XVI Plenária Nacional da Fenajufe Resolução sobre PCS e Reajuste Salarial Em 2008, antes da implementação da última parcela do PCS III, a categoria garantiu a criação, no âmbito do Judiciário, de Comissão Interdisciplinar com o objetivo de elaborar o Plano de Carreira. Diferente das ocasiões anteriores, a PGR optou por não criar comissão e tão somente adequar a proposta do Judiciário às especificidades do MPU. A ideia inicial de se consumar um debate amplo sobre carreira foi adiada em função da premência da questão salarial e a partir desse momento a Comissão Interdisciplinar se debruçou na construção de uma tabela. Nesse universo, à margem da Comissão Interdisciplinar, foi formulada uma proposta por parte dos diretores e secretários-gerais do Judiciário Federal, que instituiria uma Gratificação de Desempenho. A formulação sugeria o aumento da GAJ de 50 para 80%, não previa reajuste no vencimento e instituía uma gratificação de desempenho de até 80%, sem fixar patamar mínimo, garantindo apenas a fixação em 50% enquanto não houvesse a regulamentação dos critérios. A ideia não foi levada adiante pela Comissão Interdisciplinar em favor de uma proposta mais vantajosa, sem a necessidade de uma fração variável na remuneração, que previa reajuste de 15% no vencimento, GAJ de 110% e a criação de uma Gratificação de Representação [GR], no patamar de 35%, não cumulativa com GAE, GAS, funções e cargos comissionados. Em seguida, a não cumulatividade se restringiu apenas às funções e cargos comissionados. Essa proposta garantiria um aumento final de cerca de 80% da remuneração. É nesse momento que a ação da Frente de Associações de Magistrados e Membros do MPU – FRENTAS desconstruiu o trabalho formulado pela Comissão e fez com que o CNJ reformulasse a tabela e limitasse toda a discussão num aumento de 56%. Essa formulação, a despeito de diferir da construção feita até aquele momento, foi aprovada pela categoria em suas instâncias deliberativas, tanto pela sinalização do STF de que a tramitação do reajuste salarial seria célere, quanto pelo compromisso de retomar o debate de carreira imediatamente após a aprovação do reajuste salarial. Feito esse breve histórico, observa-se que os projetos de lei que tramitam atualmente na Comissão de Finanças e Tributação são resultado de um longo e exaustivo processo de construção, pois já passaram pelo debate da categoria, já receberam o difícil aval de todos os tribunais superiores e conselhos, os quais possuem a prerrogativa exclusiva de iniciativa legislativa, e já tiveram o seu mérito aprovado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Todas essas etapas não caíram do céu. Foram resultado de organização e de luta unificada da categoria, que deu suporte ao trabalho político das direções sindicais junto à administração e ao legislativo. A adequação orçamentária, última etapa para sua aprovação e implementação, sempre foi a mais difícil em todos os outros três planos que conquistamos, mas nunca abrimos mão de direitos para isso. Ao contrário, sempre avançamos nesse quesito, conquistando a devida adequação orçamentária e o reajuste salarial com unidade, mobilização e muita luta. Assim, a categoria, representada pelos Delegados e Delegadas eleitos para a XVI Plenária Nacional da Fenajufe, decide: 1.Reafirmar a luta pelos Planos de Cargos e Salários; 2.Não aceitar propostas que ofereçam reajuste salarial com extinção de direitos; 3.Não aceitar a criação de parcelas remuneratórias que subjuguem a categoria à discricionariedade da avaliação de metas institucionais ou de obscuras avaliações funcionais. A remuneração dos servidores não pode estar atrelada ao livre entendimento da administração sobre desempenho funcional ou institucional; 4.Não aceitar propostas remuneratórias inferiores às encaminhadas pelo STF e pela PGR ao parlamento; 5.Defender a busca incessante pela equiparação salarial com carreiras análogas; 6.Defender a unidade na greve da categoria judiciária e ministerial sob estes princípios; 7.Submeter às instâncias da categoria propostas formais que surjam a partir do estabelecimento de um processo de negociação da categoria com o governo, judiciário e MPU.