O Futuro, passo a passo I – Isidro JS - Joana Silva JP – Joana Pontes J – Jéssica JS - Caríssimo júri, professores e colegas, a equipa Pico Energie apresenta o trabalho “O Futuro, passo a passo”, em que prevê a taxa de juro diretora a aplicar na UE, decidida na reunião de 7 de março do corrente ano, uma das reuniões que o Conselho Administrativo do Banco Central Europeu realiza mensalmente com o intuito de promover a estabilidade económica dos estadosmembros. I - Para darmos ínicio à nossa análise é importante reconhecermos alguns dos problemas que incidem sobre a UE, entre os quais, a dependência excessiva das previsões do comportamento económico dos países; a perda de influência da UE no mercado económico global, nomeadamente para os restantes países da Tríade, os Estados Unidos e o Japão; o crescente descontentamento da população face à situação económica da União, que gera alguma instabilidade governamental e a elevada dependência energética, pois apesar dos investimentos em energias renováveis, continuamos muito vulneráveis às diferentes oscilações do preço do petróleo. J – Para atenuar os fatores de instabilidade referidos e tendo em conta a análise económica e monetária que faremos mais à frente, a nossa equipa decidiu manter a taxa de juro diretora inalterada nos 0,75%, uma vez que a inflação dá mostras de um ajustamento gradual que se tem verificado ao longo dos últimos meses – como podemos observar, em Dezembro estava nos 2,2%, em Janeiro nos 2% e em Fevereiro já nos 1,8% - verificamos, portanto, que a inflação está a tender para 2%, por valores inferiores - a marca estipulada como ideal pelo BCE, não havendo, por isso, necessidade de alteração da taxa. JP – Tendo em conta a inalteração da taxa de juro, podemos prever alguns benefícios para a economia que advém desta manutenção e que atenuarão os efeitos negativos de alguns indicadores analisados posteriormente. Assim, podemos esperar uma ligeira melhoria na confiança dos consumidores e empreendedores que estimulará o consumo interno e, consequentemente, levará a um aumento da produção de bens e serviços. Podemos esperar, igualmente, uma influência positiva ao nível das exportações, que será essencial para o equilíbrio da balança comercial da UE. JS – Depois de encontrada a taxa de juro a aplicar, podemos analisar alguns indicadores que nos conduziram a esta decisão. Começando pela análise económica, podemos referenciar a diminuição do nível das exportações, sobretudo no mercado europeu, que reflete a retração da economia interna; o fraco investimento e procura interna, indicadores cruciais na regeneração de uma economia; a lentidão do processo de implementação de reformas estruturais, que se têm revelado essenciais na eliminação e prevenção de problemas enraizados na Europa e os problemas geopolíticos, que se prendem com dificuldades na administração dos territórios dos respetivos países. I – No contexto económico europeu descrito, observamos uma debilitação da actividade económica marcada por uma evolução em sentido decrescente do Produto Interno Bruto e por uma das maiores taxas de desemprego de sempre (11,7%), particularmente marcada pelo desemprego jovem. Observamos também pressões inflacionistas contidas que podem sofrer alterações em sentido ascendente caso exista um aumento do preço do petróleo e das matérias primas, bem como um aumento dos impostos indiretos. J – Passando agora a uma análise monetária, tem-se observado um ritmo igualmente discreto de expansão, motivado primeiro por uma descida homóloga da taxa do agregado M3 (M2+ depósitos de poupança), de 3,8% em Novembro de 2012 para 3,4% em Dezembro do mesmo ano, seguido de uma ligeira subida para 3,5% já em janeiro. Isto verificou-se sobretudo por influência do agregado M1 (o total de moeda que não rende juros e é de liquidez imediata). No quadro 3 podemos verificar a descida do agregado monetário M3 na área euro, de novembro para dezembro, e uma subida após o período apresentado. Apesar do descrito, tem-se assistido a um aumento da liquidez das instituições financeiras, sobretudo nos países sobre pressão, no entanto, no quadro 2 observamos que os empréstimos quer às famílias, quer às instituições não financeiras, não sofreram aumentos, indício da situação de difícil recuperação da economia europeia. Apesar dos dados menos animadores já existe a notícia de que a Irlanda é o primeiro país sobre pressão a crescer em 1,1% do PIB no primeiro trimestre do corrente ano. JP – Depois da análise e cruzamento das perspetivas económica e monetária, percebemos que a evolução dos preços deverá permanecer compatível com a estabilidade de preços a médio prazo, ou seja, no horizonte temporal avaliado não se perspectivam grandes alterações na inflação, o que corrobora a nossa decisão de manter inalterada a taxa de juro diretora nos 0,75%, uma vez que só se justificaria uma alteração da taxa se houvesse necessidade de intervir na evolução da inflação, o que não acontece porque esta dá mostras de um ajuste gradual. Através da manutenção da taxa de juro diretora nos 0,75%, conseguimos também a estabilidade captadora de confiança, essencial para a regeneração da economia da UE e, acima de tudo, porque a União é feita de e para as pessoas, a melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos. JS – Sim, porque apesar da importância do sector económico, ele não é o pilar essencial da União. I – O importante é que sigamos o exemplo dos fundadores, que acima de tudo procuravam a coesão entre países. J – Sejamos seguidores dos princípios que estão na base da formação da UE. JP – Porque só assim conseguiremos uma união forte e solidária, constituída por cidadãos capazes de prepetuar o legado europeu.