VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal 30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013 Florianópolis - Santa Catarina - Brasil VIAS DE PARTO E A AUTONOMIA DA PARTURIENTE Caroline de Oliveira Ferreira 1 Lívia Keismanas de Ávila 2 Introdução: Os problemas que atingem a população feminina têm ganhado destaque em nosso país, principalmente os relacionados ao parto e nascimento, que é um momento esperado com muita ansiedade e planejado para que termine não apenas com mãe e filho(s) saudáveis, mas que seja um momento único e especial, que respeite a autonomia da mulher, garantindo a criação de laços familiares mais fortes e um começo de vida com boas condições físicas e emocionais ao bebê. Objetivo: identificar as estratégias de humanização e estabelecer aspectos que influenciariam a escolha da puérpera em relação ao próximo parto. Método: a pesquisa se caracteriza como exploratória, de campo. Foram entrevistadas 50 mulheres, internadas no alojamento conjunto. Os dados foram coletados por meio de um formulário que compreendem os objetivos da pesquisa. Estes foram analisados a partir de técnicas estatísticas e por meio da análise de conteúdo. Resultados: 80% das puérperas tiveram parto normal, 66% não receberam orientações sobre as vias de partos existentes. Apenas 8% foram informadas que não precisavam depilar e ficar em jejum, as porcentagens cresceram em relação ao banho, liberdade de posição e presença de acompanhante. 54% não se sentiram segura. A escala de dor foi crescente para cesárea e decrescente para o parto normal. Foram analisados depoimentos sobre as orientações recebidas, os motivos da ausência do acompanhante, os motivos da insegurança, a opinião 1 - Enfermeira Especialista em Enfermagem Obstétrica pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.Enfermeira Obstetra na Casa Angela. E- mail: [email protected] 2 - Enfermeira. Doutora em Enfermagem em Saúde Coletiva. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da FCMSCSP.E-mail: [email protected] individual sobre o seu parto, entre outros. Conclusão: São utilizadas estratégias de humanização na instituição, como incentivo ao parto normal, presença de acompanhante, nutrição à parturiente, liberdade de posição, banho quente e embora as puérperas respondam que foram orientadas, qualitativamente quando colhido o depoimento aparece falhas nas orientações e/ou interpretações. Os aspectos que influenciariam um próximo parto esta relacionado ao grau de sofrimento e ao sentimento de segurança que é condicionado ao acolhimento, ou seja, a humanização tem um papel fundamental na estruturação da concepção dessas mulheres sobre o parto e a forma de parir. Descritores: parto, humanização e autonomia.