LEITURA, A ESCOLA E A FAMÍLIA: UMA EXPERIÊNCIA COM UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Márcia Mota * Juliana Oliveira Gomes** Simone Aparecida de Lima** Vanessa Azevedo Vasques** Tânia Mara Silva Benfica** RESUMO: A escrita é um objeto cultural, mas seus usos e funções são esquecidos pela escola tradicional, que se preocupa em apenas ensinar o código escrito. Este artigo discute a importância de desenvolver o gosto pela leitura dentro e fora dos contextos escolares e sugere algumas ações pra tingir este fim. Palavras chave: leitura, letramento e alfabetização Abstract: The writing system is a cultural acquired objet, however, the school system focus only in teachig reading and writing as code. This article discuss the importance of acquiring a taste or reading outsie the school system and sugests actions to achieve this goal. Key-words: reading, literacy, learning to read * Professora do Departamento de Psicologia da UFJF **Graduandas do Curso de Psicologia a UFJF INTRODUÇÃO Nos últimos vinte anos educadores de vários países vem se preocupando com a maneira inadequada com que a leitura vem sendo ensinada na escola (Downing, 1982; Jolibert, 1989; Jolibert, 1994; Kaufman, 1994; Kaufman & Rodrigues, 1995; Teberosky, 1982; Villardi,1997). No Brasil surge um termo novo para marcar a diferença entre aprender a ler e escrever no sentido literal da palavra e as práticas de leitura e escrita. Quando nos referimos a um processo que transcende a mera aquisição de um código escrito, e que envolve a utilização da escrita em todos os seus contextos sócio-culturais utilizamos o termo Letramento (Soares, 1998). Assim a aprendizagem do código passa a ser chamada alfabetização e as práticas sociais da leitura letramento. A escrita é um objeto cultural, mas seus usos e funções são esquecidos pela escola tradicional que se preocupa em apenas ensinar o código escrito (Ferreiro, 1985). Ao dissociar a escrita do mundo real, a escola acaba tornando as atividades de leitura pouco atraentes para seus alunos. As atividades tradicionais de ensino da leitura enfocam o aprendizado mecânico das regras de correspondência entre letra e som (a alfabetização), quase sempre dissociado de textos significativos, que envolvam o interesse e a realidade da criança. As conseqüências desta prática para a criança que aprende a ler são muitas. A leitura é vista pela maioria dos estudantes como uma atividade maçante, um dever a ser cumprido, e não uma atividade de lazer na qual a criatividade e a imaginação podem ser desenvolvidas. È importante ressaltar que não se trata aqui de se ressaltara a dicotômica alfabetização ou letramento. Como assinala Soares (1998) o ideal é que se alfabetize letrando. A não aquisição do código escrito impede que a criança possua um importante instrumento para consolidar seu processo de letramento. Cerca de metade das crianças de baixa renda não se alfabetizam no primeiro ano de escolarização (Scoz, 1994). O fracasso em se alfabetizar é uma das principais causas da evasão escolar. Embora a questão o fracasso escolar precise ser entendida em suas múltiplas dimensões, sejam elas cognitivas, sociais, biológicas ou emocionais. É possível que o interesse pela leitura ajude a reduzir os índices de evasão escolar, já que este interesse ajuda no processo de alfabetização/letramento da criança. Como o acesso a livros no Brasil é difícil para população de baixa renda, já que comprá-los é muito caro e faltam bibliotecas públicas, desenvolver o gosto pela leitura torna-se tarefa quase impossível nas regiões mais pobres do país. O contato com a leitura acaba se limitando aos primeiros anos de escolarização formal e, na maioria das vezes, se restringe a textos curtos criados para atender objetivos educacionais. Na verdade, o aprendizado da leitura não deveria ser limitado aos primeiros anos de escolarização, ou ainda, não deveria estar limitado à escola. A perspectiva construtivista aplicada ao ensino da leitura, trazida há cerca de vinte anos para o Brasil por Ferreiro e Teberosky (1979) trás nova luz a esta discussão. A partir da perspectiva construtivista, a aprendizagem é vista como um processo contínuo, no caso da leitura, já não existe um limite claro entre o pré-leitor e o leitor. Atividades de leitura que se limitam ao treino da coordenação motora e da percepção visual são questionados, pois se entende a alfabetização como um processo mais amplo, parte do desenvolvimento lingüístico da criança. A leitura é um processo cognitivo complexo (Kleiman, 2000). O desenvolvimento da leitura, da escrita e da linguagem oral não caminha separadamente, mas são interdependentes e ocorrem em contextos sociais e culturais determinados (Ferreiro, 1982; Teberosky & Colomer, 2003). A leitura não devia ser vista como de domínio exclusivo da escola, práticas de leitura devem envolver tanto as famílias como os contextos não escolares. Como afirmam Teberosky & Colomer “Já que a leitura e a escrita não são matérias exclusivamente escolares, convém que pais e os avós participem da alfabetização de seus filhos e dos netos ajudando-os nas práticas de leitura” (Teberosky & Colomer, 2003, p.10). Vários estudos têm demonstrado a importância do papel da família no desenvolvimento lingüístico da criança. Papalia e Olds (2000) fizeram uma revisão de alguns destes estudos, que mostram que a maneira com que pais e educadores lêem para crianças pequenas influencia o seu desenvolvimento lingüístico e o desenvolvimento de suas habilidades de leitura. Entretanto não basta apenas ler para as crianças, os autores argumentam que adultos ajudam mais as crianças no seu desenvolvimento, quando exploram com elas os livros, de maneira a expandir a sua linguagem. Em um estudo com crianças de 21 a 35 meses, Whitehurst et al., (1988, apud Papalia & Olds, 2000) mostraram uma melhora nos escores de vocabulário expressivo e de habilidades necessárias para a alfabetização entre as crianças cujos pais expandiam os textos que liam. Em um outro estudo, Valdez- Menchaca & Whitehurst (1992, apud Papalia & Olds, 2000) mostraram que crianças mexicanas de baixa renda, para quem foram lidos textos narrativos com freqüência por professores treinados, mostraram um desempenho melhor em testes padronizados de linguagem do que outras crianças da mesma escola, que tinham a mesma idade e estavam na mesma série. Estes estudos mostram a importância do contato com livros desde os primeiros anos de vida. Na verdade, Villardi (1997) considera que assim que a criança consegue sentar devemos oferecer a ela contato com livros. Inicialmente os livros devem ser de plástico e de pano, e gradativamente devem ser substituídos pelos de papel. Outro aspecto a ser ressaltado é que além de aspectos cognitivos, como o desenvolvimento do vocabulário, compreensão de conceitos e conhecimento da linguagem escrita dos livros, a leitura de histórias para as crianças facilita o desenvolvimento de outros aspectos, como o dos usos e funções da língua escrita e da aprendizagem de convenções e conceitos relativos ao material impresso (Teberosky & Colomer, 2003). Um ponto importante ressaltado por estes trabalhos é o de que não basta ler para as crianças, é preciso trabalhar o texto com elas, expandi-lo através de perguntas, oferecendo oportunidades para as crianças responderem e se expressarem. Embora, as discussões sobre as práticas de ensino da leitura tenham chegado no âmbito da escola, ainda é necessário uma maior reflexão por parte dos professores a respeito do ensino da língua escrita. Vinte anos de discussão a este respeito produziram poucos resultados em termos de mudanças nas práticas educacionais. Do ponto de vista da promoção da leitura fora do contexto escolar, a situação ainda é mais grave. Não encontramos na literatura nacional nenhum tipo de pesquisa ou relato de experiência sobre as práticas de leitura, que envolvem a interação entre pais e filhos, ou sobre a promoção da leitura fora do contexto escolar. Faltam pesquisas que descrevam efetivamente o que ocorre nas famílias brasileiras no que diz respeito às experiências com material escrito. Sem esse entendimento fica restrita a elaboração de políticas públicas que visem promover o desenvolvimento da leitura. Assim, ficamos limitados a campanhas que visam incentivar a leitura, promovidas pelos meios de comunicação de massa. Além disso o acesso ao livro ainda é restrito no nosso país. Diante da falta de pesquisas e ações que venham promover o desenvolvimento da leitura em contextos não escolares criamos o Projeto Lendo no Campus. O Projeto tem como objetivo promover ações que levem ao desenvolvimento da leitura, ao oferecer ao público acesso a uma biblioteca móvel e atividades de leitura que visem uma maior interação com o texto e o desenvolvimento da linguagem da criança, pretende assim desenvolver o gosto pela leitura, ao mesmo tempo em que ajuda o processo de alfabetização o desenvolvimento lingüístico das crianças que participam deste projeto. MÉTODO 1. PARTICIPANTES Participam deste Projeto quatro monitores alunos do curso de Psicologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (dois bolsistas e dois voluntários). O projeto é coordenado por um professor do Curso de Psicologia desta mesma universidade. O público alvo são crianças em idade pré-escolar e escolar e suas respectivas famílias, que freqüentam as atividades do Projeto Domingo no Campus, realizado no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora. O Projeto Domingo no Campus é realizado quinzenalmente aos domingos. A população que freqüenta o Domingo no Campus é na sua maioria de baixa renda, e reside nos bairros vizinhos ao Campus Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora. Embora haja muita variação na freqüência de participação, calculamos que atendemos de quinze a vinte crianças por domingo. 2. DESCRIÇÃO DO PROJETO O Projeto Domingo no Campus acontece pela manhã das 09:00 horas até às 12:00 hora, oferecendo a crianças que moram no entorno do Campus Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, atividades de lazer, esporte, e arte. Estas atividades são oferecidas na forma de oficinas. O Projeto Lendo no Campus é um projeto que funciona como parte do Projeto Domingo no Campus e visa incluir a leitura como atividade de lazer, ao mesmo tempo em que ajuda no desenvolvimento lingüístico e da alfabetização das crianças de baixa renda que freqüentam o Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora. Para isso, através das atividades do dia nacional de incentivo a leitura, em 25 de julho de 2002, foi iniciada uma campanha para a criação do acervo de uma biblioteca móvel. Hoje o acervo conta com mais de 400 títulos de livros infanto - juvenis. Fazem parte do acervo também, fantoches de dedo e de mão. Utilizamos também papel e lápis para colorir. 3.PROCEDIMENTOS O Projeto é realizado em duas etapas. A primeira etapa é realizada somente com os monitores. Nesta etapa é feito o treinamento dos monitores, através de encontros semanais (inicialmente) e depois do treinamento inicial os encontros passam a ser quinzenais. Nestes encontros, através de grupos de estudo, realizamos a leitura de textos técnicos e discutimos o processo de desenvolvimento da leitura e da linguagem da criança, bem como das práticas envolvidas no trabalho com o texto na escola e no cotidiano das crianças. Estes encontros servem também para planejar-se as atividades do domingo e para periodicamente fazermos a avaliação do projeto. Os monitores são encarregados também do aumento e da manutenção do acervo. O aumento do acervo e conseguido através da realização de campanhas e de eventos. Na segunda etapa do Projeto, são realizadas as atividades de leitura propriamente dita durante o Domingo no Campus, ou, quando o Projeto é convidado, em outras instituições. Os livros são expostos no domingo espalhados pelo chão, ao ar livre, sobre uma lona. Em dia de chuvas utilizamos o prédio da Biblioteca Central da Universidade Federal de Juiz de Fora. As crianças têm livre acesso aos livros. Entende-se que as crianças têm que se sentir confortáveis durante as experiências de leitura, por isso é permitido que manuseiem os livros da forma que quiserem. Apesar da nossa preocupação com a manutenção do acervo, assumimos o risco da danificação dos livros, para que este faça parte de uma experiência realmente de prazer para a criança. Teberosky e Colomer (2003) afirmam que criar um contexto de cultura escrita significa dar oportunidades para que as crianças atribuam significados ao que está escrito, de acordo com suas capacidades. Para isto, embora privilegiemos o texto narrativo, possuímos em nosso acervo diferentes tipos de portadores de texto, que incluem revistas em quadrinhos, poesias e livros de colorir. Os livros e as revistas variam também quanto o tamanho e a complexidade lingüística que apresentam podendo ser oferecidas diversas atividades para aqueles que querem delas participar, como a dramatização de histórias, “contação” de histórias, recontagem de histórias (atividade na qual a criança é chamada a recontar a história que acabou de ouvir), teatro de fantoches, ilustração das estórias lidas. O projeto mantém contato com contadores de histórias da cidade de Juiz de Fora que realizam ati-vidades durante os eventos promovidos pelo Projeto. RESULTADO E DISCUSSÃO É na infância que se deve desenvolver prioritariamente o gosto pela leitura, que assim perdura para a vida inteira, precisamos formar uma população que saiba o valor dos livros em suas vidas e que assim, incentive seus filhos a ler. O acesso da população de baixa renda a livros é bastante difícil. O preço dos livros e a falta de bibliotecas públicas são os principais obstáculos encontrados por esta população na obtenção de experiências com a leitura. Como desenvolver o gosto pela leitura sem acesso a livros? O Projeto Lendo no Campus vem tentando promover a leitura fora do contexto escolar oferecendo à criança acesso a livro e atividades de letramento. Inicialmente observamos uma certa timidez por parte das crianças e de seus pais em participar das atividades de leitura. No entanto, ao longo dos três anos e meio do projeto observamos que conseguimos atingir o nosso público alvo. Apesar das outras atividades do Domingo no Campus, as crianças participam das atividades de leitura. O mito de que o brasileiro não gosta de ler pode ser questionado a partir da participação destas crianças no Projeto. Alguns pais pediram também títulos adequados a sua faixa etária, pois gostariam de ler enquanto seus filhos participam das atividades do Domingo no Campus. Embora nenhum estudo experimental tenha sido realizado ainda, observamos que problema do não gostar de ler parece estar associado a práticas de leitura maçantes durante os anos de escolarização e a falta de acesso ao livro. O interesse existe quando a leitura é apresentada como atividade de lazer. O objetivo inicial deste projeto era o de promover o gosto pela leitura das crianças apenas. Não se pensou em incluir a participação dos pais das crianças. Como foi ressaltado anteriormente, o bserva-se hoje uma maior participação dos pais, que auxiliam as monitoras contando histórias para seus filhos. A participação dos pais não prevista inicialmente é um importante aspecto deste projeto. Já vimos que pais que contam histórias para seus filhos promovem o desenvolvimento lingüístico e da alfabetização de suas crianças. É possível que este interesse demonstrado pelos pais na leitura de histórias no Campus, possa ser ampliado para atividades que envolvam a leitura em suas casas. Pensamos também que esta interação possa melhorar a relação entre pais e filhos. Sabe-se que, a participação dos pais no processo de escolarização de seus filhos reduz conflitos na família e diminui os riscos de problemas de aprendizagem (Cavalcante, 1998). É possível que o mesmo possa ocorrer em atividades extracurriculares. A partir da nossa experiência com esse Projeto pensamos em dois importantes desdobramentos para esse projeto que deveriam ser formulados em termos de projeto de pesquisa. O primeiro seria uma investigação dos efeitos que a participação no projeto tem na escolarização destas crianças. Será que a participação destas crianças no projeto as têm ajudado na escola? O segundo seria uma investigação das experiências com a leitura que as crianças que vivem no entorno do Campus têm em suas casas, e o possível efeito que intervenções com os pais poderiam ter em ampliar estas experiências. Como vimos anteriormente, não basta apenas ler para as crianças, mas oferecer oportunidades de ampliação das suas experiências com a linguagem, portanto precisamos pensar não só em expandir as atividades de leitura fora do contexto escolar, mas também nas formas de orientação que podemos oferecer para e pais e professores, para que possam trabalhar com o texto de forma mais efetiva. Neste sentido, ainda que de forma tímida, implementamos algumas ações: participamos de “ruas de lazer” promovidas pela prefeitura, de eventos que visam promover o desenvolvimento da leitura, já tendo sido conferidas palestras em diversas escolas. Do ponto de vista da capacitação discente o Projeto também tem atingido seus objetivos, além da revisão dos principais trabalhos sobre o tema do desenvolvimento da leitura, o projeto oferece oportunidades práticas de atuação. Os questionamentos que surgem a partir desta interação entre teoria e prática levam os nossos monitores a repensar sua prática. A experiência profissional dos alunos transcende as atividades meramente de promoção da leitura, já que participam ativamente da elaboração e apresentação dos trabalhos sobre o Projeto em eventos científicos, como também na organização dos eventos que promovemos. Desta forma, acreditamos estar oferecendo a estes discentes amplas experiências de formação profissional. BIBLIOGRAFIA CAVALCANTE, R. Colaboração entre pais e a escola: educação abrangente. Psicologia Escolar e Educacional, Campinas, v 2, p. 153-160, Jul./Dez. 1998. DOWNING, J. In: E. Ferreiro & Palacios, M. (orgs.). A influencia da escola na aprendizagem da leitura. Os processos de leitura e escrita - novas perspectivas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1982. FERREIRO, E. Reflexões sobre a alfabetização. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 1985. FERREIRO, E. & TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1979. FERREIRO, E. In: E. Ferreiro & Palacios, M. (orgs.). 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