Sellyanna Domeny dos Santos
A ABELHINHA E
O BEIJA-FLOR
A ABELHINHA E O
BEIJA-FLOR
Sellyanna Domeny dos Santos
1ª Edição – Sessão “O Contador de Histórias”
EDITORA
Aracaju-SE
Preparo de originais, revisão, ilustrações, capa, fotos,
editoração eletrônica
Sellyanna Domeny dos Santos
Domeny-Santos, Sellyanna.
A Abelhinha e o Beija-flor / Sellyanna Domeny dos Santos – 1 ed. Aracaju:
Editora Hospital do Coração, 2014
7ª SIPAT 2014 – Sessão “O Contador de Histórias”
1. Ver as coisas a seu modo. 2. Ser diferente é legal. 3. Sentimentos. I.
Título
Editora
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A todos que desejam ser
diferentes, livres e originais”
Diego Fernandes. Do livro Fala sério! É proibido ser diferente?
“A melhor maneira de começar o dia é se comprometer a
fazer feliz ao menos uma pessoa antes de o sol se pôr”.
Há quanto tempo não o vejo,
Meu amigo jornalista
Por onde andas, caro colega.
Escrevendo pra uma revista?
Um dia desses o vi
Tava dando uma entrevista
Pessoal, este é o Jaime
Pense num grande artista
Conheci no Espanhol
Pessoa muito altruísta
Dos meus convidados especiais
Claro! Não poderia faltar na lista
Minha carequinha da hora,
“Muy rica eres tu, mi preciosa”
Gente, esta é Dra Selly
Uma pessoa valiosa
Já pressinto coisa boa
Que vem desta habilidosa
Com seu silêncio ousado
Esta menina faz e acontece
Não precisa me elogiar tanto
Assim você me envaidece
Você que é uma caixinha de surpresas
Palmavas pra ela, gente, ela merece
Outros amigos vieram
Participar desta alegria
Kleverton e Alexsandra
Tem violão, tem cantoria
Ter este casal aqui conosco
É como ganhar na loteria
Esta é Hellen, a enfermeira
Super mãe, atenciosa
Tem um coração enorme
É sério! Muito bondosa
Hoje é nossa Cicerone Acolhedora
Tinha que trazer pra esta prosa
E pra completar nosso time
Eis a Jéssica, enfermeira e assistente
Companheira de aventuras
Hoje decorou nosso ambiente
Com seu balonismo artístico
E aí? Gostaram, gente?
Preparem-se pra nosso tema
De impacto sem igual
CONVIVER COM AS DIFERENÇAS
Nunca nos fará mal
Porque todos valem a pena
E ser diferente é legal
Porque tudo o que fazemos
E onde quer que estejamos
As pessoas que conhecemos
Tudo está nos planos
São oportunidades únicas
Pra os nossos olhos humanos
Então, conheçam nossa abelhinha
Só tristeza, desolação
Pensava que sua rainha
Iria lhe deixar na mão
Que só amava as irmãzinhas
Mas a ela? Não, não, não
Via a colméia em festa
Esta era a impressão que ela tinha
“Mas por que um vazio tão grande?”
Por que sua alegria não vinha
Voou, voou bem distante
Até doer a asinha
Eis que avista na floresta
Um jardim encantador
Eram flores de todas as cores
Um paraíso encontrou
Coletou tanto, mas tanto néctar
E feliz pra colônia voltou
Chegando la, meus amigos,
Ela exalava só alegria
Trazendo tanto, mas tanto néctar
Vinha cheia de euforia
Perguntaram onde conseguiu
Tanta mercadoria
Queriam apenas ajudar
A aumentar a produção
Pra o mel não faltar
Na próxima estação
Pois quando se trabalha em equipe
Não é trabalho, é só curtição
“Será que digo ou não digo?
Se disser será um estouro
Sairão com toda pressa
Querendo roubar meu tesouro
E o amor da Rainha por mim
Não mais será duradouro”
Disse, então, com voz baixinha
Pra resolver a questão
“Encontrei uma florzinha
Em meio ao estradão
Que pena! Tava tão sozinha
Não deve estar lá mais não”
E saiu bem de fininho
Pra não chamar a atenção
Não queria nenhum curioso
Abelhudando a missão
De trazer néctar todo dia
E ganhar mais admiração
Achava, então, que o destino
Tinha lhe dado um presente
Depois de tanto sofrer
Por se sentir diferente
Agora não mais faltaria
Riqueza e amor, minha gente
Tinha que manter escondida
Aquela situação
Pois se descobrissem a mentira
Adeus absolvição
“Será que fiz o que é certo?
Será que eu tenho perdão?”
Pois quando se quebre a confiança
É difícil recuperar
“Será que devia ter dito
Aquilo que eu disse lá?
Agora já foi, não tem jeito
Não vou mais me perturbar”
Retornando ao jardim secreto
Qual não foi sua surpresa
Em ver um beija-flor tão leve
Sugando com tanta destreza
O néctar que de presente ganhou
Do Dono da Natureza
“Sai daí, criatura enxerida,
Se prepare pra uma ferroada
Saiba que não to boa hoje
Conseguiu me deixar zangada
Como, sem licença, suga
Minhas flores, alma penada?
“O que diz, pequena abelhinha?
Não entendo seu enxame não.
Há flores por todos os lados
Dá pra alimentar um milhão
Tem pra você, tem pra mim
Somos filhos da Criação”
“Nem tente me convencer
Com este papinho infeliz
Só to mirando você
Saiba que escapou por um triz
Se tentar sugar de novo
Vai ficar com cicatriz”
Enquanto zumbia toda-toda
A abelhinha malcriada
De longe rápido se via
Um faminto em disparada
“Cuidado, abelhinha, um pardal
Acaba de surgir do nada”
Desviou rapidamente
Sem pestanejar um instante
Por pouco não foi parar
No bico daquele espreitante
O cuidado do beija-flor
Foi até desconcertante
Sem tempo para pensar
Fugiu deste futuro
De virar presa do pardal
Que a perseguia seguro
Tava na mira a coitada
“Ó meu Deus, está em apuro”
Tratou de voar bem rápido
O serelepe beija-flor
Deu uma “trombada” daquelas
No pardal, que sentiu dor
Fugiu sem pensar duas vezes
E nem sua fome matou
A abelhinha assustada
Agradeceu a bravura
Daquele que ela antes tratou
Com tanta descompostura
Entendeu que na verdade ele era
O seu anjo de candura
“Se achegue, meu nobre anjo
Entendi uma lição
Que se não tivesse um amigo
Com tanta dedicação
Viraria comida de pardal
Não tava aqui mais não”
“Compartilhe do meu jardim
Eu lhe dou a permissão”
E o beija-flor, abismado,
Mas sem perder a razão
Tratou de mais uma vez usar
Seu dom da orientação
“Minha querida abelhinha,
Preste atenção no que eu digo
Se eu não estivesse aqui
Te servindo, como amigo,
Você não mais voltaria
Pro seu lar, pro seu abrigo”
“Você não tem família?
Abelhas a te esperar?
Por mais diferentes que sejam,
Pois assim você deve achar,
Se estivessem aqui com você
Este perigo não iria passar”
“É verdade, Sr. Beija-flor
Você me fez refletir
Que sozinha aqui na floresta
Muito medo eu senti
Mas com amigos e família
Este mal não há de vir”
“Agradeço a simpatia
E seu cuidado confortante.
Das aves da natureza,
És um bom representante.
Voltarei para a colônia.
Adeus, Sr. Viajante”
Quando chegou à colméia
Quanta satisfação
Contou às irmãs o que houve
Temendo um furacão
Para surpresa da abelhinha
Recebeu delas um abração
A Rainha, toda orgulhosa
Estava com o coração na mão
Mas tinha que ter deixado
A abelhinha aprender a lição
Porque é muitas vezes à vida
Que cabe esta missão
Passou tristeza, passou inveja
Passou egoísmo, passou medo
Tudo passa nesta vida
Mas te conto um segredo
Com família, com amigos
Sempre termina bem este enredo
Agradeçamos a aqueles
Que nunca desistem da gente
Porque muitas vezes erramos
Com nosso olhar diferente
E nesta hora precisamos
De generosidade urgente
Cada um é o que é
E não existe besteira
Tudo o que acontece
Olhamos a nossa maneira
É isso o que faz da vida
Uma eterna brincadeira
Vamos, juntos, sem demora,
Brindar a vida, aos sinais
E agradecer ao Criador
Por nós não sermos iguais
Porque a grande delicia da vida
É sermos originais
Música: Ninguém é igual a ninguém
Youtube: “Ninguém é igual a ninguém” (CD Infantil "Olha só quem vem aí...!")
Não queira ser aquilo que o outro é
Não queira ser aquilo que o outro é
Nem que o outro seja, ora veja, tudo aquilo que você quer
Não queira ser aquilo que o outro é
Não queira ser aquilo que o outro é
Nem que o outro seja, ora veja, tudo aquilo que você quer
Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem
Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem
A gente mesmo se inverte no espelho
O que reflete exatamente este conselho
Não queira ser aquilo que o outro é
Não queira ser aquilo que o outro é
Nem que o outro seja, ora veja, tudo aquilo que você quer
Solo 1
Tem gente triste que anda mal humorada
Só vive resmungando sem dar uma risada
Solo 2
Tem a nervosa que está sempre irritada
Briga por qualquer coisinha, deixa a gente chateada
Solo 3
E a corajosa que enfrenta coisas novas
Fazendo a vida ficar menos dolorosa
Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem
Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem
Negro, branco, pardo ou amarelo
Alto, baixo, gordo ou magricelo
Moreno, loiro, careca ou cabeludo
Deficiente, cego, surdo ou mudo
Em tudo tem diferença
Desde nascença
No que a gente é, no que a gente faz
No que a gente pensa
Todos tem diferença
Desde nascença
A gente é o que é, a gente é demais
A lista é imensa
Viva a diferença
Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem
Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem
Viva a diferença (5x)
Sessão “O Contador de Histórias” - 02/12/2014
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
foto
Alexsandra Xavier da Costa Carvalho &
José Kleverton Carvalho Santos
(Canto e Violão)
Hellen Christiane de Araujo Correia Mendonça
– Enfermeira que acolhe com carinho
(A Cicerone Acolhedora)
Jaime Santana Neto – O Jornalista
(O Contador de Histórias)
Jéssica Maria Silva Bitencourt – A Enfermeira Aventureira
(A Decoradora de Ambiente)
Sellyanna Domeny dos Santos – A Infectologista que ama dar e receber sorrisos
com ajuda da Arte
(A Contadora de Histórias)
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