Estudos Culturais da Ciência e Educação - uma revisão dos estudos desenvolvidos neste campo articulatório. Dra. Maria Lúcia Wortmann Descrição: O propósito do estudo é retomar discussões conduzidas sobre a controvertida vertente dos Estudos em Ciência (ou sobre a Ciência) realizados até o ano de 2011. Tomar-se-á como ponto de partida a produção de alguns dos analistas da ciência focalizados naquele estudo, entre os quais estão: Bruno Latour, Karen Knorr-Cetina, Susan Traweek, Stanley Aronowitz, Barbara Martin sons, Michael Menser, Stanley Aronovitz, Donna Haraway, Thimoty Lenoir, Joseph Rouse, David Hess, Émily Martin, o latino-americano Pablo Kreimer e o brasileiro Ricardo Dagnino. Pretende-se, também, examinar algumas das direções de estudos seguidas pelos/as pesquisadores/as brasileiros/as que até àquele ano buscavam inspirar suas análises em educação no já citado referencial, bem como indicar outros/as autores/as que, em âmbito mundial, passaram a se ocupar desse campo em sua articulação com a educação. A noção de produção cultural da Ciência é central a este estudo, que assume ser a ciência bem mais do que um simples conjunto de conhecimentos objetivos leis, teorias, metodologias, técnicas, generalizações de diferentes ordens adquiridos/produzidos, ao longo do tempo, em uma estruturação progressiva, operada, ora a partir da experimentação/confirmação científicas, ora de representações e de algumas formas de narrar a ciência usualmente associadas ao modo positivista-lógico de sobre ela pensar. Assumir tal noção implica, assim, afastar-se de representações que configuram a ciência como uma atividade autônoma e relativamente independente das demais práticas sociais e admitir, portanto, estar a Ciência inexoravelmente vinculada à sociedade e à cultura e perpassada por suas contradições e características.