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MESTRADO EM TURISMO E HOTELARIA
O Processo de Logística integrada nos Hotéis de Selva na
cidade de Manaus
Wanderley de Oliveira Pires
Balneário Camboriú - SC
Outubro/2012
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Wanderley de Oliveira Pires
O Processo de Logística integrada nos Hotéis de Selva na
cidade de Manaus.
Dissertação apresentada ao Curso de
Mestrado Acadêmico em Turismo e Hotelaria
da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de
Educação Balneário Camboriú.
Orientador: Profª. Drª. Sara Joana Gadotti dos
Anjos.
Balneário Camboriú - SC
Outubro/2012
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Dedico este trabalho aos meus pais, Jacy de Mello Pires e
Carmelinda de Oliveira Pires, por terem me criado educado
e transformado na pessoa que sou até hoje.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta
caminhada. Agradeço a minha esposa Rosa Pires, que de forma especial e carinhosa
me deu força e coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades, quero agradecer,
também, aos meus filhos Victor, William e Wagner Pires, que embora não tivessem
conhecimento disto, mas iluminaram de maneira especial os meus pensamentos me
levando a buscar mais conhecimentos. E não deixando de agradecer de forma grata e
grandiosa meus pais, Jacy Pires e Carmelinda Pires, a quem eu rogo todas as noites
mesmo não estando conosco neste plano, mas estão comigo espiritualmente me
acompanhando nesta jornada. Aos meus amigos Fernando Fontes e Leandro Pantoja
que me apoiaram incessantemente na elaboração deste trabalho. Aos professores Sara
dos Anjos e Francisco dos Anjos pela paciência na orientação e amizade construida
durante este tempo. À professora Doris Ruschmann coordenadora do curso, pelo
convívio, pelo apoio, pela compreensão e pela amizade. A todos os professores do
curso de mestrado, que foram tão importantes na minha vida acadêmica e no
desenvolvimento desta dissertação. Aos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio
constantes.
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CONFIE SEMPRE
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda que os
teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por
luz celeste, acima de ti mesmo, crê e trabalha. Esforça-te no bem
e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra,
mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os
mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em
si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e
prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e
serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje,
é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te
atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te
com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro
dia.
Chico Xavier
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RESUMO
A Amazônia se constitui em um grande potencial turístico mundialmente conhecido e
explorado por empreendedores que investiram em hotéis de selva no meio da floresta
amazônica. Tem-se, contudo um grande desafio o gerenciamento da cadeia de valor
integrada á logística, onde busca-se manter harmonia entre as atividades hoteleiras e a
floresta. O presente estudo buscou analisar as contribuições da logística integrada na
gestão dos hotéis de selva em Manaus. Nesta pesquisa o estudo realizado esta
caracterizado com uma abordagem qualitativa cujo objeto foi três hotéis de selva na
cidade de Manaus. Foram adotadas ferramentas de coleta de dados secundários como:
observação direta e entrevistas semiestruturadas, com o objetivo de compreender a
dinâmica da cadeia de valor aplicada á logística integrada. Como contribuição ao
estudo se identificou que a cadeia de valor somente funciona perfeitamente se
integrada ás ferramentas de um sistema que permita de forma distinta e ágil realizar as
atividades e solucionar os problemas de cada hotel de selva.
Palavras - chave: Hotelaria, logística Integrada, Cadeia de Valor, turismo
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ABSTRACT
The Amazon is a region with high tourism potential, known worldwide and explored by
entrepreneurs, who invest in jungle lodge-style hotels in the Amazon rainforest.
However, managing the value chain integrated with logistics is a great challenge, in
which the aim is to maintain harmony between the hotel activities and the surrounding
forest. This project analyzes the contributions of integrated logistics in the management
of jungle lodges near Manaus. This characteristic was explored using a qualitative
approach, taking as its object three jungle lodges near the city of Manaus. Tools of
secondary data collection were adopted, including: direct observation and semistructured interviews, in order to understand the dynamic of the value chain applied to
integrated logistics. As a contribution to the study, it was identified that the value chain
only works perfectly when it is integrated with the tools of a system that enables the
activities to be carried out, and the problems of each jungle lodge to be solved in an
efficient and clear way.
Keywords: Hospitality, Integrated logistics, Value Chain, tourism
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Supply Chain....................................................................................32
Figura 2.Cadeia de Valores e Logística Integrada.......................................34
Figura 3 Logística Integrada..........................................................................36
Figura 4 Milk Run dos Hotéis.........................................................................37
Figura 5 Milk Run............................................................................................39
Figura 6 Estrutura Organizacional e Cadeia de Valor.................................41
Figura 7 Ambiente de um Sistema................................................................66
Figura 8 Os cinco Componentes de um sistema de informação...............67
Figura 9 Componentes de um sistema de informação...............................74
Figura 10 Resumo da Metodologia...............................................................86
Figura 11 Levantamento da Pesquisa por tema..........................................88
Figura 12 Região metropolitana....................................................................91
10
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ocupação por categoria de Associados......................................29
Quadro 2 Classificação ABIH.........................................................................29
Quadro 3 Autores de livros Publicados........................................................89
Quadro 4 Localização dos Hotéis de Selva..................................................91
Quadro 5 Procedimentos de Coleta de Dados.............................................94
Quadro 6 Entrevistados..................................................................................95
Quadro 7 Atividades de apoio da cadeia de valor dos hotéis .................104
Quadro 8 Identificação da rede de valor dos hotéis de selva...................114
Quadro 9 Atividades primárias da cadeia logística dos hotéis de selva124
Quadro 10 Fluxo informacional dos hotéis de selva.................................128
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LISTA DE SIGLAS
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis- ABIH
Banco Interamericano de Desenvolvimento- BID
Gerenciamento da cadeia de Suprimentos- GCS
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE
Instituto Brasileiro de Turismo- EMBRATUR
Instituição de Ensino Superior- IES
Ministério do Turismo- MTUR
Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais- NEAPL
Organização Mundial de Turismo- OMT
Programa de Ecoturismo para Amazônia Legal- POECOTUR Região Metropolitana de Manaus- RMM
Secretaria de Estado de Turismo- AMAZONASTUR
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas- SEBRAE
Sistema de Informação- SI
Sistemas de Informação Gerencial- MIS
Sistemas de Apoio a Decisão- DSS
Sistema de Informação Executivo- EIS
Supply Chain Management- SCM
Universidade Federal do Amazonas- UFAM
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SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO......................................................................................................15
1.1CONTEXTUALIZAÇÃO......................................................................................15
1.2 RELEVÂNCIA DA PESQUISA..........................................................................17
1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DA PESQUISA..................................................19
1.4OBJETIVOS.......................................................................................................19
1.4.1 Objetivo geral.............................................................................................19
1.4.2 Objetivos específicos................................................................................19
1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO...................................................................19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................21
2.1 HOTELARIA.....................................................................................................21
2.1.1 Classificação dos Hotéis............................................................................24
2.1.2 Localização dos Hotéis..............................................................................25
2.1.3 Hotéis de Selva...........................................................................................27
2.1.4 Classificação dos Hotéis ABIH-AM...........................................................28
2.2 LOGÍSTICA......................................................................................................30
2.2.1 O gerenciamento da cadeia de suprimento – Supply Chain Management
SCM.......................................................................................................................31
2.2.2 O que é Supply Chain ou Cadeia de Logística integrada.......................34
2.3 CADEIA DE VALOR........................................................................................39
2.3.2 A tecnologia e a cadeia de valor...............................................................53
2.4 TURISMO E A LOGÍSTICA............................................................................54
13
2.4.1 Uma visão sobre Turismo, qualidade, indústria do turismo e Logística
do turismo.............................................................................................................55
2.4.2 Logística e a Logística do Turismo...........................................................60
2.4.2.1 Logística do turismo...................................................................................60
2.5 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO...................................65
2.5.1 Recursos dos sistemas de informação.....................................................68
2.5.2 Tipos de sistemas de informação .............................................................76
2.5.3 A cadeia de Valor e os sistemas de informação estratégicos................80
3 METODOLOGIA..................................................................................................83
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................84
3.2 O PROCESSO DE PESQUISA........................................................................86
3.3 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES.......................................................87
3.4 OBJETIVO DO ESTUDO E SUJEITO DA PESQUISA...................................90
3.5 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS...............................................92
3.6 ANÁLISE DE INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.............................................96
4 RESULTADOS....................................................................................................97
4.1 APRESENTAÇÃO DOS HOTÉIS ...................................................................97
4.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS............................................101
4.2.1 Identificação da cadeia de valor dos hotéis de selva............................101
4.2.1.1 Atividades de apoio de cadeia de valor...................................................102
4.2.1.1.1 Infraestrutura.........................................................................................104
4.2.1.1.2 Recursos Humanos...............................................................................107
4.2.1.1.3 Administrativo........................................................................................108
4.2.1.1.4 Tecnologia da Informação ...................................................................109
14
4.2.2 Identificação da rede de valor..................................................................110
4.2.2.1 Logística Integrada...................................................................................115
4.2.2.2 Fornecedores............................................................................................116
4.2.2.2.1 Distribuidor, Atacadistas e Varejistas....................................................117
4.3. ANÁLISE DOS RESULTADOS E MAPEAMENTO DA CADEIA DE VALOR
DOS HOTEIS DE SELVA.....................................................................................118
4.3.2 Análise das atividades de apoio da cadeia de valor dos hotéis de
selva.....................................................................................................................119
4.3.3 Análise das atividades primarias da cadeia de valor dos hotéis de
selva.....................................................................................................................122
4.4 ANÁLISE DA DESCRIÇÃO DA REDE DE VALOR DOS HOTÉIS DE
SELVA..................................................................................................................126
4.5 ANÁLISE E IDENTIFICACAO DO FLUXO INFORMACIONAL DA CADEIA DE
VALOR DOS HOTEIS DE SELVA........................................................................127
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................132
REFERÊNCIAS....................................................................................................135
APÊNDICE...........................................................................................................140
ANEXO.................................................................................................................144
15
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como ênfase discorrer sobre a logística integrada em um
processo evolutivo, no qual as organizações de Hotel de Selva se preocupam mais em
conquistar novos clientes, do que lançar esforços em prolongar a permanência dos
mesmos.
As exigências dos clientes vêm aumentando a cada dia, com isso requer das
organizações planejamento dinâmico em longo prazo, de forma a criar valor ao cliente.
O segmento Turístico e de Hotel de Selva é, portanto, uma atividade essencial para
crescimento econômico do Turismo em algumas regiões, colaborando direta e
indiretamente, as comunidades vizinhas no entorno dos hotéis de selva, colocando-se
como elo constante nas atividades da região.
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Normalmente o impacto econômico que o turismo exerce em algumas regiões
está relacionado às riquezas que a região possui, transformadas em produtos
turísticos dentro das necessidades primárias e secundárias dos visitantes, com isso
cria atividades remuneradas que ajudam a desenvolver a região e a sociedade com
um efeito multiplicador.
A Amazônia tem uma das maiores biodiversidades do mundo, e também um
dos maiores símbolos da ecológica mundial, com uma expressiva fauna e flora, onde
se destacam pela sua beleza exótica, formam o cenário ideal para o desenvolvimento
do Turismo de Natureza. Por este motivo Manaus capital do estado do Amazonas
encravada no meio da floresta, desenvolve atividades eco turísticas.
Dados da Organização Mundial de Turismo – OMT - indicam que a atividade
eco turística movimentou, o correspondente a 20% do movimento total com turismo.
16
No Brasil, durante o mesmo período, os gastos com ecoturismo foram de apenas 3%
dos R$ 2,5 bilhões gastos com a atividade turística no País, sendo a Amazônia e o
Pantanal os lugares preferidos pelos visitantes.
O mercado do ecoturismo no Estado do Amazonas vem crescendo a taxa de
6% ao ano, em resposta ao fortalecimento de alguns setores, como infraestrutura e de
serviços, que aliados ao pioneirismo do Estado na prática dessa modalidade turística,
levaram o Amazonas a ser eleito pelo Governo Federal como o Estado referência para
o Ecoturismo no Brasil. Em 1997, o Estado recebeu cerca de 283.000 turistas, aqui
vieram impulsionados pela natureza, negócios e convenções.
Ao potencial natural do Amazonas, o Governo Federal por meio do Ministério
do Meio Ambiente e do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo criou, no
final de 1995, o Grupo Técnico de Coordenação de Ecoturismo para a Amazônia
Legal, que tendo os Governos dos Estados como membros, desenvolveram o
Programa de Ecoturismo para a Amazônia Legal - PROECOTUR, que disponibilizará
US$ 210 milhões para investimentos no setor, oriundos do Banco Interamericano de
Desenvolvimento – BID, dos quais US$ 100 milhões destinam-se à iniciativa privada.
Abre-se, portanto, a possibilidade de investimentos promissores como: eco lodges
(alojamento de floresta), ecos-resorts, operadoras de receptivo, agenciadoras de
cruzeiros fluviais, pesca esportiva, safáris ecológicos e outros.
Dados coletados no setor eco turístico do Amazonas contam com a seguinte
infraestrutura: 16 hotéis de selva, 21 empresas de cruzeiros fluviais, 06 empresas de
pesca esportiva e 23 agências de receptivo especializadas (NEAPL-AMAZONAS,
2009).
Para entender melhor do espaço turístico, é necessário identificar o mercado.
Mercado é um espaço construído especificamente para que as pessoas possam trocar
bens por uma unidade monetária ou por outros bens, pode-se, também, esta
relacionada, a um ao conjunto de consumidores potenciais do produto ou serviço
oferecido por determinada empresa. A segmentação do mercado consiste num
processo do qual o mercado é dividido em grupos de produtos ou serviços.
17
O mercado turístico está afixado na quantidade de consumidores direcionado
a quantidade de produtos oferecidos, ou seja, a quantidade de turistas pelas
quantidades de produtos oferecidos pelas empresas de turismo. Sendo assim, o
mercado depende da demanda e da oferta (IGNARA, 2003).
Valente e Cury (2004) relata que historicamente, o desenvolvimento do
conceito de turismo está muito relacionada à questão do deslocamento, uma vez que,
por definição, implica em um ‘’movimento’’ para fora do lugar de residência habitual e,
consequentemente, muito próxima a própria realidade dos transportes. Desta forma,
nascem algumas necessidades de se colocar em prática a logística.
1.2 RELEVÂNCIA DA PESQUISA
Hoje, o centro das atenções, está voltado para os clientes e a expectativa
criada entre cliente e serviço oferecido está muito grande. Porém, se atingido um
desempenho satisfatório, conseguirá índices elevados, principalmente se ultrapassar
as expectativas, mas ao mesmo tempo em que a satisfação vai sendo preenchida, vão
crescendo as expectativas de novos serviços almejados. Sendo assim, a logística tem
uma função relativa as necessidades do mercado. Desta forma, há motivos para
monitoração das necessidades, com intuito de verificar se existe capacidade de
atender os níveis mais elevados dos serviços.
Muitas organizações têm dificuldades de programar sistemas de logística
integrados. Isto porque estão atrelados ao uso de sistemas inadequados e baseados
em princípios antiquados.
Por estas razões, faz-se necessário investimento para
composição de processos de logística modernos que atendem as necessidades às
organizações e dos clientes.
A busca constante para atingir a qualidade colabora para elaboração da
pesquisa em uma análise organizacional, pelo tipo de logística utilizada no segmento
18
de Hotel de Selva, que hoje estão voltados para atender às necessidades imediatas.
Através do cliente pode-se obter a direção certeira na conquista dos negócios, é
primordial desenvolver este tema através dados fornecidos. Por este motivo, destacase o quanto é importante este estudo, para o Curso de Mestrado em Administração em
Turismo e Hotelaria, pois se disserta acerca da influência da Logística Integrada,
analisando o desempenho dos hotéis de selva na cidade de Manaus. Para isso, as
práticas utilizadas pelos hotéis irão ajudar a discorrer sobre as formas de construção
de uma logística integrada, a partir do processo de logística utilizado, seja pelo
desempenho ou pelas estratégias existentes.
Tendo em vista que o município de Manaus/AM é considerado a maior
referência em hotel de selva e ponto de entrada e saída do Estado do Amazonas,
onde se localiza os hotéis de selva pesquisados, dependem economicamente das
atividades desenvolvidas pelas organizações de selva para sobrevivência.
Com isso, direcionaram-se os estudos com base em uma pesquisa de caráter
qualitativo, descritiva, explicativa e de campo, no qual se verificou por meio das
entrevistas que os gerentes dos Hotéis de Selva e entre alguns funcionários de campo
vivem as dificuldades das organizações em manter as visitas constantes dos clientes,
e retorno dos mesmos.
Desta forma, justifica-se esta dissertação pelas pressões que o mercado
exerce sobre as organizações de Hotel de Selva em renovar seus compromissos com
o cliente, abandonando antigas estratégias e melhorando a logística e a qualidade do
serviço, além de contribuir teoricamente e empiricamente sobre o desempenho dos
hotéis de selva.
1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA
19
Diante do exposto, surge a inquietação sobre o tema abordado frente às
dificuldades de muitas empresas em conciliar as atividades da logística e gestão. Este
fato motivou a formulação da seguinte pergunta de pesquisa:
Quais as contribuições da Logística integrada na gestão dos hotéis de selva na
Cidade de Manaus?
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo geral
- Analisar as contribuições da logística integrada na gestão dos hotéis de selva
em Manaus.
1.4.2 Objetivos específicos
- Descrever o processo de logística utilizado pelos hotéis de selva.
- Identificar a cadeia de valor existente nos hotéis de selva.
- Analisar o processo logístico dos hotéis de selva.
1.6 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
Para o melhor entendimento do estudo desta dissertação segmentou-se em
20
seis capítulos. O primeiro capítulo descreve as etapas ligadas ao tema como
relevância da pesquisa, definição do problema de pesquisa e objetivos.
No segundo capítulo relata-se sobre a fundamentação teoria que ajudam a
esclarecer e explicar com detalhes como a logística, logística integrada, cadeia de
suprimento, cadeia de valor, as cinco forças de Porter. Descreve-se sobre o turismo,
assim como os meios de hospedagem , classificação dos hotéis, entre os de
fundamental importância.
O terceiro capítulo traça a metodologia utilizada assim como discorre sobre os
procedimentos, o processo de pesquisa; identificou-se o sujeito da pesquisa,
demonstram-se os procedimentos de coleta de dados, análise e interpretação dos
dados e por último o cumprimento do cronograma proposto.
O quarto capítulo aborda-se os resultados como um estudo de caso sobre as
organizações de selva inicia-se com a apresentação dos dados coletados, passandose a infraestrutura dos hotéis de selva e a cadeia de valor dos hotéis de selva, assim
como análise, mapeamento e rede de valor dos hotéis de selva. Há também a
descrição da rede de valor dos hotéis, indo um pouco mais além a descrição dos
componentes de compõem os hotéis de selva que ajudaram na coleta dos dados.
No quinto capítulo descreve-se a conclusão do trabalho e em seguida as
referências utilizadas durante este trabalho e apêndices.
21
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
.
Aborda-se, neste capítulo a pesquisa realizada em livros e artigos de diversos
autores, os conceitos e características, bem como a classificação dos meios de
hospedagem, de logística e sua evolução, da cadeia de valor, do turismo e a logística
e o funcionamento do sistema de informação. Optou-se pela análise e investigação da
bibliográfica de cada item para melhor entendimento teórico.
2.1 HOTELARIA
Antes do início da discussão sobre os meios de hospedagem, e importante
entender que o turismo está relacionado á viagens e concomitantemente ás
atividades, um determinado loca, entre outros motivos, que geralmente levam pessoas
aos destinos procurados, que normalmente estão ligados aos atrativos de uma da
região (IGNARA, 2003).
Quando se fala em turismo torna-se necessário verificar a demanda. A demanda
é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um
preço. A demanda Turística pode ser compreendida pelas segmentações em demanda
efetiva, no qual há consumo do produto e demanda potencial que por alguma razão o
produto não é consumido, seja por alguns fatores que a influenciam que vai do preço à
disponibilidade do produto entre outras variações (IGNARA 2003).
Para se entender a amplitude do estudo inicia-se pelos meios de hospedagem
de uma empresa hoteleira que pode ser compreendida como uma organização que
mediante ao pagamento de diárias, oferece alojamento à clientela indiscriminada.
Sendo assim, entra a discussão existente pelas classificações, em uma
disposição de características de cada alojamento ou hotel. Para Cândido e Vieira
(2003), o Hotel é o meio de hospedagem mais convencional e comumente encontrado
em centros urbanos. É o estabelecimento onde os turistas encontram hospedagem e
22
alimentação em troca de pagamento por esses serviços. Hotel é uma empresa pública
que
visa
obter
lucro
oferecendo
ao
hospede
alojamento,
alimentação
e
entretenimento.
Desta forma, ainda, Cândido e Viera (2003) consideram o Hotel como uma
organização, que quando está associado a um grupo de pessoas exercem diferentes
funções para atingir um objetivo comum. Esse objetivo comum nada mais é do que dar
ao hospede o melhor; seja em serviço, em atendimento, preço, em busca da
satisfação. Neste princípio surgem também as classificações por meio do diferencial
competitivo.
Para se entender a existência das Hospedagens diversas, normalmente um
único hotel dispõe de estrutura diversificada para atender a segmentos variados de
turistas transformando-os em hospedes, como: peregrinos, convencionais de
exposição ou em turismo de negócios e outros, que desejam encontrar no hotel os
aspectos fundamentais de infraestrutura diretamente ligados ao tipo de turismo que os
motivou a viajar (CÂNDIDO E VIERA, 2003).
Ainda no entendimento de Cândido e Vieira (2003) hospedagem nos dias de
hoje, esta ligada a indústria Turística e a Indústria Hoteleira. Desta forma surge o
binômio: Hotelaria e Turismo.
A hotelaria pode ser considerada a indústria de bens de serviços. E como
qualquer ramo industrial, possui suas características próprias de organização e sua
finalidade principal é o fornecimento de hospedagem, alimentação, entretenimento,
segurança e bem-estar dos hospedes (CÂNDIDO E VIERA, 2003).
Hotel pode simplificar o seu significado como:
Segundo Cândido e Viera ( 2003), Hotel é a palavra genérica que identifica e
define diversos tipos de estabelecimentos comerciais destinados a acolher, alimentar e
entreter pessoa. Os autores também consideram como meio de Hospedagem do tipo
convencional e mais comum, normalmente localizado em perímetro urbano, e
destinado a atender turistas, tanto em viagens de lazer quanto em viagens de
23
negócios. Indo além se pode entender hotel como um estabelecimento de caráter
público, destinado a oferecer uma série de serviços: alojamento, alimentos e bebidas,
entretenimento e que persegue três grandes objetivos:
a)
Ser uma fonte de receita.
b)
Ser uma fonte de empregos.
c)
Oferecer um serviço a comunidade..
Os hotéis têm em sua atividade principal a de alojamento. O Hotel possui
conforme Candido e Vieira (2003), uma atividade permanente de prestação de
serviços que opera 24 horas por dia, durante o ano inteiro, e seu principal produto, a
diária hoteleira, é altamente perecível. Há ainda comentários sobre hotel ser uma
empresa pública que visa obter lucro oferecendo ao hospede alojamento, alimentação
e entretenimento.
Ao Decreto nr. 5.406 entendem-se como meios de hospedagem e turismo, os
estabelecimentos com licença de funcionamento para prestar serviços de hospedagem
expedida por autoridade competente.
Os serviços de hospedagem, ofertados pelas empresas hoteleiras, a que se
refere o mencionado decreto, são aqueles prestados por empreendimentos ou
estabelecimentos empresariais administrados ou explorados por prestadores de
serviços turísticos hoteleiros, que ofertem alojamento temporário para hóspedes,
mediante adoção de contrato de hospedagem, tácito ou expresso, e cobrança de
diária pela ocupação da unidade habitacional (UH).
O Regulamento Geral dos Meios de Hospedagem da Empresa Brasileira de
Turismo (EMBRATUR, 2011) entende como unidade habitacional (UH) o espaço,
atingível a partir das áreas de circulação comuns do estabelecimento, destinada à
utilização pelo hóspede, para seu bem-estar, higiene e repouso.
24
2.1.1
Classificação dos Hotéis
Os Hotéis podem receber classificação conforme o tipo e podem ser definidos,
conforme o padrão e as características das suas instalações, ou seja, o grau de
conforto, a qualidade dos serviços e os preços. A Empresa brasileira de Turismo
EMBRATUR e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (EMBRATUR E ABIH
2011) classificam os hotéis. Esse tipo de classificação pretende informar ao público os
níveis de conforto, os preços e os serviços oferecidos; orientar investidores e
empresários; constituir instrumentos de política de incentivo às atividades turísticas,
Alėm disso, há a classificação pela sua localização em hotéis de cidades de
praia, de montanha, de aeroporto, também pela sua destinação como hotéis de
turismo, negócios, lazer, cassino, convenções, econômicos, etc.
A ABIH (2011) estabeleceu outra classificação uma auto classificação, já que
feita pelos próprios hoteleiros e apenas chancelada pela (ABIH), segundo a qual os
hotéis são divididos entre as categorias superluxo (6 estrelas), luxo (5 estrelas),
superior (4 estrelas), turística ( 3 estrelas), econômica (2 estrelas) e simples ( 1
estrela).
Adotando-se outros critérios, pode-se chagar a novas classificações. Convém
lembrar ainda que um mesmo hotel poder ser classificado em mais de uma categoria,
e que um mesmo hotel pode reunir características comuns a mais de um tipo. Por
exemplo, um hotel de montanha voltado para lazer pode ser enquadrado
simultaneamente nas categorias de lazer, de alto luxo e também como hotel de
convenções (CĀNDIDO E VIEIRA, 2003).
Segundo Cândido e Vieira (2003) os hotéis recebem a seguinte denominação
tipos principais de hotel: hotéis centrais (downtown hotels); hotéis não centrais; hotéis
de aeroporto; hotéis de lazer; hotéis econômicos.
25
2.1.2
Localização dos hotéis
Segundo Cândido e Vieira (2003), os hotéis podem ser classificados, ou,
expressando de outra forma, os tipos de hotéis podem ser definidos:
1- Hotel Central:
 Localização no centro da cidade, ou o mais próximo possível.
 Restrições quanto ao uso e à ocupação do solo.
 Compatibilidade entre o preço do terreno, o porte e o padrão do
empreendimento. O custo do terreno não pode ultrapassar o valor
determinado pelos estudos de viabilidades econômicos e financeiros.
 Facilidade de acesso ao aeroporto e às principais vias da cidade.
 Existência de redes de infraestrutura confiáveis (água, energia
elétrica, telefones).
 Localização em via sem congestionamento de trânsito.
 Localização de fácil identificação na cidade.
2- Hotel Econômico:
 Localização na principal via de ligação entre a rodovia regional de
acesso à cidade e o centro urbano.
 Localização de fácil visualização e identificação em relação à
cidade e à rodovia.
 Terreno de custo baixo e com dimensões adequadas para permitir
pátio de estacionamento e uma construção horizontal ou, no máximo de
três pavimentos.
 Terreno servido por redes de infraestrutura (drenagem, água,
26
esgoto, energia elétrica, comunicações).
3- Hotel de Convenções:
 Localização em cidades caracterizadas como importantes centros
de negócios e de serviços.
 Existência de redes confiáveis de infraestrutura urbana.
 Localização de fácil identificação na cidade.
 Dimensões
de
terreno
que
permitam
implantar
área
de
estacionamento de veículos.
4- Resort ou Hotel de Lazer:
 Localização em região com meio ambiente de grande apelo
turístico e paisagístico.
 Terreno de grandes dimensões (inclusive com trechos de floresta,
quando possível), que permita a implantação de campo de golfe, hípica,
parque aquático, quadras de esportes, marina.
 Local de fácil acesso a aeroporto.
 Local de fácil identificação em relação à estrada ou à rodovia.
5- Hotel de Selva:
 Localização em meio a floresta ou parque ecológico, com grande
apelo turístico e paisagístico.
 Facilidade de acesso por meio de rodovia ou hidrovia.
 Terreno com grandes dimensões, que permita áreas de esportes
ao ar livre, ancoradouros de barcos, parque aquático.
 Localização
em
protegidos contra insetos.
terrenos não
inundáveis
e
relativamente
27
6- Hotel Cassino:
 Local de fácil acesso ao aeroporto por meio de rodovias de bom
desempenho.
 Existência de redes confiáveis de infraestrutura urbana.
 Localização em via sem congestionamento de trânsito.
 Dimensões de terreno que permitam implantar áreas de
estacionamento, lazer e recreação.
 Localização em áreas com recursos paisagísticos.
2.1.3 Hotéis de Selva
Qualquer projeto no espaço expressa por representação revela a imagem de
um território, de um local de revelação e por causa destas revelações a relação do
território se inscreve em um campo de poder. A construção de uma realidade é um
instrumento de poder que atua no território produzido (RAFFESTIN, 2011).
Territorialidade, segundo Andrade (1994), é encarada como um processo
subjetivo de conscientização da população de fazer parte de um território, ou seja, a
inter-relação entre ambos, sendo o conjunto de práticas e suas expressões materiais,
capazes de garantir a apropriação e permanência de um dado território por um
determinado agente social, tendo muitas características com o espaço vivido, marcado
por trocas de experiências entre território e o indivíduo por serem ambos dinâmicos,
interagindo reciprocamente.
Segundo
Linderberg,
Kreg,
Hawkins,
Donald
(1999),
algumas
das
características que o eco lodge deve necessariamente apresentar estilo arquitetônico
em harmonia com o meio natural e cultural no cenário no qual se insere; aplicação
dos princípios de sustentabilidade no projeto que inclui a minimização do uso de
28
energia e de materiais de construção não renovava; utilização de materiais recicláveis
onde for possível; atuação em harmonia com as comunidades receptoras, oferecendolhes oportunidades de emprego que envolva responsabilidade crescente; contratos
com fornecedores locais; participação nas iniciativas que promovam a conservação do
meio; e a pesquisa científica – tanto no setor público como no privado. Além disso, os
empreendedores de ‘eco lodges’ devem oferecer programas de educação ambiental
aos turistas, promovendo entendimento das características e das singularidades do
meio natural e cultural visitado.
Os Hotéis de Selva diferente do eco lodge tem em sua maioria características
voltadas para atividades de contemplação da natureza, de confinamento dos turistas
em território específico do que a atividade eco turístico na sua essência.
A valorização da vida simples, do cotidiano (ato de caminhar pela manhã em
ruas arborizadas, pescar nos rios, dormir debaixo de árvores e em redes, conversar à
noite sob o luar, etc.), todos esses pequenos atos provocam um sentimento de
territorialidade que é transformada em sentimento de confraternização entre as
pessoas com o lugar.
Conforme Faria (2006), os Hotéis de Selva, ou Lodge, têm-se na expressão
inglesa o significado de alojamento ou residência temporária, que atendem aos turistas
praticamente do ecoturismo, que também recebe outra nomenclatura, os Eco lodges –
alojamentos que se caracterizam pelo seu alojamento, arquitetura, construção e
administração de forma ambientalmente sustentável, o que basta saber é se os hotéis
têm atividades eco turística, especialmente na Amazônia.
2.1.4 Classificação de hotéis ABIH-AM
Segundo dados obtidos pela ABIHAM (2011), a classificação das estrelas é um
sistema oficial adotado no Brasil. As estrelas são cotadas de uma a cinco, de acordo
com o padrão de serviços oferecidos. Por meio de um novo sistema serão
29
disponibilizados, também, os hotéis cinco estrelas plus. No exterior a classificação é
feita por categorias, como turística (duas a três estrelas), turística superior (três a
quatro estrelas), de negócios (quatro estrelas) e de luxo (cinco estrelas).
Tipo
Super Luxo
Luxo
Superior
Turístico
Econômico
Pousada
Hotel de Selva
Hotel Flutuante
Hotel de Lazer
QUADRO 1 : Ocupação por Categorias
de Associados-ABIH-AM
Leitos
Classe
1.100
509
1.217
2.057
49
213
991
186
107
Fonte: ABIH- AM (2011).
Aos quadros 1 e 2 as categorias que inclui hotéis de lazer ou hotéis fazenda,
representam os estabelecimentos localizados no campo.; e as categorias de
pousadas(meios de hospedagem instalados em edifícios de valor histórico, cultural ou
turístico), resort (são complexos turísticos, em geral tematizados e localizado fora das
cidades) e albergue(normalmente muito baratos, são instalações de hospedagem
coletivas que oferecem quartos para até quatro pessoas).
QUADRO 2 : Classificação ABIH-AM
Tipo
Classe
Categoria
Plus(hotel super luxo)
Super Luxo
Negócios
Luxo
Turística Superior
Turismo Superior
Turística ou Superior
Turismo
Turística
Econômica
Hotéis de lazer ou
Campo e lazer
Fazenda
Pousadas
Localização/Econômic
o
Resort
Temáticos
Alberg
Econômica
Fonte: ABIH-AM (2011).
30
2.2 LOGÍSTICA
A palavra Logística tem origem francesa (do verbo loger, que significa “alojar”)
e era entendida como um termo militar que significava a arte de transportar, abastecer
e alojar as tropas. Atualmente, num significado mais amplo, trata da arte de administrar
o fluxo de materiais e produtos, da fonte para o usuário (RAMOS, 2002).
Outras definições de logística são encontradas em Ballou (2010, p.17) que
define que: “a Logística é responsável por diminuir o hiato entre a produção e a
demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde
quiserem e na condição física que desejar”.
Pozo (2008, p. 5), comenta ainda que ação logística está ˝relacionada em rede
de fornecedores, sistema de informação, transporte, armazenagem e movimentação de
materiais˝, estabelecendo conforme comenta o autor os cinco pilares da logística que
em seu ponto de vista está diretamente integrada criando assim as competências
exigidas pelo mercado.
Ching (2006, p.16) ressalta que sua maior denominação e aplicabilidade
começaram nos Estados Unidos na década de 40 pelas forças Armadas Americana
durante a Segunda Grande Guerra, sendo transferida para indústria a integralidade das
funções entre elas, têm-se a roteirização, dimensionamento, administração da frota,
localização, layout, armazéns, ate seleção de fornecedores como atividades logísticas.
Ballou (2006, p.27) define ˝a logística como sendo um processo de
planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias,
serviços e das informações relativas desde o ponto da origem até o ponto de consumo
com propósito de atender as exigências dos clientes˝. Desta forma tem-se uma
excelente definição da logística e uma perfeita integração das atividades, ou seja, a
logística é um processo que faz parte da cadeia de suprimentos. Neste consenso vê-se
que apesar das atividades logísticas serem independentes com seus resultados
específicos, ela interage entre si formando uma cadeia que para o bom funcionamento
31
torna-se fundamental que a mesma funcione de forma perfeita ou eficaz conforme o
autor descreveu anteriormente, a fim de alcançar bons resultados e atingir seus
objetivos.
2.2.1 O gerenciamento da cadeia de Suprimento - Supply Chain Management –
SCM
Durante os anos de 1980 e 2000 algumas mudanças nos conceitos gerenciais,
com destaque a função de operação. O modelo de qualidade total nas empresas e
seus programas de engenharia, houve um avanço no que diz respeito a qualidade e a
produtividade das empresas. Neste período, ocorreram grandes transformações nos
conceitos gerenciais, com destaque a função de operação. Assim, apareceram dois
conceitos em relação a produção muito utilizado pelas empresas com bastante
intensidade.
Em primeiro lugar está a logística integrada que despontou por volta de 1980 e
ganhou velocidade e crescimento ao longo dos anos sendo puxada pela revolução
tecnológica e pelo aumento do nível de exigências de desempenho em termos de
distribuição e qualidade.
Logo em seguida, o conceito é o Supply Chain Management – SCM, ou
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – GCS, que começou a se desenvolver por
volta de 1990. No entanto, ainda hoje são poucas as empresas que conseguem evoluir
e implementar de forma completa e com sucesso.
Destaca Ching (2006) em seu comentário que o SCM ou o gerenciamento da
cadeia de suprimentos originou-se dos conceitos de logística e de logística integrada. A
primeira integração parcial que originou o conceito de logística integrada foi a de dois
grandes subsistemas; o de materiais e o de distribuição física, atribuindo-o o
planejamento e a gestão de fluxos físicos e informacionais. A partir daí o ponto chave
que auxiliou na evolução desse novo conceito foi a questão do relacionamento entre os
32
diversos agentes da cadeia de suprimentos, primeiramente o estreitamento de
relacionamento empresa-cliente, até mesmo por conta da origem da logística como
gestão de distribuição física, e em segundo lugar o estreitamento no relacionamento
fornecedora-empresa. Essa integração interna e externa de atividades que inclui uma
série de processos que interligam fornecedores aos clientes finais originou o atual
conceito de gerenciamento da cadeia de suprimentos conforme Figura 1.
Figura 1 : Supply Chain Management – SCM
Fonte: Wood Junior, (2004, p.220)
Conforme Ching (2006), essa abordagem tem trazido enormes benefícios para
as empresas de diversos setores, principalmente à automobilística. A indústria tem
servido como setor de impulsão nas questões relacionadas à administração da
produção e à gestão da cadeia de suprimentos, com destaque para a produção enxuta.
Para compreender melhor o SCM, é preciso entender o que é um canal de
33
distribuição e quais suas funções. Primeiramente, o canal de distribuição ganhou
bastante ênfase tendo sua utilização dentro do marketing, sendo uma ferramenta de
eficiência, podendo ser estratégica, na comercialização e distribuição de produtos e
serviços. Com o passar dos anos esse canal de distribuição foi se tornando mais
complexo ao mesmo tempo em que seu controle diminuía. Diante do surgimento de
complexidades e do ambiente cada vez mais competitivo e exigente, o SCM surgiu
para atuar de forma sistêmica e abrangente em toda a cadeia empresarial(STRANG,
2012).
Lambert e Cooper (2000) definem a SCM como sendo a integração de
processos de um negócio, tendo como ponto de partida o consumidor final até os
fornecedores iniciais da cadeia desses produtos, informações e serviços, sendo que
acrescentem valor para o comprador.
Ching (2006, p.66) define Supply Chain como cadeia de logística integrada,
comentando ainda que o andamento da integração das fases do processo se torna
evidente quando há lógica de integração, principalmente onde se encontra
diferenciação do produto ou serviço . ˝Esse processo não pode ser estendido somente
na empresa, mas deve ser estendidos a todos envolvidos no processo dentro ou fora
da empresa˝. A Integração da cadeia logística concentra-se em alinhar os processoschave do negócio (MARTIN; LABEGALI E DE PADUA, 2008).
Para Ballou (2006, p.29), a cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades
funcionais (transporte, controle de estoques, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao
longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos
acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor.
Wood Junior (2002) destaca que o supply chain management pode ser definido
como uma filosofia que bem desenvolvida pode alinhar todas as atividades de
produção de forma sincronizada, visando a reduzir custos, minimizar ciclos e maximizar
o valor percebido por todos os envolvidos na cadeia, por meio do rompimento das
barreiras entre departamentos e áreas envolvidas. Sendo assim, o gerenciamento do
Supply Chain é uma forma integrada de planejar e controlar o fluxo de mercadorias,
34
informações e recursos, desde os fornecedores até o cliente final, procurando de forma
coesa administrar as relações da cadeia logística como uma cooperativa e para o
benefício de todos os envolvidos ou cooperados. Ballou (2006, p.50), comenta que ˝a
criação de estratégias cooperativas começa com a definição muito clara dos objetivos
da empresa˝. Que a empresa deve ter objetivos em conjunto com todas as atividades
da empresa que vai do pedido ate a escolha do transporte por meio de um determinado
modal (IVANOVIC; VUJIC, 2007).
2.2.2 O que é Supply Chain ou Cadeia de Logística Integrada
Há uma corrida em andamento para integração da cadeia logística. Torna-se
evidente a necessidade de estender a lógica da integração para fora das fronteiras da
empresa para incluir fornecedores e clientes. A empresa somente poderá obter
vantagens competitivas por meio de aumento de produtividade, diferenciação do
produto e níveis altos de serviço ao cliente.
Muitas iniciativas das empresas enfatizam a eficiência das operações e não
buscam uma visão consensual do futuro. O enfoque está em operações e na geração
de maior valor para o cliente e em maior lucro ao longo de toda a cadeia logística.
Figura 2: Cadeia de Valor e Logística Integrada.
Fonte: Organizado, Porter (1989, p.31).
35
A integração da cadeia logística concentra-se em alinhar os processos-chave
do negócio. A gestão do supply chain é um conceito mais amplo e estrategicamente
mais importante, que se inicia na saída da matéria-prima dos fornecedores, passa pela
produção, montagem e termina na distribuição dos produtos acabados aos clientes
finais. Inclui considerações estratégicas que passam por focalizar a satisfação do
cliente; formular e programar estratégias baseadas na retenção dos clientes atuais e
obtenção de novos clientes e gerenciamento da cadeia de forma eficaz.
O desempenho do supply chain depende principalmente de quatro fatores, a
saber:

Capacidade de resposta às demandas dos clientes.

Qualidade de produtos e serviços.

Velocidade, qualidade e inovação nos produtos.

Efetividade dos custos de produção e entrega e utilização de capital.
Nesta linha de pensamento liga-se a Figura 2 onde os critérios competitivos
são bem definidos a partir do tipo de tecnologia empregada a realização das suas
atividades, daí tira-se a desenvoltura de cada empresa, dividindo as atividades do dia
a dia por meio dos canais logístico utilizados.
Existe comentários de alguns autores sobre a logística colaborativa Almeida et
al (2007) discutem sobre o tema sido a tendência na competição por mercados não
será definida somente por empresas individuais, mas sim pela gestão da cadeia de
suprimentos. Indo mais além informa que há estudos sobre a gestão da cadeia de
suprimentos, parcerias e logística que mostram a importância das organizações
estabelecerem relacionamentos colaborativos na intenção de manter liderança e
crescimento de mercado destacando o trabalho de (VIVALDINI; SOUZA ,2006)1.
Segundo Almeida et al (2007), muitas companhias estão falando sobre
colaboração com seus parceiros na cadeia de suprimentos, mas poucas atualmente
1
VIVALDINI, M.; SOUZA, F. B. de (2006) - O relacionamento colaborativo na cadeia de suprimentos do McDonald’s.
Artigo publicado no XIII SIMPEP – Simpósio de Engenharia de Produção. Bauru, SP.
36
têm alcançado isto. Para que se tenha uma verdadeira colaboração é fundamental um
acordo entre os parceiros para integrar os recursos em ganho mútuo. Essa
colaboração na cadeia, chamada de logística colaborativa, é uma parte integrante de
que todas as áreas funcionais (agregando valor no desenvolvimento, fabricação,
comercialização e distribuição dos produtos) interagem com as demais de tal forma que
no resultado final nada de verdadeiramente importante seja esquecido. Assim, tudo é
pensado e executado de forma integrada.
Figura 3: Logística Integrada.
Fonte: Bowersox e Closs,(2001, p.44).
Conforme Coronado (2011, p.8) sobre a identificação da cadeia logística comenta
que o varejista está mais próxima da ponta da cadeia de suprimentos e próximo do
consumidor final sendo ele que impulsiona o sistema de puxar em lotes pequenos onde se
destaca os novos modelos de varejistas: como hipermercado, lojas de convenientes,
supermercado 24 horas, assim agregando também revistaria com café, posto de gasolina
com conveniência entre outros.
37
As parcerias existentes dentro da cadeia de suprimentos esta relacionado também
ao pensamento de Coronado (2011, p. 13) no qual destaca que :
O fator de otimização no gerenciamento da cadeia de suprimentos sem sombra de
duvida e a mudança do perfil do consumidor final, que estabeleceu o conceito de
puxar, provocando reestruturações no setor atacadista/varejista e fornecedores, com
parcerias e alianças, com o objetivo de agilizar o sistema Just in time das entregas
com lotes econômicos, agregando valores na margem de contribuição.
Conforme Coronado (2011) os membros da cadeia de suprimentos não conseguem
desenvolver estratégias junto ao consumidor sem oferecer preço baixo. Por esse motivo
os hotéis de selva identificam os integrantes da cadeia pelo preço e eficiência na logística.
Fornecedor B
Fornecedor A
MILK RUN
Fornecedor C
Figura 4 : Milk Run dos Hotéis de Selva.
Fonte : Organizado pelo Autor, (2012).
Hotel de Selva
38
Pela interpretação de Alvarenga e Novaes (2000) tem-se ˝Milk Run significa Corrida
do Leite. Esse nome é devido ao processo de um transportador passar em duas ou mais
fazendas sem cruzar caminho na rota, retirar o leite e, em seguida, entregá-lo a uma
empresa de laticínio. Isso é um dos exemplos do conceito de Milk Run, que mais
comumente é usado na indústria automobilística˝.
Milk Run é um sistema de coleta programada de materiais, que utiliza um único
equipamento de transporte, normalmente são utilizados pelos responsáveis da logística das
organizações. Pires (2011) confirma que os clientes utilizam seu próprio veículo para fazer
as coletas fracionadas normalmente ou por um Operador Logístico assim também relata
(ALVARENGA E NOVAES, 2000).
O sistema de coleta programada MR, que vem sendo adotado por um número
crescente de empresas, permite um maior controle sobre as peças realmente necessárias e
utiliza com maior frequência de abastecimento em lotes menores, com isso provoca uma
redução de estoques.
O Modelo Milk Run tem sido muito utilizado pelas organizações onde a coleta na
hora certa, facilita o abastecimento, pois o veículo próprio ou contrato retira a matéria prima
às organizações, previamente separados, facilitando, com isso a coleta e mantém uma
cronologia. Isso possibilita a organização, a manutenção e a melhorias na administração do
estoque, consecutivamente provoca uma redução de estoques em toda a cadeia de
suprimentos. Ilustra-se a cadeia de suprimentos por meio do modelo MR muito bem na
Figura 5 a seguir:
39
Fornecedor
Fornecedor
Fornecedor 1
Fornecedor 2
Milk Run
Fornecedor
Fornecedor 3
. Fornecedor
Fornecedor 4
Montadora
Distribuidor
Varejista
Cliente
Figura 5 : Milk Run
Fonte: Organizado pelo Autor, (2012).
2.3. CADEIA DE VALOR
Para entendermos a cadeia de valor busca-se o conceito, que serve para o
raciocínio estratégico das atividades envolvidas e nelas estão o modelo citado por
Porter (1989, p.1) como as cinco forças. Para o autor as empresas devem posicionarse de forma a ajustar as suas capacidades à situação da indústria, a qual é
caracterizada pelo peso relativo das cinco variáveis descritas.
Conforme Bicho e Batista, (2006), o posicionamento do negócio, ou seja, a
forma como o cliente vê o produto em relação à concorrência em termos de qualidade
e preço, pode levar a empresa a concorrer com base em preços reduzidos (porque tem
a vantagem dos custos) ou, pelo contrário, em preços mais elevados pela via da
diferenciação; isto é se o cliente estiver disposto a pagar mais por um produto que
considera diferente e ao qual atribui maior valor, por achar que melhor satisfaz as suas
necessidades. O conceito de valor é fulcral nesta análise, porque representa o
40
montante que os clientes estão dispostos a pagar para terem acesso a um produto ou
serviço com as características que melhor satisfaçam as suas necessidades.
Destaca-se à análise de Porter, (1989, apud Bicho; Batista, 2006 p. 4 ) não
deve ser encarada de modo geral e abstrato, mas dirigida para uma decisão de
investimento concreta, por uma empresa específica, com horizonte temporal e
momento de decisão determinado, relativa a um negócio específico num contexto
geográfico bem definido. Para uma empresa que vai entrar num novo negócio, a
preocupação essencial é como ultrapassar as barreiras à entrada, e como,
posteriormente, criar barreiras à entrada de concorrentes adicionais. Obviamente, o
ponto de vista é distinto para empresas já no mercado. Mas mesmo aqui, o ponto de
vista de uma empresa presente em todos os segmentos de mercado será diferente de
uma pequena concorrente com ação limitada a um nicho. Desde que a orientação e
análise por empresa e decisão sejam claras e consistentes, este modelo de análise é
robusto em termos de definições. Assim se o negócio for definido de modo restrito, terse-á concorrência direta e limitada, mas ameaças elevadas de entrada e/ou produtos
substitutos, passando-se o inverso se o negócio for definido de modo muito geral.
Porter (1989, p.33) destaca que toda empresa ˝é uma reunião de atividades
que são executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar seu
produto˝. Todas estas atividades podem ser representadas, a partir do uso de uma
cadeia de valores. A cadeia de valores de uma empresa e o modo como ela executa
atividades individuais são um reflexo de sua história, de sua estratégia, de seu método
de implementação de sua estratégia, e da economia básica das próprias atividades.
41
Figura 6: Estrutura Organizacional e Cadeia de Valor
Fonte : Porter (1989, p.54).
A cadeia de valor, segundo Porter (1989, p.53) define˝ como um instrumento
básico para diagnosticar a vantagem competitiva e descobrir maneiras de criá-la e
sustentá-la˝. No entanto, a cadeia de valor também pode desempenhar um papel
valioso no projeto da estrutura organizacional. Para melhor compreensão a estrutura
organizacional agrupa certas atividades sob unidades organizacionais como marketing
ou produção. A lógica destes agrupamentos e que as atividades tem similaridades que
deveriam ser exploradas, reunindo-as em um departamento; ao mesmo tempo,
departamentos são separados de outros grupos de atividades devido as suas
diferenças. O autor ainda comenta que a separação de atividades semelhantes é aquilo
que teóricos organizacionais chamam de diferenciação. Com a separação de unidades
organizacionais vem a necessidade de coordená-las, geralmente denominada
integração. Assim, mecanismos de integração devem ser estabelecidos em uma
empresa para assegurar a ocorrência da coordenação necessária. Afirma ainda o autor
que estrutura organizacional compara os benefícios da separação e da integração.
42
Para Porter (1989) a cadeia de valor oferece uma forma sistemática de dividir
uma empresa em suas atividades distintas, podendo, assim, ser utilizada para
examinar como são as atividades em uma empresa, e como poderiam ser agrupadas.
Conforme o autor os limites organizacionais frequentemente não são traçados em torno
dos grupos de atividades mais similares em termos econômicos. Além disso, unidades
organizacionais como os departamentos de compra e de P&D normalmente contém
apenas uma fração das atividades similares executadas em uma empresa.
Na visão Porter (1989), as empresas tem necessidade de integração entre
unidades organizacionais e uma manifestação de elos. Normalmente existem muitos
elos dentro da cadeia de valores, e a estrutura organizacional não fornece mecanismos
para coordená-los ou otimizá-los. As informações necessárias para coordenar ou
aperfeiçoar elos também são raramente coletadas por toda a cadeia. Como exemplo,
tem-se os gerentes de atividades de apoio como gerência de recursos humanos e
desenvolvimento de tecnologia em geral não tem uma visão clara do modo como elas
estão relacionadas a posição competitiva global da empresa, alguma coisa que a
cadeia de valor realça. Desta forma, elos verticais quase sempre não são levados bem
em conta na estrutura organizacional.
Porter ( 1989) comenta ainda que muitos resultados obtidos por empresas não
conseguem traçar os limites das unidades mais ajustados as suas fontes de vantagem
competitiva e estabelecer os tipos apropriados de coordenação, relacionando sua
estrutura organizacional a cadeia de valores, e aos elos dentro dela e com
fornecedores ou canais. Uma estrutura organizacional que corresponde a cadeia de
valores ira melhorar a habilidade de uma empresa para criar e sustentar uma vantagem
competitiva.
Segundo Porter (1989) para a construção de uma cadeia de valor é necessário
somente as atividades de uma empresa ou de uma indústria em particular (a unidade
empresarial). Uma cadeia de valor no nível do setor ou da indústria é demasiadamente
ampla, porque pode encobrir importantes fontes de vantagem competitiva. Embora as
empresas na mesma indústria possam ter cadeias similares, as cadeias de valores dos
concorrentes frequentemente diferem. Porter (1989) dá um exemplo de aplicabilidade
43
da cadeia de valor como no caso da People Express e a United Airlines, por exemplo,
ambas na indústria de linhas aéreas competem, mas elas têm cadeias de valores muito
diferentes incorporando diferenças significativas nas operações de embarque, nas
políticas de pessoal e nas operações da aeronave. As diferenças entre cadeias de
valores concorrentes são uma fonte básica de vantagem competitiva. A cadeia de
valores de uma empresa em uma indústria pode variar um pouco para itens diferentes
em sua linha de produtos, ou compradores, áreas geográficas ou canais de distribuição
diferentes. As cadeias de valores para estes subconjuntos de uma empresa estão,
contudo, intimamente relacionadas, e só podem ser compreendidas no cenário da
cadeia da unidade empresarial.
Em termos competitivos, Porter (1989, p.34) descreve que ˝o valor é o
montante que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa
lhes fornece˝. O valor é medido pela receita total, reflexo do preço que o produto de
uma empresa impõe e as unidades que ela pode vender. Uma empresa é rentável, se o
valor que ela impõe ultrapassa os custos envolvidos na criação do produto. Criar valor
para os compradores que exceda o custo disto é a meta de qualquer estratégia
genérica. O valor e não o custo deve ser usado na análise da posição competitiva, pois
em geral as empresas deliberadamente elevam seu custo para impor um preço-prêmio,
via diferenciação.
A cadeia de valor exibe o valor total, consiste em margem e atividades de valor.
As atividades de valor são as atividades física e tecnologicamente distintas, através
das quais uma empresa cria um produto valioso para os seus compradores. Na sua
análise, Porter (1989) coloca que a margem é a diferença entre o valor total e o custo
coletivo da execução das atividades de valor. Sendo assim, a margem pode ser medida
de várias formas. As cadeias de valores do canal e do fornecedor também incluem uma
margem cujo isolamento é importante para a compreensão das fontes da posição de
custo de uma empresa, pois as margens do canal e do fornecedor fazem parte do
custo total arcado pelo comprador.
Cada atividade de valor emprega insumos adquiridos, recursos humanos (mãode-obra e gerência) e alguma forma de tecnologia para executar sua função. Cada uma
44
também utiliza e cria informação, como dados do comprador (entrada de pedidos),
parâmetros de desempenho (testes) e estatísticas sobre falhas dos produtos. As
atividades de valor podem, ainda, criar ativos financeiros como estoque e contas a
receber, ou passivos como contas a pagar.
Desta forma, Porter (1989, p. 34), comenta que as ˝atividades de valor podem
ser divididas em dois tipos gerais, atividades primárias e atividades de apoio˝. As
atividades primárias, relacionadas, são as atividades envolvidas na criação física do
produto e na sua venda e transferência para o comprador, bem como na assistência
após a venda. Em qualquer empresa, as atividades primárias podem ser divididas em
cinco categorias genéricas. As atividades de apoio sustentam as atividades primárias e
a si mesmas, fornecendo insumos adquiridos, tecnologia, recursos humanos e várias
funções de âmbito da empresa. Em sua linha de pensamento o autor comenta o fato de
que a gerência de recursos humanos, o desenvolvimento de tecnologia e a aquisição
podem ser associados a atividades primárias além de apoiarem a cadeia inteira. A
estrutura interna da empresa não está associada a atividades primárias particulares,
mas apoia a cadeia inteira.
Sendo assim Porter (1989, p. 36) salienta que ˝as atividades de valor são,
portanto, os blocos de construção distintos da vantagem competitiva˝. O modo como
cada atividade é executada, combinado com sua economia, determinará se uma
empresa tem custo alto ou baixo em relação à concorrência. O modo como cada
atividade de valor é executada também irá determinar sua contribuição às
necessidades do comprador e, assim, para a diferenciação. Uma comparação das
cadeias de valores dos concorrentes expõe as diferenças que determinam a vantagem
competitiva.
Em sua análise da cadeia de valor, Porter (1989, p.34) ˝o não valor adicionado,
é a maneira apropriada de examinarmos a vantagem competitiva˝. Comenta ainda que
o valor adicionado (preço de venda menos o custo de matérias-primas adquiridas) vem
sendo empregado algumas vezes como ponto focal para análise do custo, porque era
considerado a área em que uma empresa pode controlar os custos. O valor adicionado
não é, contudo, uma base sólida para a análise do custo, porque distinguem de forma
45
incorreta as matérias-primas dos muitos outros insumos adquiridos usados nas
atividades de uma empresa. Além disso, o comportamento do custo das atividades não
pode ser compreendido sem um exame simultâneo dos custos dos insumos
empregados para executá-las. Ademais, o valor adicionado deixa de apontar os elos
entre uma empresa e seus fornecedores que podem reduzir o custo ou intensificar a
diferenciação.
Porter (1989, p. 36) ressalta que ˝a identificação das atividades de valor exige o
isolamento de atividades tecnológicas e estrategicamente distintas˝. As atividades de
valor e as classificações contábeis (por exemplo, encargos, despesas indiretas, mão de
obra direta) agrupam atividades com tecnologias discrepantes, e separam custos que
fazem parte da mesma atividade. Sendo assim classifica em:
a)
Atividades Primárias
Para Porter (1989, p.36)˝ dentro das atividades primarias existem cinco categorias
genéricas de atividade envolvidas na concorrência em qualquer indústria. Cada
categoria pode ser dividida em uma série de atividades distintas que dependem da
indústria particular e da estratégia da empresa entre elas destaca˝:
 Logística interna. Atividades associadas ao recebimento, armazenamento e
distribuição de insumos no produto, como manuseio de material, armazenagem,
controle de estoque, programação de frotas, veículos e devolução para fornecedores.
 Operações. Atividades associadas à transformação dos insumos no produto
final, como trabalho com máquinas, embalagens, montagem, manutenção de
equipamentos, testes, impressão e operações de produção.
 Logística Externa. Atividades associadas à coleta, armazenamento e distribuição
física do produto para compradores, como armazenagem de produtos acabados,
manuseio de materiais, operação de veículos de entrega, processamento de pedidos e
programação.
 Marketing e Vendas. Atividades associadas a oferecer um meio pelo qual
compradores possam comprar o produto e a induzi-los a fazer isto, como propaganda,
46
promoção, força de vendas, cotação, seleção de canal, relações com canais e fixação
de preços.
 Serviço. Atividades associadas ao fornecimento de serviço para intensificar ou
manter o valor do produto, como instalação, conserto, treinamento, fornecimento de
peças e ajuste do produto.
Como se vê cada categoria pode ser vital para a vantagem competitiva,
dependendo da indústria. Para um distribuidor, a logística interna e externa são as mais
cruciais. Para uma empresa de serviços, que presta serviço em seus próprios locais,
como um restaurante ou um varejista, a logística externa pode ser em, grande parte,
inexistente, sendo as operações a categoria vital. Para um banco engajado em
empréstimos para empresas, o marketing e as vendas são uma chave para a vantagem
competitiva por meio da eficácia dos gerentes de conta e do modo como é feito pacote
e seus preços fixados. Para um fabricante de copiadoras de alta velocidade, o serviço
representa uma fonte-chave de vantagem competitiva. Em qualquer empresa, contudo,
todas as categorias de atividades primárias estarão, até certo ponto, presentes, e
desempenham algum papel na vantagem competitiva (PORTER, 1989).
b)
Atividades de Apoio
Comenta Porter (1989, p.37) que ˝as atividades de valor de apoio envolvidas
na concorrência em qualquer indústria podem ser divididas em quatro categorias
genéricas. ˝Nas atividades primárias, cada categoria de atividades de apoio pode ser
dividida em uma série de atividades de valor distintas específicas a uma determinada
indústria. No desenvolvimento de tecnologia, por exemplo, atividades distintas
poderiam incluir projeto de componentes, projeto de características, estes de campo,
engenharia de processo e seleção de tecnologia. De modo semelhante, a aquisição
pode ser dividida em atividades como qualificação de novos fornecedores, aquisição de
grupos diferentes de insumos adquiridos, e supervisão contínua do desempenho dos
fornecedores.
Aquisição – nesta fase de aquisição para Porter (1989, p. 37 ) é a função mais
importante pois refere-se à função de compra de insumos empregados na cadeia de
47
valor da empresa, e não aos próprios insumos adquiridos. Insumos adquiridos incluem
matérias-primas, suprimentos e outros itens de consumo, bem como ativos como
máquinas, equipamentos de laboratório, equipamento de escritório e prédios. Embora
estes insumos adquiridos estejam comumente associados a atividades primárias, eles
estão presentes em cada atividade de valor, inclusive atividades de apoio. Por
exemplo, suprimentos laboratoriais e serviços de testes independentes são insumos
adquiridos comuns no desenvolvimento de tecnologia, enquanto um escritório de
contabilidade um insumo adquirido comum na sua infraestrutura.
Segundo Porter (1989) destaca alguns exemplos na aquisição que tende a
espalhar-se pela empresa inteira. Alguns itens como matérias-primas são adquiridos
pelo departamento de compras tradicional, enquanto outros itens são adquiridos por
gerentes de fábrica (por exemplo, máquinas), gerentes de escritório (por exemplo, mão
de obra temporária), vendedores (por exemplo, consultoria estratégica). Emprega-se,
aqui, o termo aquisição no lugar de compras, porque a conotação usual de compras é
demasiadamente limitada entre administradores. Ocorre frequentemente a dispersão
da função de aquisição que encobre a magnitude das compras totais, e significa que
muitas delas recebem pouca atenção.
Uma organização com determinada atividade de aquisição pode, em geral, ser
associada a uma atividade de valor específica ou a atividades que ela apoia, embora
normalmente um departamento de compras atenda muitas atividades de valor, e as
políticas de compras apliquem-se no nível de toda a empresa. Via de regra, o custo das
atividades de compras propriamente ditas representa uma parte pequena, senão
insignificante, dos custos totais, mas tem, amiúde, um grande impacto sobre o custo
global da empresa e sobre a diferenciação. Práticas de compras melhores podem
afetar intensamente o custo e a qualidade dos insumos adquiridos, bem como de
outras atividades associadas ao recebimento e ao uso dos insumos, assim como a
interação com fornecedores. Na fabricação de chocolate e em empresas de
eletricidade, por exemplo, a aquisição de cacau e de combustível, respectivamente, é,
de longe, o determinante mais importante da posição dos custos.
Desenvolvimento de Tecnologia – No desenvolvimento de tecnologia cada
48
atividade de valor engloba tecnologia, seja ela know-how, procedimentos ou a
tecnologia envolvida no equipamento do processo. A variedade de tecnologias
empregadas na maioria das empresas é muito ampla, variando daquelas tecnologias
empregadas na preparação de documentos e no transporte de mercadorias até
aquelas tecnologias envolvidas no próprio produto. Além disto, as maiorias das
atividades de valor empregam uma tecnologia que combina uma série de
subtecnologias diferentes envolvendo diferentes disciplinas científicas. A operação com
máquinas, por exemplo, envolve metalurgia, eletrônica e mecânica.
O desenvolvimento da tecnologia consiste em várias atividades que podem ser
agrupadas, em termos gerais, em esforços para aperfeiçoar o produto e o processo.
Denomino esta categoria de atividades desenvolvimento e tecnologia, em vez de
pesquisa e desenvolvimento, porque P&D tem uma conotação demasiado limitada para
a maioria dos gerentes. O desenvolvimento de tecnologia costuma estar associado ao
departamento de engenharia ou ao grupo de desenvolvimento. Normalmente, ocorre
em muitas outras partes de uma empresa, embora isto não seja explicitamente
reconhecido. O desenvolvimento de tecnologia pode apoiar qualquer uma das
numerosas tecnologias englobadas em atividades de valor, inclusive áreas como
tecnologia de telecomunicações para o sistema de entrada de pedidos, ou automação
do escritório para o departamento de contabilidade. Ele não se aplica apenas a
tecnologias diretamente relacionadas ao produto final. O desenvolvimento de
tecnologia também assume diversas formas, desde a pesquisa básica e o projeto do
produto até pesquisa de mídia, projeto do equipamento de processo e procedimentos
de atendimento. O desenvolvimento de tecnologia relacionado ao produto e às suas
características apoia a cadeia inteira, enquanto outro desenvolvimento de tecnologia
está associado a atividades primárias ou de apoio particulares.
Infraestrutura - Conforme Porter (1989, p. 39), ˝a infraestrutura da empresa
consiste em uma série de atividades, incluindo gerência geral, planejamento, finanças,
contabilidade, problemas jurídicos, questões governamentais e gerência de qualidade˝.
A infraestrutura, ao contrário de outras atividades de apoio, geralmente dá apoio à
cadeia inteira, e não às atividades individuais. Dependendo da empresa ser
49
diversificada ou não, a sua infraestrutura pode ser fechada ou dividida entre uma
unidade empresarial e à corporação matriz. Em empresas diversificadas, as atividades
da infraestrutura são em geral divididas entre a unidade empresarial e os níveis da
empresa (por exemplo, o financiamento quase sempre é feito no nível da empresa,
enquanto a gerência de qualidade é feita no nível da unidade empresarial). Muitas
destas atividades ocorrem, contudo, em ambos os níveis.
Algumas vezes, a infraestrutura da empresa é encarada apenas como
“despesa indireta”, mas pode ser uma poderosa fonte de vantagem competitiva. Em
uma companhia de operações telefônicas, por exemplo, a negociação e a manutenção
de relações contínuas com entidades reguladoras podem estar entre as atividades
mais importantes para a vantagem competitiva. De modo semelhante, sistemas de
informações gerenciais apropriados podem prestar uma contribuição significativa para
a posição dos custos, enquanto em algumas indústrias a alta gerência desempenha um
papel vital no contato com o computador.
c)
Tipos de atividades
Dentro de cada cadeia de atividades primárias e de apoio, existem três tipos de
atividades que desempenham um papel diferente na vantagem competitiva:
 Direta. Atividades diretamente envolvidas na criação de valor para o comprador,
como montagem, fabricação de peças, operação da força de vendas, publicidade,
projeto do produto, recrutamento.
 Indireta. Atividades que tornam possível a execução de atividades direta em
uma base contínua, como manutenção, programação, operação de instalações,
gerência da força de vendas, administração de pesquisa, manutenção de registro do
vendedor.
 Garantia de qualidade. Atividades que garantem a qualidade de outras
atividades, como monitoramento, inspeção, testes, revisão, verificação, ajuste e
reforma. Garantia da qualidade não é sinônimo de gerência de qualidade, porque
muitas atividades de valor contribuem para a qualidade.
50
Indo mais além; Porter (1989) comenta que toda empresa tem atividades de
valor diretas, indiretas e de garantia da qualidade. Todos os três tipos estão presentes,
não só entre atividades primárias, mas também entre atividades de apoio. No
desenvolvimento de tecnologia, por exemplo, equipes de laboratório reais são
atividades diretas, enquanto a administração da pesquisa é uma atividade indireta.
Segundo Porter (1989), a função das atividades indiretas e de garantia da
qualidade frequentemente não é bem compreendida, fazendo com que a distinção
entre os três tipos de atividades seja importante para o diagnóstico da vantagem
competitiva. Em muitas indústrias as atividades indiretas representam uma proporção
grande e em rápido crescimento do custo, podendo desempenhar um papel
significativo na diferenciação por meio de seu efeito sobre as atividades diretas. Apesar
disso, as atividades indiretas são amiúde amontoadas com atividades diretas, quando
os administradores pensam sobre suas empresas, embora as duas as duas tenham
economias bem diferentes. Em geral existem trad-offs entre atividades diretas e
indiretas; uma despesa maior com a manutenção reduz os custos das máquinas.;
também são, com frequência, agrupadas em contas de encargos ou “despesas
indiretas”, encobrindo seu custo e sua contribuição para a diferenciação.
Atividades de garantia da qualidade prevalecem em quase toda parte de uma
empresa, embora quase nunca sejam reconhecidas como tal. Os testes e a inspeção
estão associados a muitas atividades primárias. As atividades de garantia da qualidade
fora das operações são, via de regra, menos aparentes, embora igualmente
prevalecentes. O custo cumulativo destas atividades, e o modo como outras atividades
são executadas afetas. ˝A possibilidade de simplificar ou eliminar a necessidade destas
atividades pela execução de outras atividades de uma forma melhor está na raiz da
noção de que qualidade está ao alcance de todos˝ (PORTER, 1989, p. 41).
Para diagnosticar a vantagem competitiva, Porter (1989, p.41) diz que
necessário definir a cadeia de valores de uma empresa para competir em uma indústria
particular. Começando com a cadeia genérica, atividades de valor individuais são
identificadas na empresa particular. Cada categoria genérica pode ser dividida em
atividades distintas, conforme ilustrado para uma categoria genérica.
51
A definição de atividades de valor relevantes exige que atividades com
economias e tecnologias distintas sejam isoladas. Funções gerais como fabricação ou
marketing devem ser subdivididas em atividades. O fluxo de produtos, o fluxo de
pedidos ou fluxo de papelada podem ser úteis nisto. A subdivisão de atividades pode
proceder até o nível de atividades cada vez mais estreitas que são, até certo ponto,
distintas. Cada máquina em uma fábrica, por exemplo, poderia ser tratada como uma
atividade independente. Assim, o número de atividades em potencial normalmente é
muito grande (PORTER, 1989).
O grau apropriado de desagregação, na definição de Porter (1989, p. 41),
˝depende da economia das atividades e dos propósitos para os quais a cadeia de
valores está sendo analisada˝. Embora se vá voltar a esta questões anteriores, o
principio básico é que as atividades deveriam ser isoladas e separadas, se (1) tiverem
economias diferentes, (2) tiverem um alto impacto em potencial de diferenciação, ou (3)
representarem uma proporção significativa ou crescente do custo. No uso da cadeia de
valores, desagregações sucessivamente mais refinadas de algumas atividades são
feitas, visto que a analise expõe diferenças importantes para a vantagem competitiva;
outras atividades são combinadas porque mostraram ser sem importância para a
vantagem competitiva ou são governadas por economias similares.
O processamento de pedidos, por exemplo, pode ser classificado como parte
da logística externa ou como parte do marketing. No caso de um distribuidor, o papel
do processamento de pedidos é mais uma função de marketing. De modo semelhante,
a força de vendas desempenha, com frequência, funções de serviço. Atividades de
valor devem ser designadas a categorias que representem melhor sua contribuição
para a vantagem competitiva de uma empresa. Se o processamento de pedidos é uma
forma importante de interação da empresa com seus compradores, por exemplo, ele
deve ser classificado como atribuição do marketing. Semelhantemente, se o manuseio
de material interno e o manuseio de material externo utilizam as mesmas instalações e
o mesmo pessoal, então ambos deveriam provavelmente ser combinados em uma
atividade de valor, e classificados onde quer que a função tenha o maior impacto
competitivo. As empresas obtêm quase sempre vantagem competitiva por meio de uma
52
redefinição dos papéis de atividades tradicionais – a exemplo que destaca Porter
(1989, p. 44) onde a Vetco, um fornecedor de equipamento para campos de petróleo,
utiliza o treinamento do cliente como um instrumento de marketing e como um modo de
formar, por exemplo, custos de mudança.
Tudo aquilo que uma empresa faz deveria ser classificado em uma atividade
primária ou de apoio. Rótulos de atividades de valor são arbitrários e devem ser
escolhidos para proporcionarem o melhor discernimento com relação ao negócio.
Normalmente a rotulação de atividades em indústrias de serviços causa confusão
porque as operações, o marketing e o apoio após a venda em geral estão intimamente
ligados. A solicitação de atividades deveria seguir, em geral, o fluxo do processo, mas
o pedido, também é uma questão de opinião. Via de regra, as empresas executam
atividades paralelas, cujo pedido deve ser feito de modo a intensificar a clareza intuitiva
da cadeia de valores para os administradores.
Na visão de Porter (1989, p.112), ˝uma empresa diferencia-se da outra
justamente na competitividade que uma empresa tem em relação a outra˝, ou seja, esta
na diferenciação que se obtêm de vantagem e que se destaca.
Porter (1989, p.113), descreve que ˝a diferenciação não pode ser
compreendida se a empresa for considerada como um todo, pois elas provem das
atividades especificas que uma empresa executa e do modo como afetam o
comprador˝. A diferenciação surge da cadeia de valor da empresa. Virtualmente,
qualquer atividade de valor constitui uma fonte em potencial de singularidade. A
aquisição de matarias- primas e de outros insumos pode afetar o desempenho do
produto final e, portanto, a diferenciação. Por exemplo, a Heineken dedica uma atenção
especial a qualidade e a pureza dos ingredientes de sua cerveja e usa uma qualidade
constante de levedura. De modo semelhante, o autor dá outro exemplo da Steinway
emprega técnicos especializados na seleção dos melhores materiais para seus pianos,
e a Michelin e mais seletiva que seus concorrentes com relações às classes de
borracha que utiliza em seus pneus.
53
Outros diferenciadores de sucesso criam singularidade por meio de outras
atividades primárias e de apoio. Atividades de desenvolvimento de tecnologia podem
resultar em projetos de produtos com desempenho singular do produto, como bem
destacado por Porter (1989, p.113) no qual a Cray Research fez no campo dos
supercomputadores.
˝As
atividades
de
operações
podem
afetar
formas
de
singularidade como aparência do produto, conformidade com as especificações e
confiabilidade˝. Outro exemplo, esta diferenciação dos frangos frescos por meio de um
controle cuidadoso das condições de criação e alimentação os frangos com calendulas
para melhorar sua coloração. Uma boa aplicação do sistema de logística externa pode
estruturar a velocidade e a consistência das entregas. Por exemplo, a Federal Express
estabeleceu um sistema logístico integrado utilizando seu centro em Memphis que
produz um nível de confiabilidade de entrega desconhecido ate a sua entrada no
negócio de entrega de encomendas pequenas. As atividades de marketing e de vendas
também tem frequentemente um impacto sobre a diferenciação.
2.3.2 A Tecnologia e a Cadeia de Valor
Segundo Porter (1989, p.154), ˝á transformação tecnológica é um dos
principais condutores da concorrência. Ela desempenha um papel importante na
mudança estrutural da indústria, bem como na criação de novas indústrias˝.
Normalmente ela também é um equalizador, acabando com a vantagem competitiva
até mesmo de empresas bem fortificadas e instigando outras para a dianteira `` .
No entanto, apesar de sua importância, a relação entre transformação
tecnológica e concorrência é muito mal entendida. Porter (1989, p.154) comenta em
sua análise que se deve ter cuidado, pois ˝a transformação tecnológica costuma ser
considerada por si só valiosa a qualquer modificação tecnológica que uma empresa
possa ser a primeira˝ . Geralmente, a concorrência em indústrias de alta tecnologia é
considerada uma passagem para a rentabilidade, enquanto outras indústrias de baixa
tecnologia são vistas com desdém. O recente sucesso da concorrência estrangeira,
54
grande parte do qual baseado em inovação tecnológica, encorajou as companhias a
investirem ainda mais em tecnologia, em alguns casos indiscriminadamente.
A transformação tecnológica não é por si só importante, mas é importante se
afetar a vantagem competitiva e a estrutura industrial. Nem toda a transformação
tecnológica é estrategicamente benéfica; ela pode piorar a posição competitiva de uma
empresa e a atratividade da indústria. Alta tecnologia não garante rentabilidade. Na
verdade, muitas indústrias de alta tecnologia são muito menos rentáveis do que
algumas de “baixa tecnologia” devido ás suas estruturas desfavoráveis.
A tecnologia, contudo, penetra na cadeia de valores de uma empresa e
extrapola as tecnologias associadas diretamente ao produto. Não existe, de fato, uma
indústria de baixa tecnologia observada por este prisma mais amplo. Ao considerar
qualquer indústria madura em termos tecnológicos, em geral, o resultado será um
desastre estratégico. Além disso, muitas inovações importantes para a obtenção de
vantagem competitiva são comuns e não envolvem nenhuma ruptura científica. A
inovação pode ter importantes implicações estratégicas para companhias de baixa,
bem como de alta tecnologia.
2.4 TURISMO E A LOGÍSTICA
O turismo não pode ser considerado um fenômeno puramente socioeconômico,
"pois não pode ser entendido como um setor independente da economia, e só em
sentido figurado poderá ser aceito como um ramo específico produtivo, integrando no
setor de serviços da economia" (CĀNDIDO E VIERA, 2003, p.27)
No ponto vista de Palhares (2002, p.21) "considerar o turismo como uma
indústria é ignorar a ação dos outros efeitos do turismo". Desta forma, os comentários
de diversos autores estarão nos ajudando a revisar os tópicos como turismo, qualidade
e logística no turismo, a indústria do turismos e os produtos turísticos.
55
2.4.1 Uma visão sobre turismo, qualidade, indústria do Turismo.
Ao conceito turismo tem-se a palavra Tour que significa uma viagem em
circuito, ou seja, saída de um ponto de origem e volta à mesma origem inicial, depois
de um giro distante do domicílio. Os ingleses ampliaram o conceito do tour para tourism
e ou turist. Para se entender melhor, o turismo criar somente uma definição sem se
contar com todo aparato que cerca o turismo por meio de suas atividades, formando a
denominação da indústria turística.

Indústria do Turismo
A indústria do turismo tem na visão de Palhares (2002), que segundo o autor
há uma interação entre indústrias de segmentos diversos, que diretamente envolvidas
se relacionam às atividades de alojamento e alimentação, transportes especializados,
agências de viagens, artigos de viagem (do tipo souvenires), recreio e diversão nos
locais turísticos. As indústrias indiretamente envolvidas com o turismo atendem à
população em geral e dão apoio às atividades turísticas.

Produto Turístico
O produto turístico é o resultado da soma de recursos naturais, culturais e de
serviços, produzido por uma pluralidade de empresas, algumas em produto acabado.
No caso do turismo, há uma característica ainda mais marcante: o produto turístico é
produzido e consumindo no mesmo local e o consumidor é que se desloca para a área
de consumo. O momento de produção coincide com o de distribuição e muitas vezes
com o de consumo.
Turístico e diversificado que inclui, por exemplo, serviços de agências de
viagens, alojamentos hoteleiros, transportes, diversões, aquisição de produtos de
recordação, contatos sociais com outros turistas e com populações locais, frequência a
56
praias, circuitos no campo e na montanha, caça e pesca, visita a castelos, museus,
palácios, etc., visita a cidades locais e típicas; qualidade, eficiência e urbanidade nos
serviços de profissionais de turismo.
Destaca Palhares (2002), o conceito do produto turístico, na perspectiva do
consumidor a quem fundamentalmente interessa na óptica do marketing corresponde a
um pacote de componentes tangíveis e intangíveis.Existem três núcleos básicos:

Núcleo receptor.

Polo emissor.

Fontes de suprimento.
Ao produto turístico, se tem os comentários de Machado (2005), que o produto
turístico é produzido no mesmo local onde é consumido, ou a produção e o consumo
acontecem concomitantemente. Nessa perspectiva, a preocupação da logística de
bens em distribuir o produto para um mercado distante do centro de produção, cujo
consumo realizado a posterior atrai o consumidor para o centro de produção e fazê-lo
consumir o produto no transcorrer de seu próprio processo produtivo.

Informações do turismo
Os Fluxos de informação são elementos essenciais para a operação de
logística do turismo. Existe, portanto, o conceito de qualidade e de qualidade de
serviços, que desta forma não o turismo, porém todas as empresas e negócios
dependem da informação, sendo esta a alma dos negócios. Nesta linha de pensamento
O`Brien (2004), fala que os sistemas e tecnologias de informação tornaram-se
componentes vitais quando se pretende alcançar o sucesso das empresas e
organizações e, por essa razão, constituem um campo de estudo essencial em
administração e gerenciamento de empresas. Com este pensamento em sua análise
coloca que a desenvoltura de um gerente, empresário ou profissional de negócios,
somente tem bons resultados se possuir uma compreensão básica de sistemas de
informação como entender qualquer outra área funcional nos negócios.
57
Segundo Machado (2005) se obtêm a qualidade quando se alcança a meta
estabelecida. Cada um dos agentes envolvidos, promotores, vendedores e turistas, tem
sua própria meta e, se essa a meta foi atingida para ele, particularmente, a qualidade
foi atingida. A Qualidade mais direcionada ao cliente corresponde ao cumprimento das
especificações estabelecidas para alcançar a satisfação dos clientes. A qualidade só
pode ser definida em termos de quem avalia. O que é a qualidade para o turista?
O consumidor, a parte mais importante da linha de produção, é quem decidirá
pela compra ou não do produto. "Mas do que é que o cliente necessita?"
Algumas características da qualidade de um serviço são tão fáceis de
quantificar e de medir quanto as características de qualidade de um produto
manufaturado,.
A imagem que um cliente formula de uma organização de serviços está
extraordinariamente relacionada com percepção.
Machado (2005) indica as diferenças e semelhanças entre prestação de
serviços e produção de bens. Ao mesmo tempo em que se pode quantificar a qualidade
do serviço como se fosse um bem físico, para ele, o operário de produção tem a ideia
da qualidade do produto final. Sobre a qualidade do serviço havendo estudos da
qualidade. Quatro características básicas para a maioria dos serviços podem ser
destacadas:

Os serviços são mais ou menos intangíveis.

Os serviços são atividades ou série de atividades em vez de coisas.

Os serviços são, pelo menos até certo ponto, produzidos e consumidos
simultaneamente.

O cliente participa do processo de produção pelo menos até certo ponto.
Ainda tem-se a percepção com algo que se manifesta em forma de sensação
58
do tipo confiança, tato, segurança.
Como exemplo tem-se as refeições servidas aos turistas ou os prospectos têm
em sua essência do serviço, entretanto, é a intangibilidade do próprio fenômeno, que é
o critério de serviço mais frequentemente (MACHADO, 2005).
E o que acontece com o produto turístico é quase todo produzido na presença
do turista, ou seja, sua produção e seu consumo são concomitantes. O turista não
vivencia o trabalho de bastidores, mas avalia o resultado desse esforço, aquilo que ele
apreende por meio de sua percepção. A rigor, o turista não é um mero receptor dos
serviços, participa como um recurso da produção. O que se tem de entender, os
clientes não podem ser mantido em estoque para depois serem distribuídos em outros
períodos, como por exemplo, em promoções especiais onde a demanda é baixa.
A complexidade da qualidade do serviço exige a elaboração de um modelo
mais detalhado, gerenciável por partes. Normalmente, os clientes percebem qualidade
como um conceito muito mais amplo, enquanto, frequentemente, apenas a
especificação técnica acaba prevalecendo para a empresa. Que desta forma pode-se
analisar o grau de satisfação dos clientes.
Kuazaqui e Filho (2010) comentam que o domínio comercial da hospitalidade
está perfeitamente caracterizado, até mesmo como um local turístico, dado sua beleza
e o fascínio exercidos sobre os visitantes, muitos dos quais para lá se dirigem apenas
com o intuito de passear e fazer compras. Nota-se, portanto, que o domínio comercial
se estende para fora dos espaços reservados às estadias, aos restaurantes e outros
estabelecimentos do gênero. Daí a necessidade de uma logística de prestação de
serviços perfeitamente adequada, para que este visitante ou turista, ou mesmo o
viajante a serviço, possam ser recepcionados, na chegada ou na partida, de forma
hospitaleira, em que a qualidade dos serviços esteja presente e percebida por ele.
A necessidade de se ter segurança durante a realização das atividades se
refere a existência do não perigo físico para a pessoa que recebe o serviço. A empatia
se refere à formação de uma corrente de aceitação e comunicação mútua entre a
pessoa que presta o serviço e ao que recebe.
59
Ainda relacionado a questão de segurança a capacidade disponível dos meios
necessários para prestar o serviço, também e relevante, tanto para os materiais, como
para as pessoas. Há existência de indicadores de qualidade no transporte aéreo por
exemplo pode-se destacar perfeitamente o desempenho de um determinado voo, onde
as preocupações são as seguintes, (KUAZAQUI E FILHO, 2010 p.3).
1. Não perder a bagagem.
2. Não danificar a bagagem.
3. Banheiros limpos.
4. Acentos confortáveis.
5. Entrega rápida de bagagens.
6. Espaço amplo para as pernas.
7. Comidas de boa qualidade.
8. Serviço rápido de reservas.
9. Pessoal de cabine amigável e eficiente.
10. Cabine ordenada e limpa.
11. Temperatura e umidade de cabine confortáveis.
12. Assistência para conectar com outros voos.
13. Informar aos passageiros os atrasos.
14. Transporte do aeroporto para a cidade.
15. Informação precisa da chegada a parentes e amigos.
16. Embarque bem organizado.
17. Check-in rápido e amigável no aeroporto.
18. Carros porta-bagagens disponíveis.
60
19. Chegada pontual.
20. Provisão de almofadas e tapetes.
21. Assistência na alfândega autoritária de imigração.
22. Saídas pontuais.
2.4.2 A Logística e a Logística do Turismo.
A gestão empresarial objetiva o suprimento das unidades de produção e a
distribuição dos produtos aos consumidores. Para a gestão os fluxos de suprimento e
de distribuição dos produtos acabados ligam-se a logística.
A Logística Empresarial, as exigências do consumidor e, consequentemente,
pela necessidade de se implementar um serviço de distribuição mais eficiente.
A Logística Empresarial pode ser aplicada ao turismo no sentido da
administração, dos serviços e da informação. A logística vai cuidar do fluxo de produtos
desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim
como os fluxos de informação que colocam os produtos em movimento com o propósito
de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes, que podem ser aplicáveis
perfeitamente ao turismo.
2.4.2.1 Logística do turismo
A visão que alguns autores tem sobre o turismo por suas atividades serem
dinâmicas dar-se de forma a parecer um arranjo logístico, buscando á otimização do
uso dos transportes, dos recursos turísticos e dos sistemas de informações,
interconectando à oferta e à demanda. Nesta linha de pensamento a Logística do
61
Turismo é o processo de planejamento, implementação e gestão do fluxo de turistas;
de sua acomodação, lazer, recreação, entretenimento e mobilidade nos centros de
interesse; do fluxo de informações e do suprimento dos mesmos centros de interesse
com bens de consumo com eficiência de desempenho em qualidade e custo
(MACHADO, 2005).
Desta forma Machado (2005) descreve que Logística Turística está relacionada
ao sistema de informação, ao transporte, aos centros de interesse ou núcleos
repetitivos, à gestão das acomodações, dos serviços de transporte para a mobilidade
local dos turistas e,completamente, à gestão dos fluxos de suprimento(abastecimento)
dos centros de interesse.
Logística tem o transporte como a atividade destinada ao deslocamento dos
turistas, a partir do local de origem até o destino do ponto de interesse turístico.
Gestão das acomodações é o centro de interesse e da fruição a partir das
atividades turística proporcionais com cortesia e eficiência. É a mobilidade,
processamento das informações, obtenção das fontes e suprimento. A logística
turística, portanto, tem uma função primordial na determinação do nível do serviço
prestado pelo sistema turístico, já que toda a gestão de fluxo e expedição e sua
atribuição. Há alguns exemplos de aplicação à logística de turismo como:

Tangibilidade.

Confiabilidade.

Responsabilidade.

Competência.

Cortesia.

Credibilidade.

Segurança.

Acessibilidade.
62

Comunicação.

Conhecimento do cliente.
No cenário das atividades turística, o turismo internacional, utiliza bem a
logística e atividades integradas, onde o que mais se destaca é o uso dos transportes
para movimentação do fluxo de pessoas entre os mais diversos pontos do planeta, e
com os mais diferentes objetivos, envolvendo os segmentos de transportes, aéreo,
rodoviário e marítimo , onde estão:

Companhias aéreas.

Companhias ferroviárias.

Armadores e operadores de cruzeiros marítimos.
O turismo está unido à logística, e as novas tecnologias contribuem por sua
relação com as técnicas de transporte e comunicação, também o número de viagens
cresce, e crescem sim, a oferta de lugares bonitos, de bom clima, que aumentam a
cada dia. Tem sido possível graças às melhorias nas técnicas de transporte e de
comunicações e à aplicação das técnicas de logística. A decisão sobre o meio de
transporte de viajar se baseia em características do mesmo, intimamente relacionada
com a distância entre a origem e o destino, e com o tempo que demoram a ocorrer.
Dentro deste mesmo conceito de opção por viajar, utilizar o transporte aéreo,
aparece como preferência, pela a velocidade, rapidez, a qualquer outra dimensão.
Sendo assim as visitas aos portos especialmente escolhidos, situam-se em um plano
similar de atração e conforto que a estada de um navio. O tempo de transporte tem um
significado distinto em relação a um avião. A viagem dura muito mais, mais o conforto e
bem maior (NORIN, YAAN E VARBRAND, 2011)..
As viagens de trem podem ser consideradas intermediarias ao do avião, e ao
63
barco,
como
componentes
do
turismo;
onde
apresentam
uma
curiosa
complementaridade com o tempo de estada em um país distante.
Assim, a comunidade de uma viagem de avião, compensa pelo menor tempo; a
comodidade do barco tem uma compensação maior. Essa oposição entre os dois é
muito frequente com os problemas logísticos. O tempo de viagem é um modo de lazer,
emprego e prazer que o turista sente quando viajar pode ser visto em ralação ao tempo
livre é usado ou que o tempo livre está sendo perdido.
Fato que deve ser levado em conta esta nas operadoras logísticas, que não
estão sempre a disposição em levar a cabo todas as operações que se incluem com a
função logística. Ambas as circunstâncias têm possível outsourcing (as operadoras
logísticas são empresas que se dedicam à prestação de serviços logística a outras
empresas). Pode-se classificar-se estas operadoras em:

Operadoras logísticas com capacidade de realizar serviços.

Operadoras logísticas que oferecem apenas o serviço de armazenamento e sua
gestão.

Operadoras logísticas que oferecem apenas o serviço de transportes e de
armazenamento.
Segundo Pozo (2008), o sistema logístico tem uma grande importância nas
operações logísticas, pela influência e disposição dos recursos necessários para
realização das atividades. No primeiro, todos os turistas voam em grandes aviões,
grandes barcos, em ônibus por autopistas que cruzam as fronteiras. Se tratando de
trem, avião, os ônibus pelo país se alojam em grandes hotéis. No segundo os turistas
chegam muitas vezes em seu avião particular ou de carro. Elas se movem em torno do
país, que tem um aeroporto e rodovias para chegar em qualquer lugar Ivanovic e
Baldigar (2007). Nesta situação alguns clientes ficam, por exemplo, em apartamentos
ou em casas de montanha, distanciadas das cidades, buscam pequenas praias
balneários. Eles gostam de ir aos restaurantes selecionados, manter certa solidão e
intimidade. Nestas duas situações informamos algumas etapas destes processos:
64
A etapa do processo do primeiro país será, por exemplo:

Viajar em um avião.

Chegar em um aeroporto.

Pegar um ônibus grande que leve ao hotel.

Ficar em um hotel com muitas habitações.

Visitar em grupos a cidade.

Comprar grandes coisas.

Voltar de avião ao seu país.
O segundo caso poderia vir como o seguinte:

Levar em um pequeno avião privado.

Aterrissar em um pequeno aeroporto.

Viajar de carro próprio a um pequeno albergue da montanha.

Sair com amigos em restaurantes selecionados.

Visitar os povos do redor.

Voltar à seu país em seu próprio avião.
Nesse contexto a escolha do processo segundo Pozo (2008) os meios que
compõem depende do tipo de serviço prestado.
Assim, o sistema logístico está formado por o conjunto de dispositivos e suas
relações que se empregam para alcançar os objetivos de circulação, armazenamento,
entrega e informação. No caso do turismo, formariam parte do sistema logístico, quanto
65
menos os meios de transporte, alojamentos, dispositivos de comunicação. Os modelos
descritos mostram que as etapas de prestação do serviço turístico seriam as mesmas
em ambos os casos.
Como parte do processo descrito anteriormente os empresários devem
localizar as suas instalações, como restaurantes, um hotel ou grandes armazéns,
devem tratar de buscar informações em sites que as trazem e tentem identificar qual é
o local, e qual a parcela de onde pretendem ficar uma determinada demanda.
Percebendo estes fatos nota-se a distribuição do espaço, a partir de alguma divisão da
cidade em zonas, onde a instalação de cada negócio se pode atender sua demanda.
De alguma maneira parece que a escolha dos locais é baseado em leis conhecida de
atração de clientes.
Conforme Ching (2006), Gestão da logística e a previsão de incertezas e
riscos, está relacionado à nunca se ter a certeza da quantidade a ser solicitada pelos
clientes e da quantidade a ser enviada para a armazenagem. Para complicar ainda
mais a situação, não é possível prever com exatidão quando chegarão os suprimentos
para iniciar a produção e abastecer os estoques. Nesta linha de pensamento tem-se
também as atividades turísticas. Desta forma, muitas empresas em diversos
segmentos mantêm seus estoques elevados com intuito de atender às necessidades
de seus clientes de forma que não falte mercadorias. Assim como nas indústrias e
comércios, ocorre também no setor hoteleiro, principalmente, aqueles que estão
instalados em locais inóspitos como os hotéis de selva que devido a distante têm que
estar mantendo seus estoques no máximo e ficar atento a fenômenos naturais que
provocam a cheias e baixas dos rios deixando inclusive comunidades isoladas.
2.5 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO
A mistura de tecnologias da internet e preocupações empresariais tradicionais
estão influenciando todos os setores empresarias e sem dúvida as organizações.
66
Todas as empresas precisam atualizar suas infraestruturas de negócios e mudar sua
maneira de trabalhar para que possam atender mais rapidamente às necessidades de
seus clientes (O`BRIEN, 2004).
Um modelo de sistema de informação expressa uma estrutura conceitual
fundamental para os principais componentes e atividades dos sistemas de informação.
Um sistema de informação depende dos recursos de pessoal, hardware, software e
redes para executar atividades de entrada, processamento, saída, armazenamento e
controle que convertem recursos de dados em produtos de informação. Essa
combinação está nos comentários e na análise de Bertalanffy (2010) sobre a teoria de
sistemas na qual um sistema depende de outra para poder funcionar, pois um sistema
gera dados para outros subsistema interagiram de forma a estarem interdependentes.
Um Hardware precisa de um Software e vice-versa para de funcionar, a Figura 7,
ilustra o envolvimento necessário de um sistema de informação.
Figura 7: Ambiente de um sistema.
Fonte : O`Brien, (2004, p.8).
Ao modelo de sistema de informação destacam-se os cinco conceitos
67
principais que podem ser aplicados a todos os tipos de sistemas de informação,
conforme demonstrado na Figura 8 (O`BRIEN, 2004):

Pessoas, hardware, software, redes e dados são os cinco recursos ou
componentes básicos dos sistemas de informação.

Os recursos humanos incluem os usuários finais e especialistas em SI, os
recursos de hardware consistem em máquinas e mídia, os recursos de software
incluem programas e procedimentos, os recursos de rede consistem em mídia e apoio
às comunicações e os recursos de dados podem incluir dados, modelo e bases de
conhecimento.

Os
recursos
de
dados
são
transformados
por
atividades
de
processamento de informação em uma diversidade de produtos de informação para os
usuários finais.

Processamento de informação consiste em atividades de entrada,
processamento, saída, armazenamento e controle.
Figura 8: Os cinco componentes de um sistema de informação
Fonte: O`Brien, (2004, p.8).
68
2.5.1 Recursos dos Sistemas de Informação
O modelo básico de SI mostra que um sistema de informação consiste em
cinco recursos principais, como Recursos humanos, hardware, software, dados e
redes,
são essenciais para o desenvolvimento de qualquer atividade, conforme
comentado anteriormente O`Brien,(2004). Os comentários de Laudon e Laudon (2007)
também dão significância a tirar o exemplo de um CRM somente pode rodar com as
informações sendo bem alimentadas e somente perfeito entrosamento desses
recursos.
Os Recursos Humanos são necessárias pessoas para a operação de todos
os sistemas de informação. Esses recursos incluem os usuários finais e os
especialistas em SI.

Usuários finais
- são pessoas que utilizam um sistema de informação
ou a informação que ele produz.

Especialistas em SI
- são pessoas que desenvolvem e operam
sistemas de informação.
Analistas de Sistemas – projetam sistemas de informação com base nas
demandas dos usuários finais.
Desenvolvedores de Software – criam programas de computador seguindo
as especificações dos analistas de sistemas.
Operadores do sistema – monitoram e operam grandes redes e sistemas de
computadores.
Os Recursos de Hardware incluem todos os dispositivos físicos e
equipamentos utilizados no processamento de informações (O`BRIEN, 2004).

Máquinas
periféricos, computadores)
-
dispositivos
físicos
(redes
de
telecomunicações,
69

Mídia - todos os objetos tangíveis nos quais são registrados dados
(papel, discos magnéticos).
Exemplos de hardware em sistemas de informação computadorizados são:

Sistemas de computadores – consistem em unidades de processamento
central contendo microprocessadores e uma multiplicidade de dispositivos
periféricos interconectados.

Periféricos de computador – são dispositivos, como um teclado ou um
mouse, para a entrada de dados e de comandos, uma tela de vídeo ou impressora,
para a saída de informação, e discos magnéticos ou ópticos para armazenamento
de recursos de dados.
Os Recursos de Software incluem todos os conjuntos de instruções de
processamento da informação, além disso, para ajudar a montar o quebra cabeça do
sistema, o software somente pode rodar em um computador que esteja a sua altura,
caso contrário os exemplos que se tem, da utilização de um programa denominado
como muito pesado, ocorre pela incompatibilidade entre o software e hardware
(O`BRIEN, 2004).

Programas - um conjunto de instruções que fazem com que um
computador execute uma tarefa específica.

Procedimentos
- conjunto de instruções utilizadas por pessoas para
finalizar uma tarefa.
Exemplos de recursos de software são:

Software de sistema – por exemplo, um programa de sistema
operacional, que controla e apoia as operações de um sistema de computador.

Software aplicativo - programas que dirigem o processamento para um
determinado uso do computador pelo usuário final.

Procedimentos
– são instruções operacionais para as pessoas que
70
utilizarão um sistema de informação.
Aos Recursos de Dados constituem um valioso recurso organizacional. Dessa
forma, os dados devem ser efetivamente administrados para beneficiar todos os
usuários finais de uma organização. Os recursos de dados dos sistemas de informação
normalmente são organizados em (O`BRIEN, 2004):

Bancos de dados - uma coleção de registros e arquivos logicamente
relacionados. Um banco de dados incorpora muitos registros anteriormente
armazenados em arquivos separados para que uma fonte comum de registros de
dados sirva para muitas aplicações.

Bases de conhecimento -
que
guardam
conhecimento
em
uma
multiplicidade de formas como fatos, regras e inferência sobre vários assuntos.
Dados versus Informações. O termo dados é o plural de datum, embora seja
geralmente usado para representar a forma singular e plural. Os termos dados e
informações são muitas vezes empregados de modo intercambiável. Entretanto, devese fazer a seguinte distinção:
Dados: - são fatos ou observações crus, normalmente sobre fenômenos físicos
ou transações de negócios. Mais especificamente, os dados são medidas objetivas dos
atributos (características) de entidades como pessoas, lugares, coisas e eventos.
Informações: - são dados processados que foram colocados em um cenário
significativo e útil para um usuário final. Os dados são submetidos a um processo de
“valor adicionado” (processamento de dados ou processamento de informação)
onde:

Sua forma é agregada, manipulada e organizada

Seu conteúdo é analisado e avaliado

São colocados em um contexto adequado a um usuário humano.
71
Os Recursos de Rede como as redes de telecomunicações como a Internet,
Intranets e Extranets tornaram-se essenciais ao sucesso de operações de todos os
tipos de organizações e de seus sistemas de informação baseados no computador. As
redes
de
telecomunicações
consistem
em
computadores,
processadores
de
comunicações e outros dispositivos interconectados por mídia de comunicações e
controlados por software de comunicações. O conceito de recursos de rede enfatiza
que as redes de comunicações são componente fundamental de todos os sistemas de
informação. Os recursos de rede incluem (O`BRIEN, 2004):

Mídia de comunicações (cabos de pares trançados, cabo coaxial, cabo
de fibra ótica, sistemas de micro-onda e sistemas de satélite de comunicações).

Suporte de rede (recursos de dados, pessoas, hardware e software que
apoiam diretamente a operação e uso de uma rede de comunicações).
Desta forma, não se trabalha uma mídia de comunicação sem todo aparato
técnico que se dispõe.
As atividades de processamento de informação (ou processamento de
dados) que acontecem nos sistemas de informação, O`Brien, (2004) assim como
Ballou (2010) descreve que para o sistema de informação logístico (SIL), possa gerar
informação suficiente para alimentar o sistema de informação gerencial (SIG) torna-se
necessário existir algumas etapas como: entrada de recursos de dados, transformação
de dados em informação, Saída de produtos da informação, armazenamento de
recursos de dados e Controle de desempenho do sistema. Laudon e Laudon (2007)
também comentam que a cadeia de suprimentos precisa de informações para
coordenar as atividades e processos de coleta a entrega de matéria-prima.
Entrada de Recursos de Dados

Os dados sobre transações comerciais e outros eventos devem ser capturados e
preparados para processamento pela atividade de entrada. A entrada normalmente
assume a forma de atividades de registro de dados como gravar e editar.
72

Uma vez registrados, os dados podem ser transferidos para uma mídia que pode ser
lida por máquina, como um disco magnético, por exemplo, até serem requisitados para
processamento.
Transformando os Dados em Informação

Os dados normalmente são submetidos a atividades de processamento como
cálculo, comparação, separação, classificação e resumo. Estas atividades organizam,
analisam e manipulam dados, convertendo-os assim em informação para os usuários
finais.

A informação é transmitida de várias formas aos usuários finais e colocada à
disposição deles na atividade de saída. A meta dos sistemas de informação é a
produção de produtos de informação adequados aos usuários finais.
Saída de Produtos da Informação

A informação é transmitida em várias formas para os usuários finais e colocadas à
disposição destes na atividade de saída. A meta dos sistemas de informação é a
produção de produtos de informação apropriados para os usuários finais.
O`Brien (2004) destaca que existência de características que tornam a
informação válida e útil as informações, como descreve também Bertalanffy (2010):
um sistema somente encontra sua eficiência por meio do desempenho de suas funções
pela características que o mesmo possui como:
Qualidade da Informação

Exame das características ou atributos da qualidade de informação. Informações
antiquadas, inexatas ou difíceis de entender não seriam muito significativas, úteis
ou valiosas para você ou para outros usuários finais.

Desejo das pessoas por informações de alta qualidade, ou seja, produtos de
informação cujas características, atributos ou qualidades ajudem a torná-los
73
valiosos para elas.

As três dimensões da informação são: tempo, conteúdo e forma.
Armazenamento é um componente básico dos sistemas de informação. É a
atividade do sistema de informação na qual os dados e informações são retidos de uma
maneira organizada para uso posterior.
Controle de Desempenho do Sistema:
Uma importante atividade do sistema de informação é o controle de seu desempenho.

Um sistema de informação deve produzir feedback sobre sua atividades de entrada,
processamento, saída e armazenamento.

O feedback deve ser monitorado e avaliado para determinar se o sistema está
atendendo os padrões de desempenho estabelecidos.

O feedback é utilizado para fazer ajustes nas atividades do sistema para a correção
de defeitos.
Como usuário final de uma empresa, deve-se ser capaz de reconhecer os
componentes fundamentais dos sistemas de informação que encontra no mundo real.
Isso significa que:
Identificação dos sistemas de informação

Deve-se identificar as pessoas, o hardware, o software, os dados, e os recursos de
rede que utilizam.

Os tipos de produtos de informação que produzem.

O modo como executam as atividades de entrada, processamento, saída,
armazenamento e controle.
74
Figura 9: Componentes de um sistema de informação.
Fonte: O`Brien, (2004, p.41).
Para uma compreensão melhor a análise dos sistemas de informação segundo
O`Brien, (2004), destaca-se o exemplo da Figura 9 onde a análise de sistemas em uma
organização. Pode-se destacar partir do momento que tenta-se identificar ou visualizar
os recursos utilizados, a própria empresa em suas atividades, começa a enxergar o
produto da informação produzida em seus sistemas de informação. Demonstram-se
abaixo os recursos necessários para melhor visualização da empresa.
Recursos de SI:

Recursos pessoais compreendem os usuários finais, tais como os clientes online da
empresa, fornecedores, funcionários e especialistas de SI, bem como os
engenheiros de software, os diretores executivos de informação, e o diretor
executivo de tecnologia.
Recursos de Hardware:

Milhares de PCs e servidores e outros computadores que a empresa deve estar
75
usando.
Recursos de Software:

Navegadores de rede a software de e-business que operam websites de ecommerce, realizam leilões online e dão suporte à colaboração online.
Recursos de Rede:

Mídias e redes de comunicação apoiam componentes que são parte dos recursos
de rede necessários aos processos de e-business e de e-commerce dentro da
empresa.
Recursos de Dados:

Arquivos e bancos de dados sobre seus clientes, fornecedores, funcionários,
produtos e outras informações necessárias para os negócios, incluindo as bases de
conhecimento que são parte de seu sistema Central de Apoio à administração do
conhecimento.
Produtos de Informação:

Telas em PCs conectados ao cliente, fornecedor e funcionário oferecem
informações sobre os produtos e serviços online da empresa desde catálogos de ecommerce e websites de leilão; apoiam a colaboração online de grupos de trabalho
e equipes da companhia; e fornecem informações online aos gerentes em portais
de informação de terminais digitais.
Atividades de SI:

Atividades de entrada incluem a entrada de cliques de navegação da website,
entradas e seleções de dados de e-commerce e de e-business, e consultas e
respostas de colaboração online feitas por clientes, fornecedores e funcionários.
Atividades de processamento:

As atividades de processamento são realizadas sempre que algum dos
76
computadores da empresa executa os programas que são parte dos recursos de
software de e-business e de e-commerce.
Atividades de saída:

As atividades de saída envolvem principalmente a tela ou a impressão de
produtos de informação mencionados anteriormente.
Atividades de armazenamento:

As atividades de armazenamento têm lugar quando os dados da empresa são
armazenados e controlados nos arquivos e bancos de dados nos drives de disco
e em outros meios de armazenamento dos computadores da empresa.
Atividades de controle:

As atividades de controle incluem a utilização de senhas e outros códigos de
segurança pelos clientes, fornecedores e funcionários para a entrada nos web
sites de e-commerce e de e-business da empresa e para o acesso a seus
bancos de dados e bases de conhecimento.
2.5. 2 Tipos de Sistemas de Informação
Segundo O`Brien (2004), os Sistemas de Informação desempenham papéis
administrativos e operacionais importantes em empresas e outras organizações.
Destaca Ballou (2010) que o sistema operacional de uma empresa de logística,
depende diretamente das informações gerenciais e de seus sistemas. Laudon e
Laudon (2007) argumentam que o sistema de gerenciamento também gera
informações para sua cadeia e os membros da mesma e auxilia na tomada de
direções. Portanto, vários tipos de sistemas de informação podem ser classificados
conceitualmente destacam-se os Sistemas de Apoio às Operações e Sistemas de
Apoio Gerencial.
77
1-Sistemas de Apoio às Operações
Os sistemas de informação são necessários para processar dados gerados por
e utilizados em operações empresariais. Esses sistemas de apoio às operações
produzem uma diversidade de produtos de informação para uso interno e externo.
Entretanto, eles não enfatizam a produção de produtos de informação específicos que
possam ser mais bem utilizados pelos gerentes. Normalmente é exigido o
processamento adicional por sistemas de informação gerencial. O papel dos sistemas
de apoio às operações de uma empresa em busca de eficientemente processar
transações, controlar processos industriais, apoiar comunicações e colaboração
atualizar bancos de dados da empresa.
2-Sistemas de Processamento de Transações (TPS)
Concentram-se no processamento de dados produzidos por transações e
operações empresariais. Os sistemas de processamento de transações registram e
processam dados resultantes de transações empresariais (vendas, compras,
alterações de estoque). Os TPS também produzem uma diversidade de produtos de
informação para uso interno e externo (declarações de clientes, salários de
funcionários, recibos de vendas, etc.). Os TPS processam transações de dois modos
básicos:

Processamento em Lotes- os dados das transações são acumulados durante
certo tempo e periodicamente processados.

Processamento em Tempo Real (ou on-line) - os dados
imediatamente depois da ocorrência de uma transação.
são processados
78
3-Sistemas de Controle de Processo (PCS)
Os sistemas de controle de processo são sistemas que utilizam
computadores para o controle de processos físicos contínuos. Esses computadores
destinam-se a tomar automaticamente decisões que ajustam o processo de produção
físico. Exemplos incluem refinarias de petróleo e as linhas de montagem de fábricas
automatizadas.
4-Sistemas Colaborativos
Os sistemas colaborativos são sistemas de informação que utilizam uma
diversidade de tecnologias de informação a fim de ajudar as pessoas a trabalharem em
conjunto. Eles nos ajudam de certa forma a colaborar com a comunicação de ideias, a
compartilhar recursos e coordenar nos esforços de trabalho cooperativo como membro
dos muitos processos informais e formais e equipes de projeto. Sua meta normalmente
é a utilização da TI para aumentar a produtividade e criatividade de equipes e grupos
de trabalho na empresa moderna.
5-Sistemas de Apoio Gerencial (MSS)
Os sistemas de apoio gerencial se concentram em fornecer informação e
apoio para a tomada de decisão eficaz pelos gerentes. Eles apoiam as necessidades
de tomada de decisão da administração estratégica (principal), administração tática
(média) e administração de operação (supervisora).

Em termos conceituais, O`Brien (2004) comenta que alguns tipos principais de
sistemas de informação, Sistemas de Informação Gerencial (MIS) Sistemas de Apoio à
Decisão (DSS) e Sistemas de Informação Executiva (EIS) estes sistemas são
necessários para apoiar uma série de responsabilidades administrativas do usuário
final conforme comentamos abaixo:
79
6-Sistemas de informação gerencial
Os sistemas de informação gerencial são a forma mais comum de sistemas
de informação gerencial. Eles fornecem aos usuários finais administrativos produtos de
informação que apoiam grande parte de suas necessidades de tomada de decisão do
dia a dia. Os SIG fornecem uma diversidade de informações pré-especificadas
(relatórios) e exibições em vídeo para a administração que podem ser utilizadas para
ajudá-los a tomar tipos estruturados mais eficazes de decisões diárias. Os produtos de
informação fornecidos aos gerentes incluem exibições em vídeo e relatórios que podem
ser providos por meio de solicitação, periodicamente, de acordo com uma tabela prédeterminada e sempre que houver a ocorrência de condições excepcionais.
7-Sistemas de apoio à decisão
Os sistemas de apoio à decisão fornecem informações aos usuários finais
gerenciais em uma seção interativa em uma base (quando necessário). Os gerentes
criam as informações que necessitam para tipos mais desestruturados de decisões em
um sistema interativo de informação computadorizado que utiliza modelos de decisão e
bancos de dados especializados para auxiliar os processos de tomada de decisão dos
usuários finais gerenciais.
8-Sistemas de informação executiva
Os sistemas de informação executiva (EIS) fornecem acesso imediato e fácil
à alta e média administração a informações seletivas sobre fatores que são críticos
para a que os objetivos estratégicos de uma empresa sejam alcançados.
80
2.5.3 A Cadeia de Valor e os Sistemas de Informação Estratégicos
Conforme destaca O`Brien (2004) um importante conceito que pode ajudar o
gerente a identificar oportunidades, para sistemas de informação estratégicos é o
conceito de cadeia de valor como foi desenvolvido por Porter (1989), comenta que o
uso da tecnologia da informação da desenvoltura as atividades logísticas também
sejam integradas como o uso da Internet e Intranet, assim como Laudon e Laudon
(2007) ressaltam abaixo estas descrições:

Encara uma empresa como uma série ou “cadeia” de atividades básicas
que adicionam valor a seus produtos e serviços e, com isso, adicionam uma margem
de valor para a empresa.

Algumas atividades das empresas são consideradas atividades primárias,
e outras são atividades de apoio. Este referencial pode destacar onde as estratégias
competitivas podem ser mais bem aplicadas em um negócio.

Os usuários finais gerenciais devem tentar desenvolver sistemas de
informação estratégicos para aquelas atividades que adicionem o maior valor para os
produtos ou serviços de uma empresa e, consequentemente, ao valor total da
empresa.
1-Exemplos de cadeia de valor
Os sistemas colaborativos com base na Internet podem aumentar as
comunicações e a colaboração necessárias para melhorar drasticamente os serviços
de coordenação e apoio administrativos.
Exemplos de processos de apoio:
 Uma intranet para aprimoramento funcional pode ajudar a função de
gestão
de
recursos
humanos
a
propiciar
desenvolvimento profissional aos funcionários.
programas
de
treinamento
e
81
 Extranets de engenharia e projeto auxiliados por computador permitem
que uma companhia, juntamente com suas parceiras comerciais, crie produtos e
processos.
 Extranets podem melhorar drasticamente a aquisição de recursos ao
propiciar um website de e-commerce online aos fornecedores de uma empresa.
2-Exemplos de processos primários:
 Sistemas de armazenamento automatizado just-in-time para apoiar
processos de logística interna envolvendo o armazenamento de estoque, sistemas
de manufatura flexível auxiliado por computador para operações industriais, e
sistemas de ponto de venda e processamento de pedidos online para melhorar
processos logísticos externos que processam pedidos de clientes (O`BRIEN, 2004).
 Apoio de marketing e processos de vendas por meio do desenvolvimento
de uma capacidade de marketing interativo direcionado na Internet e na Rede
Mundial de Computadores.
 O atendimento ao cliente pode ser drasticamente melhorado por meio de
um sistema coordenado e integrado de gerenciamento das relações com o cliente.
3-Exemplos de Cadeia de Valor Baseadas na Internet:
Cadeias de valor também podem ser usadas para uma colocação estratégica
dos aplicativos de uma empresa que atua na Internet para obter uma vantagem
competitiva.
As conexões de Internet de uma empresa com seus clientes podem
propiciar benefícios e oportunidades de vantagens competitivas O`Brien (2004), há
também comentários de Laudon e Laudon (2007) que por meio das Intranets e
Extranets e possível que todos os membros da cadeia de suprimentos com o bom uso
das informações serem beneficiados sem gastar muito utilizar-se da Internet para
execução e coordenação de suas atividades. Assim dar-se abaixo alguns exemplos do
que a empresa pode controlar:
82
 Grupos de notícias na Internet, salas de bate-papo, e web sites de ecommerce são poderosas ferramentas para a pesquisa de mercado e o
desenvolvimento de produtos, vendas diretas e oferta de suporte e recepção de
feedback do cliente.
As conexões de Internet de uma organização com seus fornecedores podem
também ser utilizados na obtenção de vantagem competitiva. Por exemplo:
 Catálogos multimídia de produtos em web sites de e-commerce de
fornecedores, e informações online da situação de embarque e de programação
que dão às companhias acesso imediato a informações atualizadas de diversos
fornecedores.
83
3 METODOLOGIA
A pesquisa caracteriza-se por ser descritiva e comparativa com uma
abordagem qualitativa, utilizando um estudo de caso múltiplo sobre o tema específico,
com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia.
Investigando determinado assunto em profundidade, mas também em todos os seus
ângulos e aspectos, aos fins que se destinam. (SALOMAN, 2010 ).
O raciocínio é um processo de pensamento pelo qual conhecimentos são
logicamente encadeados de maneira a produzirem novos conhecimentos. Tal
processo lógico pode ser dedutivo ou indutivo. Dedução e indução são, pois
processos lógicos de raciocínio. O levantamento e caracterização de fatos são
realizados mediante o processo de pesquisa, sobretudo da pesquisa
experimental, de acordo com técnicas específicas. (SEVERINO, 2010, p.183)
O Método Cientifico tem como estratégia organização e orientação da atividade
científica, encaminhando à obtenção de um novo conhecimento científico que
transforme a realidade (SALOMON, 2010).
Ainda sobre os métodos científicos os aspectos descritivos e da análise
reflexiva, alguns autores abordam o processo científico, a metodologia da ciência, além
de descrever o que são os métodos indutivo, dedutivo e hipotético-dedutivo, inclui
outros procedimentos que levam a formulação das hipóteses, elaboração de leis,
explicações de leis, explicações e teorias científicas, fazendo também uma análise
crítica deles como destaca os autores como pré-requisitos nos quais o trabalho assume
as formas descritas anteriormente (SEVERINO, 2010; MARCONI E LAKATOS 2010;
SALOMON, 2010).
O estudo realizado caracteriza-se como exploratório, uma vez que se propôs a
conhecer melhor e delinear o processo de logística integrada nos hotéis de selva na
cidade de Manaus. Quanto à abordagem metodológica, o estudo faz a opção pelo
método de pesquisa qualitativa, com o intuito de obter maior clareza dos conteúdos.
84
Desta forma, a obtenção dos dados deu-se por meio de uma pesquisa nos quais foram
identificados um universo de seis Hotéis de Selva cadastrados na ABIH-AM na cidade
de Manaus, porém houve somente obtenção de autorização para pesquisa
sem
divulgação do nome em três hotéis de selva, dando uma amostra de cinquenta por
cento. O qual julga-se ser considerável para realização da pesquisa.
Vergara (2010, p.59) comenta “os dados também podem ser tratados de forma
qualitativa como, por exemplo, codificando-os, apresentado-os de forma mais
estruturada e analisando-os”. Em verdade, elas são muito variadas e escolher a
apropriada e tarefa do pesquisador. Marconi e Lakatos (2010, p. 103) afirma que ˝em
certos graus de mudança quantitativa, produz-se, subitamente, uma conversão
qualitativa˝.
Em suas considerações Yin (2001), destaca que estudo de caso é um
estereótipo, porém um modelo muito utilizado para teses e dissertações, sendo este
mais uma das várias maneiras de se fazer pesquisa, nesse intuito finca-se o estudo em
três organizações de selva avaliando a importância da logística integrada e sua cadeia
de valor.
3.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para atingir as finalidades do trabalho foi necessário optar por uma pesquisa
descritiva com abordagem qualitativa. Sendo assim Malhotra (2006, p. 101) descreve
que a pesquisa exploratória descritiva é ‘’ aquela que descreve as características de
grupos, com base em estudo estruturado. Mais além Denker (2007, p.124) informa que
este tipo de pesquisa “caracterizando-se por possuir um planejamento flexível
envolvendo em geral levantamento bibliográfico, entrevistas, com pessoas experientes
e analise similares”. A pesquisa descritiva em geral procura descrever fenômenos ou
estabelecer
relações
variáveis.
Assim,
realizou-se
a
pesquisa,
observações e entrevistas em três hotéis de selva na cidade de Manaus.
com
visitas,
85
As entrevistas foram realizadas com gestores dos hotéis, responsáveis dos
setores e supervisores das unidades, tanto na cidade como no próprio hotel. As
observações foram realizadas em todas as dependências, equipamentos utilizados na
logística onde tivemos o privilegiam de realizar por mais de uma visita. Quanto à
pesquisa bibliográfica foi de fundamental importância nas descobertas realizadas tanto
nos anais, web, revistas eletrônicas e artigos contribuíram para razão do trabalho.
No processo metodológico buscou-se a coleta de informações sobre a temática
central do estudo uma vez se analisou a logística integrada em hotel de selva.
O levantamento das informações realizado no período de Agosto de 2011 a
Julho de 2012, com um recorte temporal 2000 a 2010, porém encontrando publicações
importantes relevantes, o qual se estabeleceu relações entre as fontes de dados, entre
elas os anais, websites e fontes cientificas internacionais, publicações e periódicos
científicos como Ebsco entre outros, sendo que a busca durante a pesquisa baseou-se
nas palavras-chave como, logística, logística integrada, supply chain, cadeia e rede
valor, turismo, hotelaria. Desta forma destacamos a seguir o saldo parcial de nossa
pesquisa bibliográfica seja pelas palavras–chave ou pelo tema.
86
3.2 O PROCESSO DE PESQUISA
Figura 10: Resumo da Metodologia.
Fonte: Autor, (2011).
87
Para realização da pesquisa foi necessário completar diversas etapas uma a
uma, apesar de haver comentários de Cooper e Schindler (2003) a respeito, que é
comum ocorrer adequações, dolos e pulos, de muitas etapas antes do fim, outras
etapas serem desenvolvidas ao mesmo tempo, o que ocorreu durante nossa pesquisa.
Destaca-se, ainda que essas mudanças fossem bastante relevantes para o
desenvolvimento. Desta forma, ilustra-se anteriormente na Figura. 10 às etapas
cumpridas durante a pesquisa.
3.3 LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES
Nesta etapa da metodologia aplicada por meio das informações coletadas
sobre o tema central foi bastante significante e ampla pela sua magnitude em razão da
problemática existente e envolvente; e pela razão dos hotéis de selva ter de enfrentar
constantemente barreiras geográficas e climáticas. Ao darem prosseguimento as suas
atividades, são obrigados a enfrentar diversas adversidades: assim este fato serviu
para aumentar o conhecimento empírico através das informações coletadas e
observações realizadas, ajudando na compreensão e contextualização teórica a
respeito da logística integrada.
Como complemento da pesquisa bibliográfica realizada em 1.195 artigos sobre
as temáticas: logística, logística integrada, cadeia de valor e turismo como palavras
chave na consulta da base Ebsco, destes foi utilizado somente um total de 05 artigos
no recorte temporal de 2000 a 2010 conforme proposto para este trabalho, alem de
utilização de teses, de dissertações de mestrado.
Assim, também, se realizou pesquisa bibliográfica em livros na biblioteca das
IES Uninorte/AM, Ciesa/AM, Dom Bosco/AM e UFAM, em livrarias na cidade de
Manaus enfatizando a pesquisa utilizando as palavras chave Logística, logística
integrada, cadeia de valor e turismo o qual facilitou a interpretação e aprofundamento
do conhecimento sobre o tema.
88
Pode-se demonstrar na Figura 11 a seguir possui o recorte por palavras chave
e temas estabelecidos no levantamento das informações a fundamentação utilizada.
Figura 11: Levantamento da pesquisa por Tema
Fonte: Autor (2011).
89
Autor
Porter
QUADRO 3 : Autores de Livros Publicados
Ano
Segmento
1989
Estratégia
Alvarenga e Novaes
2000
Logística
Lambert e Cooper
2000
Administração
Wood Junior
2000
Logística
Andrade
2001
Metodologia
Yin
2001
Metodologia
Palhares
2002
Logística e Turismo
Ignarra
2003
Turismo
Candido e Vieira
2003
Hotelaria
O`Brien
2004
Sist. de Informação
Pozo
2005
Logística e Turismo
Machado
2005
Logística e Turismo
Ballou
2006
Logística
Ching
2006
Logística
Faria e Carneiro
2006
Turismo
Dencker
2007
Metodologia
Laundon e Laundon
2007
Sist. de Informação
Ballou
2010
Logística
Bertalanffy
2010
Sistemas
Salomon
2010
Metodologia
Severino
2010
Metodologia
Vergara
2010
Metodologia
Marconi e Lakatos
2010
Metodologia
Fonte: Autor (2011).
90
3.4 OBJETO DE ESTUDO E SUJEITO DA PESQUISA
A delimitação do estudo assim como o campo de estudo referem-se a moldura
que o autor coloca em seu estudo. Conforme Vergara (2010, p.30) ˝o momento em
que se explica para o leitor o que fica dentro do estudo e o que fica de fora˝. Tem-se
pleno entendimento que não pode confundir o universo com amostra da pesquisa, pois
são pontos variáveis como período de tempo e área específica.
Dentre a forma que se apresenta este tipo de estudo, optou-se pelo formato de
um estudo de casos múltiplos em função do direcionamento da pesquisa para um setor
específico da atividade econômica, o turismo de selva, no qual a ocorrência do
fenômeno em questão é considerada importante e potencialmente para economia local.
Yin (2001, p.19) descreve que ˝os estudos de caso representam a estratégia preferida
quando se colocam questões do tipo como e por que˝. Sendo assim, cada uma destas
estratégias representa uma maneira diferente de se coletar e analisar provas
empíricas, seguindo sua própria lógica.
Destaca-se a seguir no Quadro 4 a relação dos hotéis de selva de Manaus
pesquisados e devidamente cadastrados na ABIH-AM, porem vale resaltar que
constam somente seis hotéis em um raio de até 60 km partindo do centro de Manaus
em linha reta onde estão localizados os hotéis de selva do objeto de estudo, porem
somente três atenderam nossa solicitação para pesquisa . pode-se destacar que os
hotéis de selva pesquisados localizam-se próximo de áreas de mata densa, em
Reservas de Desenvolvimento Sustentável, como é o caso de dois hotéis localizados
na RDS dos Tupė, o hotel A1 e A2, onde pode-se ter uma visualização próxima
através da Figura 12. O primeiro conta com uma infraestrutura de hotel de cinco
estrelas com 65 apartamentos, localizado no lago sobre uma estrutura flutuante de
balsas. O hotel A2 localizado na mesma RDS do Tupė, mais precisamente no lago do
Tupė, com uma estrutura mista, balsa e fixa em terra oferecendo uma estrutura similar
de
hotel três estrelas com 53 apartamentos, e o hotel A3 localizado no lago do
Puraquequara com 32 apartamentos.
91
Quadro 4 : Localização dos Hotéis de Selva
Meio de
Hospedagem
Tipologia
Endereço
Apartamentos / N°
de leitos
A1
Hotel de
Floresta
Margem Rio Negro.
Apartamentos: 68
Leitos: 136
A2
Hotel de
Floresta
Margem do Rio Negro
Apartamentos: 53
A3
Hotel de
Floresta
Lago do Puraquequara
Apartamentos: 32
Leitos: 70
Fonte:http://www.viverde.com.br.acesso em 25.05.11.
Figura 12: Região Metropolitana de Manaus.
Fonte: Secretaria Metropolitana de Manaus (2011).
92
3.5 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
No que diz respeito ao instrumento de coleta de dados, utilizou-se a
observação direta, por meio do uso da entrevista, utilizando questionários o qual
ajudaram na interação entre o pesquisador e os entrevistados, conforme demonstrado
no Quadro 5 a seguir. Vale resaltar que o questionário utilizado foi semiestruturado com
perguntas abertas de caráter qualitativo.
Observação direta, no ponto de vista de Yin (2001), não pode deixar passar
alguns fenômenos que podem ocorrer durante uma visita de campo nas organizações
visitadas, observando assim alguns comportamentos organizacionais ambientais
relevantes, o que ocorreu em nossa visita nas organizações de selva, que pode ser
levado em consideração como evidencias ao estudo de caso.
Yin (2001, p.119) comenta que há ˝três princípios para coleta de dados,
baseado nestes comentários deve-se observar que existe benefícios para obter as
evidencias, baseado nestes como: utilizar várias fontes de evidência, criar um banco de
dados para estudo de caso e manter encadeamento de evidências˝.
O questionário caracteriza-se por uma série de questões apresentadas ao
respondente, por escrito. As vezes e chamado de teste, como é comum em
pesquisa psicológica; outras , e designado por escala, quando quantifica
respostas. O questionário aberto, as respostas livres são dadas pelos
respondentes; no fechado, o respondente faz escolhas, ou pondera, diante de
alternativas apresentadas (VERGARA, 2010, p. 54).
Também se obteve dados por meio da pesquisa bibliográfica. Os dados serão
coletados entre Agosto de 2011 e Janeiro de 2012, a população identificada esta nas
organizações de hotéis de Selva na cidade de Manaus, na qual se identificou num total
de seis empresas. Marconi e Lakatos (2010, p.165) destaca que a coleta de dados ˝é a
tarefa cansativa e toma, quase sempre, mais tempo do que se espera. Exige do
pesquisador paciência, perseverança e esforço pessoal, além do cuidado do registro
93
dos dados e de um bom preparo anterior˝. Nos relatos contidos no quadro a seguir
elaborou-se a segunda etapa da pesquisa sobre o estudo de caso.
94
QUADRO 5: PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS 2ª ETAPA
1. 2ª Etapa da Pesquisa - Estudo de Caso
1.1 Plano para conduzir o estudo de caso:
Quais as contribuições da Logística integrada na gestão dos Hotéis de Selva na Cidade de Manaus?
1.2 Objetivo principal:
Analisar as contribuições da logística integrada na gestão dos Hotéis de Selva em Manaus.
1.3 Ferramentais adotados:
Observação direta e Entrevistas semiestruturadas.
2. Procedimentos de Campo
A. Observação Direta - Agendamentos para visita de campo nos hotéis e escritório


Revisão das informações preliminares.
Verificação de procedimentos de acesso.
.
B. Entrevistas Semiestruturadas - Determinação das pessoas a serem entrevistadas.


Gerentes (5 pessoas)
Supervisor (01 pessoa)
3. Questões para o Estudo de Caso
A. Descrever as atividades primárias e de apoio da cadeia Cadeia de Valor.
A.1 Infraestrutura, Recursos Humanos e Administrativos, Tecnologia da Informação e Logística operacional.
A.2 Questões formulário de entrevista 01 (Apêndice A)
B. Descrever a Rede de Valor
B.1 Fornecedor, Distribuidor, Atacadista, Varejista.
B.2 Questões formulário de entrevista 02(Apêndice A)
4. Plano de Análise e Relatório de estudo de caso
A. Apresentação dos dados coletados.
A.1 Identificação das atividades primárias dos Hotéis de Selva;
A.2 Identificação da cadeia de valor dos Hotéis de Selva;
A.3 Identificação do fluxo informacional da cadeia de valor dos Hotéis de Selva
B. Análise dos dados coletados.
B.1 Análise do mapeamento da cadeia de valor dos Hotéis de selva;
B.2 Análise da descrição da rede de valor dos Hotéis de Selva
B.3 Análise do fluxo informacional da cadeia de valor dos Hotéis de Selva
B.4 Análise da descrição dos componentes existentes da logística integrada dos Hotéis de Selva.
Fonte: Autor (2012).
95
Antes da análise e interpretação dos dados Marconi e Lakatos, (2010, p.166)
descrevem que ˝ deve-se tomar como procedimentos, os dados devem ser elaborados
e classificados de forma sistemática˝. Alguns passos devem ser seguidos como:
seleção etapa minuciosa dos dados onde se deve verificar criticamente a fim de
detectar falhas; codificação técnica operacional na utilização para categorizar os dados
e tabulação etapa de disposição dos dados.
Quadro 6 - Entrevistados
Hotéis de Selva /Instituições
Cargo
A1
Ger. De
Rec.Humanos
A1
Sup. de Logística
A1
Ger. de operações
A1
Ger. de Vendas
A2
Ger. de Comercial
A3
Ger. de operações
SRRM(Secretaria Executiva do Conselho
de Desenvolvimento Sustentável da
Região Metropolitana de Manaus
Subsecretário
Fonte: Autor, (2012).
A coleta das informações realizadas com sete entrevistados, conforme
demonstra o Quadro 6, foram úteis, pois serviram para identificar inclusive, para ter
uma visão mais ampla do tipo de estrutura e de gestão utilizada pelos hotéis de selva.
O ponto de vista de cada entrevistado, assim como acesso a SRRMM que deu apoio
fornecendo cópia do Plano de desenvolvimento da Região Metropolitana de
Manaus(RMM) foi de fundamental importância
96
3.6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Dencker (2007, p.191) em seus estudos ressalta que a parte do ˝objetivo da
análise consiste em reunir as observações de maneira coerente e organizada, de forma
que seja possível responder ao problema da pesquisa˝. Quanto à interpretação buscase sentido mais amplo aos dados coletados, fazendo a ponte entre eles e o
conhecimento existente.
Indo mais além nas considerações do autor, a fase mais
importante e fundamental está no uso do referencial teórico, pois é ele que vai dar
sentido as observações em razão dados terem significados ou não.
Portanto, na análise dos dados apesar da abrangência geral necessária optouse por priorizar uma análise nas ações de implementação na logística integrada. Sendo
assim, para auxiliar a pesquisa, escolheu-se também a análise da fundamentação
teórica, ou seja, o estudo sobre o tema como base nas revisões feitas na literatura. Yin
(2001, p.121) comenta que ˝qualquer descoberta ou conclusão em um estudo de caso
provavelmente será muito mais convincente e apurada se basear em várias fontes
distintas de informação, obedecendo a um estilo colaborativo de pesquisa˝.
O processo de divulgação dos dados e etapa mais importante, pois o
pesquisador após coletado as informações e analisados o pesquisador passa a ter
conhecimento especifico sobre o caso, sendo assim a divulgação dar-se á nesse
relatório final e também em publicações de artigos. Denker (2007, p.209) afirma que
˝as conclusões devem ser claras, mostrando os inconvenientes, e vantagens do estudo
e dos resultados obtidos˝.
Os procedimentos tomados para análise dos dados foram realizados de
maneira distinta. A primeira observação direta (visita nos hotéis) cujo objetivo foi
acompanhar os principais processos realizados, no que auxiliou na compreensão da
integração da logística adotada por cada hotel de selva. A segunda a realização de
entrevistas semi estruturada contribuiu
na compreensão da estrutura e atividades
realizadas pelos hotéis de selva. Desta forma as informações coletadas foram
relevantes, e ajudou a concretizar as evidências ao estudo de caso proposto.
97
4 RESULTADOS
A obtenção dos resultados deu-se por meio de um alto performance de
desenvolvimento da pesquisa em virtude dos dados coletados, culminando em
analise e mapeamento da cadeia de valor e logística desenvolvida pelos hotéis de
selva da cidade de Manaus.
4.1 APRESENTAÇÃO DOS HOTÉIS
Além do luxo e riqueza da floresta amazônica o hotel de selva A1 oferece
acomodações de alto padrão, de forma que os hospedes sintam-se em um
verdadeiro hotel cinco estrelas em meio a floresta uma vez que o hotel não deixa
faltar nada, inclusive com shows musicais de cantores de renome nacional e
internacional.Como parte de nossa pesquisa as informações foram disponibilizadas
pelo hotel de selva A1, onde relata bem sua infraestrutura e atividades realizadas.
Localizado à margem esquerda do Rio Negro, Hotel de selva A1 tem sua
construção norteada pela preocupação ambiental e oferecimento de ótimos serviços
ao turista. Quem se hospedar em um de seus 65 apartamentos, poderá sentir-se na
natureza no meio da selva amazônica, com o conforto dos grandes hotéis de luxo.
Os diferenciais do hotel de selva A1 saltam aos olhos já na primeira visita pela beleza
da construção arquitetônica: suas janelas e paredes espelham a beleza dos rios e da
mata, no entorno da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé (RDS TUPÉ)
e do Parque Estadual do Rio Negro Setor Sul. Internamente, o turista também
encontrará um apartamento com o conforto e luxo dos hotéis cinco estrelas.
A maior preocupação do hotel A1 está em manter o meio ambiente intacto, o
hotel destaca-se como poucos hotéis de selva no Amazonas em possuir um sistema
de tratamento de água, recolhimento de lixo, ser o primeiro a apresentar um Plano
98
de Contingenciamento elaborado por pesquisadores de um Centro Universitário.
O hotel de selva A1 foi idealizado dentro dos conceitos mais modernos de
turismo sustentável, usando a alta tecnologia de tratamento de água, com uso
responsável de energia e materiais, recolhimento e reciclagem de lixo, além do
trabalho que respeita a natureza e integra a comunidade que se encontra próximo ao
hotel. O principal diferencial está em proporcionar aos clientes a aventura e
experiência na selva com o conforto e o serviço padrão de um hotel de luxo. A
exuberância da região amazônica está mais perto de seus clientes.
O Complexo possui 65 apartamentos, todos climatizados, com vista
panorâmica para o rio e equipados com sistema de aquecimento de água, frigobar,
cofre e TV LCD com programação via satélite.
O hotel de selva A1 conta também com elevador, bares, auditório, sala de
eventos, salão de jogos, piscina, área de entretenimento, trilhas interpretativas,
observatório de pássaros, área de descanso e leitura.
Possui um restaurante com comida regional com padrão internacional com
serviços à la carte, buffet e sugestão do chef.
Lazer é o que não falta no hotel de selva A1. O hotel conta com opções de
lazer como piscinas, érea de recreação infantil (ESPAÇO KIDS), bar aquático, área
de fitness, salão de jogos, área de descanso e leitura com acesso à internet.
As informações a seguir foram coletadas do hotel de selva A2, onde oferece
acomodações, visitas a tribos indígenas e comunidades ribeirinhas, ruínas e museu
do seringal, caminhadas na selva, observações noturnas, como dos pássaros,
focagem de jacaré, pescarias e contemplação do nascer do sol e atividades livres
como nas praia, piscina, pedalinhos e kayaks.
O hotel de selva A2, e classificado na categoria especial de hotel de selva, foi
construído em Manaus e só levado à sua localização definitiva após a total conclusão
do projeto dezembro de 2008. A arquitetura do hotel é nativa e o complexo é
composto por dois blocos construídos sobre uma estrutura flutuante, portanto, a
99
informação colita em sua pagina destaca que o hotel de selva A2 não sofre e com
variação do nível das águas. Também possui passarela que interliga o complexo às
praias. Porem, com a seca dos rios o lago de acesso e fechado pelo baixo nível dos
rios.
O hotel de selva A2 está localizado na margem esquerda do Rio Negro,
na reserva de desenvolvimento sustentável do Tupé. Idealizado por E. H., proprietário
do Grupo AB, o hotel de selva A2 foi construído conforme os dados coletados
minuciosamente projetado em todos os seus detalhes: a localização privilegiada
com praias e lago privativos. Porém vale comentar que o hotel de selva A2 está
localizado em uma RDS (RDS do tupė). As lanchas rápidas possibilitam um transfer
de apenas 30 minutos entre a cidade e o hotel na selva e o pick-up é realizado 24h à
partir do aeroporto ou hotel na cidade, o que não obriga o cliente a pernoitar na
cidade.
O hotel de selva A2 possui 53 apartamentos, todos com ar condicionado, TV e
frigobar e ducha quente. Há piscina, bem como os kayaks e pedalinhos são para livre
utilização pelos hóspedes. Os quais poderão fazer agradáveis passeios e pesca
nativa no lago, com material fornecido pelo próprio hotel. O complexo também dispõe
de serviço de internet e salão de convenções com capacidade para 100 pessoas. O
Hotel de selva A2 procura ter cuidado com o conforto e a segurança nas
acomodações e áreas comuns do hotel faz com que a interação com a natureza.
O hotel de selva A3 está localizado a 30 km (18,75 milhas) de Manaus, às
margens do Lago Puraquequara, a montante do rio Puraquequara. Devido ao
elevado PH ácido, água, mosquitos não proliferam na área, fato não tão relevante
para nossa pesquisa porem torna-se necessário ao cliente devido o hotel estar
localizado no meio da mata.
A partir de Manaus, somente um barco leva os hóspedes. Os hóspedes são
transladados a partir do Aeroporto ou Hotel e transferido de carro para o porto para
embarque CEASA. A viagem a bordo de um barco demora cerca de 2 1/2 horas e
passa pelo "Encontro das Águas" e continua através de um braço do lado do Rio
100
Negro para o Lodge.
O hotel de selva A3 é classificado como "especiais de alojamento Ecológicas”
pela EMBRATUR - A Secretaria de Turismo do Brasil. A aldeia é constituída de uma
central "ar livre" lodge rodeado por 21 bungalows, a maioria deles com dois quartos
separados.
As salas são dispostas com sofás e cadeiras confortáveis, para o perfeito
relaxamento. Há um Grande terraço para tomar sol, ler e relaxar com a natureza. O
hotel de selva A3 procura proporcional uma atmosfera confortável enquanto seus
hospedes experimentam a deliciosa cozinha, três refeições são servidas diariamente,
bem como lanches entre os diferentes programas. A alimentação consiste
principalmente de produtos locais, preparados pelo Chef no local.
Há 45 apartamentos, todos com telas mosqueteiros, duas camas de solteiro,
casa de banho privativa com ducha e varanda com rede, discretamente integrados
em ambiente natural de floresta tropical. A capacidade máxima é de 90 pessoas, em
quartos duplos.
O alojamento não tem luz elétrica somente um gerador de energia que é
utilizado como fonte alternativa de energia para abastecimento da água. Não há
nenhuma fonte de energia a não ser baterias automotivas (110 v) para iluminação
dos quartos, não existe tomadas disponíveis para carregar qualquer tipo de aparelho.
As luzes nos quartos são limitadas para as horas da noite e não há água quente
disponível. A área principal Lodge é iluminada por lamparinas de querosene e
candeeiros. As áreas de cozinha e serviço são fornecidas com energia das baterias
continuamente dia e noite e a geladeira e os freezers são mantidas a gás.
101
4.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS
Nesta seção pretende-se apresentar os dados obtidos nas entrevistas
realizadas, parte já dita no histórico e estrutura dos hotéis de selva pesquisados em
um total de três empresas. As seções posteriores tratarão especificamente da
importância para o setor hoteleiro de selva como sua infraestrutura, recursos
administrativos, tecnologia de informação, rede de valor, marketing e logística, onde
as informações coletadas destacam as características gerais de cada empresa.
Como se comentou anteriormente destacam-se as características assim como
uma diferenciação em seu porte, que concomitantemente destaca-se pelo tamanho
e desenvoltura em suas operações. Primeiramente, serão descritos os aspectos
gerais pertinentes à estrutura organizacional da empresa. Em seguida, serão feitas
as análises de cada tópico que dá suporte ao questionamento feito, onde os
recursos empregados durante as entrevistas podem ilustrar o ponto de vista do
entrevistado. Será apresentado também as conclusões e pontos relevantes durante
a pesquisa, que foram fundamentados nos autores, em sua cadeia de valor e rede
valor, que ajudaram a compor este trabalho. Procurou-se estabelecer parâmetros
para análise dos dados, dentro da metodologia proposta o qual se baseou em
teorias, as quais respaldaram esta pesquisa descreveu-se como sendo de caráter
qualitativo. Com vistas em melhorar a compreensão, este capítulo foi dividido em
subitens considerando os objetivos do estudo.
4.2.1 Identificação da cadeia de valor dos hotéis de selva
Ao identificar cadeia de valor dos hotéis de selva, buscou-se o auxilio da
bibliografia de Porter. Os dados coletados através do objeto de estudo, foram
apoiados nas atividades dos hotéis de selva, atrelado aos tópicos norteadores da
102
pesquisa como: infraestrutura, recursos humanos, administração e tecnologia da
informação, atrelados as atividades primárias, associadas às atividades de logística
operacional, marketing e pós venda.
Na apresentação dos dados foram consideradas as informações obtidas
durante as entrevistas, observações diretas. Destacam-se: a funcionalidade da
estrutura organizacional; compreensão dos processos de terceirização; estrutura
funcional; tecnologias disponíveis; planejamento, burocracias, procedimentos internos
e operacionais; assim como adaptabilidade aos modelos operacionais existentes em
cada logradouro ou região no qual o empreendimento está estabelecido; estratégias
de vendas e marketing e pós- venda. Portanto, para cada analise realizada, levou-se
em consideração as estratégias de análise, quando da preferência pela identificação
da cadeia de valor. Não tão distante desta, os comentários sobre análise e
interpretação de dados.
4.2.1.1 Atividades de apoio da cadeia de Valor
Para entender melhor a cadeia de valor dos Hotéis de Selva, pode-se distinguir
claramente uma a uma pela estrutura conforme demonstrado no Quadro 7 a seguir.
Assim, o fluxo das informações que ocorrem dentro das organizações pode ser
possível delinear por meio de estratégias adotadas pela organização, com vista do
alcance da excelência. Existindo, portanto, a subordinação das relações envolvidas
em relação a cadeia de valor.
Notou-se durante as visitas e entrevistas, que as organizações à medida que
alcançam os objetivos, a cadeia de valor vai auxiliando a identificar a cada momento
onde se deve realinhar a estratégia utilizada, desta maneira constituindo um novo
negócio de forma a reconfigurar a sua própria cadeia de valor.
A cadeia de valor dos hotéis de selva é generalista onde se destaca um
conjunto composto de atividade de apoio desempenhados por cada organização de
103
selva, e pela sua margem de valor que vai acrescentando em cada atividade
desempenhada, e pelas relações estabelecidas entre si.
As atividades primárias identificadas nos Hotéis de Selva da cadeia de valor
foram:

Logística interna ou de entrada: Atividades relacionadas com recepção,
armazenamento e distribuição inputs aos produtos.

Operações: Atividades relacionadas com a transformação para obter um
produto final.

Logística externa ou saída: Atividades relacionadas com recolhimento,
armazenamento, distribuição física do produto.

Marketing de Vendas: Atividades relacionadas com a comercialização dos
pacotes e passeios.

Serviços; Atividades relacionadas com o serviço de Pós-Venda que
acrescentam valor ao pacote ou passeio.
Na rede de valor dos Hotéis de Selva foram identificadas as relações em uma
dimensão vertical entre os hotéis e os fornecedores. Os Recursos fornecidos pelos
fornecedores como, os produtos e serviços fluem na direção dos hotéis. Para a
compreensão de como funciona a rede de valor nos hotéis de selva, está atrelado
aos complementadores que ajudam a expandir a rede de valor dos fornecedores,
atacadistas, distribuidores ou varejistas, expandindo a forma dos negócios por meio
do fornecimento de insumos ou serviços para os hotéis de selva aumentando sua
qualidade no fornecimento de seus produtos que entram na cadeia como matériaprima para as atividades do hotel, seja, alimentos, material de limpeza, até máquinas
e equipamentos. Gerando com isso um bom funcionamento e atendimento aos
hospedes,
104
QUADRO 7: Atividades de Apoio da cadeia de valor dos hotéis
Atividades de Apoio
Hotel A1
Infraestrutura
-Estrutura própria
flutuante em balsas
-Apartamentos.
Recursos Humanos
-Mão de obra
contratada adequada.
-Pouco utiliza mão de
obra terceirizada.
-Alta especialização.
-Muito treinamento
Administração
-Focada nos
gestores.
-Administração
sistematizada e
prescritiva.
Tecnologia
- Sistema de
Gestão próprio;
- Atualizações no
Sistema
sistematizadas;
- Baixa
adaptabilidade dos
modelos
operacionais;
- Processos
informatizados;
Hotel A2
-Estrutura própria
mista(balsas e terra)
-Apartamentos e
chalés
-Mão de obra
contratada enxuta e
terceirizada.
-Pouca
especialização.
-Pouco ou quase
nenhum treinamento.
-Focada no
proprietário
centralizada.
-Administração sem
métodos ou
procedimentos
- Sistema de
Gestão próprio.
- Poucas
Atualizações no
Sistema.
- Baixa
adaptabilidade dos
modelos
operacionais.
- Processos
manuais.
Hotel A3
-Estrutura própria
edificada.
-Bangalôs
-Mão de obra
contratada enxuta e
terceirizada.
-Pouca o quase
nenhuma.
-Pouco ou quase
nenhum
treinamento.especializ
ação.
-Focada no
proprietário
centralizada .
-Administração sem
métodos ou
procedimentos
- Sistema de
Gestão próprio;
- Poucas
Atualizações no
Sistema.
- Alta
adaptabilidade dos
modelos
operacionais.
- Processos
manuais.
Fonte: Autor (2012).
4.2.1.1.1 Infraestrutura
Conforme entrevista realizada com os gestores para buscar compreender
melhor a estrutura organizacional pode-se destacar o seguinte: categorias, serviços e
pacotes, que neste caso está associada aos passeios e hospedagem. Observou-se
que os hóspedes podem optar pela individualidade das atividades não estando
105
atrelados aos pacotes. Os serviços oferecidos estão atrelados aos pacotes, que
recebem nomes regionais, e do empreendimento, está incluindo determinado tipo de
alojamento individual ou duplo. O hóspede quando da opção do pacote e informado o
que inclui desde tipo de alojamento, atividade a serem realizadas, em passeio e
visitação, alimentação e outros contemplam o pacote. Foi constatada parcialmente a
disponibilidade dos pacotes oferecidos, quando da chegada aos hotéis, em alguns
destes pacotes pode-se interagir diretamente observando-se as atividades e estrutura
oferecidas pelos Hotéis de Selva.
Os entrevistados relataram que a estrutura do hotel inicia-se com a preparação
dos hóspedes durante a visita ao hotel, que para as organizações de selva seria a
fase de pré-venda. Conforme a demanda vai aumentando, os pacotes vão sendo préestabelecidos. A variação das necessidades contribuem inclusive na diversificação
dos itens fornecidos inclusive como a preparação dos eventos, com aparatos
operacionais, alimentação, visitação entre outros.
Os entrevistados em momento nenhum relataram, em caso de uma alta na
demanda, procurarem alternativas para atender mais clientes quando a ocupação
está em 100%.
Segundo os entrevistados, a preparação para alta temporada começa
gradualmente, com abastecimento e preparação dos alojamentos, que vão ocorrendo
de acordo com a demanda progressivamente, a não ser em casos de eventos ou de
locação por um grande grupo. Neste caso irá necessitar de um aumento nos
suprimentos e da contração de terceiros seja no fornecimento de equipamentos ou
recursos humanos. No momento da entrevista, notou-se por meio dos relatos dos
entrevistados que quando há um aumento da demanda ou contratação por grandes
grupos, não há investimentos em infraestrutura dos hotéis, a contração de recursos
humanos, opta-se pela terceirização de mao de obra local.
O sistema de tecnologia da informação utilizado disponível em todos os
hotéis são semelhantes ambos contam com o gerenciamento tecnológico das
informações por meio de um sistema desenvolvido especificamente para sua
106
necessidade, sendo este atualizado constantemente. As relações desenvolvidas por
ambos os hotéis de selva são semelhantes, porém em categorias diferentes que se
pode observar em visita pelo tamanho e infraestrutura de cada hotel. O sistema atual
dos Hotéis de Selva A2 e A3 está centrada em pacotes Office diretamente ligado aos
gestores de cada área especifica, seja no hotel ou pelo escritório.
Com relação à funcionalidade da estrutura organizacional, os entrevistados
não mencionaram diretamente maiores dificuldades operacionais, existentes, porém,
e notadamente os fenômenos naturais prejudicam todas das organizações de selva
forçando uma adaptabilidade constante, seja na contração de māo de obra e
terceirização aumentando a sua estrutura.
Acreditam os entrevistados que o maior desafio está ligado a parte física onde
a adaptação do espaço para o momento da alta e baixa dos rios que cercam os
hotéis de selva, uma vez que a localização todos os hotéis, são a margem ou dentro
dos rios e lagos da Amazônia, fato que contribui e influência a estrutura
organizacional onde os hotéis fazem constantes adequações. No entanto, os
entrevistados mencionaram algumas dificuldades estruturais encontradas para
realização das programações. Anualmente são necessárias manutenções periódicas
(quartos, banheiros, e instalações, porto), afetadas pelos rios. Cabe relatar que nos
hotéis A2 e A3 muitas destas manutenções não são realizadas constantemente,
devido à demanda e pela variação do clima amazônico, seja pelas chuvas torrenciais
ou pelo verão intenso, faz com haja influência diretamente na estrutura de cada
empresa como no caso o hotel A1 possui uma equipe de manutenção.
Percebe-se um cuidado especial do hotel A1, está em manter, a qualidade dos
eventos e dos serviços do hotel. Constatou-se que não existe uma preocupação
pelos outros dois hotéis, pois segundo os entrevistados, os aumentos da estrutura e
da qualidade dos eventos realizados são de forma gradativa e não são permanentes
Com relação às políticas governamentais e procedimentos internos,
organizacionalmente não está ligado a nenhuma entidade pública, a não por
financiamentos que tenham tomados e as autorizações para funcionamento dos
107
órgãos que regulam as empresas de um geral. Segundo os entrevistados, depende
financeiramente de projetos de leis, de incentivos fiscais para obter a verba de
operacionalização somente por meio de projetos aos Ministérios, Secretarias e a
Suframa. O que se pode constatar com os entrevistados, que as empresas privadas
usam as leis de incentivo fiscal para patrocinarem parte de sua estrutura física, no
entanto a relação de dependências fiscais e muito grande, o que dificulta a realização
dos projetos.
Os entrevistados informaram que todo o processo que envolve a hotelaria de
selva, depende muito de um bom gerenciamento devido a forte influência da Região
Amazônica, que pode prejudicar ou não as atividades diárias, necessitando de um
acompanhamento diário de todas as atividades por parte dos gestores.
4.2.1.1.2 Recursos humanos
A estrutura funcional dos Hotéis de selva é bastante simples com exceção do
A1 que é formada pela presidência, diretores, gestores, supervisores e operacionais.
No entanto, em as outras duas organizações de hotelaria de selva A2 E A3 se
mantém sempre em três níveis: Diretoria, Gerência e operacionais no Maximo.
Notou-se que o cargo da diretoria é ocupado pelo proprietário ou membro da família,
se mantém um gerente na capital e outro no hotel de selva ou um encarregado.
Dentro da estrutura funcional o gestor e a peça principal da hotelaria de selva, pelos
recursos necessários utilizados na realização das atividades, por este motivo os
gestores acompanham todas as atividades de perto e presente.
Apesar dos gerentes ou supervisor dos A2 E A3 não possuírem formação para
capacitar profissionais para execução das atividades hoteleiras mais sofisticadas,
percebeu-se que estes profissionais tem aplicado praticas do dia a dia para
treinamento da mão de obra utilizada, normalmente contratada na região, solução
108
encontrada para dar sustentabilidade e ao mesmo tempo e diminuir uma transit de
pessoal
cidade/hotel/cidade,
diminuindo
o
deslocamento
e
aumentando
a
permanência dos funcionários no hotel.
O treinamento tem sido a saída que o Hotel de Selva A1 encontrou, para
desenvolver profissionais qualificados na região de localização do hotel, porém
requer por parte dos gestores acompanhamento constante. Contudo, segundo os
respondentes, a falta de māo de obra especializada hoteleira é um dos maiores
gargalos da hotelaria de selva. Desta forma, os entrevistados mantem uma gestão
dinâmica o que torna o processo de formação e preparação da equipe de trabalho
significativamente complexa. Atualmente, os profissionais contratados, recebem
treinamento no local de trabalho praticando, a falta de profissionais e tempo de
treinamento é bem curta em razão das necessidades emergentes.
Outra grande dificuldade encontrada nos profissionais locais está no nível de
instrução que torna a tarefa do gestor mais difícil, inclusive no treinamento, no qual a
população local muito mal tem o ensino fundamental completo; porém o A1,
desenvolve projetos educacionais dando além do treinamento, educação básica para
os colaboradores locais e funcionários do hotel atividade desenvolvida que não se
encontrou nos dois outros hotéis de Selva A2 e A3.
4.2.1.1.3 Administração
Conforme mencionado anteriormente em seu histórico às organizações de selva
pesquisadas são empresas organizadas de forma a captar seus recursos próprios por
meio de uma estrutura hoteleira rústica por parte de duas organizações os hotéis de
Selva A2 e A3. Por outro lado o hotel A1 possui o luxo dos hotéis urbanos e
esplendor da floresta proporcionado todo conforto aos hóspedes.
Desta forma
esperam que seus clientes ganhem em elegância e beleza e as outras duas
organizações de selva os hotéis A2 e A3, por estarem mais próximos da natureza
109
demonstram ao máximo um contato com a natureza oferecendo de forma confortável
e ecologicamente e com sustentabilidade que não causam impacto ambiental com
sua estrutura rústica encravada no meio da floresta.
As formas de arrecadação de todos os hotéis pesquisados estão ligadas aos
pacotes oferecidos e aos passeios, os quais sempre estão ligados a uma
programação pré-estabelecida seja por meio de seu site, por agências de viagens,
hotéis ou guias espalhados pela cidade. Observou-se que os hotéis de selva dão um
significado especial maior as atividades relacionadas à hospedagem devido a
agregação de valor aos pacotes oferecidos.
A administração dos recursos financeiros é direcionada a um gestor localizado
normalmente no escritório central onde este profissional que começou junto com o
proprietário nas atividades de hotelaria de selva, ocupando o cargo de confiança nos
hotéis de selva sendo o elo entre o departamento de marketing, hotel e o proprietário.
As atividades dos Hotéis de Selva são transformadas em ações de Pré–Venda,
neste caso tem-se um grau de significância pela presença do gestor onde tem um
papel igual ao de um sócio ou diretor da empresa. Notou-se que parte de todas as
atividades esta centralizada neste gestor assim como as atribuições norteadoras
sobre as vendas e demandas.
4.2.1.1.4 Tecnologia da informação
Segundo declaração de dois gestores dos hotéis de selva pesquisados
relataram que o sistema de gestão da informação é próprio, e tem sido desenvolvido
exclusivamente para suas necessidades que vão surgindo gradativamente e fazendo
adaptações; porém não se devem esquecer as ferramentas de informação que vão
aparecendo, evoluindo e concomitantemente empregada e ou adaptada às
realidades atuais o que não ocorre constantemente em dois hotéis. Os sistemas de
110
informação devem ser constantemente adequados sempre que possível, pelo fato da
evolução tecnológica. Segundo os entrevistados, o modelo de plataforma da
informação existente se mantém inalterado, sendo alimentado constantemente,
porém
algumas
informações
sendo
alteradas
gradativamente
devido
ao
desenvolvimento de novas atividades. De acordo com os entrevistados, essa
atualização não ocorre com a mesma velocidade e agilidade que são desenvolvidos
novos projetos e atividades o que não ocorre na hotelaria urbana. Para os
entrevistados, o maior desafio enfrentado é a administração dos eventos ou as
entradas e saídas dos hóspedes, nos hotéis A2 e A3.
O sistema de informação do hotel A1 auxilia na distribuição dos grupos
hospedes pelo pacote, porém foi encontro dificuldades nos hotéis a2 e A3 na
organização devido estarem atrelados a sistemas engessados pelos próprios
proprietários. Segundo os entrevistados, as informações divulgadas nos sites dos
hotéis ajudam a identificar, controlar e classificar o hóspede e ao mesmo tempo
informar as atividades pertinentes por cada hóspede. Somente no A1 o sistema e
alimentado constantemente, conforme informação do gestor, os grupos ou hóspedes
que fazem reservas normalmente pelo site, os dados são automaticamente
disponibilizados no sistema, assim como, as informações geradas pela organização,
conforme programação disponível no website. Pórem, durante a pesquisa em todos
os sites das organizações pesquisada as informações não eram completas ou não
estavam disponibilizadas.
4.2.2 Identificação da rede valor dos hotéis de selva
A identificação da Rede de Valor dos hotéis de selva pesquisados teve por meio
da pesquisa suas observações retradas e em suas variáveis como: fornecedor,
distribuidor, atacadista e varejista. O que ajudou na análise e interpretação dos dados
coletados foi a forma de compreensão das atividades dos fornecedores,
111
distribuidores, atacadistas e varejistas; a compreensão da relação entre os
fornecedores e os hotéis de selva, incluindo as formas que determinam quem são os
fornecedores, distribuidores, atacadistas e varejistas. Assim, para cada variável foram
adotadas estratégias de análise, as quais contribuíram para o alcance do objetivo.
A compreensão de quem são os fornecedores, distribuidores, atacadistas
e varejistas (parceiros) dos hotéis de selva inicia-se na concepção da estrutura dos
hotéis. Segundo os entrevistados, parte de seus serviços são terceirizados em razão
de uma demanda emergente, e na alta temporada, somente um hotel A1 mantém sua
estrutura no limite mínimo de seu staff, na baixa temporada, pórem havendo
necessidade opta-se por contratar. Quanto aos Hotéis de Selva A2 E A3 havendo
aumento na demanda optam por terceirizar os serviços para atendimento dos
pacotes. A utilização de terceiros normalmente e feita por meio da contratação de
empresas ou pessoas físicas que ajudam no fornecimento de mão de obra e
equipamentos, estratégia utilizada pelos Hotéis de Selva A2 E A3 em caso de
aumento da demanda.
A relação dos atacadistas, distribuidores e varejistas passa pela identificação
do fornecimento de bens e serviços que cada um dos hotéis possui conforme
demonstrado no Quadro 8. Apesar de trabalharem de forma singular, para se
entender melhor existem atacadistas, distribuidores e varejistas tem características
peculiares e atuam fazendo um elo entre produtor e consumidor.
Para identificar o papel de atacadistas e distribuidor, relacionam-se abaixo
algumas atividades:
1-Atacadista

Compra e vende mercadorias.

Trabalha para diversos fornecedores, inclusive com linhas concorrentes.

Tem um mix limitado a marca líder e outra de preço baixo.
112

Não gerencia o estoque dos clientes varejistas.

Os produtos são bitributados, resultando em preço mais alto.
2-Distribuidor

Compra e vende mercadorias.

Trabalha com exclusividade para uma ou no máximo cinco empresas de
segmentos distintos.

Tem pouca variedade em cada categoria.

Não gerencia o estoque dos clientes varejistas.

Tem os produtos bitributados, resultante em preço final mais alto.
A identificação do varejista está mais próxima da ponta da cadeia de
suprimentos, fincando mais próximo dos hotéis de selva, sendo ele que impulsiona o
sistema puxar em lotes pequenos onde se destaca os novos modelos de varejistas:
como hipermercado, lojas de convenientes, supermercados da cidade de Manaus,
assim agregando também revistaria posto de gasolina.
Durante a entrevista e observações feitas durante a visita técnica realizada nas
três organizações de hotel de selva, compreende-se que todas são obrigadas a
utilizar o modelo de Milk Run onde os próprios estabelecem o modelo de roteirização
das coletas. Para melhor abastecimento dos hotéis de selva, fica a cargo do próprio
hotel a coleta e abastecimento, primeiro pela distância e depois pela falta de
pontualidade dos fornecedores ao procurarem utilizar o modelo Just in time e não
conseguirem.
O sistema de coleta programada Milk Run, que vem sendo adotado por um
número crescente de empresas, permite um maior controle sobre as mercadorias
113
necessárias para funcionamento dos hotéis de selva e utiliza com maior frequência
de abastecimento em compras menores. Analisou-se que com a utilização do Milk
Run há uma redução de estoques.
O Milk Run tem sido muito utilizado conforme comentado anteriormente por
diversas organizações de selva, onde possibilita a coleta na hora certa, pois o veículo
dos hotéis retira os insumos ou mercadoria, principalmente dos varejistas, onde boa
parte dos produtos está à disposição para compra e retirada da prateleira, também
nos atacadistas em que os pedidos estão previamente separados facilitando com isso
a coleta com isso se mantém uma cronologia, isso possibilita organização,
manutenção e melhorias na administração do estoque, consecutivamente provoca
uma redução de estoques em toda a cadeia de suprimentos.
114
QUADRO 8: Identificação da rede de valor dos hotéis
Hotel A2
Hotel A3
Fornecedores
Identificação
-Levantamento de
03 propostas de
parceria para cada
serviço terceirizado
- Contratação de
empresas
especializadas
– Assinatura de
contrato;
- Utilização de
políticas de
estabelecimento de
parceiros.
Faz Levantamento de
propostas de parceria
a cada serviço quando
e necessário ou há
aumento de preços
pelos terceirizados.
- Não faz Contratação
de empresas
especializadas ou
assinatura de
contrato;
-Não mantém uma
política de
estabelecimento de
parceiros.
Faz Levantamento de
propostas de parceria
a cada serviço quando
e necessário ou há
aumento de preços
pelos terceirizados.
- Não faz Contratação
de empresas
especializadas ou
assinatura de
contrato;
-Não mantém uma
política de
estabelecimento de
parceiros.
Distribuidores
- Determinação do
distribuidor pela,
quantidade,
qualidade, matéria –
prima ou preço .
Acompanhamento
do pedido e cadastro
com parceria.
-Avaliação do
distribuidor.
- Manutenção do
contrato.
- Determinação do
Atacadista pela,
quantidade,
qualidade, matéria –
prima ou preço .
-Acompanhamento
do pedido e cadastro
com parceria.
-Avaliação do
distribuidor;
- Manutenção do
contrato.
- Determinação do
Varejista pela,
qualidade, matéria –
prima e atendimento
-Acompanhamento
do pedido e cadastro
com parceria.
-Avaliação do
varejista;
- Manutenção do
contrato.
- Determinação do
distribuidor , matéria
–prima e preço .
- Não há
Acompanhamento do
pedido e cadastro com
parceria.
- Não há Avaliação do
distribuidor;
- Não Manutenção do
contrato
- Determinação do
distribuidor , matéria
–prima e preço .
- Não há
Acompanhamento do
pedido e cadastro com
parceria.
- Não há Avaliação do
distribuidor;
- Não Manutenção do
contrato
- Determinação do
Atacadista pela,
quantidade, matéria –
prima e preço .
-Acompanhamento do
pedido e cadastro com
parceria.
- Não há Avaliação do
Atacadista;
- Não há Manutenção
do contrato.
- Determinação do
Atacadista pela,
quantidade, matéria –
prima e preço .
-Acompanhamento do
pedido e cadastro com
parceria.
- Não há Avaliação do
atacadista;
- Não há Manutenção
do contrato
- Determinação do
Varejista pela,
qualidade, matéria –
prima, atendimento e
preço .
-Acompanhamento do
pedido sem cadastro
com parceria.
-Não há Avaliação do
varejista;
- Não há do contrato.
- Determinação do
Varejista pela,
qualidade, matéria –
prima , atendimento e
preço.
-Acompanhamento do
pedido sem cadastro
com parceria.
- Não há Avaliação do
varejista;
- Não há contrato.
Atacadistas
Varejistas
Hotel A1
115
Fonte: Autor, (2012).
4.2.2.1 Logística Integrada dos hotéis de selva
A logística integrada está ligada ao processo de planejamento, implementação,
estratégia, compra, aquisição, movimentação, armazenagem, fluxos de informação,
a parte da logística destaca-se a logística interna dos hotéis de selva, como as
atividades dentro da organização, como: armazenagem e controle em seguida a
logística externa associada a coleta, distribuição do material, operação de veículos,
barcos e outros equipamentos que dão suporte aos passeios e deslocamentos.
A integração das atividades que envolvem a cadeia de valor e da cadeia de
suprimentos algumas vezes é confusa, podem ter atividades distintas ou não, seja
pelo seu grau de envolvimento das atividades exercidas pelos hotéis de selva, que
normalmente ocorre na execução das atividades diárias dos hotéis, nas aquisições e
compras, na movimentação de materiais e suprimentos, na pré-venda ou pós-venda.
As relações presentes nos hotéis de selva pesquisadas pode ser notada devido
às necessidades de suprir as demandas por meio de uma logística integrada, com
ações competentes para funcionamento das unidades, pois como já foi dito
anteriormente todos os hotéis ficam dentro de áreas de preservação permanente ou
reservas, em locais distantes dos centros urbanos e somente acessíveis por via
fluvial; neste caso tem que haver a integração
dos fornecedores a da cadeia
produtiva, pelo fato que os suprimentos são obrigados a serem deslocados por via
rodoviária e depois fluvial, em seguida por carrinhos e ombros dos carregadores e
manuseados pelos mesmos em até seis vezes antes de chegar ao estoque. Os
clientes também têm que se deslocar por via rodoviário e fluvial com embarques e
desembarques em ônibus, vans, voadeiras, barcos e lanchas desembarcando em
plataformas convencionais e adaptadas com rampas, acessos que flutuam e mudam
de local devido a cheia ou seca dos rios e em barrancos a beira dos rios.
As estratégias logísticas utilizadas pelos hotéis de selva para abastecimento e
116
deslocamento dos hóspedes foram percebidas durante as visitas de observação que
se constatou dependência do local onde estão estabelecidos, os hotéis e localização
geográfica, que pode facilitar o acesso, ou não. Outro fator que pode contribuir de
forma favorável são os recursos disponíveis que cada hotel de selva disponibiliza
para o abastecimento e hóspedes, viabilizando o recebimento de mercadorias, o
chek-in e check-out dos hospedes. Somente A1 utiliza-se de veículos elétricos para
deslocamento em trilhas de acesso no período da secas, já outras duas organizações
A2 e A3 têm problemas no mesmo período devido aos recursos escassos, que neste
caso são obrigados a fazer transbordo de mercadorias e pessoas. Com as
dificuldades impostas e os recursos não disponíveis criam entraves e caso não haja
maior investimentos em estoque e deslocamento, aumento o custo de abastecimento,
transporte e deslocamento dos hospedes.
4.2.2.2 Fornecedores
As relações existentes com os fornecedores e bastante constante devido ao tipo
de serviços oferecidos pelos hotéis de selva, onde a terceirização existente cresce
com utilização de equipamentos de deslocamento como barcos, lanchas, caminhões
e outros utilitários. Com relação a mão de obra, há também a utilização quando a
uma demanda emergente ou alta temporada, que neste caso a terceirização não
afeta os recursos financeiros em sua totalidade, porém foi observado que parte
dos custos podem aumentar, proporcional a demanda. Os entrevistados relataram
que os terceirizados geram mais produtividade, desta maneira se desenvolve os
fornecedores pela qualidade do produto ou serviço oferecido que se opta em
terceirizar ou não. Os entrevistados informaram que sempre quando necessário
terceirizam quase todos os serviços oferecidos com o aumento da demanda, menos
a hospedagem.
A gestão das informações verificou-se que são geradas online e ontime
somente em uma das três organizações dispõe de recursos disponíveis para
117
utilização e atualização dos dados controlados pelo escritório, matriz, ou agência, que
normalmente gerenciam as atividades hoteleiras da organização, as outras duas
organizações mantém uma estrutura burocrática de planilhas e comunicação de rádio
frequência ou celular.
4.2.2.2.1 Distribuidor, Atacadistas e Varejistas
A relação existente entre os distribuidores, atacadista e varejista está
primeiramente
no
atendimento
imediato
das
necessidades,
segundo
pelos
preços/qualidade oferecidos pelos fornecedores, o terceiro passa na relação por
opção de distribuição/entrega dos produtos que podem ser recebidos em seu porto
de embarque ou depósito localizado em seu escritório de representação ou escritório
central localizado em Manaus. As organizações de selva em alguns momentos são
obrigadas a manter um estoque regular em seu almoxarifado ou depósito urbano que
tem funcionalidade de um CD (centro de distribuição), para concentrar e distribuir
progressivamente, pela alta da demanda, ou pela influencia do clima.
A opção por um distribuidor, atacadista e varejista sempre estará focalizada
na compra por lotes econômicos nos casos de Distribuidor e Atacadistas, e nas
relações optantes por varejistas está relacionada a quantidade, qualidade da compra
constada nas compras a varejo no qual o comprador tem contato com a mercadoria
comprada como por exemplo os perecíveis principalmente hortifrutigranjeiros, que
normalmente são feitas por compradores ou gestores da área que ficam localizados
em seu escritório. Nos hotéis de selva pesquisados não há interferência ou gestão
na aquisição de bens e serviços, somente contribuem no feedback do uso produto
ou serviço fornecendo informações complementares ao gestor de compras.
A identificação de quem são os distribuidores, atacadistas, e varejistas,
quando perguntado aos entrevistados sobre quem são os fornecedores nos deram
sempre informações voltadas ao setor alimentício e não informaram sobre
118
lavanderias, postos de combustíveis e outros utensílios utilizados pelos hotéis,
informaram na maioria das vezes pelas empresas de representação dos produtos
alimentícios das grandes marcas nacionais localizados em Manaus, como Sadia,
Perdigão, já os Atacadistas seriam as redes Makro, Atack, Friller, Bona Vitta, e
frigoríficos entre outros espalhados por Manaus, quanto aos varejistas os
entrevistados identificaram as redes de Hipermercados e supermercados como DB,
Carrefour, e mercados de Manaus, estão também inclusas as feiras de Manaus
como Manaus Moderna e Panair.
Nenhuma das organizações mantém um sistema informação interligado online
e ontime com seus fornecedores, distribuidor, utilizando somente os sistema de
aquisição por e`mails, pedidos de compras encaminhado por via fax, ou por telefone,
e no caso de alguns varejistas as compras são efetuadas in loco.
4.3 ANÁLISES DOS RESULTADOS E MAPEAMENTO DA CADEIA DE VALOR DOS
HOTÉIS DE SELVA
Essa seção expõe a análise dos resultados da pesquisa apresentada. Tem-se
com esta análise, a intenção de alcançar os objetivos elaborados para este estudo.
Para isso buscou-se um embasamento teórico para ajudar nesta pesquisa. Foram
analisados os dados apresentados sobre o objeto do estudo, entre eles o objetivo
geral: Analisar as contribuições da logística integrada na gestão dos hotéis de selva
em Manaus, para dar resposta ao objetivo geral temos os objetivos específicos que
são Descrever o processo de logística utilizado pelos hotéis de Selva; Identificar a
cadeia de valor existente nos hotéis de selva; Analisar o processo logístico dos
Hotéis de Selva. Desta forma, analisou-se os resultados obtidos, o qual respondeu a
problemática da pesquisa: sobre a importância da logística integrada nos hotéis de
selva.
A apresentação dos dados que compõem a cadeia de valor dos hotéis selva foi
119
pautada em seções. Nesta seção o mapeamento da cadeia de valor dos hotéis de
selva seguiu as variáveis que compõe a cadeia e a logística integrada. Com esta
base constrói-se o questionário de entrevista com questões que foram préestabelecidos que ajudasse na dissertação. Esta análise também foi baseada em
uma revisão bibliográfica, que foi conduzida para a organização de todas as
informações coletadas por meio das entrevistas semi- estruturadas, onde obtive-se
boas informações inclusive por meio das observações direta .
4.3.2 Análise das atividades de apoio da cadeia de valor dos hotéis de selva
Frente aos grandes desafios que uma organização os desafios são cada vez
maiores, seja quanto ao deslocamento de pessoal e logística de abastecimento. Para
que tudo isso funcione de forma perfeita dentro dos pacotes oferecidos pelas
organizações de selva, esta na falta de infraestrutura, recursos humanos,
abastecimento, armazenagem e transporte em pelo menos dois hotéis de selva
estes problemas é uma constante.
As infraestruturas dos hotéis além das acomodações o que mais chamou a
atenção, porém de forma negativa que um dos hotéis utiliza como porto de
desembarque, recebimento e embarque de mercadorias, barranco mais próximo do
hotel, e em alguns casos o embarque dos clientes e realizado em portos distantes e
não convencionais, somente uma empresa utiliza um o porto flutuante de embarque e
desembarque próprio, adequado a categoria do hotel devido a sua infraestrutura
oferecida, com acomodações de alto padrão e pelos recursos financeiros aplicados
na construção que influenciam em muito no atendimento das necessidades, apesar
de que o embarque e desembarque no período cheia e realizada nestes portos , por
outro lado as outras duas organizações enfrentam constantemente problemas no
deslocamento e abastecimento e translado dos cliente. As atividades operacionais
dos hotéis no período da cheia são facilitados no embarque e desembarque
120
mercadorias, devido a proximidade das águas ao hotel, mas não distante ao hotel
que opera com modelo rústico onde o embarque continua sendo feita na margem
dos rios. Notou-se que e oferecido serviços conforme a infraestrutura de cada hotel
de selva, razão que os recursos financeiros empregados de cada organização, faz
diferença nitidamente e a infraestrutura existente pode agregar valor aos pacotes
oferecidos.
Os recursos humanos a falta de especialista e um problema frequente, outra
dificuldade enfrentada está na distancia do local de moradia dos funcionários do local
de trabalho, por ser distante, parte dos funcionários em pelo menos dois hotéis de
selva os funcionários tem a necessidade de permaner no hotel por períodos longos,
faz com que as organizações invistam constantemente na contratação de pessoal.
Consequência, um turn-over muito alto, apesar das organizações buscarem mão de
obra nas comunidades próximas, não é suficiente ou adequado para todas as
funções do hotel. Alternativas têm sido criadas como treinamento e ensino, na
tentativa de desenvolver um banco de recursos humanos nas comunidades, porém
vem afetando a qualidade dos serviços. As contratações enfrentam uma barreira
muito grande o baixo nível cultural da comunidade vizinha ao empreendimento, neste
caso os hotéis tem a necessidade de buscar sempre funcionários que residam fora
da comunidade, onde a oferta também não e das melhores, havendo escassez de
profissionais com especialização em hotelaria e falando pelo menos dois idiomas.
Como foi relatado há uma grande rotatividade de pessoal dentro de duas
organizações pesquisadas o hotel A2 e A3 os seus funcionários têm pouca
especialização, onde os gestores são obrigados a desenvolver estratégias para cobrir
as folgas dos funcionários e trazer dos escritórios profissionais que são treinados
somente no exato momento da sua contratação, exigindo da gerência geral uma
maior supervisão e adequações.
A administração dos hotéis de selva não foi investigada em detalhes, pórem o
A1 mantém um modelo descentralizado de funções e departamentos, pela sua
própria estrutura requer um aparato maior, aos hotéis A2 e A3 a sua estrutura e
moderada a simples, onde todas as atividades e decisões são centralizadas no
121
gestor ou proprietário. O abastecimento é feito sazonalmente de acordo com sua
demanda, utilizando o modelo Milk Run onde os veículos da empresa fazem a coleta,
em caso de entrega pelo fornecedor somente em grande quantidade com
agendamento em razão das mercadorias serem embarcadas em portos ou barrancos
ou transbordados diretamente para os barcos, não existindo porto de embarque de
carga normalmente no mesmo local junto com os passageiros, somente o A1, utiliza
um barco regional para transporte de carga e funcionários, não obedecendo a
ergonomia ou qualquer separação da carga, os outros dois hotéis A2 e A3 fazem seu
transporte de carga em voadeiras ou batelões, devido ao difícil acesso principalmente
na época da seca ou baixa dos rios, o transporte dos hospedes do A1 e feito em iates
de alto padrão e luxo com ar condicionado, poltronas reclináveis, suítes, bar, deck, o
mesmo não podemos dizer do transporte de hóspedes dos hotéis A2 e A3 que são
realizados em barcos regionais, lanchas e voadeiras de acordo com a quantidade de
pessoas.
Armazenagem dos produtos dos hotéis de selva tem semelhança, pórem
divergindo somente na estrutura ambos mantém três almoxarifados, alimentos e
material de limpeza e higiene, dos alojamentos e material de manutenção. O que nos
chamou a atenção foi a armazenagem dos produtos perecíveis, um problema devido
a energia elétrica não existir nenhuma rede próxima a localização dos hotéis, pois
todos ficam localizados em lagos e dois hotéis de selva, A1 e A2 são flutuantes, um
problema para conservação de alimentos perecíveis. O Hotel de Selva A1 mantem
seus alimentos em uma câmara frigorifica possibilitando armazenagem de grande
quantidade de alimentos perecíveis. O hotel A2 utiliza gerador e o estoque de
produtos perecíveis é conservado em refrigeradores e freezers. O hotel A3 não
possui energia elétrica, armazena os perecíveis em geladeira e freezer a gás, sendo
abastecidos a cada dois dias. A forma de controle do estoque é feita através de ficha
de estoque em ambos os hotéis, porém nos Hotéis de Selva A2 e A3 possuem
problemas no controle de entrada e saída, atrasando no repasse das informações,
principalmente no controle do consumo. Observou-se que o hotel A1 controla todo
seu estoque através de um sistema informatizado sendo lançado automaticamente
122
quando da entrada ou saída de material.
4.3.3 Análise das atividades primárias da cadeia de valor dos hotéis de selva
Atrelado a análise das atividades primárias está as relações da cadeia de valor
agregado. Em termos as relações na cadeia passa pelo pressuposto da logística
operacional alicerçado a todas as atividades dos hotéis de selva pelo seu pleno
desenvolvimento da pré-venda até a pós-venda onde os resultados operacionais
provocam a recompra ou indicam um novo cliente.
Do começo ao fim da jornada, seja durante uma visitação, pernoite ou estadia,
obrigatoriamente em todas as etapas está a logística operacional, seja no
planejamento de um pacote, ao momento que o departamento de marketing confirma
uma hospedagem ou passeio, isso provoca uma ação de interação de toda as
atividades do hotel diferentemente de um hotel urbano que com sua disponibilidade
em aberto está a disposição a receber clientes a qualquer momento, ao contrário dos
Hotéis de Selva A2 e A3 que somente irá iniciar toda sua atividade a partir da
confirmação do pagamento dos hóspedes, porém todo o suporte técnico ou aparato
logístico esta disponível mas não a disposição, sendo acionado somente quando é
consolidada uma reserva, que inicia-se, na busca do hospede no aeroporto ou hotéis
na cidade, neste momento determina-se qual tipo de transporte, quantidade,
alimentos, entre outros que são disponibilizados para atender aquela demanda, fora
isso mantém-se uma quantidade mínima de funcionários no hotel. Sabe-se que isso
também ocorre com os hotéis urbanos, porém nos hotéis de selva um cliente não
chega aparecer por um acaso querendo se hospedar, devido às distâncias de
Manaus em Reservas cerca de 30 km do centro da cidade, vale resaltar que somente
um hotel tem todas as a suas dependências de um hotel cinco estrelas que neste
caso recebe sempre visitantes e esta sujeito a receber hospedes sem reserva dentro
da sua disponibilidade.
123
A logística operacional dos hotéis de selva permite que cada atividade do hotel
seja adequada em razão de uma mudança na programação menos quando há
mudanças no clima ou uma exigência do cliente, que neste caso são verificados
dentro os critérios de segurança. O Quadro 9 demonstram as atividades exercidas,
as não estabelecidos pelos pacotes tem que seguir todo um planejamento e preparo
que vai do deslocamento até o cardápio e horário de alimentação dos hóspedes que
iram sofrer alguma alteração, passando por uma adequação ou modificação.
As ações de Marketing dos hotéis de selva partem há divulgação no site das
organizações, em hotéis urbanos e agencias de viagem no Brasil e exterior. Dentre
os hotéis de selva pesquisados, somente uma organização o hotel A1 possui uma
boa estrutura, que divulga também nas redes sociais, em jornais, revistas e TV.
Notamos que a organização também se preocupa em fazer suas vendas em hotéis
locais e cria pacotes voltados inclusive em datas festivas para a população local, o
quem tem atraído muitos clientes para conhecer o hotel.
A pós-venda dos hotéis deve ser feita pelo departamento de marketing, porém
dois hotéis de selva o A2 e A3 não possui um departamento ou pessoas especificas
para tratar da divulgação ou propaganda, ficando a quem da qualidade oferecida
pelas operações e serviços que o hotel oferta. Uma das maiores preocupações das
empresas está na cadeia de suprimentos, e fazem isso usando as chamadas redes
de valor, dentro de um sistema de parcerias e alianças que as empresa criam para
gerar e aumentar suas ofertas.
124
QUADRO 9: Atividades primárias da cadeia de valor dos hotéis
Atividades primárias
Logística operacional
Hotel A1
Hotel A2
Hotel A3
-Processo
organização dos
eventos e pacotes.
- Determinação da
programação.
- Contratação de
terceiros se
necessário;
- Definição da
programação.
- Definição dos
locais de passeios e
visitação.
- Contratação de
parceiros;
- Formação da
equipe de trabalho;
- Organização dos
alojamentos e
contratação de
transporte de
terceiros em caso
de necessidade;
- Estabelecimento
de parcerias;
- Determinação dos
ferramentas,
equipamentos e da
Segurança;
-Processo organização
dos eventos e
pacotes.
- não há uma
Determinação lógica
da programação.
- Contratação de
terceiros sempre
necessário;
- Definição da
programação.
- Definição dos locais
de passeios e
visitação.
- Contratação de
parceiros;
- Formação da equipe
de trabalho de acordo
com a demanda;
- Organização dos
alojamentos e
contratação de
transporte de
terceiros.
- Não há
Estabelecimento de
parcerias.
- não há uma prédeterminação dos
ferramentas,
equipamentos e da
Segurança;
-Fornecimento do
transporte e
alojamentos são
inadequados
adequados e pouco
seguro realizado em
voadeiras e barcos
regionais;
-Os pacotes e
eventos são seguidos.
- Não mantém
Armazenamento e
estoque de produtos
na própria estrutura
- Não há um processo
organização dos
eventos e pacotes.
- Não há determinação
da programação.
- Contratação de
terceiros se é
necessário;
- Definição da
programação por meio
dos pacotes.
- Definição dos locais de
passeios e visitação por
meio dos pacotes e pelo
guia
contratado(terceirizado).
- Contratação de
parceiros;
- não existe uma
formação da equipe de
trabalho, ela é aleatória
a disponibilidade;
- Organização dos
alojamentos e
contratação de
transporte de terceiros
em caso de
necessidade;
- não existe o
estabelecimento de
parcerias;
- não há determinação
dos ferramentas,
equipamentos e
principalmente da
Segurança;
-Fornecimento do
transporte e
alojamentos são
inadequados adequados
e pouco seguro
realizado em voadeiras
e barcos regionais;
-Os pacotes e eventos
são adaptados.
- Mantém o
Armazenamento e
estoque de produtos
na própria estrutura
para poucos dias.
Recepção e
acomodação dos
hóspedes e
realizada no hotel;
-Fornecimento do
transporte e
alojamentos são
adequados e
seguros;
-Os os pacotes e
eventos são
seguidos.
- Armazenamento e
estoque de
produtos na
própria estrutura.
125
Continuação Quadro 09
Marketing de Pósvenda
- Foco na
divulgação
institucional.
- Assessoria de
divulgação.
-Investimentos em
e-mail marketing;
TV’s; rádio; revistas;
jornais; website.
- Parceria com
órgão de turismo
nacional para
divulgação
internacional
- Foco da
divulgação em todo
o País e no exterior.
- Parcerias com o
poder público local e
regional para
divulgação.
- Estabelecimento
de pacotes.
- Foco não ha
divulgação
institucional.
- Não Assessoria de
divulgação.
- Pouco Investimentos
na divulgação
somente website.
- não há Parceria com
órgão de turismo.
- Foco da divulgação
nas regiões sul e
sudeste do País e no
exterior.
- Parcerias com o
poder público.
- Estabelecimento de
não divulga os
pacotes(preço ).
-Não há ação pósvenda sistematizada.
- Foco não ha
divulgação institucional.
- Não há Assessoria de
divulgação.
-Nenhum Investimento
eml marketing.
- Nenhuma Parceria
com órgão de turismo.
- Não há foco para
divulgação nas regiões
do País e somente no
exterior.
- Não nenhuma
Parcerias com o poder
público local e regional
para divulgação.
- Estabelecimento de
pacotes.
-Não há ação pósvenda sistematizada.
-Ação pós-venda
sistematizada.
Fonte : Autor,(2012).
Percebe-se muito bem a falta de um departamento de marketing, ou pessoa que
possa colaborar de forma eficiente, inclusive no acompanhamento das atividades,
nos hotéis; A2 e A3 a prova disso esta ligada as atividades operacionais e de
logística no atendimento das necessidades. Vale resaltar que o hotel de selva, A3
está no mercado a mais de 20 anos. Vemos então que as atividades ligadas aos
pacotes interagem para o sucesso das organizações o que nota-se: cada uma tem
uma estrutura peculiar e seu público próprio.
O desafio maior do marketing dos hotéis de selva, está em assegurar que os
produtos/serviços ofertados satisfaçam as expectativas dos hospedes, Nesta linha de
pensamento o pós-venda das organizações de selva, é uma obrigação da empresa,
126
uma oportunidade para conhecer e fidelizar seus clientes. Desta forma torna-se
necessário dar continuidade ao processo mesmo depois da saída dos hóspedes dos
hotéis, uma característica que não foi percebida nos hotéis A2 e A3.
4.4 ANÁLISE DA DESCRIÇÃO DA REDE DE VALOR DOS HOTÉIS DE SELVA
Nesta seção se analisada as diversas variáveis que compõem a rede valor,
atrelada às relações existentes entre os diversos fornecedores encontra-se: os
fornecedores de serviços em geral, a manutenção, obras nas instalações e há
também os fornecedores de suprimentos que envolvem; distribuidores, atacadistas e
varejistas.
Com isso cada processo realizado dentro e fora do hotel envolve a cadeia de
valor, os mesmos querendo ou não se envolvem em uma rede de valor, como
exemplo; muitos fabricantes não vendem diretamente aos usuários finais, eles
trabalham com diversos intermediários, o caso dos hotéis além de estarem distantes
de grandes centros produtores ainda tem barreiras geográficas a serem
ultrapassadas, sendo assim os hotéis tem que criar um elo entre os fornecedores,
pois para cada um fornecedor tem que haver uma parceira, montando com seus
atores da rede uma estrutura que possa funcionar.
Algumas das estratégias utilizadas tem relação à rede de valor, estando ligadas
a fornecedores com contatos mais próximos, estes com os seus fornecedores ou
terceiros, o que podemos citar um dos hotéis de selva o A1, que mantém contratos
de manutenção e de prestação de serviços. Os Hotéis de Selva, A2 e A3 não há a
mesma relação havendo somente a relação através das necessidades, contratando
estes fornecedores de acordo com os eventos, em razão somente do aumento da
demanda ou problemas ocorridos no caso de manutenção.
As relações de contratação a partir da necessidade existente em parte não são
tão vantajosas devido o prestador de serviço não estar disponível para atendimento
127
imediato, que neste caso, a relação de parcerias é favorecida em razão de um
contrato. Pórem compreender a falta da Constância no serviço, obriga ao fornecedor
buscar novos clientes, que por sua vez irá dar prioridades ao cliente que lhe der
maior frequência, que neste caso não existe um elo. Desta forma, notamos que o
fluxo somente pode fluir eficientemente se houver demanda, caso contrário o elo ė
rompido e a rede e quebrada parcialmente e a substituição ė eminente.
Os hotéis de selva como foi dito anteriormente, mantém relações estreitas com
alguns de seus fornecedores, pois utilizam atacadistas e varejistas ao mesmo tempo
devido às compras constantes em razão de seus pedidos. A terceirização neste
caso não existe devido a se tratar de fornecimento de matéria prima, ou seja, os
suprimentos para abastecer os hotéis de selva, são comprados diretamente, não
havendo intermediário, pórem aos itens de primeira necessidade, pode ocorrer de um
fornecedor não ter o item ou dispor deste indo buscar no mercado com outros
fornecedores com intuído de manter um bom atendimento aos hotéis. Quanto a
contratação de mão de obra terceirizada existe somente quando há aumento da
demanda em pelos hotéis A2 e A3.
Quanto aos resultados, o bom desempenho dos hotéis de selva está na
interação com sua rede de valor, para que se obtenha a eficiência desejada, é
preciso que a empresa insira-se em uma rede de valor organizada e que propicie
cooperação entre os partícipes. Desta forma, procurou-se detalhar a rede de valor
dos hotéis de selva da cidade de Manaus baseada nas questões elaboradas para
estudo dos fornecedores.
4.5 ANÁLISE DA IDENTIFICAÇÃO DO FLUXO INFORMACIONAL DA CADEIA DE
VALOR DOS HOTÉIS DE SELVA
Nesta seção, estaremos analisando cada variável que envolve o processo
informacional relativo a cadeia de valor e aos processos logísticos integrados dos
128
hotéis de selva descritos no Quadro 10 a seguir:
QUADRO 10: Fluxo informacional dos hotéis de selva
Hotel A2
Hotel A3
Identificação da
informação
Identificação
- Observações diretas
informais.
- Conhecimento dos
eventos e pacotes.
- hotel de renome
internacional;
- Desenvolvimento de
projetos e eventos
constantes.
- Observações diretas
informais.
- Conhecimento dos
eventos e pacotes.
- hotel de renome local;
- Não há
Desenvolvimento de
projetos e eventos
constantes.
- Observações diretas
informais.
- Conhecimento dos
eventos e pacotes.
- hotel de renome local;
- Não há
Desenvolvimento de
projetos e eventos
constantes.
Obtenção da
informação
- Observações diretas
informais durante a visita.
-obtenção através do
departamento de
marketing
- Publicações e websites
diversos;;
- Observações diretas
informais durante a
visita.
-obtenção através do
departamento de
marketing
- Divulgação em
websites.
- Observações diretas
informais durante a visita.
-obtenção através das
agencias de viagem.
- Divulgação em
websites.
Distribuição da
informação
- Por meio dos Lideres de
equipes;
- Segmentação da
distribuição por grupos de
interesse;
- Website do hotel,
agencias
- Comunicados internos.
- Guias de turismo de
forma formal
- Contatos telefônicos,
emails, fax, comunicados,
formulários;
- Informações de maior
relevância
são
informalmente
tratadas
junto aos gestores e
diretoria.
- Informações menos
relevantes podem ser
tratadas junto as equipes
ou aos líderes.
- existência de sistema
para todos os fins;
- Por meio do gerente
do hotel.
- Segmentação da
distribuição por grupos
de interesse;
- Website do hotel,
agencias
- Guias de turismo de
informal
- Contatos telefônicos,
emails, fax.
- Por meio do gerente do
hotel.
- Segmentação da
distribuição por grupos
de interesse;
- Website do hotel,
agencias
- Guias de turismo de
informal
- Contatos telefônicos,
emails, fax.
- Informações de maior
relevância
são
informalmente tratadas
junto aos gestores e
proprietário .
- Informações menos
relevantes podem ser
tratadas junto a
gerência do hotel.
- inexistência de
sistema para todos os
fins;
- Informações de maior
relevância
são
informalmente tratadas
junto ao proprietário.
- Informações menos
relevantes podem ser
tratadas junto a gerência
do hotel.
- inexistência de sistema
para todos os fins;
- Quando na tomada de
decisões;
- Formatação de novos
projetos;
- Melhorias ;
- Está atrelado a
disponibilidade todas as
- Quando na tomada de
decisões.
- Não formação de
Formatação de novos
projetos.
- nenhum investimento
em Melhorias .
- Quando na tomada de
decisões.
- Não há Formatação de
novos projetos.
- nenhum investimento
em Melhorias .
- Não está a
Tratamento da
informação
Uso da informação
Hotel A1
129
atividades;
- não está a
disponibilidade todas as
atividades;
disponibilidade todas as
atividades;
- Informações eletrônicas:
constantes backups;
- Documentos impressos
e relatórios;
- há sistematização deste
processo;
- Informações
eletrônicas não são
constantes , não existe
backups;
- poucos documentos
impressos e relatórios;
- Não há
sistematização deste
processo;
- não há Informações
eletrônicas, não são
constantes , não existe
backups;
- Poucos documentos,
impressos e relatórios;
- Não há sistematização
deste processo;
- Quando a informação for
obsoleta ou estiver inútil;
- Ocorre unicamente
durante a etapa de
armazenamento da
informação ou não uso.
-Há controle nem tão
pouco um processo
sistematizado;
- Realizado pelos
gerentes, chefes de
equipes e coordenação
- Quando a informação
for obsoleta ou estiver
inútil;
- Ocorre unicamente
durante a etapa de
armazenamento da
informação ou não uso.
-Não há controle nem
tão pouco um processo
sistematizado;
- Quando há é
Realizado pelos
gerentes.
- Quando a informação
for obsoleta ou estiver
inútil;
- Ocorre unicamente
durante a etapa de
armazenamento da
informação ou não uso.
-Não há controle nem tão
pouco um processo
sistematizado;
- Quando há é Realizado
pelos gerentes.
Continuação Quadro 10
Armazenagem da
informação
Descarte da
informação
Fonte: Autor (2012).
O que se analisou nos hotéis de selva A2 e A3 que não possuem um sistema
de informações gerencial adequado ou inexiste seja em relação a equipamentos,
procedimentos e pessoal. Notou-se que muitos procedimentos são criados a partir de
um fluxo de informações improvisado e utilizado nas operações diárias das
organizações de selva o não ocorre no hotel A1.
O desempenho dos Hotéis de Selva está no tipo de tecnologia da informação
utilizada que pode produzir um bom ou mal resultado operacional e de marketing pelo
tipo e quantidade utilizada, porém o sistema de informações de logística não é
amplamente gerenciado pelos hotéis A2 e A3.
Sabe-se que todo modelo de informação e alimentado por alguém, pórem o
sucesso da informação vai da capacidade do operador assim como dos recursos
130
disponíveis pelos hotéis de selva, notou-se que muitas das informações não são
registradas por parte de dois hotéis de selva incluindo o hotel A3 que utiliza neste
caso sempre os conhecimentos empíricos. Damos como exemplo: as atividades
diárias nem sempre são registradas, quando o fazem são anotadas em agendas ou
em mapas, consequência disso há perda de dados importantes de registro, com isso
propicia um fraco desempenho operacional e perda de receita pela organização.
Quanto à padronização e tratamento da informação somente uma
organização de selva o hotel A1 produz de forma eficiente a separação das
informações.
Sendo
que
esta
separação
também
não
é
determinada
sistematicamente, e sim empiricamente pelo gestor. Notou-se a falta de uma
sistematização e tratamento das informações, assim como falhas de comunicação,
ou ruídos, muito comum entre duas organizações de selva pesquisadas,
principalmente nos hotéis de selva, A2 e A3. A identificação passou pelos membros
atuantes da cadeia, que tratam as informações de maneira informal e inadequada,
prejudicando todo processo operacional.
O que foi percebido durante a pesquisa, que os entrevistos, encontra-se em
dificuldades na disseminação das informações, principalmente os envolvidos
diretamente na cadeia: os funcionários, equipes, fornecedores. Há dificuldades de
interpretação pelos mesmos em razão do tipo de comunicação utilizada e pelo nível
cultural muito baixo. Foi encontrado em duas organizações, hotéis A2 e A3,
problemas na distribuição das informações, devido a informação não chegar por
escrito ou formalizada as pessoas diretamente envolvidas..
Sobre o aproveitamento e uso da informação somente e bem trabalhado por
uma das organizações o hotel A1 que consegue através de seu banco de dados e de
um software de ponta ter um bom aproveitamento, o que não pode ser comprovado
pelas outras duas organizações que estão ligados a software adaptados ao uso.
Vemos que sem bom um banco de dados e insuficiência das informações, há
prejuízo nas organizações. Outra dificuldade encontrada esta nas relações de
investimentos, pois um dos hotéis A2 e A3 não possui luz elétrica, o hotel A3 e
131
abastecido somente com poucos pontos elétricos vindas de baterias de 12 volts, com
isso prejudica inclusive a instalação de equipamentos de ponta para transmissão e
armazenamento de dados, indo de encontro com o bom desempenho de um hotel de
selva em ralação a outro.
Comentando sobre o armazenamento dos dados pelas organizações,
podemos destacar que uma organização o hotel de selva A1, mantém um software
de ponta onde a conectividade e constante, devido aos investimentos realizados; o
mesmo não se pode dizer quanto as outras duas organizações por utilizarem
sistemas informais de registros, por meio de planilhas que são passadas para seus
escritórios que não garantem que sejam repassados para um software. Sendo assim
o descarte das informações não se foi comentado pelos entrevistados. Notou-se
também que há falta de organização do fluxo informacional pelos hotéis A2 e A3, com
isso há a quebra de alguns elos das atividades logísticas e a integração dos
processos.
132
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse capítulo expõe as principais contribuições desta dissertação para o meio
acadêmico, ao segmento de hotéis de selva pelas pesquisas realizadas junto a três
organizações, além do referencial teórico, também está expostas sugestões e
considerações.
Objetivou-se analisar a logística integrada e a cadeia de valor dos hotéis de
selva na cidade de Manaus, através da descrição das atividades da rede de valor que
integrado a logística e atividades de apoio dão suporte a sobrevivência em plena mata
nativa das atividades praticadas pelos hotéis de selva.
Para atingir os objetivos teve-se que mapear as atividades logísticas e
identificar a cadeia de valor dos hotéis de selva, assim como verificar o funcionamento
das atividades dos hotéis de selva como, parte integrante das atividades realizadas por
cada hotel durante as visitas realizadas. Infelizmente não se pode sugerir algumas
estratégias de melhoria na logística das organizações.
A metodologia utilizada em conjunto à fundamentação teórica ajudou na
análise e interpretação dos dados coletados. Permitiu verificar e compreender qual
logística e mais adequada para realidade de cada hotel de selva.
Notou-se que a justificativa evidenciou-se pelo fato que o segmento de
hotelaria de selva dispõe de mecanismos que podem contribuir no desenvolvimento
das atividades de apoio dependendo somente da ordem de investimento. Desta forma,
quanto maior o investimento, melhor o desempenho.
Descrever os processo logístico e a cadeia de valor de cada hotel de selva esta
ligado ao sistema de informação utilizado por cada hotel de selva que vem contribuir
para o desempenho eficaz, assim gerando agilidade no processo de todas as
atividades, do primeiro contato com o cliente até a contratação de serviços de terceiros.
Quanto ao problema central da pesquisa ˝Quais as contribuições da Logística
integrada na gestão dos hotéis de selva na Cidade de Manaus?˝ é amplamente
identificado e detalhado no capitulo quatro onde a ˝Análise do mapeamento da cadeia
133
de valor dos hotéis de selva˝, detalha-se a logística integrada de cada hotel e sua
importância no desenvolvimento de todas as atividades, assim como a descrição da
rede de valor de cada organização e os componentes.
Os objetivos propostos foram atingidos. Ao ˝Descrever o processo de logística
utilizado pelos hotéis de selva˝ através do quarto capitulo o estudo de caso, detalha-se
e identifica-se os hotéis do estudo, assim como todas as atividades realizadas pelos
hotéis de selva, a logística utilizada e sua cadeia de valor, também no segundo objetivo
especifico ˝Identificar a cadeia de valor existente nos hotéis de selva˝ pode-se realizar
através do quarto capitulo pela cadeia de valor dos hotéis de selva, já o terceiro
objetivo especifico ˝Analisar o processo logístico dos hotéis de selva˝. Portanto o
objetivo geral foi atingindo ao ˝Analisar as contribuições da logística integrada na
gestão dos hotéis de selva em Manaus˝, tem-se o elo ligação necessário para o
desenvolvimento e funcionamento dos hotéis.
Os aspectos relevantes identificados que merecem atenção são:

A logística utilizada por todos os hotéis de selva são idênticas diferenciadas
somente pelos investimentos em equipamentos, sendo condicionante para bom
desempenho de cada organização o que pende ao desempenho dos hotéis A2 e
A3;

As instalações dos hotéis de selva mais rústicos como A2 e A3 faltam melhorar
infraestrutura física e acomodações.

A rede valor precisa ser mais desenvolvida para melhor eficácia no atendimento
das necessidades.

Formação e treinamento de mão de obra especializada por órgãos como
SENAC, voltada para hotelaria de selva, com intuito de formar um banco de
recursos humanos.

Inexistência de planos de emergência de abastecimento e deslocamento de
hospedes.
134

Infraestrutura
portuária
inadequada
para
traslados
dos
hóspedes
e
abastecimento dos hotéis A2 e A3.

Implantação e melhoria no sistema de informação e na comunicação dos hoteis
de selva A2 e A3.
Assim sendo tornou-se mais evidente a contribuição deste tema durante a
pesquisa pelas descobertas realizadas tanto a logística integrada e cadeia de valor
onde a análise e observações realizadas durante as visitas técnica aos hotéis de selva,
foram decisivas para identificação durante a análise dos resultados. As dificuldades
enfrentadas durante as viagens realizadas têm o seu lado positivo pela receptividade e
tratativas aos hospedes que não deixam a desejar, porém o sistema de logística
integrada, e a rede valor precisam ser melhorados para poder oferecer aos hospedes
melhores condições de deslocamento pelos hotéis A2 e A3. Sugere-se a implantação
de sistema de informação mais adequada deve ser desenvolvida para melhor
desenvolvimento de todas as atividades. A falta de mão de obra é uma constante,
pórem o salário não e convidativo, por este motivo há necessidade de investimento por
parte dos empresários no desenvolvimento de um banco de talentos e na
especialização da māo de obra.
Torna-se necessário a compreensão pelos gestores de toda cadeia de
suprimento, e a sua rede valor, também a logística integrada pela complexidade que
envolve cada empresa, pois todos os hotéis utilização mais de um modal de transporte
para chegada e o risco de abastecimento e deslocamento dos hóspedes e uma
constante havendo necessidade de acompanhamento. Fato que leva cada vez mais a
se aprofundar na busca de soluções teóricas com estratégias que deem soluções aos
problemas existentes para melhoria da gestão integrada.
Através desta dissertação outras pesquisas podem ser realizadas a partir da
amostra realizada, podendo ser ampliada a um universo maior, que envolva a
Amazônia como um todo. A base de estudos realizados a partir da fundamentação
estabelecida nesta pesquisa foi de fundamental importância, ajudando a compreender
toda logística integrada e cadeia de valor. Percebeu-se a necessidade de estudos
135
futuros a fim de diagnosticar o sistema logístico integrado, a rede de valor e o sistema
de informação, existente no mercado, a fim de propor a implantação e desenvolvimento
de estratégias e sistemas mais adequados que possam melhorar a logística dos hotéis.
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25.03.02
Disponível
em
140
YIN, R. K. Estudo de caso. Planejamento e métodos.2ª Ed. Porto Alegre: Bookman,
2001.
.
APENDICE
141
APENDICE A
FORMULÁRIO ENTREVISTA 01 – CADEIA DE VALOR
1. INFRAESTRUTURA
1.
2.
3.
4.
Qual é a infraestrutura do Hotel de Selva?
Esta infraestrutura colabora para realização dos processos de logística?
Quais os principais desafios com relação à infraestrutura?
Há dificuldades burocráticas quando na necessidade de readequação de algum objetivo ou
meta?
5. Quais são os principais processos atrelados a questões governamentais? Eles impactam
significativamente nas atividades do Hotel?
6. Existe algum sistema de gerencia de qualidade implantado? Se não, existe interesse em
implantar? Por quê?
2. RECURSOS HUMANOS E ADMINISTRATIVOS
7. Como funciona o processo de recrutamento e seleção da equipe de trabalho do Hotel?
8. Quais são as principais dificuldades encontradas nesse método?
9. Qual é o procedimento de contratação dos funcionários?
10. São realizados treinamentos com a equipe? Com qual freqüência?
11. Todos os que trabalham no Hotel tomam conhecimento do regulamento interno?
12. Como é montada a equipe de trabalho do Hotel?
13. Quais as dificuldades deste processo? Por quê?
14. Os processos do Hotel estão definidos, descritos e disponíveis para os colaboradores?
3. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
15. O Hotel possui um Sistema de Gerenciamento de Informação? Qual?
16. Qual é a facilitação que os recursos tecnológicos oferecem as atividades do Hotel?
17. O Hotel possui algum sistema integrado aos níveis funcionais que permita acesso a todos
os níveis da organização? Como funciona essa integração?
18. Como são pensadas as estratégias tecnológicas a fim de atender as necessidades do
Hotel?
142
19. De que forma o sistema informatizado otimiza a venda/hospedagem ?
20. Como os recursos tecnológicos otimizam a concepção da programação do Hotel?
21. Existe alguma dificuldade tecnológica que ainda estimula a realização de procedimentos
manualmente? Esclareça.
22. Além do sistema de informação do Hotel, durante a realização das atividades é utilizado
mais algum outro sistema? Como funciona esse processo?
23. Quais procedimentos ainda são realizados manualmente? Por quê?
FORMULÁRIO ENTREVISTA 01 – CADEIA DE VALOR (CONTINUAÇÃO)
4. ADMINISTRAÇÃO
24. Como está estabelecido o processo de compras do Hotel?
25. Como são alocados recursos para tal fim?
26. Qual o procedimento para aquisição de novos equipamentos ou insumos(produtos)?
5. LOGÍSTICA OPERACIONAL
27. Como é definida a programação do Hotel?
28. Quais os processos estão envolvidos nesta definição?
29. Quais procedimentos de segurança adotados pelo Hotel durante o translado e estada dos
clientes ?
30. Existe algum processo de armazenamento de equipamentos e produtos ou estrutura?
Explique.
31. Como são definidos os locais de visitação dos clientes?
32. Com relação à recepção dos clientes, como se estabelece este processo? Deste a
identificação dos locais de alojamento, controle de capacidade de carga e distribuição dos
clientes.
33. Com relação as visitas, como são definidas as temáticas? Como se estabelece a
administração da disponibilidade de cada um frente ao número de interessados?
34. Como funcionam os processos de Logística?
35. Já foi pensada a possibilidade de terceirização?
36. Quais são os principais processos de organização de toda a estrutura logística do Hotel?
37. São realizadas ações de gestão de risco? Quais?
38. Como acontece a venda dos pacotes turísticos do Hotel?
39. De que forma a TI colabora com este processo?
40. Quais as limitações existentes?
6. MARKETING E PÓS-VENDA
41. Quais são as ferramentas de marketing utilizadas pelo Hotel para divulgação ?
42. Por que da determinação destas ferramentas em detrimento de outras?
43. Qual a abrangência da divulgação do Hotel?
44. Como é estabelecido o valor de cada hospedagem ou pacote ?
45. Como são selecionados os canais de distribuição?
46. De que forma a TI colabora com este processo?
143
47. Quais as principais limitações dos PDV’s? Por quê?
48. Quais ações pós-venda, se existirem, são realizadas?
APENDICE B
FORMULÁRIO ENTREVISTA 02 – REDE DE VALOR
1. FORNECEDOR
1.
2.
3.
4.
5.
O Hotel terceiriza serviços ? Quais?
De que forma esta terceirização colabora para a otimização dos recursos financeiros?
Quais parâmetros são utilizados quando na determinação de um fornecedor?
Quais serviços não são terceirizados? Por quê?
Existe algum sistema de informação online e ontime entre o Hotel e seus fornecedores?
Como funciona esse sistema?
2. DISTRIBUIDOR
6. Como se estabelece a determinação dos distribuidores?
7. Qual a relação existente entre o Hotel e os distribuidores?
8. O Hotel interfere ou não na intermediação entre distribuidores, atacadistas e varejistas?
9. Quem são os distribuidores?
10. Existe algum sistema de informação online e ontime entre o Hotel e seus distribuidores?
Como funciona esse sistema?
3. ATACADISTA
11. Como se estabelece a determinação dos atacadistas?
12. Qual a relação existente entre o Hotel e os atacadistas?
13. O Hotel interfere ou não na intermediação entre atacadistas e varejistas?
14. Quem são os atacadistas?
15. Existe algum sistema de informação online e ontime entre o Hotel e seus atacadistas?
Como funciona esse sistema?
4. VAREJISTA
144
16.
17.
18.
19.
Como se estabelece a determinação dos varejistas?
Qual a relação existente entre o Hotel e os varejistas?
Quem são os varejistas?
Existe algum sistema de informação online e ontime entre o Hotel e seus varejistas?
Como funciona esse sistema?
Fonte: Autor, (2012).
ANEXO
145
Figura: Mapa Área Metropolitana.
Fonte: Secretaria Metropolitana, (2010).
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O Processo de Logística integrada nos Hotéis de Selva na cidade