4.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS Nesta seção pretende-se apresentar os dados obtidos nas entrevistas realizadas, parte já dita no histórico e estrutura dos hotéis de selva pesquisados em um total de três empresas. As seções posteriores tratarão especificamente da importância para o setor hoteleiro de selva como sua infraestrutura, recursos administrativos, tecnologia de informação, rede de valor, marketing e logística, onde as informações coletadas destacam as características gerais de cada empresa. Como se comentou anteriormente destacam-se as características assim como uma diferenciação em seu porte, que concomitantemente destaca-se pelo tamanho e desenvoltura em suas operações. Primeiramente, serão descritos os aspectos gerais pertinentes à estrutura organizacional da empresa. Em seguida, serão feitas as análises de cada tópico que dá suporte ao questionamento feito, onde os recursos empregados durante as entrevistas podem ilustrar o ponto de vista do entrevistado. Será apresentado também as conclusões e pontos relevantes durante a pesquisa, que foram fundamentados nos autores, em sua cadeia de valor e rede valor, que ajudaram a compor este trabalho. Procurou-se estabelecer parâmetros para análise dos dados, dentro da metodologia proposta o qual se baseou em teorias, as quais respaldaram esta pesquisa descreveu-se como sendo de caráter qualitativo. Com vistas em melhorar a compreensão, este capítulo foi dividido em subitens considerando os objetivos do estudo. 4.2.1 Identificação da cadeia de valor dos hotéis de selva Ao identificar cadeia de valor dos hotéis de selva, buscou-se o auxilio da bibliografia de Porter. Os dados coletados através do objeto de estudo, foram apoiados nas atividades dos hotéis de selva, atrelado aos tópicos norteadores da 102 pesquisa como: infraestrutura, recursos humanos, administração e tecnologia da informação, atrelados as atividades primárias, associadas às atividades de logística operacional, marketing e pós venda. Na apresentação dos dados foram consideradas as informações obtidas durante as entrevistas, observações diretas. Destacam-se: a funcionalidade da estrutura organizacional; compreensão dos processos de terceirização; estrutura funcional; tecnologias disponíveis; planejamento, burocracias, procedimentos internos e operacionais; assim como adaptabilidade aos modelos operacionais existentes em cada logradouro ou região no qual o empreendimento está estabelecido; estratégias de vendas e marketing e pós- venda. Portanto, para cada analise realizada, levou-se em consideração as estratégias de análise, quando da preferência pela identificação da cadeia de valor. Não tão distante desta, os comentários sobre análise e interpretação de dados. 4.2.1.1 Atividades de apoio da cadeia de Valor Para entender melhor a cadeia de valor dos Hotéis de Selva, pode-se distinguir claramente uma a uma pela estrutura conforme demonstrado no Quadro 7 a seguir. Assim, o fluxo das informações que ocorrem dentro das organizações pode ser possível delinear por meio de estratégias adotadas pela organização, com vista do alcance da excelência. Existindo, portanto, a subordinação das relações envolvidas em relação a cadeia de valor. Notou-se durante as visitas e entrevistas, que as organizações à medida que alcançam os objetivos, a cadeia de valor vai auxiliando a identificar a cada momento onde se deve realinhar a estratégia utilizada, desta maneira constituindo um novo negócio de forma a reconfigurar a sua própria cadeia de valor. A cadeia de valor dos hotéis de selva é generalista onde se destaca um conjunto composto de atividade de apoio desempenhados por cada organização de 103 selva, e pela sua margem de valor que vai acrescentando em cada atividade desempenhada, e pelas relações estabelecidas entre si. As atividades primárias identificadas nos Hotéis de Selva da cadeia de valor foram: Logística interna ou de entrada: Atividades relacionadas com recepção, armazenamento e distribuição inputs aos produtos. Operações: Atividades relacionadas com a transformação para obter um produto final. Logística externa ou saída: Atividades relacionadas com recolhimento, armazenamento, distribuição física do produto. Marketing de Vendas: Atividades relacionadas com a comercialização dos pacotes e passeios. Serviços; Atividades relacionadas com o serviço de Pós-Venda que acrescentam valor ao pacote ou passeio. Na rede de valor dos Hotéis de Selva foram identificadas as relações em uma dimensão vertical entre os hotéis e os fornecedores. Os Recursos fornecidos pelos fornecedores como, os produtos e serviços fluem na direção dos hotéis. Para a compreensão de como funciona a rede de valor nos hotéis de selva, está atrelado aos complementadores que ajudam a expandir a rede de valor dos fornecedores, atacadistas, distribuidores ou varejistas, expandindo a forma dos negócios por meio do fornecimento de insumos ou serviços para os hotéis de selva aumentando sua qualidade no fornecimento de seus produtos que entram na cadeia como matériaprima para as atividades do hotel, seja, alimentos, material de limpeza, até máquinas e equipamentos. Gerando com isso um bom funcionamento e atendimento aos hospedes, 104 QUADRO 7: Atividades de Apoio da cadeia de valor dos hotéis Atividades de Apoio Hotel A1 Infraestrutura -Estrutura própria flutuante em balsas -Apartamentos. Recursos Humanos -Mão de obra contratada adequada. -Pouco utiliza mão de obra terceirizada. -Alta especialização. -Muito treinamento Administração -Focada nos gestores. -Administração sistematizada e prescritiva. Tecnologia - Sistema de Gestão próprio; - Atualizações no Sistema sistematizadas; - Baixa adaptabilidade dos modelos operacionais; - Processos informatizados; Hotel A2 -Estrutura própria mista(balsas e terra) -Apartamentos e chalés -Mão de obra contratada enxuta e terceirizada. -Pouca especialização. -Pouco ou quase nenhum treinamento. -Focada no proprietário centralizada. -Administração sem métodos ou procedimentos - Sistema de Gestão próprio. - Poucas Atualizações no Sistema. - Baixa adaptabilidade dos modelos operacionais. - Processos manuais. Hotel A3 -Estrutura própria edificada. -Bangalôs -Mão de obra contratada enxuta e terceirizada. -Pouca o quase nenhuma. -Pouco ou quase nenhum treinamento.especializ ação. -Focada no proprietário centralizada . -Administração sem métodos ou procedimentos - Sistema de Gestão próprio; - Poucas Atualizações no Sistema. - Alta adaptabilidade dos modelos operacionais. - Processos manuais. Fonte: Autor (2012). 4.2.1.1.1 Infraestrutura Conforme entrevista realizada com os gestores para buscar compreender melhor a estrutura organizacional pode-se destacar o seguinte: categorias, serviços e pacotes, que neste caso está associada aos passeios e hospedagem. Observou-se que os hóspedes podem optar pela individualidade das atividades não estando 105 atrelados aos pacotes. Os serviços oferecidos estão atrelados aos pacotes, que recebem nomes regionais, e do empreendimento, está incluindo determinado tipo de alojamento individual ou duplo. O hóspede quando da opção do pacote e informado o que inclui desde tipo de alojamento, atividade a serem realizadas, em passeio e visitação, alimentação e outros contemplam o pacote. Foi constatada parcialmente a disponibilidade dos pacotes oferecidos, quando da chegada aos hotéis, em alguns destes pacotes pode-se interagir diretamente observando-se as atividades e estrutura oferecidas pelos Hotéis de Selva. Os entrevistados relataram que a estrutura do hotel inicia-se com a preparação dos hóspedes durante a visita ao hotel, que para as organizações de selva seria a fase de pré-venda. Conforme a demanda vai aumentando, os pacotes vão sendo préestabelecidos. A variação das necessidades contribuem inclusive na diversificação dos itens fornecidos inclusive como a preparação dos eventos, com aparatos operacionais, alimentação, visitação entre outros. Os entrevistados em momento nenhum relataram, em caso de uma alta na demanda, procurarem alternativas para atender mais clientes quando a ocupação está em 100%. Segundo os entrevistados, a preparação para alta temporada começa gradualmente, com abastecimento e preparação dos alojamentos, que vão ocorrendo de acordo com a demanda progressivamente, a não ser em casos de eventos ou de locação por um grande grupo. Neste caso irá necessitar de um aumento nos suprimentos e da contração de terceiros seja no fornecimento de equipamentos ou recursos humanos. No momento da entrevista, notou-se por meio dos relatos dos entrevistados que quando há um aumento da demanda ou contratação por grandes grupos, não há investimentos em infraestrutura dos hotéis, a contração de recursos humanos, opta-se pela terceirização de mao de obra local. O sistema de tecnologia da informação utilizado disponível em todos os hotéis são semelhantes ambos contam com o gerenciamento tecnológico das informações por meio de um sistema desenvolvido especificamente para sua 106 necessidade, sendo este atualizado constantemente. As relações desenvolvidas por ambos os hotéis de selva são semelhantes, porém em categorias diferentes que se pode observar em visita pelo tamanho e infraestrutura de cada hotel. O sistema atual dos Hotéis de Selva A2 e A3 está centrada em pacotes Office diretamente ligado aos gestores de cada área especifica, seja no hotel ou pelo escritório. Com relação à funcionalidade da estrutura organizacional, os entrevistados não mencionaram diretamente maiores dificuldades operacionais, existentes, porém, e notadamente os fenômenos naturais prejudicam todas das organizações de selva forçando uma adaptabilidade constante, seja na contração de māo de obra e terceirização aumentando a sua estrutura. Acreditam os entrevistados que o maior desafio está ligado a parte física onde a adaptação do espaço para o momento da alta e baixa dos rios que cercam os hotéis de selva, uma vez que a localização todos os hotéis, são a margem ou dentro dos rios e lagos da Amazônia, fato que contribui e influência a estrutura organizacional onde os hotéis fazem constantes adequações. No entanto, os entrevistados mencionaram algumas dificuldades estruturais encontradas para realização das programações. Anualmente são necessárias manutenções periódicas (quartos, banheiros, e instalações, porto), afetadas pelos rios. Cabe relatar que nos hotéis A2 e A3 muitas destas manutenções não são realizadas constantemente, devido à demanda e pela variação do clima amazônico, seja pelas chuvas torrenciais ou pelo verão intenso, faz com haja influência diretamente na estrutura de cada empresa como no caso o hotel A1 possui uma equipe de manutenção. Percebe-se um cuidado especial do hotel A1, está em manter, a qualidade dos eventos e dos serviços do hotel. Constatou-se que não existe uma preocupação pelos outros dois hotéis, pois segundo os entrevistados, os aumentos da estrutura e da qualidade dos eventos realizados são de forma gradativa e não são permanentes Com relação às políticas governamentais e procedimentos internos, organizacionalmente não está ligado a nenhuma entidade pública, a não por financiamentos que tenham tomados e as autorizações para funcionamento dos 107 órgãos que regulam as empresas de um geral. Segundo os entrevistados, depende financeiramente de projetos de leis, de incentivos fiscais para obter a verba de operacionalização somente por meio de projetos aos Ministérios, Secretarias e a Suframa. O que se pode constatar com os entrevistados, que as empresas privadas usam as leis de incentivo fiscal para patrocinarem parte de sua estrutura física, no entanto a relação de dependências fiscais e muito grande, o que dificulta a realização dos projetos. Os entrevistados informaram que todo o processo que envolve a hotelaria de selva, depende muito de um bom gerenciamento devido a forte influência da Região Amazônica, que pode prejudicar ou não as atividades diárias, necessitando de um acompanhamento diário de todas as atividades por parte dos gestores. 4.2.1.1.2 Recursos humanos A estrutura funcional dos Hotéis de selva é bastante simples com exceção do A1 que é formada pela presidência, diretores, gestores, supervisores e operacionais. No entanto, em as outras duas organizações de hotelaria de selva A2 E A3 se mantém sempre em três níveis: Diretoria, Gerência e operacionais no Maximo. Notou-se que o cargo da diretoria é ocupado pelo proprietário ou membro da família, se mantém um gerente na capital e outro no hotel de selva ou um encarregado. Dentro da estrutura funcional o gestor e a peça principal da hotelaria de selva, pelos recursos necessários utilizados na realização das atividades, por este motivo os gestores acompanham todas as atividades de perto e presente. Apesar dos gerentes ou supervisor dos A2 E A3 não possuírem formação para capacitar profissionais para execução das atividades hoteleiras mais sofisticadas, percebeu-se que estes profissionais tem aplicado praticas do dia a dia para treinamento da mão de obra utilizada, normalmente contratada na região, solução 108 encontrada para dar sustentabilidade e ao mesmo tempo e diminuir uma transit de pessoal cidade/hotel/cidade, diminuindo o deslocamento e aumentando a permanência dos funcionários no hotel. O treinamento tem sido a saída que o Hotel de Selva A1 encontrou, para desenvolver profissionais qualificados na região de localização do hotel, porém requer por parte dos gestores acompanhamento constante. Contudo, segundo os respondentes, a falta de māo de obra especializada hoteleira é um dos maiores gargalos da hotelaria de selva. Desta forma, os entrevistados mantem uma gestão dinâmica o que torna o processo de formação e preparação da equipe de trabalho significativamente complexa. Atualmente, os profissionais contratados, recebem treinamento no local de trabalho praticando, a falta de profissionais e tempo de treinamento é bem curta em razão das necessidades emergentes. Outra grande dificuldade encontrada nos profissionais locais está no nível de instrução que torna a tarefa do gestor mais difícil, inclusive no treinamento, no qual a população local muito mal tem o ensino fundamental completo; porém o A1, desenvolve projetos educacionais dando além do treinamento, educação básica para os colaboradores locais e funcionários do hotel atividade desenvolvida que não se encontrou nos dois outros hotéis de Selva A2 e A3. 4.2.1.1.3 Administração Conforme mencionado anteriormente em seu histórico às organizações de selva pesquisadas são empresas organizadas de forma a captar seus recursos próprios por meio de uma estrutura hoteleira rústica por parte de duas organizações os hotéis de Selva A2 e A3. Por outro lado o hotel A1 possui o luxo dos hotéis urbanos e esplendor da floresta proporcionado todo conforto aos hóspedes. Desta forma esperam que seus clientes ganhem em elegância e beleza e as outras duas organizações de selva os hotéis A2 e A3, por estarem mais próximos da natureza 109 demonstram ao máximo um contato com a natureza oferecendo de forma confortável e ecologicamente e com sustentabilidade que não causam impacto ambiental com sua estrutura rústica encravada no meio da floresta. As formas de arrecadação de todos os hotéis pesquisados estão ligadas aos pacotes oferecidos e aos passeios, os quais sempre estão ligados a uma programação pré-estabelecida seja por meio de seu site, por agências de viagens, hotéis ou guias espalhados pela cidade. Observou-se que os hotéis de selva dão um significado especial maior as atividades relacionadas à hospedagem devido a agregação de valor aos pacotes oferecidos. A administração dos recursos financeiros é direcionada a um gestor localizado normalmente no escritório central onde este profissional que começou junto com o proprietário nas atividades de hotelaria de selva, ocupando o cargo de confiança nos hotéis de selva sendo o elo entre o departamento de marketing, hotel e o proprietário. As atividades dos Hotéis de Selva são transformadas em ações de Pré–Venda, neste caso tem-se um grau de significância pela presença do gestor onde tem um papel igual ao de um sócio ou diretor da empresa. Notou-se que parte de todas as atividades esta centralizada neste gestor assim como as atribuições norteadoras sobre as vendas e demandas. 4.2.1.1.4 Tecnologia da informação Segundo declaração de dois gestores dos hotéis de selva pesquisados relataram que o sistema de gestão da informação é próprio, e tem sido desenvolvido exclusivamente para suas necessidades que vão surgindo gradativamente e fazendo adaptações; porém não se devem esquecer as ferramentas de informação que vão aparecendo, evoluindo e concomitantemente empregada e ou adaptada às realidades atuais o que não ocorre constantemente em dois hotéis. Os sistemas de 110 informação devem ser constantemente adequados sempre que possível, pelo fato da evolução tecnológica. Segundo os entrevistados, o modelo de plataforma da informação existente se mantém inalterado, sendo alimentado constantemente, porém algumas informações sendo alteradas gradativamente devido ao desenvolvimento de novas atividades. De acordo com os entrevistados, essa atualização não ocorre com a mesma velocidade e agilidade que são desenvolvidos novos projetos e atividades o que não ocorre na hotelaria urbana. Para os entrevistados, o maior desafio enfrentado é a administração dos eventos ou as entradas e saídas dos hóspedes, nos hotéis A2 e A3. O sistema de informação do hotel A1 auxilia na distribuição dos grupos hospedes pelo pacote, porém foi encontro dificuldades nos hotéis a2 e A3 na organização devido estarem atrelados a sistemas engessados pelos próprios proprietários. Segundo os entrevistados, as informações divulgadas nos sites dos hotéis ajudam a identificar, controlar e classificar o hóspede e ao mesmo tempo informar as atividades pertinentes por cada hóspede. Somente no A1 o sistema e alimentado constantemente, conforme informação do gestor, os grupos ou hóspedes que fazem reservas normalmente pelo site, os dados são automaticamente disponibilizados no sistema, assim como, as informações geradas pela organização, conforme programação disponível no website. Pórem, durante a pesquisa em todos os sites das organizações pesquisada as informações não eram completas ou não estavam disponibilizadas. 4.2.2 Identificação da rede valor dos hotéis de selva A identificação da Rede de Valor dos hotéis de selva pesquisados teve por meio da pesquisa suas observações retradas e em suas variáveis como: fornecedor, distribuidor, atacadista e varejista. O que ajudou na análise e interpretação dos dados coletados foi a forma de compreensão das atividades dos fornecedores, 111 distribuidores, atacadistas e varejistas; a compreensão da relação entre os fornecedores e os hotéis de selva, incluindo as formas que determinam quem são os fornecedores, distribuidores, atacadistas e varejistas. Assim, para cada variável foram adotadas estratégias de análise, as quais contribuíram para o alcance do objetivo. A compreensão de quem são os fornecedores, distribuidores, atacadistas e varejistas (parceiros) dos hotéis de selva inicia-se na concepção da estrutura dos hotéis. Segundo os entrevistados, parte de seus serviços são terceirizados em razão de uma demanda emergente, e na alta temporada, somente um hotel A1 mantém sua estrutura no limite mínimo de seu staff, na baixa temporada, pórem havendo necessidade opta-se por contratar. Quanto aos Hotéis de Selva A2 E A3 havendo aumento na demanda optam por terceirizar os serviços para atendimento dos pacotes. A utilização de terceiros normalmente e feita por meio da contratação de empresas ou pessoas físicas que ajudam no fornecimento de mão de obra e equipamentos, estratégia utilizada pelos Hotéis de Selva A2 E A3 em caso de aumento da demanda. A relação dos atacadistas, distribuidores e varejistas passa pela identificação do fornecimento de bens e serviços que cada um dos hotéis possui conforme demonstrado no Quadro 8. Apesar de trabalharem de forma singular, para se entender melhor existem atacadistas, distribuidores e varejistas tem características peculiares e atuam fazendo um elo entre produtor e consumidor. Para identificar o papel de atacadistas e distribuidor, relacionam-se abaixo algumas atividades: 1-Atacadista Compra e vende mercadorias. Trabalha para diversos fornecedores, inclusive com linhas concorrentes. Tem um mix limitado a marca líder e outra de preço baixo. 112 Não gerencia o estoque dos clientes varejistas. Os produtos são bitributados, resultando em preço mais alto. 2-Distribuidor Compra e vende mercadorias. Trabalha com exclusividade para uma ou no máximo cinco empresas de segmentos distintos. Tem pouca variedade em cada categoria. Não gerencia o estoque dos clientes varejistas. Tem os produtos bitributados, resultante em preço final mais alto. A identificação do varejista está mais próxima da ponta da cadeia de suprimentos, fincando mais próximo dos hotéis de selva, sendo ele que impulsiona o sistema puxar em lotes pequenos onde se destaca os novos modelos de varejistas: como hipermercado, lojas de convenientes, supermercados da cidade de Manaus, assim agregando também revistaria posto de gasolina. Durante a entrevista e observações feitas durante a visita técnica realizada nas três organizações de hotel de selva, compreende-se que todas são obrigadas a utilizar o modelo de Milk Run onde os próprios estabelecem o modelo de roteirização das coletas. Para melhor abastecimento dos hotéis de selva, fica a cargo do próprio hotel a coleta e abastecimento, primeiro pela distância e depois pela falta de pontualidade dos fornecedores ao procurarem utilizar o modelo Just in time e não conseguirem. O sistema de coleta programada Milk Run, que vem sendo adotado por um número crescente de empresas, permite um maior controle sobre as mercadorias 113 necessárias para funcionamento dos hotéis de selva e utiliza com maior frequência de abastecimento em compras menores. Analisou-se que com a utilização do Milk Run há uma redução de estoques. O Milk Run tem sido muito utilizado conforme comentado anteriormente por diversas organizações de selva, onde possibilita a coleta na hora certa, pois o veículo dos hotéis retira os insumos ou mercadoria, principalmente dos varejistas, onde boa parte dos produtos está à disposição para compra e retirada da prateleira, também nos atacadistas em que os pedidos estão previamente separados facilitando com isso a coleta com isso se mantém uma cronologia, isso possibilita organização, manutenção e melhorias na administração do estoque, consecutivamente provoca uma redução de estoques em toda a cadeia de suprimentos. 114 QUADRO 8: Identificação da rede de valor dos hotéis Hotel A2 Hotel A3 Fornecedores Identificação -Levantamento de 03 propostas de parceria para cada serviço terceirizado - Contratação de empresas especializadas – Assinatura de contrato; - Utilização de políticas de estabelecimento de parceiros. Faz Levantamento de propostas de parceria a cada serviço quando e necessário ou há aumento de preços pelos terceirizados. - Não faz Contratação de empresas especializadas ou assinatura de contrato; -Não mantém uma política de estabelecimento de parceiros. Faz Levantamento de propostas de parceria a cada serviço quando e necessário ou há aumento de preços pelos terceirizados. - Não faz Contratação de empresas especializadas ou assinatura de contrato; -Não mantém uma política de estabelecimento de parceiros. Distribuidores - Determinação do distribuidor pela, quantidade, qualidade, matéria – prima ou preço . Acompanhamento do pedido e cadastro com parceria. -Avaliação do distribuidor. - Manutenção do contrato. - Determinação do Atacadista pela, quantidade, qualidade, matéria – prima ou preço . -Acompanhamento do pedido e cadastro com parceria. -Avaliação do distribuidor; - Manutenção do contrato. - Determinação do Varejista pela, qualidade, matéria – prima e atendimento -Acompanhamento do pedido e cadastro com parceria. -Avaliação do varejista; - Manutenção do contrato. - Determinação do distribuidor , matéria –prima e preço . - Não há Acompanhamento do pedido e cadastro com parceria. - Não há Avaliação do distribuidor; - Não Manutenção do contrato - Determinação do distribuidor , matéria –prima e preço . - Não há Acompanhamento do pedido e cadastro com parceria. - Não há Avaliação do distribuidor; - Não Manutenção do contrato - Determinação do Atacadista pela, quantidade, matéria – prima e preço . -Acompanhamento do pedido e cadastro com parceria. - Não há Avaliação do Atacadista; - Não há Manutenção do contrato. - Determinação do Atacadista pela, quantidade, matéria – prima e preço . -Acompanhamento do pedido e cadastro com parceria. - Não há Avaliação do atacadista; - Não há Manutenção do contrato - Determinação do Varejista pela, qualidade, matéria – prima, atendimento e preço . -Acompanhamento do pedido sem cadastro com parceria. -Não há Avaliação do varejista; - Não há do contrato. - Determinação do Varejista pela, qualidade, matéria – prima , atendimento e preço. -Acompanhamento do pedido sem cadastro com parceria. - Não há Avaliação do varejista; - Não há contrato. Atacadistas Varejistas Hotel A1 115 Fonte: Autor, (2012). 4.2.2.1 Logística Integrada dos hotéis de selva A logística integrada está ligada ao processo de planejamento, implementação, estratégia, compra, aquisição, movimentação, armazenagem, fluxos de informação, a parte da logística destaca-se a logística interna dos hotéis de selva, como as atividades dentro da organização, como: armazenagem e controle em seguida a logística externa associada a coleta, distribuição do material, operação de veículos, barcos e outros equipamentos que dão suporte aos passeios e deslocamentos. A integração das atividades que envolvem a cadeia de valor e da cadeia de suprimentos algumas vezes é confusa, podem ter atividades distintas ou não, seja pelo seu grau de envolvimento das atividades exercidas pelos hotéis de selva, que normalmente ocorre na execução das atividades diárias dos hotéis, nas aquisições e compras, na movimentação de materiais e suprimentos, na pré-venda ou pós-venda. As relações presentes nos hotéis de selva pesquisadas pode ser notada devido às necessidades de suprir as demandas por meio de uma logística integrada, com ações competentes para funcionamento das unidades, pois como já foi dito anteriormente todos os hotéis ficam dentro de áreas de preservação permanente ou reservas, em locais distantes dos centros urbanos e somente acessíveis por via fluvial; neste caso tem que haver a integração dos fornecedores a da cadeia produtiva, pelo fato que os suprimentos são obrigados a serem deslocados por via rodoviária e depois fluvial, em seguida por carrinhos e ombros dos carregadores e manuseados pelos mesmos em até seis vezes antes de chegar ao estoque. Os clientes também têm que se deslocar por via rodoviário e fluvial com embarques e desembarques em ônibus, vans, voadeiras, barcos e lanchas desembarcando em plataformas convencionais e adaptadas com rampas, acessos que flutuam e mudam de local devido a cheia ou seca dos rios e em barrancos a beira dos rios. As estratégias logísticas utilizadas pelos hotéis de selva para abastecimento e 116 deslocamento dos hóspedes foram percebidas durante as visitas de observação que se constatou dependência do local onde estão estabelecidos, os hotéis e localização geográfica, que pode facilitar o acesso, ou não. Outro fator que pode contribuir de forma favorável são os recursos disponíveis que cada hotel de selva disponibiliza para o abastecimento e hóspedes, viabilizando o recebimento de mercadorias, o chek-in e check-out dos hospedes. Somente A1 utiliza-se de veículos elétricos para deslocamento em trilhas de acesso no período da secas, já outras duas organizações A2 e A3 têm problemas no mesmo período devido aos recursos escassos, que neste caso são obrigados a fazer transbordo de mercadorias e pessoas. Com as dificuldades impostas e os recursos não disponíveis criam entraves e caso não haja maior investimentos em estoque e deslocamento, aumento o custo de abastecimento, transporte e deslocamento dos hospedes. 4.2.2.2 Fornecedores As relações existentes com os fornecedores e bastante constante devido ao tipo de serviços oferecidos pelos hotéis de selva, onde a terceirização existente cresce com utilização de equipamentos de deslocamento como barcos, lanchas, caminhões e outros utilitários. Com relação a mão de obra, há também a utilização quando a uma demanda emergente ou alta temporada, que neste caso a terceirização não afeta os recursos financeiros em sua totalidade, porém foi observado que parte dos custos podem aumentar, proporcional a demanda. Os entrevistados relataram que os terceirizados geram mais produtividade, desta maneira se desenvolve os fornecedores pela qualidade do produto ou serviço oferecido que se opta em terceirizar ou não. Os entrevistados informaram que sempre quando necessário terceirizam quase todos os serviços oferecidos com o aumento da demanda, menos a hospedagem. A gestão das informações verificou-se que são geradas online e ontime somente em uma das três organizações dispõe de recursos disponíveis para 117 utilização e atualização dos dados controlados pelo escritório, matriz, ou agência, que normalmente gerenciam as atividades hoteleiras da organização, as outras duas organizações mantém uma estrutura burocrática de planilhas e comunicação de rádio frequência ou celular. 4.2.2.2.1 Distribuidor, Atacadistas e Varejistas A relação existente entre os distribuidores, atacadista e varejista está primeiramente no atendimento imediato das necessidades, segundo pelos preços/qualidade oferecidos pelos fornecedores, o terceiro passa na relação por opção de distribuição/entrega dos produtos que podem ser recebidos em seu porto de embarque ou depósito localizado em seu escritório de representação ou escritório central localizado em Manaus. As organizações de selva em alguns momentos são obrigadas a manter um estoque regular em seu almoxarifado ou depósito urbano que tem funcionalidade de um CD (centro de distribuição), para concentrar e distribuir progressivamente, pela alta da demanda, ou pela influencia do clima. A opção por um distribuidor, atacadista e varejista sempre estará focalizada na compra por lotes econômicos nos casos de Distribuidor e Atacadistas, e nas relações optantes por varejistas está relacionada a quantidade, qualidade da compra constada nas compras a varejo no qual o comprador tem contato com a mercadoria comprada como por exemplo os perecíveis principalmente hortifrutigranjeiros, que normalmente são feitas por compradores ou gestores da área que ficam localizados em seu escritório. Nos hotéis de selva pesquisados não há interferência ou gestão na aquisição de bens e serviços, somente contribuem no feedback do uso produto ou serviço fornecendo informações complementares ao gestor de compras. A identificação de quem são os distribuidores, atacadistas, e varejistas, quando perguntado aos entrevistados sobre quem são os fornecedores nos deram sempre informações voltadas ao setor alimentício e não informaram sobre 118 lavanderias, postos de combustíveis e outros utensílios utilizados pelos hotéis, informaram na maioria das vezes pelas empresas de representação dos produtos alimentícios das grandes marcas nacionais localizados em Manaus, como Sadia, Perdigão, já os Atacadistas seriam as redes Makro, Atack, Friller, Bona Vitta, e frigoríficos entre outros espalhados por Manaus, quanto aos varejistas os entrevistados identificaram as redes de Hipermercados e supermercados como DB, Carrefour, e mercados de Manaus, estão também inclusas as feiras de Manaus como Manaus Moderna e Panair. Nenhuma das organizações mantém um sistema informação interligado online e ontime com seus fornecedores, distribuidor, utilizando somente os sistema de aquisição por e`mails, pedidos de compras encaminhado por via fax, ou por telefone, e no caso de alguns varejistas as compras são efetuadas in loco. 4.3 ANÁLISES DOS RESULTADOS E MAPEAMENTO DA CADEIA DE VALOR DOS HOTÉIS DE SELVA Essa seção expõe a análise dos resultados da pesquisa apresentada. Tem-se com esta análise, a intenção de alcançar os objetivos elaborados para este estudo. Para isso buscou-se um embasamento teórico para ajudar nesta pesquisa. Foram analisados os dados apresentados sobre o objeto do estudo, entre eles o objetivo geral: Analisar as contribuições da logística integrada na gestão dos hotéis de selva em Manaus, para dar resposta ao objetivo geral temos os objetivos específicos que são Descrever o processo de logística utilizado pelos hotéis de Selva; Identificar a cadeia de valor existente nos hotéis de selva; Analisar o processo logístico dos Hotéis de Selva. Desta forma, analisou-se os resultados obtidos, o qual respondeu a problemática da pesquisa: sobre a importância da logística integrada nos hotéis de selva. A apresentação dos dados que compõem a cadeia de valor dos hotéis selva foi 119 pautada em seções. Nesta seção o mapeamento da cadeia de valor dos hotéis de selva seguiu as variáveis que compõe a cadeia e a logística integrada. Com esta base constrói-se o questionário de entrevista com questões que foram préestabelecidos que ajudasse na dissertação. Esta análise também foi baseada em uma revisão bibliográfica, que foi conduzida para a organização de todas as informações coletadas por meio das entrevistas semi- estruturadas, onde obtive-se boas informações inclusive por meio das observações direta . 4.3.2 Análise das atividades de apoio da cadeia de valor dos hotéis de selva Frente aos grandes desafios que uma organização os desafios são cada vez maiores, seja quanto ao deslocamento de pessoal e logística de abastecimento. Para que tudo isso funcione de forma perfeita dentro dos pacotes oferecidos pelas organizações de selva, esta na falta de infraestrutura, recursos humanos, abastecimento, armazenagem e transporte em pelo menos dois hotéis de selva estes problemas é uma constante. As infraestruturas dos hotéis além das acomodações o que mais chamou a atenção, porém de forma negativa que um dos hotéis utiliza como porto de desembarque, recebimento e embarque de mercadorias, barranco mais próximo do hotel, e em alguns casos o embarque dos clientes e realizado em portos distantes e não convencionais, somente uma empresa utiliza um o porto flutuante de embarque e desembarque próprio, adequado a categoria do hotel devido a sua infraestrutura oferecida, com acomodações de alto padrão e pelos recursos financeiros aplicados na construção que influenciam em muito no atendimento das necessidades, apesar de que o embarque e desembarque no período cheia e realizada nestes portos , por outro lado as outras duas organizações enfrentam constantemente problemas no deslocamento e abastecimento e translado dos cliente. As atividades operacionais dos hotéis no período da cheia são facilitados no embarque e desembarque 120 mercadorias, devido a proximidade das águas ao hotel, mas não distante ao hotel que opera com modelo rústico onde o embarque continua sendo feita na margem dos rios. Notou-se que e oferecido serviços conforme a infraestrutura de cada hotel de selva, razão que os recursos financeiros empregados de cada organização, faz diferença nitidamente e a infraestrutura existente pode agregar valor aos pacotes oferecidos. Os recursos humanos a falta de especialista e um problema frequente, outra dificuldade enfrentada está na distancia do local de moradia dos funcionários do local de trabalho, por ser distante, parte dos funcionários em pelo menos dois hotéis de selva os funcionários tem a necessidade de permaner no hotel por períodos longos, faz com que as organizações invistam constantemente na contratação de pessoal. Consequência, um turn-over muito alto, apesar das organizações buscarem mão de obra nas comunidades próximas, não é suficiente ou adequado para todas as funções do hotel. Alternativas têm sido criadas como treinamento e ensino, na tentativa de desenvolver um banco de recursos humanos nas comunidades, porém vem afetando a qualidade dos serviços. As contratações enfrentam uma barreira muito grande o baixo nível cultural da comunidade vizinha ao empreendimento, neste caso os hotéis tem a necessidade de buscar sempre funcionários que residam fora da comunidade, onde a oferta também não e das melhores, havendo escassez de profissionais com especialização em hotelaria e falando pelo menos dois idiomas. Como foi relatado há uma grande rotatividade de pessoal dentro de duas organizações pesquisadas o hotel A2 e A3 os seus funcionários têm pouca especialização, onde os gestores são obrigados a desenvolver estratégias para cobrir as folgas dos funcionários e trazer dos escritórios profissionais que são treinados somente no exato momento da sua contratação, exigindo da gerência geral uma maior supervisão e adequações. A administração dos hotéis de selva não foi investigada em detalhes, pórem o A1 mantém um modelo descentralizado de funções e departamentos, pela sua própria estrutura requer um aparato maior, aos hotéis A2 e A3 a sua estrutura e moderada a simples, onde todas as atividades e decisões são centralizadas no 121 gestor ou proprietário. O abastecimento é feito sazonalmente de acordo com sua demanda, utilizando o modelo Milk Run onde os veículos da empresa fazem a coleta, em caso de entrega pelo fornecedor somente em grande quantidade com agendamento em razão das mercadorias serem embarcadas em portos ou barrancos ou transbordados diretamente para os barcos, não existindo porto de embarque de carga normalmente no mesmo local junto com os passageiros, somente o A1, utiliza um barco regional para transporte de carga e funcionários, não obedecendo a ergonomia ou qualquer separação da carga, os outros dois hotéis A2 e A3 fazem seu transporte de carga em voadeiras ou batelões, devido ao difícil acesso principalmente na época da seca ou baixa dos rios, o transporte dos hospedes do A1 e feito em iates de alto padrão e luxo com ar condicionado, poltronas reclináveis, suítes, bar, deck, o mesmo não podemos dizer do transporte de hóspedes dos hotéis A2 e A3 que são realizados em barcos regionais, lanchas e voadeiras de acordo com a quantidade de pessoas. Armazenagem dos produtos dos hotéis de selva tem semelhança, pórem divergindo somente na estrutura ambos mantém três almoxarifados, alimentos e material de limpeza e higiene, dos alojamentos e material de manutenção. O que nos chamou a atenção foi a armazenagem dos produtos perecíveis, um problema devido a energia elétrica não existir nenhuma rede próxima a localização dos hotéis, pois todos ficam localizados em lagos e dois hotéis de selva, A1 e A2 são flutuantes, um problema para conservação de alimentos perecíveis. O Hotel de Selva A1 mantem seus alimentos em uma câmara frigorifica possibilitando armazenagem de grande quantidade de alimentos perecíveis. O hotel A2 utiliza gerador e o estoque de produtos perecíveis é conservado em refrigeradores e freezers. O hotel A3 não possui energia elétrica, armazena os perecíveis em geladeira e freezer a gás, sendo abastecidos a cada dois dias. A forma de controle do estoque é feita através de ficha de estoque em ambos os hotéis, porém nos Hotéis de Selva A2 e A3 possuem problemas no controle de entrada e saída, atrasando no repasse das informações, principalmente no controle do consumo. Observou-se que o hotel A1 controla todo seu estoque através de um sistema informatizado sendo lançado automaticamente 122 quando da entrada ou saída de material. 4.3.3 Análise das atividades primárias da cadeia de valor dos hotéis de selva Atrelado a análise das atividades primárias está as relações da cadeia de valor agregado. Em termos as relações na cadeia passa pelo pressuposto da logística operacional alicerçado a todas as atividades dos hotéis de selva pelo seu pleno desenvolvimento da pré-venda até a pós-venda onde os resultados operacionais provocam a recompra ou indicam um novo cliente. Do começo ao fim da jornada, seja durante uma visitação, pernoite ou estadia, obrigatoriamente em todas as etapas está a logística operacional, seja no planejamento de um pacote, ao momento que o departamento de marketing confirma uma hospedagem ou passeio, isso provoca uma ação de interação de toda as atividades do hotel diferentemente de um hotel urbano que com sua disponibilidade em aberto está a disposição a receber clientes a qualquer momento, ao contrário dos Hotéis de Selva A2 e A3 que somente irá iniciar toda sua atividade a partir da confirmação do pagamento dos hóspedes, porém todo o suporte técnico ou aparato logístico esta disponível mas não a disposição, sendo acionado somente quando é consolidada uma reserva, que inicia-se, na busca do hospede no aeroporto ou hotéis na cidade, neste momento determina-se qual tipo de transporte, quantidade, alimentos, entre outros que são disponibilizados para atender aquela demanda, fora isso mantém-se uma quantidade mínima de funcionários no hotel. Sabe-se que isso também ocorre com os hotéis urbanos, porém nos hotéis de selva um cliente não chega aparecer por um acaso querendo se hospedar, devido às distâncias de Manaus em Reservas cerca de 30 km do centro da cidade, vale resaltar que somente um hotel tem todas as a suas dependências de um hotel cinco estrelas que neste caso recebe sempre visitantes e esta sujeito a receber hospedes sem reserva dentro da sua disponibilidade. 123 A logística operacional dos hotéis de selva permite que cada atividade do hotel seja adequada em razão de uma mudança na programação menos quando há mudanças no clima ou uma exigência do cliente, que neste caso são verificados dentro os critérios de segurança. O Quadro 9 demonstram as atividades exercidas, as não estabelecidos pelos pacotes tem que seguir todo um planejamento e preparo que vai do deslocamento até o cardápio e horário de alimentação dos hóspedes que iram sofrer alguma alteração, passando por uma adequação ou modificação. As ações de Marketing dos hotéis de selva partem há divulgação no site das organizações, em hotéis urbanos e agencias de viagem no Brasil e exterior. Dentre os hotéis de selva pesquisados, somente uma organização o hotel A1 possui uma boa estrutura, que divulga também nas redes sociais, em jornais, revistas e TV. Notamos que a organização também se preocupa em fazer suas vendas em hotéis locais e cria pacotes voltados inclusive em datas festivas para a população local, o quem tem atraído muitos clientes para conhecer o hotel. A pós-venda dos hotéis deve ser feita pelo departamento de marketing, porém dois hotéis de selva o A2 e A3 não possui um departamento ou pessoas especificas para tratar da divulgação ou propaganda, ficando a quem da qualidade oferecida pelas operações e serviços que o hotel oferta. Uma das maiores preocupações das empresas está na cadeia de suprimentos, e fazem isso usando as chamadas redes de valor, dentro de um sistema de parcerias e alianças que as empresa criam para gerar e aumentar suas ofertas. 124 QUADRO 9: Atividades primárias da cadeia de valor dos hotéis Atividades primárias Logística operacional Hotel A1 Hotel A2 Hotel A3 -Processo organização dos eventos e pacotes. - Determinação da programação. - Contratação de terceiros se necessário; - Definição da programação. - Definição dos locais de passeios e visitação. - Contratação de parceiros; - Formação da equipe de trabalho; - Organização dos alojamentos e contratação de transporte de terceiros em caso de necessidade; - Estabelecimento de parcerias; - Determinação dos ferramentas, equipamentos e da Segurança; -Processo organização dos eventos e pacotes. - não há uma Determinação lógica da programação. - Contratação de terceiros sempre necessário; - Definição da programação. - Definição dos locais de passeios e visitação. - Contratação de parceiros; - Formação da equipe de trabalho de acordo com a demanda; - Organização dos alojamentos e contratação de transporte de terceiros. - Não há Estabelecimento de parcerias. - não há uma prédeterminação dos ferramentas, equipamentos e da Segurança; -Fornecimento do transporte e alojamentos são inadequados adequados e pouco seguro realizado em voadeiras e barcos regionais; -Os pacotes e eventos são seguidos. - Não mantém Armazenamento e estoque de produtos na própria estrutura - Não há um processo organização dos eventos e pacotes. - Não há determinação da programação. - Contratação de terceiros se é necessário; - Definição da programação por meio dos pacotes. - Definição dos locais de passeios e visitação por meio dos pacotes e pelo guia contratado(terceirizado). - Contratação de parceiros; - não existe uma formação da equipe de trabalho, ela é aleatória a disponibilidade; - Organização dos alojamentos e contratação de transporte de terceiros em caso de necessidade; - não existe o estabelecimento de parcerias; - não há determinação dos ferramentas, equipamentos e principalmente da Segurança; -Fornecimento do transporte e alojamentos são inadequados adequados e pouco seguro realizado em voadeiras e barcos regionais; -Os pacotes e eventos são adaptados. - Mantém o Armazenamento e estoque de produtos na própria estrutura para poucos dias. Recepção e acomodação dos hóspedes e realizada no hotel; -Fornecimento do transporte e alojamentos são adequados e seguros; -Os os pacotes e eventos são seguidos. - Armazenamento e estoque de produtos na própria estrutura. 125 Continuação Quadro 09 Marketing de Pósvenda - Foco na divulgação institucional. - Assessoria de divulgação. -Investimentos em e-mail marketing; TV’s; rádio; revistas; jornais; website. - Parceria com órgão de turismo nacional para divulgação internacional - Foco da divulgação em todo o País e no exterior. - Parcerias com o poder público local e regional para divulgação. - Estabelecimento de pacotes. - Foco não ha divulgação institucional. - Não Assessoria de divulgação. - Pouco Investimentos na divulgação somente website. - não há Parceria com órgão de turismo. - Foco da divulgação nas regiões sul e sudeste do País e no exterior. - Parcerias com o poder público. - Estabelecimento de não divulga os pacotes(preço ). -Não há ação pósvenda sistematizada. - Foco não ha divulgação institucional. - Não há Assessoria de divulgação. -Nenhum Investimento eml marketing. - Nenhuma Parceria com órgão de turismo. - Não há foco para divulgação nas regiões do País e somente no exterior. - Não nenhuma Parcerias com o poder público local e regional para divulgação. - Estabelecimento de pacotes. -Não há ação pósvenda sistematizada. -Ação pós-venda sistematizada. Fonte : Autor,(2012). Percebe-se muito bem a falta de um departamento de marketing, ou pessoa que possa colaborar de forma eficiente, inclusive no acompanhamento das atividades, nos hotéis; A2 e A3 a prova disso esta ligada as atividades operacionais e de logística no atendimento das necessidades. Vale resaltar que o hotel de selva, A3 está no mercado a mais de 20 anos. Vemos então que as atividades ligadas aos pacotes interagem para o sucesso das organizações o que nota-se: cada uma tem uma estrutura peculiar e seu público próprio. O desafio maior do marketing dos hotéis de selva, está em assegurar que os produtos/serviços ofertados satisfaçam as expectativas dos hospedes, Nesta linha de pensamento o pós-venda das organizações de selva, é uma obrigação da empresa, 126 uma oportunidade para conhecer e fidelizar seus clientes. Desta forma torna-se necessário dar continuidade ao processo mesmo depois da saída dos hóspedes dos hotéis, uma característica que não foi percebida nos hotéis A2 e A3. 4.4 ANÁLISE DA DESCRIÇÃO DA REDE DE VALOR DOS HOTÉIS DE SELVA Nesta seção se analisada as diversas variáveis que compõem a rede valor, atrelada às relações existentes entre os diversos fornecedores encontra-se: os fornecedores de serviços em geral, a manutenção, obras nas instalações e há também os fornecedores de suprimentos que envolvem; distribuidores, atacadistas e varejistas. Com isso cada processo realizado dentro e fora do hotel envolve a cadeia de valor, os mesmos querendo ou não se envolvem em uma rede de valor, como exemplo; muitos fabricantes não vendem diretamente aos usuários finais, eles trabalham com diversos intermediários, o caso dos hotéis além de estarem distantes de grandes centros produtores ainda tem barreiras geográficas a serem ultrapassadas, sendo assim os hotéis tem que criar um elo entre os fornecedores, pois para cada um fornecedor tem que haver uma parceira, montando com seus atores da rede uma estrutura que possa funcionar. Algumas das estratégias utilizadas tem relação à rede de valor, estando ligadas a fornecedores com contatos mais próximos, estes com os seus fornecedores ou terceiros, o que podemos citar um dos hotéis de selva o A1, que mantém contratos de manutenção e de prestação de serviços. Os Hotéis de Selva, A2 e A3 não há a mesma relação havendo somente a relação através das necessidades, contratando estes fornecedores de acordo com os eventos, em razão somente do aumento da demanda ou problemas ocorridos no caso de manutenção. As relações de contratação a partir da necessidade existente em parte não são tão vantajosas devido o prestador de serviço não estar disponível para atendimento 127 imediato, que neste caso, a relação de parcerias é favorecida em razão de um contrato. Pórem compreender a falta da Constância no serviço, obriga ao fornecedor buscar novos clientes, que por sua vez irá dar prioridades ao cliente que lhe der maior frequência, que neste caso não existe um elo. Desta forma, notamos que o fluxo somente pode fluir eficientemente se houver demanda, caso contrário o elo ė rompido e a rede e quebrada parcialmente e a substituição ė eminente. Os hotéis de selva como foi dito anteriormente, mantém relações estreitas com alguns de seus fornecedores, pois utilizam atacadistas e varejistas ao mesmo tempo devido às compras constantes em razão de seus pedidos. A terceirização neste caso não existe devido a se tratar de fornecimento de matéria prima, ou seja, os suprimentos para abastecer os hotéis de selva, são comprados diretamente, não havendo intermediário, pórem aos itens de primeira necessidade, pode ocorrer de um fornecedor não ter o item ou dispor deste indo buscar no mercado com outros fornecedores com intuído de manter um bom atendimento aos hotéis. Quanto a contratação de mão de obra terceirizada existe somente quando há aumento da demanda em pelos hotéis A2 e A3. Quanto aos resultados, o bom desempenho dos hotéis de selva está na interação com sua rede de valor, para que se obtenha a eficiência desejada, é preciso que a empresa insira-se em uma rede de valor organizada e que propicie cooperação entre os partícipes. Desta forma, procurou-se detalhar a rede de valor dos hotéis de selva da cidade de Manaus baseada nas questões elaboradas para estudo dos fornecedores. 4.5 ANÁLISE DA IDENTIFICAÇÃO DO FLUXO INFORMACIONAL DA CADEIA DE VALOR DOS HOTÉIS DE SELVA Nesta seção, estaremos analisando cada variável que envolve o processo informacional relativo a cadeia de valor e aos processos logísticos integrados dos 128 hotéis de selva descritos no Quadro 10 a seguir: QUADRO 10: Fluxo informacional dos hotéis de selva Hotel A2 Hotel A3 Identificação da informação Identificação - Observações diretas informais. - Conhecimento dos eventos e pacotes. - hotel de renome internacional; - Desenvolvimento de projetos e eventos constantes. - Observações diretas informais. - Conhecimento dos eventos e pacotes. - hotel de renome local; - Não há Desenvolvimento de projetos e eventos constantes. - Observações diretas informais. - Conhecimento dos eventos e pacotes. - hotel de renome local; - Não há Desenvolvimento de projetos e eventos constantes. Obtenção da informação - Observações diretas informais durante a visita. -obtenção através do departamento de marketing - Publicações e websites diversos;; - Observações diretas informais durante a visita. -obtenção através do departamento de marketing - Divulgação em websites. - Observações diretas informais durante a visita. -obtenção através das agencias de viagem. - Divulgação em websites. Distribuição da informação - Por meio dos Lideres de equipes; - Segmentação da distribuição por grupos de interesse; - Website do hotel, agencias - Comunicados internos. - Guias de turismo de forma formal - Contatos telefônicos, emails, fax, comunicados, formulários; - Informações de maior relevância são informalmente tratadas junto aos gestores e diretoria. - Informações menos relevantes podem ser tratadas junto as equipes ou aos líderes. - existência de sistema para todos os fins; - Por meio do gerente do hotel. - Segmentação da distribuição por grupos de interesse; - Website do hotel, agencias - Guias de turismo de informal - Contatos telefônicos, emails, fax. - Por meio do gerente do hotel. - Segmentação da distribuição por grupos de interesse; - Website do hotel, agencias - Guias de turismo de informal - Contatos telefônicos, emails, fax. - Informações de maior relevância são informalmente tratadas junto aos gestores e proprietário . - Informações menos relevantes podem ser tratadas junto a gerência do hotel. - inexistência de sistema para todos os fins; - Informações de maior relevância são informalmente tratadas junto ao proprietário. - Informações menos relevantes podem ser tratadas junto a gerência do hotel. - inexistência de sistema para todos os fins; - Quando na tomada de decisões; - Formatação de novos projetos; - Melhorias ; - Está atrelado a disponibilidade todas as - Quando na tomada de decisões. - Não formação de Formatação de novos projetos. - nenhum investimento em Melhorias . - Quando na tomada de decisões. - Não há Formatação de novos projetos. - nenhum investimento em Melhorias . - Não está a Tratamento da informação Uso da informação Hotel A1 129 atividades; - não está a disponibilidade todas as atividades; disponibilidade todas as atividades; - Informações eletrônicas: constantes backups; - Documentos impressos e relatórios; - há sistematização deste processo; - Informações eletrônicas não são constantes , não existe backups; - poucos documentos impressos e relatórios; - Não há sistematização deste processo; - não há Informações eletrônicas, não são constantes , não existe backups; - Poucos documentos, impressos e relatórios; - Não há sistematização deste processo; - Quando a informação for obsoleta ou estiver inútil; - Ocorre unicamente durante a etapa de armazenamento da informação ou não uso. -Há controle nem tão pouco um processo sistematizado; - Realizado pelos gerentes, chefes de equipes e coordenação - Quando a informação for obsoleta ou estiver inútil; - Ocorre unicamente durante a etapa de armazenamento da informação ou não uso. -Não há controle nem tão pouco um processo sistematizado; - Quando há é Realizado pelos gerentes. - Quando a informação for obsoleta ou estiver inútil; - Ocorre unicamente durante a etapa de armazenamento da informação ou não uso. -Não há controle nem tão pouco um processo sistematizado; - Quando há é Realizado pelos gerentes. Continuação Quadro 10 Armazenagem da informação Descarte da informação Fonte: Autor (2012). O que se analisou nos hotéis de selva A2 e A3 que não possuem um sistema de informações gerencial adequado ou inexiste seja em relação a equipamentos, procedimentos e pessoal. Notou-se que muitos procedimentos são criados a partir de um fluxo de informações improvisado e utilizado nas operações diárias das organizações de selva o não ocorre no hotel A1. O desempenho dos Hotéis de Selva está no tipo de tecnologia da informação utilizada que pode produzir um bom ou mal resultado operacional e de marketing pelo tipo e quantidade utilizada, porém o sistema de informações de logística não é amplamente gerenciado pelos hotéis A2 e A3. Sabe-se que todo modelo de informação e alimentado por alguém, pórem o sucesso da informação vai da capacidade do operador assim como dos recursos 130 disponíveis pelos hotéis de selva, notou-se que muitas das informações não são registradas por parte de dois hotéis de selva incluindo o hotel A3 que utiliza neste caso sempre os conhecimentos empíricos. Damos como exemplo: as atividades diárias nem sempre são registradas, quando o fazem são anotadas em agendas ou em mapas, consequência disso há perda de dados importantes de registro, com isso propicia um fraco desempenho operacional e perda de receita pela organização. Quanto à padronização e tratamento da informação somente uma organização de selva o hotel A1 produz de forma eficiente a separação das informações. Sendo que esta separação também não é determinada sistematicamente, e sim empiricamente pelo gestor. Notou-se a falta de uma sistematização e tratamento das informações, assim como falhas de comunicação, ou ruídos, muito comum entre duas organizações de selva pesquisadas, principalmente nos hotéis de selva, A2 e A3. A identificação passou pelos membros atuantes da cadeia, que tratam as informações de maneira informal e inadequada, prejudicando todo processo operacional. O que foi percebido durante a pesquisa, que os entrevistos, encontra-se em dificuldades na disseminação das informações, principalmente os envolvidos diretamente na cadeia: os funcionários, equipes, fornecedores. Há dificuldades de interpretação pelos mesmos em razão do tipo de comunicação utilizada e pelo nível cultural muito baixo. Foi encontrado em duas organizações, hotéis A2 e A3, problemas na distribuição das informações, devido a informação não chegar por escrito ou formalizada as pessoas diretamente envolvidas.. Sobre o aproveitamento e uso da informação somente e bem trabalhado por uma das organizações o hotel A1 que consegue através de seu banco de dados e de um software de ponta ter um bom aproveitamento, o que não pode ser comprovado pelas outras duas organizações que estão ligados a software adaptados ao uso. Vemos que sem bom um banco de dados e insuficiência das informações, há prejuízo nas organizações. Outra dificuldade encontrada esta nas relações de investimentos, pois um dos hotéis A2 e A3 não possui luz elétrica, o hotel A3 e 131 abastecido somente com poucos pontos elétricos vindas de baterias de 12 volts, com isso prejudica inclusive a instalação de equipamentos de ponta para transmissão e armazenamento de dados, indo de encontro com o bom desempenho de um hotel de selva em ralação a outro. Comentando sobre o armazenamento dos dados pelas organizações, podemos destacar que uma organização o hotel de selva A1, mantém um software de ponta onde a conectividade e constante, devido aos investimentos realizados; o mesmo não se pode dizer quanto as outras duas organizações por utilizarem sistemas informais de registros, por meio de planilhas que são passadas para seus escritórios que não garantem que sejam repassados para um software. Sendo assim o descarte das informações não se foi comentado pelos entrevistados. Notou-se também que há falta de organização do fluxo informacional pelos hotéis A2 e A3, com isso há a quebra de alguns elos das atividades logísticas e a integração dos processos. 132 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse capítulo expõe as principais contribuições desta dissertação para o meio acadêmico, ao segmento de hotéis de selva pelas pesquisas realizadas junto a três organizações, além do referencial teórico, também está expostas sugestões e considerações. Objetivou-se analisar a logística integrada e a cadeia de valor dos hotéis de selva na cidade de Manaus, através da descrição das atividades da rede de valor que integrado a logística e atividades de apoio dão suporte a sobrevivência em plena mata nativa das atividades praticadas pelos hotéis de selva. Para atingir os objetivos teve-se que mapear as atividades logísticas e identificar a cadeia de valor dos hotéis de selva, assim como verificar o funcionamento das atividades dos hotéis de selva como, parte integrante das atividades realizadas por cada hotel durante as visitas realizadas. Infelizmente não se pode sugerir algumas estratégias de melhoria na logística das organizações. A metodologia utilizada em conjunto à fundamentação teórica ajudou na análise e interpretação dos dados coletados. Permitiu verificar e compreender qual logística e mais adequada para realidade de cada hotel de selva. Notou-se que a justificativa evidenciou-se pelo fato que o segmento de hotelaria de selva dispõe de mecanismos que podem contribuir no desenvolvimento das atividades de apoio dependendo somente da ordem de investimento. Desta forma, quanto maior o investimento, melhor o desempenho. Descrever os processo logístico e a cadeia de valor de cada hotel de selva esta ligado ao sistema de informação utilizado por cada hotel de selva que vem contribuir para o desempenho eficaz, assim gerando agilidade no processo de todas as atividades, do primeiro contato com o cliente até a contratação de serviços de terceiros. Quanto ao problema central da pesquisa ˝Quais as contribuições da Logística integrada na gestão dos hotéis de selva na Cidade de Manaus?˝ é amplamente identificado e detalhado no capitulo quatro onde a ˝Análise do mapeamento da cadeia 133 de valor dos hotéis de selva˝, detalha-se a logística integrada de cada hotel e sua importância no desenvolvimento de todas as atividades, assim como a descrição da rede de valor de cada organização e os componentes. Os objetivos propostos foram atingidos. Ao ˝Descrever o processo de logística utilizado pelos hotéis de selva˝ através do quarto capitulo o estudo de caso, detalha-se e identifica-se os hotéis do estudo, assim como todas as atividades realizadas pelos hotéis de selva, a logística utilizada e sua cadeia de valor, também no segundo objetivo especifico ˝Identificar a cadeia de valor existente nos hotéis de selva˝ pode-se realizar através do quarto capitulo pela cadeia de valor dos hotéis de selva, já o terceiro objetivo especifico ˝Analisar o processo logístico dos hotéis de selva˝. Portanto o objetivo geral foi atingindo ao ˝Analisar as contribuições da logística integrada na gestão dos hotéis de selva em Manaus˝, tem-se o elo ligação necessário para o desenvolvimento e funcionamento dos hotéis. Os aspectos relevantes identificados que merecem atenção são: A logística utilizada por todos os hotéis de selva são idênticas diferenciadas somente pelos investimentos em equipamentos, sendo condicionante para bom desempenho de cada organização o que pende ao desempenho dos hotéis A2 e A3; As instalações dos hotéis de selva mais rústicos como A2 e A3 faltam melhorar infraestrutura física e acomodações. A rede valor precisa ser mais desenvolvida para melhor eficácia no atendimento das necessidades. Formação e treinamento de mão de obra especializada por órgãos como SENAC, voltada para hotelaria de selva, com intuito de formar um banco de recursos humanos. Inexistência de planos de emergência de abastecimento e deslocamento de hospedes. 134 Infraestrutura portuária inadequada para traslados dos hóspedes e abastecimento dos hotéis A2 e A3. Implantação e melhoria no sistema de informação e na comunicação dos hoteis de selva A2 e A3. Assim sendo tornou-se mais evidente a contribuição deste tema durante a pesquisa pelas descobertas realizadas tanto a logística integrada e cadeia de valor onde a análise e observações realizadas durante as visitas técnica aos hotéis de selva, foram decisivas para identificação durante a análise dos resultados. As dificuldades enfrentadas durante as viagens realizadas têm o seu lado positivo pela receptividade e tratativas aos hospedes que não deixam a desejar, porém o sistema de logística integrada, e a rede valor precisam ser melhorados para poder oferecer aos hospedes melhores condições de deslocamento pelos hotéis A2 e A3. Sugere-se a implantação de sistema de informação mais adequada deve ser desenvolvida para melhor desenvolvimento de todas as atividades. A falta de mão de obra é uma constante, pórem o salário não e convidativo, por este motivo há necessidade de investimento por parte dos empresários no desenvolvimento de um banco de talentos e na especialização da māo de obra. Torna-se necessário a compreensão pelos gestores de toda cadeia de suprimento, e a sua rede valor, também a logística integrada pela complexidade que envolve cada empresa, pois todos os hotéis utilização mais de um modal de transporte para chegada e o risco de abastecimento e deslocamento dos hóspedes e uma constante havendo necessidade de acompanhamento. Fato que leva cada vez mais a se aprofundar na busca de soluções teóricas com estratégias que deem soluções aos problemas existentes para melhoria da gestão integrada. Através desta dissertação outras pesquisas podem ser realizadas a partir da amostra realizada, podendo ser ampliada a um universo maior, que envolva a Amazônia como um todo. A base de estudos realizados a partir da fundamentação estabelecida nesta pesquisa foi de fundamental importância, ajudando a compreender toda logística integrada e cadeia de valor. Percebeu-se a necessidade de estudos 135 futuros a fim de diagnosticar o sistema logístico integrado, a rede de valor e o sistema de informação, existente no mercado, a fim de propor a implantação e desenvolvimento de estratégias e sistemas mais adequados que possam melhorar a logística dos hotéis. REFERÊNCIAS ABIH-AM. http://www.abih-am.com.br/HoteisAssociados_Hotel.php acesso 20.06.11 ALMEIDA, A. M. D. P. ; VARGAS,J. O.; INÁCIO, D. H. O. V., JOSÉ GERALDO. Colaboração logística na cadeia de suprimentos do etanol: o elo atacadista-varejista. III SAEPRO – 2007 – UFV(universidade federal de viçosa- MG ). Disponível em: http://www.Acesso em 25.03.11. ALVARENGA, A .C.; NOVAES, A .G.. Logística Aplicada: suprimento e distribuição física. São Paulo: Blucher, 2000. AMAZONGEO. http://www.amazongeo.com.br acesso em 20.08.2011. AMAZON-VILLAGE.http://www.amazon-village.com.br/index.html.acesso em 20.03.2011. ANDRADE, M. M. de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: elaboração de trabalhos na graduação. São Paulo: Atlas, 2001. BALLOU, R. H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2010. ____________. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos/Logistica Empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006. BERTALANFFY, L. V. Teoria Geral de Sistemas: fundamentos, desenvolvimento e aplicações. Petrópolis: Editora Vozes, 2010. 136 BICHO, L.; BATISTA, S. Modelo de Porter e Análise Swot Estratégias de Negócio.Artigo apresentado Instituto Politécnico de Coimbra Instituto Superior de Engenharia de Coimbra departamento de engenharia civil dezembro de 2006. Disponívelem:http://prof.santanasilva.pt/gestao_de_empreendimentos/trabalhos_alunos /word/Modelo Acesso em 12.06.11 BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística Empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2001. CANDIDO, I.; VIEIRA, E. V. de. Gestão de Hotéis técnicas, operações e serviços.Caxias do Sul: EDUCS, 2003. CHING, H. Y. Gestão de Estoques na cadeia de logística integrada. São Paulo: Atlas, 2006. COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração, 7ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2003. CORONADO, O. Logística Integrada modelo de gestão. São Paulo: Atlas, 2011. CRUZ, D. F. Ferramentas da Inteligência Competitiva Utilizadas pelas Redes Hoteleiras no Brasil. Dissertação de Mestrado apresentado na Universidade do Vale do ItajaiUNIVALI. Comburiu – SC: 2010. DENCKER, A. de F. M. Pesquisa em Turismo: planejamento, métodos e técnicas.9ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2007. EMBRATUR. http//www.embratur.gov.br.acesso em 25.05.11 FARIA, D. S. de e CARNEIRO, K. S. Sustentabilidade ecológica no turismo. Brasília, DF: Universidade de Brasília, 2001. 137 FARIA, I. F. de (coord.). Turismo : sustentabilidade e nova territorialidades. Manaus: Universidade Federal do Amazonas, 2001. IGNARRA, L. R. Fundamentos do Turismo. São Paulo: Thomson, 2003. IVANOVIC, Z., & BALDIGARA, T. (2007). Logistics Processes in a Tourism destination. Tourism & Hospitality Management, 13(3), 595-606. Acesso em 13.07.2012. IVANOVIC, S. & UVIJIC, V.(2007). Internacional Logistic in fligt catering. Tourism e hospitality management. Acesso dia 10.07.2012. KUAZAQUI, E. e FILHO, J. R.Logística da prestação de serviços turísticos: um estudo de caso do aeroporto de Guarulhos, apresentado em SEGET – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. (2010).Disponível em: http://www.Acesso em 20/02/11. LAMBERT, D. M.; COOPER, M. C. Issues in Supply Chain Management. Industrial Marketing Management, vol.29, nº1, pp65-83, January.2000. http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR450302_7737.pdf acesso:20.05.11 LANDON, K. C.; LANDON, J. P. Sistemas de informações gerenciais. São Paulo: Pearson, 2007. LINDBERG, K. e H.; DONALD E. (Orgs.). Ecoturismo um guia para o planejamento e gestão. 2ª Ed. São Paulo: Editora Senac. São Paulo, 1999. MACHADO, A. M. Logística Y Turismo. Madri: Diaz de Santos, 2005. MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: Uma orientação aplicada– 4ª Edição.Porto Alegre: Bookman, 2006. MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 138 MARTINS, R., LABEGALINI, L. D., e DE PADUA C., A. (2008). Logistics Managers Sated Preferences for supply management Attributes for case of Inns in Brazil. Anatolia an international journal of tourism & hospitality. Acesso em 28.06.2012. NATUREZA TURISMO. http://www.naturezaturismo.com.br.acesso em 20.03.11 NORIN, A.; GRANBERG, T.; YUAN, D., e VÄRBRAND, P. (2011). Airport logistics – A case study of the turn-around process. Journal Of Air Transport Management, 2031-34. doi:10.1016/j.jairtraman.2011.10.008. acesso em 20.07.12 O’BRIEN, J. A. Sistema de Informação.São Paulo: Saraiva, 2004. PAIVA, E. L.; HEXSEL, A. E. Contribuição da gestão de operações para a internacionalização de empresas. Rev. adm. contemp., Curitiba, v. 9, n. 4, Dec. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?. acesso em 12.06.2011. PALAHARES, G. L. Transportes Turísticos.São Paulo: Aleph,2002. PIRES, S. R. I. Gestão da Cadeia de Suprimentos. São Paulo: Atlas, 2011. PORTER. M. E. Vantagem Competitiva. Criando e sustentando um desempenho superior. 31ª Reimpressão. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1989. POZO, H.. Gestão de materiais e Logística em turismo.São Paulo: Atlas,2008. RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Editora Kheyr, 2011. RAMOS, A. A. B. A logística sob a ótica do cliente no ramo alimentício: um estudo de caso. UFSC/EPS – Universidade Federal de Santa Catarina. programa de Pós – Graduação em engenharia de produção .Florianópolis-SC, 2002. Disponível em: http://www.Acesso em 25.03.11. 139 ROCHA-PINTO, S. R. da; IRIGARAY, H. A. R. e SILVA, R. C. F.da. "Tu me ensina a fazer renda, eu te ensino a trabalhar": a organização do trabalho de uma cooperativa popular. REGE-USP [online]. 2011, vol.18, n.1 [citado 2011-06-12], pp. 35-51 .Disponível em:<http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php? SALOMON, D. V. Como Fazer Uma Monografia, São Paulo: Martins Fontes, 2010. SEVERINO, J. A. Metodologia do Trabalho Cientifico. 22ª Ed. São Paulo: Cortez editora, 2010. STOCK, L. T. O Processo Logístico de Eventos: um estudo de caso do instituto festival de dança de Joinville-SC. Dissertação de mestrado apresentado a Universidade do Vale do Itajaí- UNIVALE- Camboriu-SC: 2009. STRANG. K. (2012) Prioritization and supply chain logistics as a marketing function in mining company. Jornal of marketing.. VALENTE, F. J.; CURY R. M. Transporte aéreo e a integração logística com as atividades turísticas. Revista Visão e ação, Itajaí, ano 1 n.1 p.27-43,Jan/Abril. 2004. VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 2010. VIVALDINI, M.; SOUZA, F. B. de (2006) - O relacionamento colaborativo na cadeia de suprimentos do McDonald’s. Artigo publicado no XIII SIMPEP – Simpósio de Engenharia de Produção. Bauru, SP. Disponível em: http://www.Acesso em 15.04.11. WOOD JUNIOR, T. Mudanças Organizacionais. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2000. _______________. 2004. (COORD.). Mudança Organizacional. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, _______________. Supply Chain Management. :http://www.fgvsp.br/rae/artigos. Acesso em 25/3/11 25.03.02 Disponível em 140 YIN, R. K. Estudo de caso. Planejamento e métodos.2ª Ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. . APENDICE 141 APENDICE A FORMULÁRIO ENTREVISTA 01 – CADEIA DE VALOR 1. INFRAESTRUTURA 1. 2. 3. 4. Qual é a infraestrutura do Hotel de Selva? Esta infraestrutura colabora para realização dos processos de logística? Quais os principais desafios com relação à infraestrutura? Há dificuldades burocráticas quando na necessidade de readequação de algum objetivo ou meta? 5. Quais são os principais processos atrelados a questões governamentais? Eles impactam significativamente nas atividades do Hotel? 6. Existe algum sistema de gerencia de qualidade implantado? Se não, existe interesse em implantar? Por quê? 2. RECURSOS HUMANOS E ADMINISTRATIVOS 7. Como funciona o processo de recrutamento e seleção da equipe de trabalho do Hotel? 8. Quais são as principais dificuldades encontradas nesse método? 9. Qual é o procedimento de contratação dos funcionários? 10. São realizados treinamentos com a equipe? Com qual freqüência? 11. Todos os que trabalham no Hotel tomam conhecimento do regulamento interno? 12. Como é montada a equipe de trabalho do Hotel? 13. Quais as dificuldades deste processo? Por quê? 14. Os processos do Hotel estão definidos, descritos e disponíveis para os colaboradores? 3. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 15. O Hotel possui um Sistema de Gerenciamento de Informação? Qual? 16. Qual é a facilitação que os recursos tecnológicos oferecem as atividades do Hotel? 17. O Hotel possui algum sistema integrado aos níveis funcionais que permita acesso a todos os níveis da organização? Como funciona essa integração? 18. Como são pensadas as estratégias tecnológicas a fim de atender as necessidades do Hotel? 142 19. De que forma o sistema informatizado otimiza a venda/hospedagem ? 20. Como os recursos tecnológicos otimizam a concepção da programação do Hotel? 21. Existe alguma dificuldade tecnológica que ainda estimula a realização de procedimentos manualmente? Esclareça. 22. Além do sistema de informação do Hotel, durante a realização das atividades é utilizado mais algum outro sistema? Como funciona esse processo? 23. Quais procedimentos ainda são realizados manualmente? Por quê? FORMULÁRIO ENTREVISTA 01 – CADEIA DE VALOR (CONTINUAÇÃO) 4. ADMINISTRAÇÃO 24. Como está estabelecido o processo de compras do Hotel? 25. Como são alocados recursos para tal fim? 26. Qual o procedimento para aquisição de novos equipamentos ou insumos(produtos)? 5. LOGÍSTICA OPERACIONAL 27. Como é definida a programação do Hotel? 28. Quais os processos estão envolvidos nesta definição? 29. Quais procedimentos de segurança adotados pelo Hotel durante o translado e estada dos clientes ? 30. Existe algum processo de armazenamento de equipamentos e produtos ou estrutura? Explique. 31. Como são definidos os locais de visitação dos clientes? 32. Com relação à recepção dos clientes, como se estabelece este processo? Deste a identificação dos locais de alojamento, controle de capacidade de carga e distribuição dos clientes. 33. Com relação as visitas, como são definidas as temáticas? Como se estabelece a administração da disponibilidade de cada um frente ao número de interessados? 34. Como funcionam os processos de Logística? 35. Já foi pensada a possibilidade de terceirização? 36. Quais são os principais processos de organização de toda a estrutura logística do Hotel? 37. São realizadas ações de gestão de risco? Quais? 38. Como acontece a venda dos pacotes turísticos do Hotel? 39. De que forma a TI colabora com este processo? 40. Quais as limitações existentes? 6. MARKETING E PÓS-VENDA 41. Quais são as ferramentas de marketing utilizadas pelo Hotel para divulgação ? 42. Por que da determinação destas ferramentas em detrimento de outras? 43. Qual a abrangência da divulgação do Hotel? 44. Como é estabelecido o valor de cada hospedagem ou pacote ? 45. Como são selecionados os canais de distribuição? 46. De que forma a TI colabora com este processo? 143 47. Quais as principais limitações dos PDV’s? Por quê? 48. Quais ações pós-venda, se existirem, são realizadas? APENDICE B FORMULÁRIO ENTREVISTA 02 – REDE DE VALOR 1. FORNECEDOR 1. 2. 3. 4. 5. O Hotel terceiriza serviços ? Quais? De que forma esta terceirização colabora para a otimização dos recursos financeiros? Quais parâmetros são utilizados quando na determinação de um fornecedor? Quais serviços não são terceirizados? Por quê? Existe algum sistema de informação online e ontime entre o Hotel e seus fornecedores? Como funciona esse sistema? 2. DISTRIBUIDOR 6. Como se estabelece a determinação dos distribuidores? 7. Qual a relação existente entre o Hotel e os distribuidores? 8. O Hotel interfere ou não na intermediação entre distribuidores, atacadistas e varejistas? 9. Quem são os distribuidores? 10. Existe algum sistema de informação online e ontime entre o Hotel e seus distribuidores? Como funciona esse sistema? 3. ATACADISTA 11. Como se estabelece a determinação dos atacadistas? 12. Qual a relação existente entre o Hotel e os atacadistas? 13. O Hotel interfere ou não na intermediação entre atacadistas e varejistas? 14. Quem são os atacadistas? 15. Existe algum sistema de informação online e ontime entre o Hotel e seus atacadistas? Como funciona esse sistema? 4. VAREJISTA 144 16. 17. 18. 19. Como se estabelece a determinação dos varejistas? Qual a relação existente entre o Hotel e os varejistas? Quem são os varejistas? Existe algum sistema de informação online e ontime entre o Hotel e seus varejistas? Como funciona esse sistema? Fonte: Autor, (2012). ANEXO 145 Figura: Mapa Área Metropolitana. Fonte: Secretaria Metropolitana, (2010).