Questão 13
CURSO E COLÉGIO
Um besouro havia caído em uma piscina e, embora a maior parte de seu corpo estivesse acima do
nível da água, a cabeça do inseto estava totalmente submersa. Pedrinho, que observava a cena,
retirou o animal da piscina depois de mais de trinta minutos nessa situação. O besouro continuava
vivo e saiu andando, como se nada tivesse acontecido. Pedrinho quis repetir a cena consigo mesmo,
mas não conseguiu manter a cabeça submersa por mais de dois minutos sem respirar.
Considerando as características do sistema respiratório dos insetos e as características do sistema
respiratório dos mamíferos, explique por que o besouro conseguiu ficar tanto tempo com a cabeça
submersa e explique por que Pedrinho não o conseguiu.
Resposta:
O besouro observado por Pedrinho, como todos os insetos, possui sistema respiratório traqueal, uma
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adaptação muito eficiente à vida no ambiente terrestre. Esse sistema é formado por finíssimos tubos que
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percorrem todo o corpo do animal – as traqueias – que se comunicam com o exterior por meio de pequenas
aberturas ao longo das duas laterais do corpo, na superfície do tórax e do abdome – essas aberturas são os
espiráculos.
Na situação descrita, na qual o besouro estava apenas com a cabeça totalmente submersa, mas o resto do
corpo estava acima do nível da água, não havia qualquer comprometimento da função respiratória: o animal
realizava as trocas gasosas normalmente, pois as entradas de ar, levando oxigênio para suas células não
estavam obstruída pela água.
No caso de Pedrinho – um mamífero – o sistema respiratório é pulmonar, com aberturas para entrada e saída
de ar situadas na face – as narinas e eventualmente a boca. Ao submergir a cabeça, qualquer mamífero tem
impedida a função respiratória: a água que invade o sistema por essas entradas bloqueia a passagem de ar até
os pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas. Numa situação de risco de morte como esta alguns mecanismos
de proteção à vida são disparados automaticamente pelo sistema nervoso, literalmente obrigando o animal –
no caso Pedrinho – a retirar a cabeça da água.