GABARITO DEFINITIVO DA IX OBB
Não houve nenhuma alteração no gabarito da IX OBB. Segue abaixo o gabarito
final:
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A área de registro de alunos e acertos está aberta. Lembre-se que seu prazo final é
IMPRETERIVELMENTE O DIA 22 DE ABRIL. REGISTROS POSTERIORES NÃO
SERÃO CONSIDERADOS.
Seguem abaixo os recursos recebidos (foram omitidos os autores) com as suas
respectivas respostas elaboradas pelo nosso coordenador Rubens Oda:
QUESTÕES
1)
RECURSO: Gostaria de pedir a revisão da questão nº 1 da 1ª fase da IX OBB
efetuada esse sábado (13/04). A mesma questão pedia uma resposta baseada na
gráfico e em conhecimentos prévios, e além da letra ''A'' que consta no gabarito, a
letra ''E'' também se encontra correta, por análise minha e do conjunto de
professores de biologia da unidade..
RESPOSTA: A única opção correta é a letra a uma vez que o cianeto liga-se aos
citocromos e não à hemoglobina. O cianeto não se liga à hemoglobina normal
porque nela há Fe2+. O monóxido de carbono, ao contrário, tem grande afinidade
pelo íon ferroso. Inibindo a ação dos citocromos, inibe-se a produção de ATP pela
cadeia respiratória mitocondrial.
3)
RECURSO: A questão 3 coloca o CO como inibindo a cadeia respiratória, porem,
segundo Amabis & Martho, o CO se liga de maneira irreversível a molécula de
hemoglobina reduzindo o transporte de O2. Mais uma vez entramos em uma
questão com dupla interpretação, se ele diminui o transporte de gases,
consequentemente inibi a cadeia respiratória, logo nos remete as alternativas B e
C.
RESPOSTA: A questão pergunta de forma clara a ação do CIANETO E DO CO. Ambos
os compostos podem se ligar aos citocromos da cadeia respiratória, logo a única
resposta correta é a letra C.
4)
RECURSO: resposta correta letra "D" PROMOVE A RETIRADA DE IMPUREZAS
Nariz:
Protege a abertura externa das vias respiratórias, aumenta a área de
acondicionamento do ar em temperatura e umidade e retém partículas grosseiras
do ar inspirado. Participa ainda na qualidade do som produzido pela laringe. O
nariz consiste basicamente em arcabouço piramidal cartilaginoso e ósseo, coberto
por pele e forrado internamente por pele e mucosa. Na pele do vestíbulo há pêlos
(vibrissas), que retém impurezas do ar. O nariz é dividido ao meio pelo septo nasal.
Fossas Nasais ou cavidade nasal:
Começam nas narinas e desembocam na faringe pelas narinas internas ou coanas.
São formadas por uma túnica mucosa, cujas células glandulares produzem muco
que as cobrem como uma película e que assegura a umidade do ar inspirado. A
temperatura do ar é garantida por uma rica vascularização da mucosa. Principais
funções: aquecimento e umidificação do ar e remoção de impurezas finas através
de adesão na película do muco. É no teto das fossas nasais que partem as fibras do
nervo olfativo.
RESPOSTA: Embora a retirada de impurezas seja função das fossas nasais, esta
ocorre devido a ação do muco e dos pelos. O aquecimento do ar aumenta a agitação
das suas moléculas e, consequentemente, a taxa de difusão nos alvéolos.
16 E 17)
RECURSO: A descoberta de uma transformação evolutiva ocorrida na África há
apenas 4 000 anos, revelada na semana passada numa pesquisa da Universidade
de Maryland, esclarece uma dúvida da ciência e oferece mais uma prova
espetacular da acuidade das teorias do naturalista inglês Charles Darwin. O desafio
dos pesquisadores, liderados pela geneticista americana Sarah Tishkoff, era
descobrir por que entre alguns povos africanos os adultos apresentam boa
tolerância ao consumo de leite, o que não acontece com a maior parte da população
daquele continente. A capacidade de digerir a lactose, o principal açúcar do leite,
vai desaparecendo à medida que cessa a amamentação. Os adultos que podem
continuar a tomar leite sem sofrer perturbações gástricas têm uma mutação num
gene responsável pela enzima que processa a lactose. Quando o gado foi
domesticado pela primeira vez, há 9.000 anos, e as pessoas começaram a consumir
seu leite além da carne, a seleção natural favoreceu aqueles com tolerância à
lactose.
Uma mutação desse tipo ocorreu entre 5.000 e 6.000 anos atrás entre povos
criadores de gado no norte e no centro da Europa. Hoje, quase todos os holandeses
e 99% dos suecos têm tolerância ao leite – índices muito maiores que os de outros
países da Europa. Na Hungria e na Polônia apenas 35% dos adultos toleram a
lactose. Os cientistas de Maryland queriam saber se a mutação da tolerância à
lactose entre os europeus, descoberta em 2002, existia entre povos pastoris de
outros lugares. Depois de pesquisarem 43 grupos étnicos da Tanzânia, do Quênia e
do Sudão, constataram que, nessas populações, a capacidade de digerir o leite é
propiciada por três mutações genéticas distintas entre si, e todas diferentes
daquela que confere aos europeus a tolerância à lactose.
A descoberta é considerada por arqueólogos, antropólogos e geneticistas uma
espetacular evidência de convergência evolutiva. Isso ocorre quando duas ou mais
populações adquirem uma mesma característica de forma totalmente
independente. Sarah e sua equipe descobriram que a principal das três mutações,
encontrada em grupos étnicos do Quênia e da Tanzânia, coincide com evidências
arqueológicas de que tribos pastoris habitaram essas regiões entre 2.700 e 6.800
anos atrás. Ao estudarem os genes dos povos africanos incluídos na pesquisa, os
cientistas puderam confirmar o que já suspeitavam: as mutações lhes conferiram
grandes vantagens na evolução da espécie. Bem alimentados com produtos lácteos,
povos como os beja, do Sudão, produzem dez vezes mais descendentes do que
populações da mesma região que não possuem o gene mutante que as tornaria
tolerantes ao leite. Darwin, em sua teoria da evolução, explicou que a mutação
genética ocorre de forma espontânea e aleatória e pode se espalhar dentro de uma
população por meio da reprodução, sem levar em conta se aumenta ou diminui a
chance de sobrevivência em um determinado ambiente. O que evita o caos é um
processo que o naturalista inglês chamou de seleção natural. Esse processo
beneficia a multiplicação, através das gerações, de mutações que aumentem a
chance de sobrevivência e de procriação num determinado meio ambiente. Ou seja,
o mais bem adaptado terá mais filhos e acabará por transmitir às gerações
seguintes sua mudança genética benéfica. Caso a mudança torne o indivíduo menos
adaptado ao ambiente, a sobrevivência da espécie ficará ameaçada, pois aqueles
que carregam a mutação terão nenhum ou poucos descendentes. A teoria é bem
conhecida – mas raras vezes antes foi possível vê-la funcionar de forma tão
explícita entre os seres humanos.
Embora seja impossível especificar quais influências ambientais propiciaram
vantagens evolutivas aos povos africanos estudados, os cientistas estão
convencidos de que a domesticação do gado foi uma delas. Quem tinha a alteração
genética podia usar o leite como alimento, beneficiando-se do cálcio e da energia
extra da lactose. Em épocas de seca, a água limpa contida no leite matava a sede.
Quem não tinha tolerância ao leite, mas tentava hidratar o organismo com ele,
arriscava-se a perder ainda mais água devido a diarréias. "No que diz respeito às
bases genéticas da tolerância à lactose, as diferenças entre os europeus e essas
etnias africanas mostram que, mesmo tendo habitado regiões diferentes do globo,
seus ancestrais desenvolveram uma mesma característica", disse a VEJA Sarah
Tishkoff, a coordenadora da pesquisa. Algumas populações chegaram a depender
quase totalmente dos produtos lácteos. O exemplo mais expressivo é o do povo
massai, pastores nômades do Quênia que se alimentam não apenas do leite e da
carne, mas também do sangue dos bovinos que criam. Em todas essas populações
estudadas pela pesquisa de Maryland, o casamento entre mutação genética e meio
ambiente propiciou enormes vantagens competitivas. Como sempre, Charles
Darwin tinha razão.
correta 16 : letra "B "
correta 17: letra "E"
RESPOSTA: O processo que ORIGINOU o novo gene só pode ser o de mutação. A
seleção natural age sobre a variabilidade genética existente, não gera novas
características. O ambiente criando algo novo seria uma afirmativa extremamente
lamarckista.
RESPOSTA: O aumento da frequência do gene de digestão da lactose decorre desta
ser vantajosa, adaptativa. A única reposta possível a este aumento é SELEÇÃO
NATURAL
18)
RECURSO: O texto da questão 18 nos fala, na linha 07, que os Tardígradas
possuem QUATRO PATAS articuladas, e não QUATRO PARES DE PATAS, a própria
imagem do Tardígrada corta o terceiro par de pata, deixando na dúvida se tem-se
uma calda ou o que após o segundo par de patas, o que poderia colocálos como
tetrápodas, consequentemente filo Chordata. Houve um erro de elaboração de
questão, pois nunca soube de arthoprodes com dois pares de patas, ou
seja, QUATRO PATAS.
Tomando por base 3 dos autores mais utilizados para o ensino de biologia no
ensino médio, tem-se abaixo a minha argumentação:
Segundo Paulino (2002), a classificação dos arthropodas segundo o número de
pernas é:
Insecta
Crustácea
Arachinida
Chilopoda
Diplopoda
06
Variável
Oito
Um par por Dois pares
(hexapodes)
(octópodes)
anel
por anel
Silva Júnio (2005) e Lopes (2010) falam a mesma coisa que Paulino, mas fala em
pares de patas, como transcrito abaixo:
Insetos
Crustáceos
Aracnídeos Quilópodos
Diplópodos
3 pares de Vários pares 4 pares de 1 par de patas 2 pares de
patas
de patas
patas
por segmento patas
por
segmento
Segundo Paulino (2002), O filo Chordata possui o subfilo vertebrata, que por sua
vez possui a superclasse tetrapoda (quatro patas)
Silva Júnior (2005) fala a mesma coisa que Paulino, coloca uma tabela onde temos
vertebrados --> Gnatostômios e após eles a divisão entre Peixes e tetrápodos
(quatro patas)
Lopes (2010) corrobora o que os dois outros autores falaram, mas coloca uma
figura baseada em cladística que em resumo é a mesma coisa da tabela de Silva
Júnior (2005).
Referências:
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia Atual. São Paulo. Ed. Ática. 2002. Vol. 1, 2 e 3.
SILVA JÚNIOR, César e SASSON, Sezar. Biologia. São Paulo. Ed. Saraiva. 2005. Vol
1,2 e 3.
LOPES, Sônia e ROSSO, Sérgio. BIO. São Paulo. Ed. Saraiva. 2010. Vol 1,2 e 3.
RESPOSTA: Tardigrada é um grupo de Panarthropoda. O texto dá uma dica não em
relação ao número de patas, mas ao fato delas serem ARTICULADAS. Em filogenia é
indiscutível que Tardigrada possui maior relação com Arthropoda do que com
Chordata.
21)
RECURSO: Mesmo sabendo que a relação Protocooperação seja classificada por
mutualismo não obrigatório por alguns autores, nem todos trazem esse termo...A
interação entre pulgões e formigas parece ser avaliada de forma diferente em
diversas fontes que encontrei. Há sites que a chamam de esclavagismo, outros
sinfilia, outros mutualismo... Porém, o texto colocado na questão da IX OBB fala
sobre benefício entre os dois seres: "...formigas aproveitam e se alimentam dessa
secreção, fornecendo em troca proteção...". No livro da Sônia Lopes (Lopes, Sônia
Bio: volume único/ Sônia Lopes. - 2a ed. - São Paulo: Saraiva, 2008.), que
utilizamos na escola, bem como em vários sites que meus alunos consultaram
recentemente numa pesquisa sobre Interações Ecológicas, define Mutualismo
como uma relação de extrema dependência e Protocooperação como uma relação
benéfica porém os seres envolvidos podem viver separados. Assim, alguns alunos
que realizaram a prova podem ter ficado com dúvida. Como tal questão parece não
estar totalmente esclarecida no meio científico e, portanto, não tem unificação de
esclarecimento em várias fontes didáticas, peço que anulem essa questão.
Algumas bibliografias indicando meu argumento:
* Livro: Biologia: volume único/Armênio Uzunian, Ernesto Birner.- - 3a edição- São Paulo: HARBRA, 2008.
Verificar página 1115: Mostra-se a relação descrita como Sinfilia... "... Esse tipo de
relação ecológica - uma espécie de protocooperação- é também denominada
sinfilia."
* Livro: Conceitos de Biologia / José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho. -- São Paulo: Moderna, 2001
Verificar página 195: "A protocooperação... é um tipo de relação ecológica em que
as espécies associadas trocam benefícios. As espécies que participam desse tipo de
relação podem viver sozinhas, mas quando a associação ocorre, ambas são
beneficiadas."
* Lopes, Sônia Bio: volume único / Sônia Lopes. - 2a ed.- São Paulo: Saraiva, 2008.
Verificar a página 60: "Mutualismo: os participantes se beneficiam e mantêm
relação de dependência... Protocooperação: os participantes se beneficiam e
podem viver de modo independente, o que não acontece no mutualismo..."
* site: http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1262
"...No mutualismo as espécies participantes são beneficiadas mutuamente, sendo a
interação obrigatória para a sobrevivência das espécie..."
*site: http://www.brasilescola.com/biologia/relacoes-ecologicas.htm
RESPOSTA: A banca da OBB e eu mesmo (Rubens Oda, doutor em ecologia,
coordenador nacional da OBB) sabe da distinção enfatizada no nível médio entre
mutualismo e protocooperação. Como exposto no recurso acima, alguns autores já
expõem o mutualismo como obrigatório e não obrigatório, sendo que no nível
superior (ex. Pianka, Ricklefs, Begon), todos já aceitam esta classificação. Haja visto
que conforme o texto a relação era positiva para ambas as espécies, e NÃO HAVIA
PROTOCOOPERAÇÃO entre as opções, a resposta MUTUALISMO está mantida.
Obs. O mesmo é válido para o COMENSALISMO, que pode ser aceito para diversas
relações +,0; inclusive as que não envolvem alimentação.
23)
RECURSO: Os indivíduos 5 e 6 são heterozigotos para o sistema ABO; portanto, a
chance entre hetrozigotos ter um homozigoto recessivo , ou seja, O é de 1/4 (letra
A).
RESPOSTA: O casal é B Rh+ (duplo-heterozigoto) x A (heterozigoto) Rh-. Logo a
probabilidade de terem um filho doador universal (O Rh-) é ¼ de ser O x ½ de ser
Rh-. A resposta de 1/8 é a correta.
25)
RECURSO: A questão fala numa atividade sendo realizada em academia e não em
academia ao ar livre. Se não fica claro que a academia não é aberta, não
necessariamente haverá maior ativação da vitamina D. Já que é fato que a ativação
da vitamina D é feita pelo sol. Também pedimos orientação quanto a referências
sobre a evidência de ativação da vitamina D mesmo em ambientes fechados.
RESPOSTA: Embora a variável luz não seja explicitamente citada na questão ela
deve ser considerada quando se compara o dia com a noite. Nenhuma das outras
opções poderia ser considerada correta analisando as variáveis esperadas no ritmo
circadiano humano.
26)
RECURSO: No domingo, constava abaixo do gabarito que essa questão havia sido
anulada. Essa informação não consta mais. Também concordamos com a anulação
da mesma, já que a comprovação é da maior produção de hemoglobina e também
do aumento da angiogênese e não da produção de mioglobina.
RESPOSTA: O gabarito que constava questão anulada era o da VIII OBB (prova do
ano passado). Sobre a influência da hipoxia na produção de mioglobina ver o link
http://www.bv.fapesp.br/pt/pesquisa/?q=%22Mioglobina%22&count=50&format=&index=&q
2=&ano_inicio_de=&ano_inicio_ate=&sort=-data_inicio.
29)
RECURSO: A questão exige dos alunos conhecimentos referentes as fases do
processo fotossintético e seus produtos. Sabe-se que da fase de fotofosforilação
acíclica resultam dois produtos (NADPH e ATP) principais que serão usados nas
fases posteriores da fotossíntese, mais especificamente no ciclo das pentoses.
Interrompendo-se a fotofosforilação, como mencionado pelo enunciado da
questão, tanto os níveis de ATP e NADPH se tornarão insuficientes para a
continuidade do processo. A primeira reação que será interrompida pois utiliza um
destes dois produtos citados será a transformação de ác. fosfoglicérico para ác.
difosfoglicérico, ficando acumulado o reagente da reação (ác. fosfoglicérico) e não
seu produto. Portanto, a resposta correta deveria ser a alternativa A. Sabe-se que
as células vegetais apresentam reserva de ATP, que poderia suprir por um tempo a
continuidade das reações, mas isso também ocorre com o aceptor NADPH e,
portanto, não poderia ser usado como justificativa.
Referência Bibliográfica: AMABIS E MARTHO. BIOLOGIA DAS CÉLULAS. vol. 1. São
Paulo: Moderna, 2010. LOPES, S. BIO.vol 1. São Paulo: Saraiva, 2010.
RESPOSTA: Conforme descrito na questão “inibição exclusivamente da
fotofosforilação acíclica,”, ou seja, mantendo-se a fotofosforilação cíclica, seria
mantida a produção de ATP, o que permitiria a manutenção parcial do ciclo de
Calvin. A ausência da fotofosforilação cíclica DIMINUIRIA a produção de ATP mas
INTERROMPERIA a produção de NADPH, impedindo desta forma a conversão de
ácido fosfoglicérico em gliceraldeído fosfato, o que promoveria o acúmulo do ácido
difosfoglicérico.
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GABARITO DEFINITIVO DA IX OBB Não houve nenhuma alteração