Sellyanna Domeny dos Santos A ABELHINHA E O BEIJA-FLOR A ABELHINHA E O BEIJA-FLOR Sellyanna Domeny dos Santos 1ª Edição – Sessão “O Contador de Histórias” EDITORA Aracaju-SE Preparo de originais, revisão, ilustrações, capa, fotos, editoração eletrônica Sellyanna Domeny dos Santos Domeny-Santos, Sellyanna. A Abelhinha e o Beija-flor / Sellyanna Domeny dos Santos – 1 ed. Aracaju: Editora Hospital do Coração, 2014 7ª SIPAT 2014 – Sessão “O Contador de Histórias” 1. Ver as coisas a seu modo. 2. Ser diferente é legal. 3. Sentimentos. I. Título Editora Rua Campos, 75, Bairro São José CEP 49015-220 – Aracaju – SE – Brasil Tel: (79) 21065535 / 5521 E-mail: [email protected] Site: http://hospitaldocoracao-se.com.br/ A todos que desejam ser diferentes, livres e originais” Diego Fernandes. Do livro Fala sério! É proibido ser diferente? “A melhor maneira de começar o dia é se comprometer a fazer feliz ao menos uma pessoa antes de o sol se pôr”. Há quanto tempo não o vejo, Meu amigo jornalista Por onde andas, caro colega. Escrevendo pra uma revista? Um dia desses o vi Tava dando uma entrevista Pessoal, este é o Jaime Pense num grande artista Conheci no Espanhol Pessoa muito altruísta Dos meus convidados especiais Claro! Não poderia faltar na lista Minha carequinha da hora, “Muy rica eres tu, mi preciosa” Gente, esta é Dra Selly Uma pessoa valiosa Já pressinto coisa boa Que vem desta habilidosa Com seu silêncio ousado Esta menina faz e acontece Não precisa me elogiar tanto Assim você me envaidece Você que é uma caixinha de surpresas Palmavas pra ela, gente, ela merece Outros amigos vieram Participar desta alegria Kleverton e Alexsandra Tem violão, tem cantoria Ter este casal aqui conosco É como ganhar na loteria Esta é Hellen, a enfermeira Super mãe, atenciosa Tem um coração enorme É sério! Muito bondosa Hoje é nossa Cicerone Acolhedora Tinha que trazer pra esta prosa E pra completar nosso time Eis a Jéssica, enfermeira e assistente Companheira de aventuras Hoje decorou nosso ambiente Com seu balonismo artístico E aí? Gostaram, gente? Preparem-se pra nosso tema De impacto sem igual CONVIVER COM AS DIFERENÇAS Nunca nos fará mal Porque todos valem a pena E ser diferente é legal Porque tudo o que fazemos E onde quer que estejamos As pessoas que conhecemos Tudo está nos planos São oportunidades únicas Pra os nossos olhos humanos Então, conheçam nossa abelhinha Só tristeza, desolação Pensava que sua rainha Iria lhe deixar na mão Que só amava as irmãzinhas Mas a ela? Não, não, não Via a colméia em festa Esta era a impressão que ela tinha “Mas por que um vazio tão grande?” Por que sua alegria não vinha Voou, voou bem distante Até doer a asinha Eis que avista na floresta Um jardim encantador Eram flores de todas as cores Um paraíso encontrou Coletou tanto, mas tanto néctar E feliz pra colônia voltou Chegando la, meus amigos, Ela exalava só alegria Trazendo tanto, mas tanto néctar Vinha cheia de euforia Perguntaram onde conseguiu Tanta mercadoria Queriam apenas ajudar A aumentar a produção Pra o mel não faltar Na próxima estação Pois quando se trabalha em equipe Não é trabalho, é só curtição “Será que digo ou não digo? Se disser será um estouro Sairão com toda pressa Querendo roubar meu tesouro E o amor da Rainha por mim Não mais será duradouro” Disse, então, com voz baixinha Pra resolver a questão “Encontrei uma florzinha Em meio ao estradão Que pena! Tava tão sozinha Não deve estar lá mais não” E saiu bem de fininho Pra não chamar a atenção Não queria nenhum curioso Abelhudando a missão De trazer néctar todo dia E ganhar mais admiração Achava, então, que o destino Tinha lhe dado um presente Depois de tanto sofrer Por se sentir diferente Agora não mais faltaria Riqueza e amor, minha gente Tinha que manter escondida Aquela situação Pois se descobrissem a mentira Adeus absolvição “Será que fiz o que é certo? Será que eu tenho perdão?” Pois quando se quebre a confiança É difícil recuperar “Será que devia ter dito Aquilo que eu disse lá? Agora já foi, não tem jeito Não vou mais me perturbar” Retornando ao jardim secreto Qual não foi sua surpresa Em ver um beija-flor tão leve Sugando com tanta destreza O néctar que de presente ganhou Do Dono da Natureza “Sai daí, criatura enxerida, Se prepare pra uma ferroada Saiba que não to boa hoje Conseguiu me deixar zangada Como, sem licença, suga Minhas flores, alma penada? “O que diz, pequena abelhinha? Não entendo seu enxame não. Há flores por todos os lados Dá pra alimentar um milhão Tem pra você, tem pra mim Somos filhos da Criação” “Nem tente me convencer Com este papinho infeliz Só to mirando você Saiba que escapou por um triz Se tentar sugar de novo Vai ficar com cicatriz” Enquanto zumbia toda-toda A abelhinha malcriada De longe rápido se via Um faminto em disparada “Cuidado, abelhinha, um pardal Acaba de surgir do nada” Desviou rapidamente Sem pestanejar um instante Por pouco não foi parar No bico daquele espreitante O cuidado do beija-flor Foi até desconcertante Sem tempo para pensar Fugiu deste futuro De virar presa do pardal Que a perseguia seguro Tava na mira a coitada “Ó meu Deus, está em apuro” Tratou de voar bem rápido O serelepe beija-flor Deu uma “trombada” daquelas No pardal, que sentiu dor Fugiu sem pensar duas vezes E nem sua fome matou A abelhinha assustada Agradeceu a bravura Daquele que ela antes tratou Com tanta descompostura Entendeu que na verdade ele era O seu anjo de candura “Se achegue, meu nobre anjo Entendi uma lição Que se não tivesse um amigo Com tanta dedicação Viraria comida de pardal Não tava aqui mais não” “Compartilhe do meu jardim Eu lhe dou a permissão” E o beija-flor, abismado, Mas sem perder a razão Tratou de mais uma vez usar Seu dom da orientação “Minha querida abelhinha, Preste atenção no que eu digo Se eu não estivesse aqui Te servindo, como amigo, Você não mais voltaria Pro seu lar, pro seu abrigo” “Você não tem família? Abelhas a te esperar? Por mais diferentes que sejam, Pois assim você deve achar, Se estivessem aqui com você Este perigo não iria passar” “É verdade, Sr. Beija-flor Você me fez refletir Que sozinha aqui na floresta Muito medo eu senti Mas com amigos e família Este mal não há de vir” “Agradeço a simpatia E seu cuidado confortante. Das aves da natureza, És um bom representante. Voltarei para a colônia. Adeus, Sr. Viajante” Quando chegou à colméia Quanta satisfação Contou às irmãs o que houve Temendo um furacão Para surpresa da abelhinha Recebeu delas um abração A Rainha, toda orgulhosa Estava com o coração na mão Mas tinha que ter deixado A abelhinha aprender a lição Porque é muitas vezes à vida Que cabe esta missão Passou tristeza, passou inveja Passou egoísmo, passou medo Tudo passa nesta vida Mas te conto um segredo Com família, com amigos Sempre termina bem este enredo Agradeçamos a aqueles Que nunca desistem da gente Porque muitas vezes erramos Com nosso olhar diferente E nesta hora precisamos De generosidade urgente Cada um é o que é E não existe besteira Tudo o que acontece Olhamos a nossa maneira É isso o que faz da vida Uma eterna brincadeira Vamos, juntos, sem demora, Brindar a vida, aos sinais E agradecer ao Criador Por nós não sermos iguais Porque a grande delicia da vida É sermos originais Música: Ninguém é igual a ninguém Youtube: “Ninguém é igual a ninguém” (CD Infantil "Olha só quem vem aí...!") Não queira ser aquilo que o outro é Não queira ser aquilo que o outro é Nem que o outro seja, ora veja, tudo aquilo que você quer Não queira ser aquilo que o outro é Não queira ser aquilo que o outro é Nem que o outro seja, ora veja, tudo aquilo que você quer Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem A gente mesmo se inverte no espelho O que reflete exatamente este conselho Não queira ser aquilo que o outro é Não queira ser aquilo que o outro é Nem que o outro seja, ora veja, tudo aquilo que você quer Solo 1 Tem gente triste que anda mal humorada Só vive resmungando sem dar uma risada Solo 2 Tem a nervosa que está sempre irritada Briga por qualquer coisinha, deixa a gente chateada Solo 3 E a corajosa que enfrenta coisas novas Fazendo a vida ficar menos dolorosa Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem Negro, branco, pardo ou amarelo Alto, baixo, gordo ou magricelo Moreno, loiro, careca ou cabeludo Deficiente, cego, surdo ou mudo Em tudo tem diferença Desde nascença No que a gente é, no que a gente faz No que a gente pensa Todos tem diferença Desde nascença A gente é o que é, a gente é demais A lista é imensa Viva a diferença Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem Ninguém é igual a ninguém, ainda bem, ainda bem Viva a diferença (5x) Sessão “O Contador de Histórias” - 02/12/2014 PARTICIPAÇÃO ESPECIAL foto Alexsandra Xavier da Costa Carvalho & José Kleverton Carvalho Santos (Canto e Violão) Hellen Christiane de Araujo Correia Mendonça – Enfermeira que acolhe com carinho (A Cicerone Acolhedora) Jaime Santana Neto – O Jornalista (O Contador de Histórias) Jéssica Maria Silva Bitencourt – A Enfermeira Aventureira (A Decoradora de Ambiente) Sellyanna Domeny dos Santos – A Infectologista que ama dar e receber sorrisos com ajuda da Arte (A Contadora de Histórias)