Prefeito de Londrina argumenta que não tinha dados suficientes para sancionar
mudança de zoneamento do Angeloni
Pauline Almeida - 28/05/2013 às 09:48
O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), justificou, nessa segunda-feira (27),
sua opção pela sanção tácita no caso da mudança de zoneamento que beneficia o grupo
Angeloni. Ele afirmou que não possuía dados suficientes que lhe davam segurança para
tomar uma decisão sobre o tema.
"O conjunto de informações não conseguiu oferecer a situação para que eu pudesse de
forma taxativa vetar ou sancionar. Dessa forma, ele tramita por decurso de prazo. A
rigor é isso que acontece, valorizando os trabalhos da Câmara", comentou à rádio CBN.
Kireeff não analisou o texto dentro de 15 dias, por isso o projeto de lei 358/2012 volta
ao Legislativo e pode ser promulgado pelos vereadores nessa terça-feira (28). A matéria
propõe a mudança de zoneamento de dois terrenos na Rua Ulrico Zuinglio, na zona sul.
A via foi sugerida pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina
(Ippul) para a entrada de caminhões do hipermercado. A iniciativa amenizaria
problemas de trânsito na Avenida Madre Leônia Milito, onde a empresa possui outros
terrenos que serão reunidos para a construção do estabelecimento.
Angeloni quer construir hipermercado em frente à Havan, na Avenida Madre Leônia
Milito
O projeto foi aprovado na Câmara no final de abril, com 18 votos favoráveis e um
contrário de Lenir de Assis (PT). Parte dos moradores da Gleba Palhano estava
preocupada que a mudança de zoneamento causasse problema no tráfego da Rua Ulrico
Zuinglio, porém o Angeloni afirmou que não haverá carga e descarga na rua, mas em
uma garagem no interior do estabelecimento.
A Procuradoria Jurídica da prefeitura orientou o veto a Alexandre Kireeff, defendendo
que a mudança não pode ser casual, atendendo a interresse específico. Apesar de ter
optado por deixar a decisão para o Legislativo, o prefeito informou que se mantém
atento ao tema.
"Esse processo de esclarecimento continua aqui dentro da prefeitura. Se eventualmente
eu chegar a um entendimento adverso, tomarei as medidas cabíveis", declarou à rádio
CBN. Caso o município posteriormente queira barrar a matéria pode entrar com uma
ação de inconstitucionalidade.
Fonte: http://londrina.odiario.com/londrina/noticia/747390/kireeff-argumenta-nao-terdados-suficientes-para-sancao/
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