V Reunião da Comissão Interamericana de Portos da Organização dos Estados Americanos CIP – OEA 11 a 14 de setembro de 2007 Salvador - BA MONITORAMENTO DAS ATIVIDADES DE DRAGAGEM EM PORTOS BRASILEIROS José Carlos Cesar Amorim – IME/FRF Sylvia Niemeyer Pinheiro Lima – CPEA Fátima de Freitas Lopes Soares – FEEMA Importância da Dragagem Dragagem é o processo de realocação de sedimentos para fins de construção e manutenção de vias aquáticas. Durante séculos, os resíduos de dragagem foram dispostos de forma aleatória, sem nenhum questionamento. A preocupação com a gestão adequada do material dragado só passou a aparecer nos últimos 20 anos. Várias centenas de milhões de metros cúbicos são dragados anualmente, em todo mundo. A dragagem está diretamente relacionada importações e exportações do país. ao custo das Cada 1 m de calado para a operação de navio corresponde a 7 a 9 mil toneladas de carga que não pode ser embarcada. Subutilização dos berços de atracação Segurança de navegação Competitividade entre os portos no país e em outros países FRF-IME / CPEA / FEEMA 2 Comentários Gerais sobre a Dragagem Uma parte substancial do material dragado é composta de sedimentos limpos, sem nenhuma contaminação, podendo ser utilizada diretamente sem necessidade de tratamento. Prevê-se que cerca de 10% de todo o material dragado nos portos mundiais seja contaminado. A preocupação ambiental vem impondo medidas restritivas ao uso desses sedimentos. Estima-se que o custo da disposição dos sedimentos em áreas confinadas especiais, ou o próprio confinamento in situ do material dragado, utilizado com a finalidade de se isolar os sedimentos, seja de 3 a 6 vezes superior à simples descarga no mar. Há registros de casos de tratamento de materiais contaminados com custos de 10 a 100 vezes superiores aos da sua simples utilização sem tratamento. FRF-IME / CPEA / FEEMA 3 Tipos de Dragagem DRAGAGEM DE MANUTENÇÃO DRAGAGEM DE INVESTIMENTO OU APROFUNDAMENTO TIPOS DE DRAGAGEM DRAGAGEM DE CONTROLE AMBIENTAL DRAGAGEM DE MINERAÇÃO FRF-IME / CPEA / FEEMA 4 Equipamentos de Dragagem Segundo Góes (2005), os equipamentos de dragagem podem ser classificados em três grandes grupos: Equipamentos Mecânicos Equipamentos Hidráulicos Equipamentos Especiais Equipamentos Pneumáticos FRF-IME / CPEA / FEEMA 5 Equipamentos Mecânicos 1 Caçamba de Mandíbulas (Grab dredge) 2 Escavadeira Frontal (Dipper dredge) FRF-IME / CPEA / FEEMA 6 3 Retroescavadeira (Hoe) 4 Pá-de-arrasto (Drag-line) FRF-IME / CPEA / FEEMA 7 5 Draga de Alcatruzes (Bucket dredge) FRF-IME / CPEA / FEEMA 8 Equipamentos Hidráulicos 1 Dragas de Arrasto Autotransportadoras (AT) FRF-IME / CPEA / FEEMA 9 2 Dragas de Sucção e Recalque com Desagregador (SR) Tipos de Lâminas FRF-IME / CPEA / FEEMA 10 Equipamentos Especiais São equipamentos utilizados na execução de serviços de dragagem ambiental dotados de desagregadores especiais, destinados a causar o mínimo de dispersão nos sedimentos a serem dragados do fundo. Desagregador Helicoidal Desagregador de Disco FRF-IME / CPEA / FEEMA 11 Equipamentos Pneumáticos As dragas pneumáticas não utilizam desagregadores, promovendo a sucção do material do fundo por ar comprimido. Aplicam-se em dragagens ambientais praticamente sem turbidez dos contaminantes. FRF-IME / CPEA / FEEMA 12 Propriedades do Material Dragado Propriedades Físicas Os parâmetros mais usados para este fim são os seguintes: • • • • • • • • • • • • • Forma e composição – Corresponde à descrição geral dos sedimentos. Granulometria – É a base para a classificação do material dragado. Deve ser realizada de acordo com a Norma Brasileira NBR 7181. Peso específico – O peso específico das partículas sólidas afeta a consolidação do material disposto. É necessário no cálculo do índice de vazios. Densidade in-situ – É importante para a determinação do volume in-situ, no transporte e na disposição do material dragado. Plasticidade – É relevante apenas para siltes e argilas. Testes mais comuns para a sua obtenção são o Limite de Liquidez de Atterberg e o Limite de Plasticidade . Volume de água – É usado para o cálculo do índice de vazios in-situ. Viscosidade – Determina o comportamento do material dragado quando submetido a uma tensão. Características de retenção de água. Permeabilidade – É a medida da facilidade com que a água passa pelo material. Velocidade de sedimentação - Determina a taxa com que as partículas em suspensão atingem o fundo. Consolidação – Descreve a reorganização das partículas do sedimento em um estado mais denso, acompanhada pela expulsão de água. Compactação – Mecanicamente, aumenta a concentração de sólidos por unidade de volume do solo. Matéria orgânica. FRF-IME / CPEA / FEEMA 13 Propriedades do Material Dragado – (cont.) Propriedades Químicas Os parâmetros mais usados para este fim são os seguintes: • pH - É um dos parâmetros de maior utilidade. É uma medida da concentração e atividade do hidrogênio ionizado. • Carbonato de cálcio equivalente - Indica a quantidade de cal necessária para neutralizar a acidez presente no material dragado e manter o pH em um certo nível. • Capacidade de troca de cátions • Salinidade - É a medida da concentração de sais solúveis. • Potencial Redox (EH) - É uma medida da atividade dos elétrons. • Oxigênio dissolvido (OD) - Sua deficiência é fatal para muitas espécies aquáticas. • Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) – É a capacidade de oxigênio necessária durante a decomposição aeróbica de matéria orgânica em um corpo d’água • Carbono orgânico total - É o melhor método de se obter o conteúdo de matéria orgânica. • Carbono orgânico dissolvido - É importante para sedimentos contaminados. • Nutrientes (compostos de nitrogênio e fósforo) - São constituintes essenciais dos organismos vivos. • Taxa Carbono:Nitrogênio (C:N) - Determina se as condições do material dragado são adequadas ao desenvolvimento de microorganismos e vegetais. • Potássio - Importante para o uso benéfico do material dragado para a agricultura. • Contaminantes - O tipo e quantidade de contaminantes presentes no material dragado indicam a potencialidade de seus efeitos adversos no ecossistema aquático, terrestre e à saúde humana. FRF-IME / CPEA / FEEMA 14 Propriedades do Material Dragado – (cont.) Propriedades Biológicas Os parâmetros mais usados para este fim são os seguintes: • Microorganismos – Os microorganismos de interesse são os patogênicos, vírus e parasitas, como é o caso dos coliformes fecais e protozoários. • Características toxicológicas – Podem ser determinadas por uma variedade de testes como: testes biológicos de toxicidade aguda, testes biológicos de toxicidade crônica, testes de bioacumulação e biomarcadores. • Testes biológicos de toxicidade aguda – Testam os efeitos de exposições em curtos períodos. A toxicidade é expressa como a concentração média letal (LC50), concentração esta capaz de matar 50% dos organismos de teste em um determinado intervalo de tempo. • Testes biológicos de toxicidade crônica – Avaliam os efeitos sub-letais resultantes de exposições prolongadas a baixas concentrações. • Testes de bioacumulação – Determinam a biodisponibilidade e o potencial para longos períodos de acumulação na cadeia alimentar aquática, a níveis que poderiam ser prejudiciais aos consumidores do topo da cadeia, incluindo o homem, sem que, no entanto, ocorra a morte dos organismos intermediários. • Biomarcadores – Disponibilizam informações sobre o efeito de baixas concentrações contínuas de contaminantes. FRF-IME / CPEA / FEEMA 15 Disposição do Material Dragado Convenções e Acordos Mundiais e Regionais Na década de 1970 foram estabelecidas várias convenções e protocolos para controle da disposição de material dragado. Destacam-se, dentre elas, a Convenção de Londres e a Convenção de Oslo e Paris (OSPARCON). O formato atual da Convenção de Londres apresenta 10 artigos, que abordam as obrigações dos países contratantes, no que concerne à garantia da adequação das propriedades do material disposto no mar e encoraja a cooperação entre os 81 países membros atualmente participantes. No Brasil, a disposição do material dragado é regulada pela Resolução 344 de março de 2004 do CONAMA. Esta Resolução estabelece os procedimentos mínimos para avaliação do material a ser dragado. FRF-IME / CPEA / FEEMA 16 Legislação Brasileira Resolução CONAMA Nº 01/1986 – Elaboração de EIA e RIMA; Resolução CONAMA Nº 237/1997 – Dragagens e derrocamento sujeitos ao licenciamento ambiental; Resolução CONAMA nº 344/04 – Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para a avaliação do material a ser dragado em águas jurisdicionais brasileiras. FRF-IME / CPEA / FEEMA 18 Levantamentos Iniciais Localização da área a ser dragada em relação a pontos fixos,ONDE marcos de referência, etc., DRAGAR utilizando-se de métodos topográficos e geodésicos Levantamentos iniciais Batimetria que permite estabelecer QUANTO aDRAGAR forma da superfície do material a ser dragado Métodos sísmicos e sondagens geotécnicas, permitindo O QUÊ conhecer as características do solo DRAGAR e subsolo marinhos FRF-IME / CPEA / FEEMA 19 Investigação Laboratorial Caracterizar os materiais dragados física, química e ecotoxicologicamente. Na caracterização física são determinadas as quantidades de material a ser dragado, a distribuição granulométrica e o peso específico dos sólidos. A caracterização química deve determinar as concentrações de poluentes no sedimento. A caracterização ecotoxicológica avalia os impactos potenciais à vida aquática existente na área. FRF-IME / CPEA / FEEMA 20 Metais Pesados e Arsênio (mg/kg) Níveis de classificação do material a ser dragado NÍVEIS DE CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL A SER DRAGADO (em unidade do material seco) Níveis de classificação Poluentes Água Salina/ do material Água a Doce ser dragado Salobra (em unidade NívelNível do 1 material Nível 2 Nível 1 seco) 2 POLUENTES ÁGUA SALINA / SALOBRA ÁGUA DOCE NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 1 NÍVEL 2 (As) 5,91 171 8,22 702 Cádmio (Cd) 0,6 1 1 2 9,62 Chumbo (Pb) 351 91,31 46,72 2182 (Cu) 35,7 1 197 1 34 2 2702 37,3 1 90 1 81 2 3702 Arsênio 3,5 1,2 Metais Pesados e Arsênio (mg/kg) 1 Nível 2 Nível 1 2 Zinco (Zn) NívelNível 123 315 150 410 Cobre Cromo (Cr) Mercúrio (Hg) Níquel Zinco (Ni) (Zn) 0,171 0,4861 0,152 0,712 18 3 35,9 3 20,9 2 51,62 123 1 315 1 150 2 4102 - 0,323 0,993 - 0,32 3 0,993 0,32 3 0,993 BHC (Alfa-BHC) - BHC (Beta-BHC) BHC (Gama-BHC / Lindano) - - 0,941 1,381 0,321 0,991 - 2,26 3 4,793 2,26 3 4,793 Clordano (Alfa) - Clordano (Gama) - - DDD 3,541 8,511 1,221 7,811 DDE 1,42 1 6,75 1 2,07 1 3741 DDT 1,19 1 4,77 1 1,19 1 4,771 Dieldrin 2,851 6,671 0,711 4,31 2,67 1 62,4 1 2,67 1 62,41 0,6 1 2,74 1 0,6 1 2,741 Endrin Heptacloro Epóxido 34,11 2771 22,72 1802 Benzo(a)antraceno 31,71 3851 74,81 6931 Benzo(a)pireno 31,91 7821 88,81 7631 57,1 1 862 1 108 1 8461 Dibenzo(a,h)antraceno 6,22 1 135 1 6,22 1 1351 Acenafteno 6,711 88,91 162 5002 5,87 1 128 1 44 2 6402 Antraceno 46,9 1 245 1 85,3 2 11002 Fenantreno 41,91 5151 2402 15002 111 1 2355 1 600 2 51002 Fluoreno 21,2 1 144 1 19 2 5402 2-Metilnaftaleno 20,21 2011 701 6701 34,6 1 391 1 160 2 21002 53 1 875 1 665 2 26002 Grupo A Bifenilas Policloradas – Totais Criseno Acenaftileno Fluoranteno Grupo B Nível 2: nível acima do qual prevê-se um provável efeito adverso à biota. Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos – PAHs (g/kg) PC Bs (g/ kg) Nível 1: nível abaixo do qual prevê-se baixa probabilidade de efeitos adversos à biota; BHC (Delta-BHC) Pesticidas organoclorados (g/kg) Segundo a CONAMA nº 344/04: - Naftaleno FRF-IME / CPEA / FEEMAPireno # Soma de PAHs 1000 3000 21 Alternativas de Disposição de Material Dragado Operações de dragagem Alternativas de disposição final Transporte do material dragado Disposição final do material dragado Reutilização; Corpos hídricos; Confinamento. Caracterização do material dragado FRF-IME / CPEA / FEEMA 22 Reutilização do Material Dragado Os usos benéficos dos materiais dragados podem ser separados em 4 amplas categorias: Usos na Construção Civil Usos em Agricultura, Horticultura e Reflorestamento Proteção Costeira Gestão Ambiental FRF-IME / CPEA / FEEMA 23 Disposição em Corpos Hídricos Abertos - I FRF-IME / CPEA / FEEMA 24 Disposição em Corpos Hídricos Abertos - II a) Comportamento do Material Dragado durante e após a Dragagem FRF-IME / CPEA / FEEMA 25 Disposição em Corpos Hídricos Abertos – III b) Influência do ângulo de incidência na geometria do depósito FRF-IME / CPEA / FEEMA 26 IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE MATERIAL DE DRAGAGEM NO MAR – 1A FASE Em áreas dispersivas temos que: impacto sobre a qualidade da água é momentâneo e não significativo afugentamento da fauna de grande mobilidade, também considerado pouco significativo o transporte dos sedimentos pelas correntes deve ser monitorado FRF-IME / CPEA / FEEMA 27 IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE MATERIAL DE DRAGAGEM NO MAR – 2A FASE Em áreas dispersivas temos que: parte do material colapsa no fundo soterrando a fauna bentônica O impacto físico sobre a fauna bentônica dificulta a avaliação do impacto por eventual contaminação o transporte dos sedimentos pelas correntes de fundo é mais difícil de ser previsto e modelado mas também pode ser monitorado FRF-IME / CPEA / FEEMA 28 Disposição em Locais Confinados As Áreas de Disposição Confinada (ADC) – ou Confined Dredging Facilities (CDF) – vêm sendo cada vez mais utilizadas no mundo inteiro. A função deste tipo de área é confinar o material dragado contaminado, de forma a que sejam minimizados os efeitos que produz sobre a saúde humana e sobre o ambiente, em geral. Áreas de Disposição Confinada (ADC) Áreas de Disposição Confinada são áreas construídas artificialmente, cercadas por diques e destinadas a conter os materiais dragados contaminados, a fim de impedir seu vazamento para o meio ambiente. FRF-IME / CPEA / FEEMA 29 Tratamento do Material Contaminado Os processos de tratamento dos materiais contaminados são: Pré-tratamento. Tratamento físico-químico. Tratamento biológico. Tratamento térmico. Tratamento eletrocinético. Cimentação ou Imobilização. FRF-IME / CPEA / FEEMA 30 NECESSIDADE DE DRAGAR CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL DRAGADO FONTES DE CONTAMINAÇÃO NÃO O MATERIAL É ACEITÁVEL? SIM O MATERIAL PODE SE TORNAR ACEITÁVEL? NÃO OUTRO ANÁLISES QUÍMICAS? ECOTOXICIDADE? SIM SIM USO BENÉFICO USO BENÉFICO É POSSÍVEL? NÃO IDENTIFICAR E CARACTERIZAR LOCAL DE DISPOSIÇÃO DETERMINAR OS IMPACTOS POTENCIAIS E PREPARAR HIPÓTESES DE IMPACTO NÃO EXPEDIR PERMISSÃO? DIRETRIZ DE DRAGAGEM SIM LC72 – Resolução LC.52(18) -Specific Guidelines for Assessment IMPLEMENTAR O PROJETO E MONITORAR AS CONFORMIDADES MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO of Dredged Material Representação do limite da convenção FRF-IME / CPEA / FEEMA 31 QUAIS DIRETRIZES DE QUALIDADE DE SEDIMENTO? FRF-IME / CPEA Processo de avaliação do material de dragagem e da área de disposição segundo a CONAMA 344/04 /Resolução FEEMA 32 Definição dos Níveis de Contaminação Grupo I Pequena probabilidade de efeitos adversos Dispensa estudos para disposição Grupo II Nível 1 Grupo III Nível ????? Requer análises ecotoxicológicas FRF-IME / CPEA / FEEMA 2 Maior probabilidade de efeitos adversos Requer estudos detalhados dos impactos 33 ESTUDOS NO LOCAL DE DRAGAGEM ESTUDOS NO LOCAL DE DISPOSIÇÃO FRF-IME / CPEA / FEEMA 34 MODELO CONCEITUAL Dragagem e Disposição Marítima Fonte: Workshop CPEA/FUNDESPA FRF-IME / CPEA / FEEMA 35 MODELO CONCEITUAL Monitoramento Ambiental Fonte: Workshop CPEA/FUNDESPA FRF-IME / CPEA / FEEMA 36 Dificuldades e Problemas da Aplicação da Resolução 344/04 • Cada porto no Brasil tem uma solução diferente para a disposição do material de dragagem; • As áreas de disposição são muito heterogêneas – necessidade de estudos caso-a-caso; • Desconhecimento dos valores de “background” regional; • Subjetividade na interpretação dos “impactos significativos” no local de lançamento; • Não há padronização metodológica – coleta, tratamento das amostras, análises; • Poucas alternativas para avaliação ecotoxicológica de sedimentos – poucos testes padronizados ou normatizados; • Falta de uniformidade entre os órgãos de controle ambiental; • Falta de laboratórios que realizem as análises químicas e ecotoxicológicas de forma a cumprir corretamente o preconiza a resolução. FRF-IME / CPEA / FEEMA 37 Perspectivas e Necessidades Futuras • Padronização dos dados gerados • Compilação de dados que são gerados nos processos de licenciamento • Criação de um banco de dados brasileiro • Redefinição de padrões de qualidade de sedimentos daqui a 5 anos • Encurtar a distância entre: Geração do conhecimento científico Incorporação na legislação e políticas públicas Aplicação prática por parte dos empreendedores FRF-IME / CPEA / FEEMA 38 Perspectivas e Necessidades Futuras Monitoramento ambiental permanente, com a identificação da qualidade da água, dos sedimentos e das comunidades bentônicas; A modelagem matemática da hidrodinâmica das correntes na área portuária, com cenários de dados pré-dragagem, durante e pós-dragagem; Plano de monitoramento dos impactos da atividade de dragagem tanto na área dragada quanto na de descarte; Modelagem da dispersão de pluma de sedimentos nas áreas de descarte e dragagem; Monitoramento das atividades pesqueiras desenvolvidas na área de influência direta das atividades de dragagem e de descarte e suas interações. FRF-IME / CPEA / FEEMA 39 EIA-RIMA para a Dragagem de Aprofundamento do Canal de Navegação e Bacias de Evolução do Porto Organizado de Santos - SP Companhia Docas do Estado de São Paulo – CODESP www.portodesantos.com.br FRF-IME / CPEA / FEEMA 40 FONTES DE POLUIÇÃO DO SISTEMA ESTUARINO DE SANTOS E SÃO VICENTE Fontes: • Henri Borden • Efluentes industriais • Fontes difusas Avanços no controle da poluição: • Implementação de programas de controle das fontes atmosféricas • Implementação de programas controle dos efluentes industriais Sedimentos – passivo ambiental FRF-IME / CPEA / FEEMA 41 FONTES DE POLUIÇÃO E ÁREAS DE DISPOSIÇÃO DE SEDIMENTOS FRF-IME / CPEA / FEEMA 42 ESTUDOS REALIZADOS NO CANAL DO PORTO DE SANTOS Compilação de dados: • CETESB • CODESP • Trabalhos de pesquisa • Novas coletas FRF-IME / CPEA / FEEMA 43 46°20’W ESTUDOS REALIZADOS NO LOCAL DE DISPOSIÇÃO DE SEDIMENTOS 24° Tipos de estudos: • Análises químicas • Ensaios ecotoxicológicos Ponta do Munduba 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Ilha da Moela • Modelagem matemática 5’ FRF-IME / CPEA / FEEMA Fonte: Carta 1711, DHN - Marinha do Brasil, 1998 44 MODELAGEM MATEMÁTICA – DISPERSÃO DOS SEDIMENTOS – simulação para 5 dias após lançamento (sedimento na coluna d’água) FRF-IME / CPEA / FEEMA 45 MODELAGEM MATEMÁTICA – DISPERSÃO DOS SEDIMENTOS – simulação para 5 dias após lançamento (sedimento depositado no fundo) FRF-IME / CPEA / FEEMA 46 Baía de Sepetiba: Monitoramento Ambiental Estações de Amostragem de Sedimentos Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro – CDRJ www.portodorio.com.br DOCAS DO RIO FRF-IME / CPEA / FEEMA 50 DE SEPETIBA Baía de Sepetiba:BAÍA Background Regional 2200 CASO 2 CASO 1 50 2000 CASO 3 90 1800 1600 Zinco (µg/g) 1400 1200 1000 800 2° Nível de Ação 600 400 A-11 A-13 A-12 1° Nível de Ação 200 25 Contaminado Background Regional 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 Número de Dados FRF-IME / CPEA / FEEMA 51 Baía de Sepetiba: Baía Background Regional de Sepetiba 10,0 CASO 3 CASO 2 CASO 1 9,0 90 50 8,0 Cádmio (µg/g) 7,0 2° Nível de Ação 6,0 5,0 4,0 3,0 1° Nível de Ação 25 Contaminado 2,0 Background Regional A-13 A-12 A-11 1,0 0,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 Número de Dados FRF-IME / CPEA / FEEMA 52 Baía de Sepetiba: Concentração de Zinco nos Sedimentos FRF-IME / CPEA / FEEMA 53 Baía de Sepetiba: Estudos Complementares – Mobilidade dos Metais Os estudos complementares visaram avaliar a forma como os metais pesados reagem diante das variações físico-químicas do ambiente e a sua dinâmica, considerando que a determinação das concentrações desses poluentes nos sedimentos não indica, de fato, um risco iminente. A interação de componentes, tais como; a hidrodinâmica, as variações entre as fases de marés, as direções e velocidades de correntes na coluna d'água, a granulometria, a presença de carbono orgânico, a presença de sulfetos, e o potencial redox, são fatores que, entre outros, fundamentam a mobilidade dos metais no ecossistema aquático Esta diferenciação entre os metais demonstra que a dinâmica de cada metal é distinta; o manejo da contaminação, portanto, não deve considerar todos os metais, mas sim caso a caso. FRF-IME / CPEA / FEEMA 54 Baía de Sepetiba: Estudos Complementares – Modelo de Atenuação O modelo AVS¹/SEM², que determina a toxicidade de um sedimento devido a sua concentração em metais, permitiu distinguir áreas relativamente sensíveis, devido a sua baixa concentração de sulfetos, localizadas nas proximidades da ilha de Jaguanum. O estudo demonstrou que as concentrações de zinco e cádmio na Baía de Sepetiba são elevadas, mas devido às igualmente elevadas concentrações de sulfetos, sua toxicidade ainda é baixa. ¹ Extração dos sulfetos voláteis em meio ácido ² Quantificação dos metais simultaneamente extraídos FRF-IME / CPEA / FEEMA 55 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA (REAL ACADEMIA DE ARTILHARIA, FORTIFICAÇÃO E DESENHO,1792) José Carlos C. Amorim Chefe da Subdivisão de Pesquisa e Extensão [email protected] Tel.: 21-2546-7026 FRF-IME / CPEA / FEEMA 56