COMO EVITAR Evite o contato com a vegetação em locais como gramados de parques, margens de lagos, rios e córregos, pastos e matas: Ao adentrar nesses locais use calça comprida, com o porte inferior para dentro das meias. Combater os carrapatos: limpando o mato, queimando quando indicado, rodízio de pastos etc. Evitar pescar ou passear em locais contaminados. Nesses locais use roupas e calçados que não deixem partes do corpo expostas e de cores claras para visualização do carrapato. Examine o corpo com atenção logo após sair desses locais. Se encontrar carrapato no corpo, retire-o com cuidado fazendo uma leve torção para que ele saia inteiro. Não esmague os carrapatos e não utilize cigarro ou palito de fósforo para queimá-los. Preserve o meio-ambiente colocando o lixo no interior de lixeiros, pois ele alimenta e atrai capivaras e outros animais hospedeiros do carrapato. Não provoque desmatamentos ou queimados. O cuidadoso monitoramento dos níveis de infestação dos eqüinos é de suma importância para evitar altas incidências do carrapato-estrela. Apenas o controle químico do carrapato no ambiente não é suficiente para a manutenção de populações de carrapatos. O combate biológico com resultados promissores têm sido conseguidos em estudos recentes para o controle deste carrapato com a pulverização do fungo Metarhizium anisopliae (Metarril PM 102/103) associado a um óleo vegetal, com redução de até 80% na população do carrapato. Sua associação com outros meios de controle é grandemente recomendável, para o melhor controle do carrapato. O carrapato Amblyomma cajennense é um ácaro da família Ixodidae popularmente conhecido por carrapato-estrela, rodoleiro, picaço ou rodolego, na fase adulta; micuim, carrapato-pólvora, carrapato-fogo, carrapato-meio-chumbo ou carrapatinho, na fase de larva (primeiro estágio após a fase de ovo); e vermelhinho, na fase de ninfa (segundo estágio após a fase de ovo). fêmea adulta 1 macho adulto centímetros ninfa larva 2 Quem ama cuida! Criação, editoração e diagramação Claudio Michael Völcker CRBio II 32.076/02 FEBRE MACULOSA CICLO DE VIDA O Amblyomma cajennense é um carrapato trioxeno, ou seja, necessita de três hospedeiros iguais ou diferentes para completar seu ciclo biológico. Isto se deve à mudança de estágios de desenvolvimento (larva a ninfa, ninfa a adulto) assim como a oviposição deste ácaro sempre se dá no solo. Seus hospedeiros preferidos são os eqüinos e a capivara. Ataca também vários outros mamíferos, como veado, porco, porco- do-mato, cão, cachorro-domato, carneiro, cabra, coelho, anta, tamanduá, cotia, coati, tatu, gambá e rato-do-banhado. Pode ser ocasionalmente encontrado em aves domésticas e silvestres que vivem em locais infestados, ou mesmo em animais de sangue frio (ofídios). O homem pode ser atacado pelas larvas, ninfas e pelos adultos do carrapato. larvas 3 a 6 dias adulto 7 a 10 dias ninfas 5 a 7 dias Hospedeiros Ambiente acasalamento larvas ecdise ecdise ninfa adulto 23 a 25 dias 18 a 26 dias eclosão larvas A febre maculosa é causada pela riquétsia (Rickettsia ricketsii), e é transmitida pelo carrapato-estrela ou carrapato-do-cavalo (também conhecido como micuim ou vermelhinho) que é encontrado também em aves, capivaras, gambás. cotias e outros animais silvestres. Animais domésticos podem ser parasitados pelo carrapato. A febre maculosa tem tratamento e quanto antes for diagnosticada, mais favorável a cura. SINAIS E SINTOMAS - Febre moderada ou alto, de início súbito: - Mal-estar geral; - Dor de cabeça intensa e dores musculares; - Após 2 a 3 dias do inicio da doença podem aparecer máculas (manchas avermelhadas) nos pulsos, tornozelos, que se estendem para as palmas dos mãos e planta dos pés, em seguida para o corpo todo. - Se não for tratada adequadamente, a doença evolui para um quadro de infecção generalizada com vários complicações. podendo em alguns casos chegar ao óbito. Ao apresentar esses sintomas procure rapidamente o serviço de saúde mais próximo, informando se você foi picado. ovos larva 30 dias a 25 julho novembro ninfa adulto fêmea fecundada e ingurgitada cai ao solo carrapatos contaminados com Rickettsia ricketsii março hospedeiro acidental DOENÇAS No meio agrícola do Sudeste do Brasil, trata-se da principal espécie de carrapato que ataca o homem. Seu ataque freqüentemente resulta em intenso prurido no homem, que comumente conduz à formação de lesões nos locais das picadas, causadas pelo ato de coçar. A cicatrização dessas lesões é lenta, podendo demorar meses. Além disso, o carrapatoestrela apresenta grande importância médico-veterinária por ser o transmissor dos organismos que causam a babesiose eqüina no Brasil e a febre maculosa na América Central, na Colômbia e no Brasil. Adulto alimentado adulto=carrapato estrela ninfas=vermelinho larvas=micuins março teleógina realiza postura de milhares de ovos no larva ninfa adulto Adulto alimentado ovos Rickettsia ricketsii