Thaís Sciulli Provenza
Definição
• Micção involuntária durante o sono, pelo
menos duas vezes por semana, em crianças
sem anomalias congênitas ou adquiridas, do
trato urinário, ou sistema nervoso, em idade
na qual o controle esfincteriano
habitualmente está presente.
• A partir dos 5 anos de idade
Incidência
• Prevalência mundial :15% das crianças de 5
anos de idade;
• Mais freqüente em meninos.
Classificação
• Quanto à evolução:
Primária :
- Quando a criança sempre teve enurese;
- Maioria dos casos;
- Retardo na maturação neurológica.
Classificação
Secundária :
- Quando a criança volta a apresentar
episódios de enurese após um período de
controle miccional de pelo menos seis meses;
- Eventos sociais e familiares estressantes.
Classificação
• Quanto aos sintomas :
Simples ou Monossintomática
- Quando a enurese noturna não se associa a
nenhum sintoma miccional ou vesical diurno,nem a
anomalias neurológicas e do trato urinário;
- 70% a 90% dos enuréticos;
- Exame de urina é normal;
- Não há antecedentes de ITU;
- Antecedentes familiares de enurese.
Classificação
Polissintomática :
- Quando a enurese está associada a sintomas
diurnos como micções infreqüentes,polaciúria,
urgência, incontinência de urgência e jato miccional
fraco;
- ITU, obstipação intestinal e encoprese;
- Alterações no exame neurológico e o trato urinário
baixo também pode evidenciar alterações
estruturais;
Fisiopatologia
• 3 fatores :
Alteração da estabilidade vesical:
- Redução na capacidade funcional vesical noturna;
- Hiperatividade detrusora e redução significativa da
capacidade vesical durante a noite;
- Retardo da maturação neurológica, responsável
pelo controle vésico-esfincteriano, associada a
outros distúrbios, tais como retardo na
deambulação, fala ou controle esfincteriano anal.
Fisiopatologia
Alteração de regulação na liberação de
arginina vasopressina pelo hipotálamo
- Aumento durante o período noturno, que
normalmente causa redução de 50% na produção
noturna de urina e correspondente aumento da sua
osmolaridade nesse período;
- 2/3 das crianças com ENM não apresentam a
variação noturna normal da secreção de
vasopressina;
Fisiopatologia
Incapacidade da criança em acordar, em
reposta ao estímulo da bexiga cheia
- A criança não é capaz de inibir as contrações
vesicais durante o sono ou não conseguir acordar
para esvaziar sua bexiga;
- Retardo maturacional, e tende a melhorar com a
idade.
Fisiopatologia
• Outros fatores :
Hereditário : Se ambos os pais tiveram enurese,
a probabilidade de a criança apresentar enurese é
de 77%, caindo para 44%, se apenas um dos pais
foi enurético e 15% se nenhum dos pais teve
enurese.
Psicológicos : Aumento da prevalência de
enurese noturna e diurna em crianças com síndrome
de hiperatividade e déficit de atenção.
Orgânicos : 1% a 4% dos casos podem estar
Diagnóstico
• Avaliação Clínica
História:
- Geral
- Documentação da enurese
- Documentação do H.U. diurno
- Documentação do H.I.
Diagnóstico
Exame Físico :
- Geral
- Específico : SNC e Urológico
Diagnóstico
Exames Complementares :
- Obrigatório : presença de DM ou ITU
URINA 1 + UROCULTURA +
ANTIBIOGRAMA
- Recomendável : US das vias urinárias
- Eventual : Exame urodinâmico,
Tratamento
• Terapia Comportamental :
- Reforço Positivo
- Tratamento do Controle de Retenção
- Micção Noturna Programada
- Treinamento Motivacional
Tratamento
• Alarme Noturno
• Terapia Medicamentosa :
- Desmopressina
- Anticolinérgicos
- Antidepressivos Tricíclicos
Tratamento
• Psicoterapia
• Acupuntura
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