 Instituição
Escola Técnica Sandra Silva
 Direção
Sandra Silva
 Título do Trabalho
Dique seco, dique flutuante e navio dique - Funcionalidade
 Áreas
Construção Naval
 Coordenador Geral
Carlos Augusto Gomes Neves
 Professores Orientadores
Alex Rodrigues
Daniel Alves Ferreira Junior
 Alunos Autores
Carlos Eduardo Pereira da Silva
Jefferson Ricardo de Mendonça
 Avaliadores
Bianca Figueiredo Pinudo Gomes
Ernesto dos Santos Filho
 Duração no desenvolvimento do Projeto
3 meses
 Conclusão do Projeto
2013
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 05
Objetivo geral ....................................................................................................................................... 05
Objetivos específicos............................................................................................................................ 05
CAPÍTULO I ........................................................................................................................................ 06
1.1 CONCEITO HISTÓRICO ............................................................................................................. 06
1.2 A IMPORTÂNCIA DOS DIQUES ............................................................................................... 06
1.3 DOCAGEM .................................................................................................................................... 07
1.4 PICADEIROS ................................................................................................................................ 09
1.5 TIPOS DE DIQUES ....................................................................................................................... 10
1.5.1 Dique Seco ou Dique Tradicional ............................................................................................... 10
1.5.1.2 Funcionamento ......................................................................................................................... 11
1.5.2 Dique Flutuante ........................................................................................................................... 12
1.5.3 Estrutura ...................................................................................................................................... 13
1.5.4 Funcionamento ............................................................................................................................ 14
1.5.5 Navio Dique ou Navio Semissubmersível (Heavy Lift) ............................................................. 15
1.5.6 Estrutura ...................................................................................................................................... 16
1.5.7 Funcionamento ............................................................................................................................ 17
CAPÍTULO II ...................................................................................................................................... 19
O PROJETO DIQUE FLUTUANTE ................................................................................................... 19
2.1 CONCEITO .................................................................................................................................... 19
2.2 DEMANDA DO MERCADO DE REPARO NAVAL ................................................................. 20
2.3 O DIQUE FLUTUANTE ............................................................................................................... 20
CAPÍTULO III ..................................................................................................................................... 22
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS DIQUES ........................................................................ 22
3.1 DIQUE SECO ................................................................................................................................ 22
3.1.1 Vantagens .................................................................................................................................... 22
3.1.2 Desvantagens ............................................................................................................................... 22
2
3.2 DIQUE FLUTUANTE ................................................................................................................... 23
3.2.1 Vantagens .................................................................................................................................... 23
3.2.2 Desvantagens ............................................................................................................................... 23
3.3 NAVIO DIQUE.............................................................................................................................. 24
3.3.1 Conceitos de Vantagens .............................................................................................................. 24
3.3.2 Conceito de Desvantagens .......................................................................................................... 24
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 26
3
RESUMO
Este trabalho visa expor as mais comuns características da estrutura mais útil da indústria naval e suas
variações; o Dique ou Doca. Tendo em vista as oscilações da economia mundial e setor naval mesmo
acompanhando os índices de variações, ainda se mantem como o principal meio de transporte de
materiais em geral. Sabendo que a indústria marítima e sua ascensão é uma via única, onde tende a
serem cada vez mais utilizados, os cuidados com a manutenção tem ganhado sua devida atenção, é aí
onde nota-se a importância dos diques e seus derivados, onde a modernização em tecnologia, aplicada
a esta estrutura, vem resultando em rapidez; facilidades e eficiência no seu propósito.
Palavras- Chave: Características, Estrutura, Indústria, Naval, Dique.
4
INTRODUÇÃO
Objetivo geral
Conhecer de forma resumida e direta o conceito, histórico e a funcionalidade dos diversos tipos de
dique no setor naval. Especificando os seguintes temas:
Objetivos específicos
a)
Entender a importância dos diques;
b)
Conhecer as maneiras básicas de funcionamento;
c)
E ressaltar entre os exemplos aqui apresentados as vantagens e desvantagens.
Houve uma época onde a humanidade primitivamente dependia dos meios marítimos para
compartilharem de soluções para suas necessidades mais simples, como por exemplo, alimentar-se.
Mas num dado momento algum homem compreendeu que esse meio não era nada casual, mas sim
um avanço, uma oportunidade; e assim ao longo dos anos o quê uma vez apresentou-se como
primitivos, hoje veste uma reluzente armadura de revolução, modernização e contínuo avanço em seu
seguimento.
Hoje vemos no tráfego marítimo uma solução econômica, eficaz, produtiva e lucrativa; para
transportes em geral. A indústria naval vem se tornando a cada ano no mundo, o meio mais utilizado
para comercialização de quaisquer produtos e com isso impulsionam a modernização e qualificação
dos serviços, para atender o surgimento de cada vez mais clientes em potencial, aumentando também
a competitividade do setor.
Sendo as embarcações os principais meios de transporte marítimo e fluvial, sua importância se dá por
sua ‘Inter mobilidade’ e alta capacidade de transportar diversos tipos de cargas. Levando em
consideração tal importância, a construção e manutenção dessas estruturas são determinantes para o
crescimento do setor naval. Uma das mais eficientes estruturas utilizadas para realização de
manutenção e construção de embarcações são os variados tipos de Diques. No tocante de reparo
naval, a docagem é um sinônimo para tal trabalho, sendo de suma importância também sua análise.
5
CAPÍTULO I
1.1 CONCEITO HISTÓRICO
Historicamente o início da tecnologia de construção naval remonta aos tempos Harapianos. Os
Harapianos (ou civilização do Vale do Indo) construíram a primeira doca (Dique) de maré do mundo
para atracação e manutenção de navios na cidade portuária de Lothal. Os cientistas de Lothal foram
os que iniciaram o estudo das estrelas e da navegação. Lothal em Gujarat é um dos principais sítios
da arqueologia.
O dique, na construção naval, era também muito utilizado pelos egípcios, que em numa época bem
distante, segundo o escritor grego Ateneu, eram valas secas onde os navios eram construídos e
reparados. Terminado o trabalho, a vala era aberta para o mar e a inundação resultante fazia o navio
flutuar.
1.2 A IMPORTÂNCIA DOS DIQUES
As intensas atividades petrolíferas offshore, no tempo atual, impulsionaram o desenvolvimento da
indústria naval nacional e mundial, consequentemente, estimulou-se a demanda por novas
embarcações. A descoberta do pré-sal ratificou a motivação para este aumento da demanda, por
exemplo, de navios-sonda, plataformas de produção e embarcações de apoio marítimo.
O governo brasileiro, visando estimular o setor naval do país lançou algumas medidas de política
industrial e com isso as empresas de petróleo e gás efetuaram grandes encomendas aos estaleiros
nacionais. Este movimento de retomada de investimentos foi iniciado a partir da necessidade de
renovação e ampliação da frota de apoio marítimo, que, além de representar maior número de
encomendas, gerando escala, era composta por embarcações mais simples e mais baratas do que os
navio-sonda e as plataformas de produção.
6
Mas é bem verdade que há, na frota nacional e mundial, embarcações antigas que ainda podem e
deverão ser reaproveitadas para o ingresso nessa nova empreitada. Sendo assim, observamos aqui a
objetividade e importância dos diques [Fig. 1] no setor naval.
Um Dique [Fig.1] que é a parte de um porto e/ou estaleiro, rodeada de cais, na qual entram os navios
para se abrigarem; efetuarem carregamento e/ou descarregamento; serem reparados; serem
inspecionados, além de construídos. Mostra-se um elemento fundamental nesse empreendimento pela
eficiência e eficácia no propósito à que se destina.
Figura 01: Maior Dique Seco da América Latina – Estaleiro Rio Grande, (RS) BRASIL.
7
1.3 DOCAGEM
É basicamente impossível argumentar sobre diques e suas variações sem falar do processo de
Docagem [Fig.2]. Após a sua construção, cada navio tem delineado um ‘Plano de Manutenção’, de
acordo com regras definidas pela Sociedade Classificadora, que certificou a construção do navio, pelo
porto de registro ou pelo próprio armador. Esse plano varia de acordo com o tipo de classe que é
atribuída ao navio e consiste numa série de eventos que incluem inspeções visuais, execução de testes
em alguns dos equipamentos a bordo em elementos estruturais do mesmo, denominado com docagem
periódica.
A docagem representa a possibilidade de inspecionar o navio e fazer os necessários reparos com este
fora de água, permitindo o acesso a zonas normalmente só acessíveis por mergulhadores. O processo
de docagem é uma etapa fundamental para a construção ou reparo de embarcações. Este processo
requer cuidados especiais devido aos riscos envolvidos para a segurança não só do material, mas
também dos trabalhadores envolvidos.
Figura 02: Embarcação Adentrando o Dique para Docagem.
8
1.4 PICADEIROS
De uma forma geral a docagem é um processo que consiste na preparação do plano de picadeiros
[Fig.3], gerado a partir do arranjo geral da embarcação. Depois de recebido o ‘Plano de docagem’,
entregue ao estaleiro pelo armador, ocorre à verificação deste plano para o assentamento do navio.
Uma vez feita à distribuição dos picadeiros no dique é feita aproximação da embarcação e o
alinhamento com o dique.
Figura 03: Navio Sobre Picadeiros Num Dique Flutuante. (circulonaval.com/Foro/foro_13.htm)
9
1.5


TIPOS DE DIQUES

Dique Seco ou Dique Tradicional; 

Dique Flutuante e 

Navio Dique. 
1.5.1 Dique Seco ou Dique Tradicional
Um dique seco [Veja a figura 04] que é um tipo de doca consiste numa bacia retangular escavada na
costa preenchida de água, utilizada para reparo e inspeção de navios. Ele dispõe de paredes e, ou
portões estanques removíveis (também conhecido como porta-batel), que o comunica com o exterior,
para entrada e saída de navios, e o isola para esvaziar a doca.
O dique seco possui uma secção transversal se aproxima à secção transversal de um navio, com o
espaço necessário para operários e transporte de peças.
Figura 04: Foto de Alexandre Severo do JC mostra o casco do primeiro navio do EAS sendo concluído no dique seco .
(http://pedesenvolvimento.com/2010/03/14/reta-final-para-primeiro-navio-ao-mar/)
10
1.5.1.2 Funcionamento
A porta batel isola a doca pelo seu lado exterior. Esta é assim designada, visto que serve para fechar a
entrada do dique e flutua como um batel. Sobre ela existe uma passagem que liga os dois lados do
dique que permite a passagem de pessoal. Esta encaixa numa ranhura na entrada do dique devido ao
seu peso quando o dique se encontra vazio, podendo ser facilmente removida por flutuação quando o
dique se encontra preenchido com água.
A sua remoção pode ser feita por dois processos, por elevação ou rotação. O esgoto ou esvaziamento
dos diques faz-se com bombas, ou por gravidade, no caso dos diques pequenos, aproveitando a
descida da maré. O enchimento faz-se normalmente por gravidade através da utilização de válvulas.
Quando o navio é atracado, primeiramente o dique é inundado, e o portão retirado.
Depois que o navio esta dentro do dique, o alinhamento do mesmo com os picadeiros é feito através
de flutuadores que são fixados nos picadeiros, tanto a vante quanto a ré, junto com os prumos que são
colocados nas extremidades longitudinais da embarcação; sendo assim o portão estanque é colocado
no seu lugar e o dique é esvaziado lentamente, descendo gradualmente a embarcação repousa sobres
os picadeiros devidamente fixados ao solo. [Fig.5]
Figura 05: Ilustração de Dique Seco.
11
1.5.2 Dique Flutuante
O conceito deste dique [Fig.6] é completamente oposto do anterior, pois diferente do dique seco, o
movimento de emergir e submergir é feito pelo dique e não pela embarcação. O dique flutuante é uma
embarcação de grande porte, possui estrutura multicelular do tipo gravidade sem propulsão própria,
utilizado para reparo, limpeza, vistoria e outros serviços. A estrutura pode ser de metal e até mesmo
de concreto armado.
Como o próprio nome já diz está estrutura é flutuante, o que permite sua locomoção, com a ajuda de
um rebocador, até o local de reparo se necessário, mas normalmente ele fica docado na beira de rio ou
baia, local onde não há influência da agitação do mar em relação a sua estabilidade.
As docas flutuantes têm uma secção transversal semelhante à secção transversal de um navio, em
forma de U.
Figura 06: Dique-flutuante construída pela Strategic Marine, com o novo trimaran da Austal Ships.
(©)
Copyright foto: Cummins Commentary
12
1.5.3 Estrutura
Sua estrutura [Fig.7] é composta por três elementos principais que o caracterizam, são esses os
tanques de lastro, responsáveis pela emersão e submersão do dique onde cada tanque possuía uma
válvula de retenção; a bacia de docagem, local onde o navio fica apoiado com o auxilio dos
picadeiros; e as alas laterais, onde se encontram a sala de maquinas, compartimento de válvulas de
comando, refeitório, alojamento, compartimento de grupo gerador, estações e cabine de comando.
Esta estrutura torna-as parcialmente submersíveis. São construídas de aço, embora também possam
ser utilizados madeira e concreto armado. O dique flutuante pode ter anexado em sua estrutura
guindastes para auxiliarem na locomoção de materiais, peças, equipamentos e operários.
Figura 07: Arranjo – Secção Transversal de Um Dique Flutuante.
13
1.5.4 Funcionamento
O Dique Flutuante realiza duas manobras básicas, submersão e emersão; na submersão as válvulas
que compõem o grupo principal (válvulas de entrada) são abertas juntamente com as válvulas
individuais de cada tanque permitindo a entrada de água para os tanques e assim submergindo o dique
por gravidade, na emersão ocorre à retirada da água dos tanques acionando o conjunto de bombas de
lastro, neste momento as válvulas principais estão fechadas impedindo a entrada da água. Com base
na análise das variáveis de Inclinação Transversal e Longitudinal, Deflexão na estrutura, nível dos
tanques e posição atual do Dique com relação ao meio e podendo acionar válvulas e bombas
individualmente, é possível se fazer um controle de estabilidade do dique nas manobras.
Figura 08: Ilustração de Dique Flutuante.
14
1.5.5 Navio Dique ou Navio Semissubmersível (Heavy Lift)
O navio semissubmersível do tipo heavy lift [Fig.9] é o único tipo de navio capaz de carregar,
transportar e descarregar cargas muito pesadas como outros navios, plataformas, submarinos,
refinarias e guindastes. Este navio é especializado em grandes operações marítimas como
transportar de refinarias de gás, enormes plataformas de perfuração de petróleo, navios de guerra e
submarinos que são movimentados em longas viagens em todo o mundo.
Figura 09: O navio foi construído em 1984 por Oshima Shipbuilding Co. Ltd. em Oshima, Japão.
(http://guilhermegerold.blogspot.com.br/2010/12/curiosidades-no-mar.html)
Este tipo de navio pode ser utilizado para resgatar embarcações avariadas que estão impossibilitadas
de navegar [Fig.10]. O Heavy Lift SS vai até o local onde se encontra o navio avariado, e com a ajuda
de rebocadores é feita a operação de carregamento. Neste caso, além da sua própria tripulação, o
Heavy Lift pode transportar a tripulação do navio avariado.
15
Figura 10 A semissubmersível navio M / V Blue Marlin transporte danificado USS Cole.
Seu largo convés poderia ainda servir de convôo para helicópteros em operações de salvamento ou de
calamidades públicas, servindo de base aérea e naval para as operações militares.
1.5.6 Estrutura
Este tipo de embarcação é também “float-on/float-off“, e pode transportar cargas com peso de
50 a 55 mil toneladas. Este tipo de cargueiro conta com uma coberta de enormes dimensões, tão
grande como a de alguns petroleiros [Fig.11].
Figura 11: Fonte: http://portuguese.alibaba.com/product-free/semisubmersible-vessel-104637013.html
16
Suficiente para que caibam outros grandes barcos sobre ela. O navio conta com uma série de tanques
no interior do casco que, uma vez inundados, permitem inundar a coberta principal e facilitar a carga
de outros navios ou estruturas flutuantes. Uma vez carregado, os tanques são esvaziados e a
plataforma do semi-submersível volta a elevar-se acima do nível do mar, pronta para empreender a
viagem.
1.5.7 Funcionamento
As operações de carregamento e descarregamento são feitas com o auxílio do sistema de lastramento
deslastreamento do navio: inicialmente os seus tanques são lastrados através de uma sequência
estudada e pré-determinada [Fig.12 e 13].
Figura 12: Ilustração da Estrutura do Navio Semissubmersível.
Em seguida, com o seu convés totalmente submerso a uma altura suficientemente baixa para que não
ocorra acidente com a embarcação e a carga, o carregamento a ser transportado é movido para cima
do heavy lift com o auxílio de rebocadores e mergulhadores.
A última etapa do processo acontece de forma inversa à primeira. Neste caso os tanques são
deslastrados, também de forma planejada, e o navio é emerso; consequentemente, a embarcação a ser
transportada fica posicionada acima do convés.
17
Figura 13: Ilustração das Etapas de Carregamento/Descarregamento
Em geral o funcionamento é muito simples, os tanques de lastro [Fig.14] do navio são
inundados com água para que a plataforma fique abaixo da superfície. Desta forma
possibilita que a carga seja posicionada no navio. Após a carga seja posicionada e fixada
a agua que esta nos tanques é bombeada para fora fazendo com que a plataforma suba ao
nível do mar carregando a carga total.
Figura. 14: Ilustração do Processo de Lastro.
CAPÍTULO II
O PROJETO DIQUE FLUTUANTE
2.1 CONCEITO
Os diques flutuantes são estruturas que possuem dimensões, força, deslocamento e
estabilidade suficiente para levantar um recipiente a partir da água utilizando a
flutuabilidade. Docas flutuantes variam em capacidades de elevação de algumas centenas
de toneladas para mais de 100.000 toneladas. Em geral, a faixa mais econômica para as
docas flutuantes é de cerca de 1.000 a 100.000 toneladas.
Há uma série de fatores que influenciam o projeto de um dique flutuante. No caso de uma
nova construção no cais de edificação as operações a serem realizadas são: transferência
para a água (load-out) e colocação em flutuação da embarcação (float-off).
Ao projetar-se um dique flutuante existem alguns fatores críticos em cada operação que
acabam influenciando nas decisões a serem tomadas. Para a sustentação e resistência
estrutural do dique, por exemplo, este fator é a capacidade máxima de içamento. Já na
operação de load-out, a grande preocupação seria em garantir a integridade estrutural do
navio, logo o nivelamento do dique com o cais. Por fim, nas operações de Flo-Flo, tem-se
que atentar para a imersão máxima permissível do dique, que garanta sua estabilidade
mesmo na condição de lastramento máximo.
Figura. 15: Seção Mestra de um Dique Flutuante.
19
2.2 DEMANDA DO MERCADO DE REPARO NAVAL
A escolha de se detalhar a estrutura Dique Flutuante se dá pela as vantagens oferecidas ao
mercado da indústria naval quanto a Demanda do Mercado de Reparo Naval. Com o
crescente número de encomendas e os recentes anúncios de novos estaleiros nacionais,
surgiu a necessidade de se dimensionar o mercado de reparos navais no país, estimando a
oferta, a demanda e o balanço entre estas grandezas de mercado
A atividade de reparo naval é tão antiga quanto à de construção. Ao longo da história da
indústria naval brasileira, constatou-se que diversos estaleiros alternavam o foco entre
reparo e construção com o intuito de aproveitarem os ciclos da indústria marítima
(CEGN, 2008). As atividades de reparo podem ser classificadas em dois tipos: reparo
programado e reparo emergencial. O reparo programado resulta de um programa de
manutenção do armador ou de exigências de órgãos marítimos como Sociedades
Classificadoras, Convenções Internacionais, Autoridades Portuárias, Seguradoras, para a
emissão de certificados ou execução de vistorias (CEGN, 2006).
O segundo tipo de reparo é o emergencial, fruto de falhas, danos ou colisão. Estes são
aleatórios e imprevisíveis e para minimizar a probabilidade deste acontecimento, é
aconselhável a execução de um plano de manutenção da embarcação, que consiste na
realização de medições, testes e inspeções. O reparo emergencial pode ser feito tanto com
o navio em cais ou docado dependendo das atividades a serem executadas (CEGN, 2008).
2.3 O DIQUE FLUTUANTE
Todos os diques flutuantes devem ser projetados para terem uma adequada:



 Força longitudinal 
 Resistência à flexão 
 Força local 
 Estabilidade 
20
Quilha – Linha de
Centro
Seção Transversal –
Cavernamento
Costado
Teto Do Fundo
Duplo
Figura. 16: Imagem do Duplo Fundo de um Dique Flutuante em Construção. ‘Reforços Longitudinais e
Transversais compõem as estruturas’.
Figura. 17: Imagem ilustrativa de um dique flutuante docando uma embarcação.
Figura. 18: Imagem em 3D do Dique Flutuante Construído para este T.C.C.
21
CAPÍTULO III
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS DIQUES
3.1 DIQUE SECO
3.1.1 Vantagens




Expectativa de vida longa da estrutura básica. 

Baixos custos de manutenção. (Doca piso e as paredes podem ser
construídas de granito ou concreto, que duram muito tempo com pouca
manutenção). 

Não existe limite para o tamanho do encaixe da bacia. 

Não há necessidade de se preocupar com a estabilidade do navio ou cais,
bombeando planos ou deflexão longitudinal da doca enquanto atracar
navios. (A estabilidade do navio e carga bloco ainda deve ser abordada, no

entanto). 

O dique pode ser equipado com uma porta intermédia que permite a
inundação da metade traseira do encaixe, enquanto a metade dianteira
permanece seca. 

3.1.2 Desvantagens







Custo de construção inicial alta. 

A bacia é uma estrutura fixa, a qual não pode ser movida. Torna mais
difícil de voltar a vender, assim, mais difícil de obter financiamento. 

Roteamento de homens e material é difícil, pois piso é abaixo do grau. 

Ventilação e iluminação não são boas, porque alguém tem que trabalhar
"em um buraco". 

É muito difícil para ampliar uma doca bacia. 

Transferência não é possível a partir de uma doca bacia. 

Geralmente mais lento para operar (Power é inversamente proporcional ao
tamanho). 
22
3.2 DIQUE FLUTUANTE
3.2.1 Vantagens




Ele não usa valiosa orla imobiliária. 

Ele pode ser construído no quintal de baixo licitante e rebocado para o
local; isso mantém baixos os custos de construção, aumentando a
concorrência. 

Ele pode ser vendido no mercado mundial, o que mantém os valores de
revenda altos e faz com que seja mais fácil obter financiamento bancário. 

Os navios podem ser transferidos para e da costa de forma relativamente fácil. 

O Dique pode ser operado com uma lista ou aparar quando atracar
embarcações com uma lista ou aparar. Isto pode reduzir a carga de bloco e
reduzir ou eliminar problemas de estabilidade da embarcação quando



aterrava. 

Navios com mais de doca seca pode ser encaixado pendendo sobre o arco
e / ou severo. 

O dique pode ser facilmente deslocado para a dragagem. 

O dique pode ser afastado da terra para a água mais profunda para as
operações de atracação e desatracação. Isso pode reduzir ou eliminar
requisitos de dragagem e bulk-título. 

 O dique pode ser alongado com relativa facilidade. 


3.2.2 Desvantagens



Um alto custo de manutenção é necessário em bombas, válvulas e estrutura de
aço. 

Roteamento de homens e material é restrito a prancha e / ou serviço de
guindaste. 

Grandes variações de maré podem complicar operações em passarelas,
com amarrações e etc. 
23
3.3 NAVIO DIQUE
Este tipo de embarcação não é muito comum, havendo pouquíssimos modelos para se
obtiver um estudo apurado de suas vantagens e desvantagens. Sobre tudo este modelo é
mais empregado ao transporte e resgate do quê manutenção, mas não há restrições para a
mesma, sabendo que como um dique seco e/ou flutuante, se exige muita investigação
para as devidas operações. Mediante a escassez de informação sobre suas vantagens e
desvantagens, serão apresentados apenas os principais conceitos de sua utilização, tendo
como maior desvantagem o custo financeiro.
3.3.1 Conceitos de Vantagens




Estabilidade – Estável em todos os modos de operação. 
Acessibilidade – Acesso a embarcação atracada constante por prancha, por
escada ou por guindaste. 

Apoio – Projetado para apoiar toda a equipe da embarcação transportada. 

Velocidade – Boa velocidade de navegação, pois projetado para navegar
em mar aberto. 

3.3.2 Conceito de Desvantagens

Custo – Mais caro que qualquer um dos modelos citados anteriormente;
porém possui um tempo menor de contrato. 
24
CONCLUSÃO
Além de nós, como uma equipe, termos experimentados dos conflitos de novos conceitos
pessoais, dos desafios à superação daquilo que estabelecemos como meta, degustarmos da
união, de opiniões diversas até o amadurecimento de uma ideia e através de todos esses
conceitos, pesquisas, comparações e exaustivo estudo; buscando apresentar um rico
conteúdo de informações verídicas a respeito do assunto abordado; concluímos que:
São de suma importância a estabilidade e o desenvolvimento contínuo da indústria naval
para o mundo. A necessidade deste recurso se dá pelo simples fato do nosso planeta ser
basicamente composto por água e alicerçado pelo mar. Sendo o meio mais antigo e
eficiente de tráfego comercial do velho mundo, ainda hoje se mostra eficaz em seu
propósito, deixando clara a importância de sua manutenção.
Os diques são determinantes num nascimento e numa revitalização de um navio, pois são
em seu útero que se geram as grandes vigas que alimentam os países com sua forma
econômica, segura e rápida de transportes; e são em seus leitos que estes sofrem suas
cirúrgicas manutenções mantendo-os assim cada vez mais dentro do fluxo econômico.
O dique flutuante por sua vez, considerado também uma embarcação, sofre com a
necessidade de manutenção, mas suas vantagens superam e muito essa que seria o seu
“calcanhar de Aquiles”.
A facilidade de se deslocar, transportar e de ser construído traz aos bolsos dos armadores
uma atraente forma de se negociar, pois se torna num produto final o mais econômico
para uso.
Contudo, mesmo a indústria naval sofrendo com a falta dessa estrutura ela resiste a esse
défi-cit apostando em novas construções, mas para embarcações como de apoio marítimo,
por exemplo, é muito mais lucrativo investir na construção de novos diques, sendo os
flutuantes os mais versáteis deles e os mais rápidos a serem construídos, pois não há
necessidade de se apropriar de algum terreno para se obtê-los; o quê para o mercado
marítimo mundial o requisito tempo e dinheiro são primordiais.
25
REFERÊNCIAS
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Arquivado no curso de Engenharia Naval na UEZO).
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EHOW. Disponível em: < http://www.ehow.com.br/doca-seca-sobre_164161/ >. Acesso
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IESAM.
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<
http://www3.iesam
pa.edu.br/ojs/index.php/
controle_auto/article/ viewFi-le/947/634 >. Acesso 02 de jul. de 2014.
PLANO BRASIL. Disponível em : < http://pbrasil.wordpress.com/mudamos-para-wwwlanobrasil-com/projetos/mar-de-tita/projetos-mt/nivel-i-mar-profundo/colossus/ >.Acesso
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