COLÉGIO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
Programa de Recuperação Final
3ª Etapa – 2010
Disciplina: _____________ Professor (a): Carlos Kalani
Aluno (a):_________________ Ano:1 Turma: 1AD-FG-INFO
Valor: 10 pontos
Nota: ___________
Caro aluno, você está recebendo o conteúdo de recuperação.
Faça a lista de exercícios com atenção, ela norteará os seus estudos.
Utilize o livro didático adotado pela escola como fonte de estudo.
Se necessário, procure outras fontes como apoio (livros didáticos, exercícios
além dos propostos, etc.).
Considere a recuperação como uma nova oportunidade de aprendizado.
Leve o seu trabalho a sério e com disciplina. Dessa forma, com certeza obterá
sucesso.
Qualquer dúvida procure o professor responsável pela disciplina.
CONTEÚDO
Unidade de estudo - conceitos e
habilidades.
RECURSOS PARA
ESTUDO / ATIVIDADE
Onde estudar:
Romantismo no Brasil
Características e momento histórico.
Principais autores e características.
Livro: Português Contexto,
interlocução e sentido.
- Maria Luiza Abaurre;
- Maria Bernadete M. Abaurre; e
- Marcela Pontara.
Realismo e o Naturalismo no Brasil
Características e momento histórico.
Principais autores e características.
Unidades 1, 2 e 3, todos os capítulos.
Parnasianismo;
Características e momento histórico.
Principais autores e características.
Simbolismo.
Características e momento histórico.
Principais autores e características.
Livro: Gramática em textos
- Leila Lauar Samento
Exercícios e avaliações passados.
Temas apresentados em datashow.
COLÉGIO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
Área do conhecimento: Códigos e Linguagens
Disciplina: Literatura
Nº de Questões: 10
Nome:
Módulo: Recuperação-Final
3ª Etapa
Educador: Carlos Kalani
Valor: 10,0
Nota:
Data: __/12/2010
Turma: 1ºAD-FG-INFO
Nº
→ BLOCO DE ATIVIDADES / EXERCÍCIOS PROPOSTOS
QUESTÃO 01 (VALOR 1,0)
"Lembro-me de que certa noite — eu teria uns quatorze anos, quando
muito — encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da
mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num
pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam “carneado”. (...) Apesar
do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim:
se esse caboclo pode agüentar tudo isso sem gemer, por que não hei de
poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses
talhos e salvar essa vida?" (...)
Desde que, adulto, comcei a escrever romances, te-me qanimado até
hoje a idéia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de
atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz
sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão,
propícia dos ladrões , aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a
despeito da náusea e do hrror. se não tivermos uma lâmpada elétrica,
acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos
repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto.
(VERÍSSIMO, Érico.Solo de clarineta.Porto Alegre: Globo, 1978.V.1.p.44-5.(fragmento)
a) A lâmpada, no texto, tem um significado simbólico. Que significado pode
ser atribuído a ela?
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b) A que função literária Érico Veríssimo se refere em seu depoimento?
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QUESTÃO 02 (VALOR 1,0)
LEIA:
Saramago reconhece que literatura não em o poder de modificar a
realidade. Que conclusão de acordo com a resposta de Saramago.
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QUESTÃO 03 (VALOR 1,0)
OBSERVE este trecho do poema “Profundamente”, de Manuel Bandeira.
Profundamente
[...]
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci.
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
_ Estão dormindo
Estão todos deitados
Dormindo profundamente.
BANDEIRA Manuel, Antologia poética.RJ: Nova Fronteira, 2001.p.81.(fragmento)
DETERMINE os valores semânticos para o verbo dormir em destaque no
texto.
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QUESTÃO 04 (VALOR 1,0)
LEIA com atenção o texto abaixo.
Oh! Maldito o primeiro que, no mundo,
Nas ondas vela pôs em seco lenho!
Digno da eterna pena do Profundo,
Se é justa a justa Lei que sigo e tenho!
Nunca juízo algum, alto e profundo,
Nem cítara sonora ou vivo engenho,
Te dê por isso fama em memória,
Mas contigo se acabe o nome e a glória”
Nos quatro últimos versos, há uma concepção da função da arte .
IDENTIFIQUE e EXPLIQUE essa concepção.
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QUESTÃO 05 (VALOR 1,0)
O açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café
Nesta manhã de Ipanema
Não foi produzido por mim
Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
E afável ao paladar
Como beijo de moça, água
Na pele, flor
Que se dissolve na boca. Mas este açúcar
Não foi feito por mim.
Este açúcar veio
Da mercearia da esquina e
Tampouco o fez o Oliveira,
Dono da mercearia.
Este açúcar veio
De uma usina de açúcar em Pernambuco
Ou no Estado do Rio
E tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
E veio dos canaviais extensos
Que não nascem por acaso
No regaço do vale.
Em lugares distantes,
Onde não há hospital,
Nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome
Aos 27 anos
Plantaram e colheram a cana
Que viraria açúcar.
Em usinas escuras, homens de vida amarga
E dura
Produziram este açúcar
Branco e puro
Com que adoço meu café esta manhã
Em Ipanema.
(Ferreira Gullar)
A antítese que configura uma imagem da divisam social do trabalho na
sociedade brasileira é expressa poeticamente na oposição entre a doçura do
branco açúcar e...
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QUESTÃO 06 (VALOR 1,0)
LEIA com atenção a canção medieval a seguir.
Se eu não a tenho, ela me tem
Se eu não a tenho, ela me tem
Se eu não a tenho, ela me tem
o tempo todo preso, Amor,
e tolo e sábio, alegre e triste,
eu sofro e não dou troco.
É indefeso quem ama.
Amor comanda
à escravidão mais branda
e assim me rendo,
sofrendo,
à dura lida
que me é deferida. (...)
É tal a luz que dela vem
que até me aqueço nessa dor
sem outro sol que me conquiste,
mas no sol ou no fogo
não digo quem me inflama.
O olhar me abranda,
só os olhos têm vianda,
e a ela vendo
vou tendo
mais distendida
minha sobrevida. (...)
Eu sei cantar como ninguém
mas meu saber perde o sabor
se ela me nega o que me assiste.
Vejo-a só, não a toco,
mas sempre que me chama
para ela anda
meu corpo, sem demanda,
e sempre atendo,
sabendo
que ela me olvida
a paga merecida.
Arnaut Daniel. In: Augusto de Campos. Invenção.SP: Arx, 2003. p. 90-63 (fragmento).
Vocabulário:
Deferida: concedida.
Vianda: alimento.
“O que me assiste”: aquilo a que tenho direito.
Olvidar: esquecer.
a) O primeiro verso resume a relação existente entre o eu lírico e a dama a
qual ele fala. Que relação é essa?
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b) Tendo o texto como ponto de partida, como você caracterizaria o eu
lírico? E a dama?
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c) Na terceira estrofe, o eu lírico a afirma sua superioridade.
TRANSCREVA o verso onde isso ocorre.
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QUESTÃO 07 (VALOR 1,0)
a) Na segunda estrofe, IDENTIFIQUE as três metáforas presentes.
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b) Como essas metáforas ajudam a caracterizar a posição de submissão do
eu lírico em relação à dama?
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QUESTÃO 08 (VALOR 1,0)
LEIA o texto abaixo.
Quem vê, senhora, claro e manifesto
Quem vê, Senhora, claro e manifesto
o lindo ser de vossos olhos belos,
se não perder a vista só em vê-los,
já não paga o que deve a vosso gesto.
Este me parecia preço honesto;
mas eu, por de vantagem merecê-los,
dei mais a vida e alma por querê-los,
donde já me não fica mais de resto.
Assi que a vida e alma e esperança
e tudo quanto tenho, tudo é vosso,
e o proveito disso eu só o levo.
Porque é tamanha bem-aventurança
o dar-vos quanto tenho e quanto posso,
que, quanto mais vos pago, mais vos devo.
(Luís Vaz ed Camões)
a) Como a mulher amada é caracterizada no soneto?
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b) Caracterize o eu lírico.
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c) Nas duas primeiras estrofes, qual o raciocínio desenvolvido, pelo autor
para explicar seus sentimentos?
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QUESTÃO 09 (VALOR 1,0)
POESIAS DE LUÍS VAZ DE CAMÕES
Quando da bela vista e doce riso
Tomando estão meus olhos mantimento,
Tão enlevado sinto o pensamento,
Que me faz ver na terra o Paraíso.
Tanto do bem humano estou diviso,
Que qualquer outro bem julgo por vento;
Assi que, em caso tal, segundo sento,
Assaz de pouco faz quem perde o siso.
Em louvar-vos, Senhora, não me fundo,
Porque quem vossas graças claro sente,
Sentirá que não pode merecê-las;
Que de tanta estranheza sois ao mundo,
Que não é de estranhar, Dama excelente,
Que quem vos fez fizesse céu e estrelas
Tomando [...] mantimento: tomando consciência.
Estou difuso: estou separado, apartado.
Sento: sinto.
Não me fundo: não me empenho.
a) Caracterize brevemente a concepção de mulher que este soneto
apresenta.
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b) Aponte duas características desse soneto que o filiam ao Classicismo,
EXPLIQUE-AS de forma simples e sucinta.
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QUESTÃO 10 (VALOR 1,0)
LEIA com atenção e RELEIA com mais atenção ainda antes de responder ao
que se pede.
Sermão de Santo Antônio (aos peixes)
Neste sermão, Vieira utiliza de seu poder argumentativo para tratar da
tarefa do pregador em uma terra corrompida.
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Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal
da terra: e chama-lhes sal da terra porque quer que façam na terra o que
faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra não se
vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de
sal, qual será, ou qual pode ser, a causa desta corrupção? Ou é porque o sal
não salga ou porque a terra não se deixa salgar. Ou é porque o sal não salga
e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não
deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, e não
querem receber.Ou é porque o sal não salga e os pregadores dizem uma
coisa e fazem outra; ou porque terra se não deixa salgar , e os ouvintes
querem antes imitar o que eles fazem, quer fazer o que dizem. Ou é porque
o sal não salga e os pregadores se pregam a si, e não a Cristo,servem os seus
apetites. [...]
Suposto, pois, que, ou o sal não salgue ou a terra não se deixa
e salgar, que se há de fazer a este sal e que se há de fazer a esta terra? O
que se há de fazer ao sal que não salga, Cristo o disse logo: [...] “Se
o sal perder a substância e a virtude, e o pregador faltar à e a doutrina
e ao exemplo, o que se lhe há de fazer é lançá-lo fora como inútil para que
seja pisado por todos.” Quem se atrevera a dizer tal coisa, se o mesmo
Cristo a não pronunciaria? Assim como não há quem seja mais digno de
reverência e de ser posto sobre a cabeça que o pregador, que ensina e faz o
que deve; assim é merecedor de todo o desprezo, e de ser metido debaixo
dos pés, o que com a palavra ou com a vida prega o contrário. isto é o que se
deve fazer ao sal que não salga.
(Padre Antônio Vieira, Sermões escolhidos. p.43-44. Fragmento)
a) Vieira neste sermão, os pregadores são comparados ao sal da terra.
Segundo o texto, qual é a função daquela prega?
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RELEIA: Ou é porque o sal não salga ou porque a terra se não deixa salgar.
b) De acordo com o texto, que razões tem os fiéis para não acatarem as
palavras dos pregadores?
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c) Qual é a conclusão que Vieira chega sobre o pregador?
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Literatura (Prof. Carlos) - Colégio Imaculado Coração de Maria