JORGE ROSENBERG vendo. Só a Cohab fez chamamento de mais de 20 mil unidades pelo FAR, fora FDS e fora o que o setor privado comprou e que está tramitando na Secretaria de Licenciamento – criamos essa secretaria, e tem um departamento dentro dela específico para a habitação de interesse social. Eu faço reuniões com relativa periodicidade com todo o segmento, inclusive com as empresas – são reuniões públicas, abertas, de maneira que todos acompanhem a tramitação dos projetos. Eu tenho conversado com várias empresas que estão muito satisfeitas com os passos que São Paulo deu, do ponto de vista regulatório e também do ponto de vista econômico. Nós estamos colocando dinheiro na habitação. Só em desapropriação, nós devemos ter investido meio bilhão de reais, para o Minha Casa Minha Vida. NC // O prazo para a aprovação de projetos de habitações de interesse social caiu muito, o setor reconhece que isso melhorou durante a gestão, mas ainda considera que pode melhorar mais. O que pode ser feito? FH // Olha, hoje nós conseguimos aprovar os projetos dentro de um ano. Antes, levava dois, três anos para a aprovação. Hoje você aprova em alguns meses. Tem projeto com 4 mil unidades habitacionais que em oito meses estava aprovado. O que precisa é uma melhor interação com o governo do Estado, sobretudo com a Prohab, para que a gente possa, quando envolve licenciamento da Cetesb, estar mais afinado ainda. Há um caminho ainda a percorrer, mas eu diria que hoje se leva menos da metade do tempo que se levava antes da minha posse. E de forma transparente. A nossa secretaria é reconhecidamente um órgão probo – é um órgão que foi criado na esteira do escândalo da Sehab, um órgão que está funcionando e que está funcionando nos trilhos, conforme todas as informações que eu recebo. Isto é, do ponto de “A OPERAÇÃO URBANA CENTRO É MUITO CONVIDATIVA” vista da moralidade pública, da lisura, da transparência, todos os procedimentos são observados. Isso é muito importante para o setor ter confiança na municipalidade. NC // As Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) encontram-se num impasse. Se não houver um reajuste necessário nos valores dos financiamentos, as Zeis 1, 2, 3 e 4 ficam praticamente inviáveis. O que a prefeitura está fazendo para destravar essa quetão? FH // Criamos a Casa Paulistana, que juntamente com a Casa Paulista aumenta o subsídio federal. Tanto o governo municipal quanto o governo estadual têm programas para chegar a até R$ 20 mil de complementação. Isso dá R$ 40 mil a mais do que a Caixa paga. Como a Caixa também provavelmente vai reajustar o seu valor... NC // Então, a sua expectativa é a de que vai ocorrer um reajuste... FH // As notícias que tenho de Brasília são de que sim, haverá um reajuste. Não sei de quanto, mas haverá um reajuste. E São Paulo, Estado e capital, estão colocando até R$ 40 mil a mais por unidade habitacional além da Caixa, então é um esforço significativo que estamos fazendo. No caso da Cohab, desapropriamos áreas para mais de 20 mil unidades, que foram doadas para a Caixa. O terreno, que é o caro em São Paulo, foi garantido pelo município. Estamos falando de muita casa. www.sindusconsp.com.br 9