VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013
Florianópolis - Santa Catarina – Brasil
PERCEPÇÃO DA GESTANTE A CERCA DA ESCOLHA DO TIPO DE
PARTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Fabiane Lima da Silva 1
Érica Souza Rodrigues2
Elannira Sozinho Amaral3
Introdução: A gestação representa período único e especial na vida da
mulher, no qual a sensação de tornar-se mãe confunde-se muitas vezes com
incertezas, medos e inseguranças. Esse fato tem seu ápice especialmente no
que se relaciona ao momento do parto. Cada uma das vias possíveis para o
nascimento de uma criança, a vaginal ou cirúrgica, apresentam suas
especificidades e indicações. É importante que a mulher, com o seu médico,
possa optar pelo tipo de parto que vivenciará. A escolha materna é direito
humano fundamental, mas para isso a gestante necessita de informações em
relação aos procedimentos e repercussões de cada tipo de parto. Objetivos:
relatar a experiência da Educação em Saúde realizada em uma UMS a cerca
da escolha do tipo de parto esperado por mulheres e os fatores que as
influenciam para esta escolha do parto. Método: Trata-se de um estudo
descritivo de natureza qualitativa na modalidade de relato de experiência, a
partir da vivência com grupo de gestantes que participam de Educação em
Saúde. São descritas atividades desenvolvidas no período de Junho a Julho
de 2013, na UMS Guamá-Belém-PA. Resultados A maioria das gestantes
presentes no estudo relatou preferir a via de parto vaginal. Quando
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Enfermeira, Residente em Enfermagem Obstétrica da Universidade Federal do Pará. E-mail:
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questionadas sobre que fatores poderiam ter influenciado essa preferência
inicial, citaram a recuperação rápida após o parto; medo da cirurgia
(cesariana); autonomia para realizar os cuidados com o bebê, as informações
prévias sobre os tipos de parto e dor somente durante o parto. As mulheres
adeptas ao parto cesáreo participantes do presente relato de experiência
temia a dor do parto vaginal, o risco para a mulher e para o bebê que,
segundo elas, o parto vaginal geraria e o desejo de ligar as trompas foram as
justificativas indicadas pelas gestantes. Conclusão: Os resultados deste
estudo e os dados da literatura consultada permitem levantar a hipótese de
que as gestantes tendem a apresentar razões semelhantes para a opção pelo
parto normal ou pela cesariana no sentido de afastar a dor e sofrimento,
sobretudo a partir de representações sociais sobre parto e nascimento que se
expressam, resultante talvez da falta de informação ou crenças pessoais, em
temores e argumentos diversos. Nesse sentido, seria importante que os
profissionais de saúde realizassem mais sistematicamente esclarecimentos
acerca das vantagens e desvantagens dos tipos e vias de parto,
diferenciando-os em função das necessidades e condições clínicas e
psicossociais de cada gestante, de modo que essas representações sobre os
tipos de parto fossem contrastadas por informações e esclarecimentos
adequados. Descritores: Parto normal, parto cesário; vias de parto, gravidez.
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