Sir Arthur
Conan Doyle
Espírita ou Espiritualista?
Arthur Ignatius
Conan Doyle
Nasceu em 22 de maio de 1859, em Edimburgo, o segundo dos
10 filhos de Mary e Charles Doyle (7 irmãos sobreviveram).
Casou-se duas vezes, teve 5 filhos (dois de Louise e três de
Jean), sendo que perdeu um deles em 1918, em consequência
da 1ª Guerra Mundial, momento em que perdeu também um
irmão e outros membros da família.
Como médico oftalmologista, foi um dos mais bem pagos
escritores de sua época. Desde o primeiro conto publicado em
1879 até o fim de sua vida, foram mais de 60 livros.
Em 1887 publicou A Study in Scarlet, o primeiro conto de
Sherlock Holmes. Em 1891 abandonou a carreira de médico.
Em 1893 matou Sherlock Holmes nas Cataratas de
Reichenbach na história The Final Problem, alegando que “ele
priva minha mente de coisas melhores”.
Em 1902 foi nomeado cavaleiro pela sua participação na
Guerra Boer, onde serviu como médico das tropas britânicas.
Arthur Ignatius
Conan Doyle
Família católica apostólica romana fervorosa, estudou em
escola jesuíta mas abandonou a religião, tornando-se agnóstico
e materialista. Em 1916 abraçou de vez o Espiritualismo, que
havia conhecido em 1880 e convertido-se em 1887.
Foi membro do The Ghost Club, Presidente Honorário da
International Spiritualist Federation, foi membro da British
Society for Psychical Research e Presidente da London
Spiritualist Alliance, sendo que abandonou as duas últimas.
Até 1930, viajou para fazer palestras na Austrália, Nova
Zelândia, EUA, Canadá, África do Sul, Rodésia, Uganda,
Tanzânia, Quênia, Escandinávia, Holanda, Inglaterra.
Faleceu em 7 de julho de 1930, em Crowborough (Sussex), aos
71 anos, pouco depois de escrever que “The reader will judge
that I have had many adventures. The greatest and most
glorious of all awaits me now”.
Voltou a aparecer em mesas espíritas e em 1937 previu a
Segunda Guerra Mundial.
Hydesville, Nova York, EUA – 1848
Paris, França – 1855 / 1857
Portsmouth, Reino Unido – (1880) 1916
Qual é a diferença afinal?
Conan Doyle, History of Spiritualism, capítulo FRENCH,
GERMAN, AND ITALIAN SPIRITUALISM
“O Espiritualismo na França e nas raças latinas
concentra-se em torno de Allan Kardec, que prefere
o termo Espiritismo, e sua feição predominante é a
crença na reencarnação.
Espiritualismo
Espiritismo
Qual é a diferença afinal?
Conan Doyle, History of Spiritualism, capítulo FRENCH,
GERMAN, AND ITALIAN SPIRITUALISM
“O Espiritualismo na França e nas raças latinas
concentra-se em torno de Allan Kardec, que prefere
o termo Espiritismo, e sua feição predominante é a
crença na reencarnação.
Os espiritualistas ingleses não
chegaram a uma conclusão no
que se refere à reencarnação.
Alguns a aceitam, outros não.
A atitude geral é que, como a
doutrina não pode ser
provada,
o melhor seria excluí-la da
política ativa do Espiritualismo.
Qual é a diferença afinal?
Conan Doyle, History of Spiritualism, capítulo FRENCH,
GERMAN, AND ITALIAN SPIRITUALISM
Explanando essa atitude, senhorita Anna Blackwell
sugere que, sendo a mente continental mais
receptiva a teorias, aceitou Allan Kardec, enquanto a
mente inglesa, “geralmente recusa-se a considerar
qualquer teoria enquanto não se tiver provas dos
fatos admitidos por tal teoria”.
De um modo geral, ao autor se afigura que o
balanço das provas mostra que a reencarnação
é um fato, mas não necessariamente universal.
Quanto à ignorância dos nossos amigos espíritos
sobre o assunto, concerne ao seu próprio futuro; e
se não somos esclarecidos quanto ao nosso, é
possível que eles sofram as mesmas limitações.
Quando se apresenta a questão: “Onde estávamos
antes do nosso nascimento?” temos uma resposta
definitiva no sistema do lento desenvolvimento pela
reencarnação, com longos intervalos de repouso
espiritual; enquanto de outra maneira não temos
resposta, embora tenhamos que admitir que é
inconcebível que tenhamos nascido em tempo para
a eternidade. Existência posterior parece postular
existência anterior.
Quanto à pergunta natural: “Por que, então, não nos
recordamos de tais existências?” podemos indicar
que tais lembranças poderiam complicar
enormemente a vida presente e que tais existências
podem bem vir a formar um ciclo que talvez se torne
muito claro quando chega-se ao seu final e pode-se
ver um rosário completo de vidas costuradas por
uma única personalidade.
Conan Doyle, History of Spiritualism, capítulo FRENCH,
GERMAN, AND ITALIAN SPIRITUALISM
“Sendo assim, sobre a questão da reencarnação
existe uma segmentação distinta, e embora eu
mesmo seja da opinião de que as provas em geral
são contra essa doutrina oriental, é, entretanto, um
fato inegável que o assunto tem sido abordado em
algumas mensagens que parecem ser autênticas, e,
portanto, é preciso manter a mente aberta sobre o
assunto”
The Vital Message - 1919
"Certamente a concordância de testemunhas deve ser
contabilizada aqui, como em todos os casos, como um
teste de verdade. Ao que me parece, elas discordam
principalmente quando falam do seu próprio futuro,
incluindo especulações sobre a reencarnação, etc, o
que pode ser tão nebuloso para elas como para nós, ou
quanto a sistemas de filosofia nos quais a opinião
individual é novamente aparente”
"O próximo espírito parece ter sido mais inteligente e
de uma qualidade superior à todos os outros. Fez
algumas profecias aparentemente bastante precisas.
Em seguida, vem o seguinte:
P: "É agradável, onde você está?"
R: "Muito. Sou feliz. Tenho companhia interessante."
P: "Você espera evoluir mais?"
R: "Com toda a certeza".
P: "Existe reencarnação?"
R: "Sim"(enfático).
DOYLE: É este o tipo de informação vital que
queremos. Quanto à reencarnação, está evidente que
ocorre apenas a longos intervalos, uma vez que nos
últimos três séculos ele próprio não a experienciou.”
The Edge of the Unknown (1930)
“O ponto principal da investigação psíquica é
eliminar e expor a fraude e o engano, para deixar
apenas o que pode ser cientificamente confirmado.
Se você elimina o impossível, o que resta, embora
improvável, deve ser a verdade. O Espiritismo não
lhe pede para dar um salto no escuro, nem
atravessar uma ponte onde você ainda não chegou”.
'Connie, você é uma grande racionalista, e esse
é o primeiro passo para tornar-se espírita”.
Se você está preparado para se abrir para o mundo do
Espiritismo, também deve estar pronto para suportar
o sarro e o paradoxo com os quais a imprensa induz o
público. Mas o que são os gozadores, cínicos e
“penny-a-liner” quando você joga no time de Crookes
and Myers and Lodge e Alfred Russel Wallace?
“Espiritismo é o termo que prefiro, mas
parece estar saindo de voga."
O corpo é uma mera casca, um recipiente que
perdemos. (...) Um verdadeiro espírita que entenda o
processo passará facilmente e sem angústia. E
também será capaz de se comunicar mais rapidamente
com o mundo que deixou para trás.
Espíritas, os espíritas verdadeiros, são homens e
mulheres de elevado calibre moral. Eu poderia citarlhe diversos. E a sua moralidade é a maior porque
estão mais perto de uma compreensão da verdade
espiritual.
Fonte: Arthur & George – Julian Barnes, escrito
com base em citações de jornais, cartas e os escritos
de Sir Arthur Conan Doyle
FONTE: http://www.nytimes.com/learning/general/onthisday/bday/0522.html
Então...
Sir Arthur Conan Doyle
ERA
Espírita ou Espiritualista?
Elementar, meus caros
amigos:
ISSO NÃO IMPORTA!
"Uma crença mais simples e mais universal
substituirão [as religiões], quando a mente do
homem estiver pronta para tanto; acredito que será
uma crença fundada sob essas linhas de verdade
absoluta e possível de ser provada que eu indiquei"
(The Stark Munro Letters – 1895)
Bibliografia Espiritualista
The New Revelation, Toronto, 1919
The Vital Message, London, 1919. (also here.)Our Reply to
the Cleric, 1920
A Public Debate on the Truth of Spiritualism, 1920 (with
Joseph McCabe)
The Gods Came Through, 1920
Spiritualism and Rationalism (short transcript of a debate),
1920
Fairies Photographed, 1921
The Evidence for Fairies, 1921
The Wanderings of a Spiritualist. New York: 1921
The Coming of the Fairies, 1922 (with others)
The Case for Spirit Photography. New York: 1922
Our American Adventure. London: 1923
Our Second American Adventure, 1923
The Spiritualists' Reader (sayings). Manchester: [UK] 1924
Memories and Adventures, 1924
Bibliografia Espiritualista
Bibliografia Espiritualista
Jeanne D'Arc Medium (Paris: Librairie des Sciences
Psychiques, 1910), written by Leon Denis and translated
into English by Arthur Conan Doyle in 1924
The Early Christian Church and Modern Spiritualism, 1925
The History of Spiritualism.Vol. 1 & Vol. 2, 1926.
(Bibliography)
My Religion (with Arnold Bennett, Hugh Walpole and others)
1926
Pheneas Speaks: Direct Spirit Communications in the Family
Circle. 1927
What does Spiritualism actually Teach and Stand For, 1929
The Roman Catholic Church, 1929
Our African Winter, 1929
An open letter to those of my generation, 1929
The Edge of the Unknown 1930.
Bibliografia Espiritualista
Bibliografia Espiritualista
Letters to the press : the unknown Conan Doyle, compiled
with an introduction by John Michael Gibson and Richard
Lancelyn Green 1986
Cooke, Ivan. The Return of Arthur Conan Doyle, 1956
(posthumous channeled work)
Cooke, Ivan. Arthur Conan Doyle's Book of the Beyond,
1975 (posthumous channeled work)
Beyond the City. 1893
The Stark Munro Letters. 1895
A Duet With an Occasional Chorus. 1899
The Great Keinplatz Experiment and Other Tales of Twilight
and the Unseen. 1919
The Land of Mist, 1926
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uma palestra - Sociedade Espírita Sir Arthur Conan Doyle