Instituição Escola Técnica Sandra Silva Direção Sandra Silva Título do Trabalho Dique seco, dique flutuante e navio dique - Funcionalidade Áreas Construção Naval Coordenador Geral Carlos Augusto Gomes Neves Professores Orientadores Alex Rodrigues Daniel Alves Ferreira Junior Alunos Autores Carlos Eduardo Pereira da Silva Jefferson Ricardo de Mendonça Avaliadores Bianca Figueiredo Pinudo Gomes Ernesto dos Santos Filho Duração no desenvolvimento do Projeto 3 meses Conclusão do Projeto 2013 1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 05 Objetivo geral ....................................................................................................................................... 05 Objetivos específicos............................................................................................................................ 05 CAPÍTULO I ........................................................................................................................................ 06 1.1 CONCEITO HISTÓRICO ............................................................................................................. 06 1.2 A IMPORTÂNCIA DOS DIQUES ............................................................................................... 06 1.3 DOCAGEM .................................................................................................................................... 07 1.4 PICADEIROS ................................................................................................................................ 09 1.5 TIPOS DE DIQUES ....................................................................................................................... 10 1.5.1 Dique Seco ou Dique Tradicional ............................................................................................... 10 1.5.1.2 Funcionamento ......................................................................................................................... 11 1.5.2 Dique Flutuante ........................................................................................................................... 12 1.5.3 Estrutura ...................................................................................................................................... 13 1.5.4 Funcionamento ............................................................................................................................ 14 1.5.5 Navio Dique ou Navio Semissubmersível (Heavy Lift) ............................................................. 15 1.5.6 Estrutura ...................................................................................................................................... 16 1.5.7 Funcionamento ............................................................................................................................ 17 CAPÍTULO II ...................................................................................................................................... 19 O PROJETO DIQUE FLUTUANTE ................................................................................................... 19 2.1 CONCEITO .................................................................................................................................... 19 2.2 DEMANDA DO MERCADO DE REPARO NAVAL ................................................................. 20 2.3 O DIQUE FLUTUANTE ............................................................................................................... 20 CAPÍTULO III ..................................................................................................................................... 22 VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS DIQUES ........................................................................ 22 3.1 DIQUE SECO ................................................................................................................................ 22 3.1.1 Vantagens .................................................................................................................................... 22 3.1.2 Desvantagens ............................................................................................................................... 22 2 3.2 DIQUE FLUTUANTE ................................................................................................................... 23 3.2.1 Vantagens .................................................................................................................................... 23 3.2.2 Desvantagens ............................................................................................................................... 23 3.3 NAVIO DIQUE.............................................................................................................................. 24 3.3.1 Conceitos de Vantagens .............................................................................................................. 24 3.3.2 Conceito de Desvantagens .......................................................................................................... 24 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 25 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 26 3 RESUMO Este trabalho visa expor as mais comuns características da estrutura mais útil da indústria naval e suas variações; o Dique ou Doca. Tendo em vista as oscilações da economia mundial e setor naval mesmo acompanhando os índices de variações, ainda se mantem como o principal meio de transporte de materiais em geral. Sabendo que a indústria marítima e sua ascensão é uma via única, onde tende a serem cada vez mais utilizados, os cuidados com a manutenção tem ganhado sua devida atenção, é aí onde nota-se a importância dos diques e seus derivados, onde a modernização em tecnologia, aplicada a esta estrutura, vem resultando em rapidez; facilidades e eficiência no seu propósito. Palavras- Chave: Características, Estrutura, Indústria, Naval, Dique. 4 INTRODUÇÃO Objetivo geral Conhecer de forma resumida e direta o conceito, histórico e a funcionalidade dos diversos tipos de dique no setor naval. Especificando os seguintes temas: Objetivos específicos a) Entender a importância dos diques; b) Conhecer as maneiras básicas de funcionamento; c) E ressaltar entre os exemplos aqui apresentados as vantagens e desvantagens. Houve uma época onde a humanidade primitivamente dependia dos meios marítimos para compartilharem de soluções para suas necessidades mais simples, como por exemplo, alimentar-se. Mas num dado momento algum homem compreendeu que esse meio não era nada casual, mas sim um avanço, uma oportunidade; e assim ao longo dos anos o quê uma vez apresentou-se como primitivos, hoje veste uma reluzente armadura de revolução, modernização e contínuo avanço em seu seguimento. Hoje vemos no tráfego marítimo uma solução econômica, eficaz, produtiva e lucrativa; para transportes em geral. A indústria naval vem se tornando a cada ano no mundo, o meio mais utilizado para comercialização de quaisquer produtos e com isso impulsionam a modernização e qualificação dos serviços, para atender o surgimento de cada vez mais clientes em potencial, aumentando também a competitividade do setor. Sendo as embarcações os principais meios de transporte marítimo e fluvial, sua importância se dá por sua ‘Inter mobilidade’ e alta capacidade de transportar diversos tipos de cargas. Levando em consideração tal importância, a construção e manutenção dessas estruturas são determinantes para o crescimento do setor naval. Uma das mais eficientes estruturas utilizadas para realização de manutenção e construção de embarcações são os variados tipos de Diques. No tocante de reparo naval, a docagem é um sinônimo para tal trabalho, sendo de suma importância também sua análise. 5 CAPÍTULO I 1.1 CONCEITO HISTÓRICO Historicamente o início da tecnologia de construção naval remonta aos tempos Harapianos. Os Harapianos (ou civilização do Vale do Indo) construíram a primeira doca (Dique) de maré do mundo para atracação e manutenção de navios na cidade portuária de Lothal. Os cientistas de Lothal foram os que iniciaram o estudo das estrelas e da navegação. Lothal em Gujarat é um dos principais sítios da arqueologia. O dique, na construção naval, era também muito utilizado pelos egípcios, que em numa época bem distante, segundo o escritor grego Ateneu, eram valas secas onde os navios eram construídos e reparados. Terminado o trabalho, a vala era aberta para o mar e a inundação resultante fazia o navio flutuar. 1.2 A IMPORTÂNCIA DOS DIQUES As intensas atividades petrolíferas offshore, no tempo atual, impulsionaram o desenvolvimento da indústria naval nacional e mundial, consequentemente, estimulou-se a demanda por novas embarcações. A descoberta do pré-sal ratificou a motivação para este aumento da demanda, por exemplo, de navios-sonda, plataformas de produção e embarcações de apoio marítimo. O governo brasileiro, visando estimular o setor naval do país lançou algumas medidas de política industrial e com isso as empresas de petróleo e gás efetuaram grandes encomendas aos estaleiros nacionais. Este movimento de retomada de investimentos foi iniciado a partir da necessidade de renovação e ampliação da frota de apoio marítimo, que, além de representar maior número de encomendas, gerando escala, era composta por embarcações mais simples e mais baratas do que os navio-sonda e as plataformas de produção. 6 Mas é bem verdade que há, na frota nacional e mundial, embarcações antigas que ainda podem e deverão ser reaproveitadas para o ingresso nessa nova empreitada. Sendo assim, observamos aqui a objetividade e importância dos diques [Fig. 1] no setor naval. Um Dique [Fig.1] que é a parte de um porto e/ou estaleiro, rodeada de cais, na qual entram os navios para se abrigarem; efetuarem carregamento e/ou descarregamento; serem reparados; serem inspecionados, além de construídos. Mostra-se um elemento fundamental nesse empreendimento pela eficiência e eficácia no propósito à que se destina. Figura 01: Maior Dique Seco da América Latina – Estaleiro Rio Grande, (RS) BRASIL. 7 1.3 DOCAGEM É basicamente impossível argumentar sobre diques e suas variações sem falar do processo de Docagem [Fig.2]. Após a sua construção, cada navio tem delineado um ‘Plano de Manutenção’, de acordo com regras definidas pela Sociedade Classificadora, que certificou a construção do navio, pelo porto de registro ou pelo próprio armador. Esse plano varia de acordo com o tipo de classe que é atribuída ao navio e consiste numa série de eventos que incluem inspeções visuais, execução de testes em alguns dos equipamentos a bordo em elementos estruturais do mesmo, denominado com docagem periódica. A docagem representa a possibilidade de inspecionar o navio e fazer os necessários reparos com este fora de água, permitindo o acesso a zonas normalmente só acessíveis por mergulhadores. O processo de docagem é uma etapa fundamental para a construção ou reparo de embarcações. Este processo requer cuidados especiais devido aos riscos envolvidos para a segurança não só do material, mas também dos trabalhadores envolvidos. Figura 02: Embarcação Adentrando o Dique para Docagem. 8 1.4 PICADEIROS De uma forma geral a docagem é um processo que consiste na preparação do plano de picadeiros [Fig.3], gerado a partir do arranjo geral da embarcação. Depois de recebido o ‘Plano de docagem’, entregue ao estaleiro pelo armador, ocorre à verificação deste plano para o assentamento do navio. Uma vez feita à distribuição dos picadeiros no dique é feita aproximação da embarcação e o alinhamento com o dique. Figura 03: Navio Sobre Picadeiros Num Dique Flutuante. (circulonaval.com/Foro/foro_13.htm) 9 1.5 TIPOS DE DIQUES Dique Seco ou Dique Tradicional; Dique Flutuante e Navio Dique. 1.5.1 Dique Seco ou Dique Tradicional Um dique seco [Veja a figura 04] que é um tipo de doca consiste numa bacia retangular escavada na costa preenchida de água, utilizada para reparo e inspeção de navios. Ele dispõe de paredes e, ou portões estanques removíveis (também conhecido como porta-batel), que o comunica com o exterior, para entrada e saída de navios, e o isola para esvaziar a doca. O dique seco possui uma secção transversal se aproxima à secção transversal de um navio, com o espaço necessário para operários e transporte de peças. Figura 04: Foto de Alexandre Severo do JC mostra o casco do primeiro navio do EAS sendo concluído no dique seco . (http://pedesenvolvimento.com/2010/03/14/reta-final-para-primeiro-navio-ao-mar/) 10 1.5.1.2 Funcionamento A porta batel isola a doca pelo seu lado exterior. Esta é assim designada, visto que serve para fechar a entrada do dique e flutua como um batel. Sobre ela existe uma passagem que liga os dois lados do dique que permite a passagem de pessoal. Esta encaixa numa ranhura na entrada do dique devido ao seu peso quando o dique se encontra vazio, podendo ser facilmente removida por flutuação quando o dique se encontra preenchido com água. A sua remoção pode ser feita por dois processos, por elevação ou rotação. O esgoto ou esvaziamento dos diques faz-se com bombas, ou por gravidade, no caso dos diques pequenos, aproveitando a descida da maré. O enchimento faz-se normalmente por gravidade através da utilização de válvulas. Quando o navio é atracado, primeiramente o dique é inundado, e o portão retirado. Depois que o navio esta dentro do dique, o alinhamento do mesmo com os picadeiros é feito através de flutuadores que são fixados nos picadeiros, tanto a vante quanto a ré, junto com os prumos que são colocados nas extremidades longitudinais da embarcação; sendo assim o portão estanque é colocado no seu lugar e o dique é esvaziado lentamente, descendo gradualmente a embarcação repousa sobres os picadeiros devidamente fixados ao solo. [Fig.5] Figura 05: Ilustração de Dique Seco. 11 1.5.2 Dique Flutuante O conceito deste dique [Fig.6] é completamente oposto do anterior, pois diferente do dique seco, o movimento de emergir e submergir é feito pelo dique e não pela embarcação. O dique flutuante é uma embarcação de grande porte, possui estrutura multicelular do tipo gravidade sem propulsão própria, utilizado para reparo, limpeza, vistoria e outros serviços. A estrutura pode ser de metal e até mesmo de concreto armado. Como o próprio nome já diz está estrutura é flutuante, o que permite sua locomoção, com a ajuda de um rebocador, até o local de reparo se necessário, mas normalmente ele fica docado na beira de rio ou baia, local onde não há influência da agitação do mar em relação a sua estabilidade. As docas flutuantes têm uma secção transversal semelhante à secção transversal de um navio, em forma de U. Figura 06: Dique-flutuante construída pela Strategic Marine, com o novo trimaran da Austal Ships. (©) Copyright foto: Cummins Commentary 12 1.5.3 Estrutura Sua estrutura [Fig.7] é composta por três elementos principais que o caracterizam, são esses os tanques de lastro, responsáveis pela emersão e submersão do dique onde cada tanque possuía uma válvula de retenção; a bacia de docagem, local onde o navio fica apoiado com o auxilio dos picadeiros; e as alas laterais, onde se encontram a sala de maquinas, compartimento de válvulas de comando, refeitório, alojamento, compartimento de grupo gerador, estações e cabine de comando. Esta estrutura torna-as parcialmente submersíveis. São construídas de aço, embora também possam ser utilizados madeira e concreto armado. O dique flutuante pode ter anexado em sua estrutura guindastes para auxiliarem na locomoção de materiais, peças, equipamentos e operários. Figura 07: Arranjo – Secção Transversal de Um Dique Flutuante. 13 1.5.4 Funcionamento O Dique Flutuante realiza duas manobras básicas, submersão e emersão; na submersão as válvulas que compõem o grupo principal (válvulas de entrada) são abertas juntamente com as válvulas individuais de cada tanque permitindo a entrada de água para os tanques e assim submergindo o dique por gravidade, na emersão ocorre à retirada da água dos tanques acionando o conjunto de bombas de lastro, neste momento as válvulas principais estão fechadas impedindo a entrada da água. Com base na análise das variáveis de Inclinação Transversal e Longitudinal, Deflexão na estrutura, nível dos tanques e posição atual do Dique com relação ao meio e podendo acionar válvulas e bombas individualmente, é possível se fazer um controle de estabilidade do dique nas manobras. Figura 08: Ilustração de Dique Flutuante. 14 1.5.5 Navio Dique ou Navio Semissubmersível (Heavy Lift) O navio semissubmersível do tipo heavy lift [Fig.9] é o único tipo de navio capaz de carregar, transportar e descarregar cargas muito pesadas como outros navios, plataformas, submarinos, refinarias e guindastes. Este navio é especializado em grandes operações marítimas como transportar de refinarias de gás, enormes plataformas de perfuração de petróleo, navios de guerra e submarinos que são movimentados em longas viagens em todo o mundo. Figura 09: O navio foi construído em 1984 por Oshima Shipbuilding Co. Ltd. em Oshima, Japão. (http://guilhermegerold.blogspot.com.br/2010/12/curiosidades-no-mar.html) Este tipo de navio pode ser utilizado para resgatar embarcações avariadas que estão impossibilitadas de navegar [Fig.10]. O Heavy Lift SS vai até o local onde se encontra o navio avariado, e com a ajuda de rebocadores é feita a operação de carregamento. Neste caso, além da sua própria tripulação, o Heavy Lift pode transportar a tripulação do navio avariado. 15 Figura 10 A semissubmersível navio M / V Blue Marlin transporte danificado USS Cole. Seu largo convés poderia ainda servir de convôo para helicópteros em operações de salvamento ou de calamidades públicas, servindo de base aérea e naval para as operações militares. 1.5.6 Estrutura Este tipo de embarcação é também “float-on/float-off“, e pode transportar cargas com peso de 50 a 55 mil toneladas. Este tipo de cargueiro conta com uma coberta de enormes dimensões, tão grande como a de alguns petroleiros [Fig.11]. Figura 11: Fonte: http://portuguese.alibaba.com/product-free/semisubmersible-vessel-104637013.html 16 Suficiente para que caibam outros grandes barcos sobre ela. O navio conta com uma série de tanques no interior do casco que, uma vez inundados, permitem inundar a coberta principal e facilitar a carga de outros navios ou estruturas flutuantes. Uma vez carregado, os tanques são esvaziados e a plataforma do semi-submersível volta a elevar-se acima do nível do mar, pronta para empreender a viagem. 1.5.7 Funcionamento As operações de carregamento e descarregamento são feitas com o auxílio do sistema de lastramento deslastreamento do navio: inicialmente os seus tanques são lastrados através de uma sequência estudada e pré-determinada [Fig.12 e 13]. Figura 12: Ilustração da Estrutura do Navio Semissubmersível. Em seguida, com o seu convés totalmente submerso a uma altura suficientemente baixa para que não ocorra acidente com a embarcação e a carga, o carregamento a ser transportado é movido para cima do heavy lift com o auxílio de rebocadores e mergulhadores. A última etapa do processo acontece de forma inversa à primeira. Neste caso os tanques são deslastrados, também de forma planejada, e o navio é emerso; consequentemente, a embarcação a ser transportada fica posicionada acima do convés. 17 Figura 13: Ilustração das Etapas de Carregamento/Descarregamento Em geral o funcionamento é muito simples, os tanques de lastro [Fig.14] do navio são inundados com água para que a plataforma fique abaixo da superfície. Desta forma possibilita que a carga seja posicionada no navio. Após a carga seja posicionada e fixada a agua que esta nos tanques é bombeada para fora fazendo com que a plataforma suba ao nível do mar carregando a carga total. Figura. 14: Ilustração do Processo de Lastro. CAPÍTULO II O PROJETO DIQUE FLUTUANTE 2.1 CONCEITO Os diques flutuantes são estruturas que possuem dimensões, força, deslocamento e estabilidade suficiente para levantar um recipiente a partir da água utilizando a flutuabilidade. Docas flutuantes variam em capacidades de elevação de algumas centenas de toneladas para mais de 100.000 toneladas. Em geral, a faixa mais econômica para as docas flutuantes é de cerca de 1.000 a 100.000 toneladas. Há uma série de fatores que influenciam o projeto de um dique flutuante. No caso de uma nova construção no cais de edificação as operações a serem realizadas são: transferência para a água (load-out) e colocação em flutuação da embarcação (float-off). Ao projetar-se um dique flutuante existem alguns fatores críticos em cada operação que acabam influenciando nas decisões a serem tomadas. Para a sustentação e resistência estrutural do dique, por exemplo, este fator é a capacidade máxima de içamento. Já na operação de load-out, a grande preocupação seria em garantir a integridade estrutural do navio, logo o nivelamento do dique com o cais. Por fim, nas operações de Flo-Flo, tem-se que atentar para a imersão máxima permissível do dique, que garanta sua estabilidade mesmo na condição de lastramento máximo. Figura. 15: Seção Mestra de um Dique Flutuante. 19 2.2 DEMANDA DO MERCADO DE REPARO NAVAL A escolha de se detalhar a estrutura Dique Flutuante se dá pela as vantagens oferecidas ao mercado da indústria naval quanto a Demanda do Mercado de Reparo Naval. Com o crescente número de encomendas e os recentes anúncios de novos estaleiros nacionais, surgiu a necessidade de se dimensionar o mercado de reparos navais no país, estimando a oferta, a demanda e o balanço entre estas grandezas de mercado A atividade de reparo naval é tão antiga quanto à de construção. Ao longo da história da indústria naval brasileira, constatou-se que diversos estaleiros alternavam o foco entre reparo e construção com o intuito de aproveitarem os ciclos da indústria marítima (CEGN, 2008). As atividades de reparo podem ser classificadas em dois tipos: reparo programado e reparo emergencial. O reparo programado resulta de um programa de manutenção do armador ou de exigências de órgãos marítimos como Sociedades Classificadoras, Convenções Internacionais, Autoridades Portuárias, Seguradoras, para a emissão de certificados ou execução de vistorias (CEGN, 2006). O segundo tipo de reparo é o emergencial, fruto de falhas, danos ou colisão. Estes são aleatórios e imprevisíveis e para minimizar a probabilidade deste acontecimento, é aconselhável a execução de um plano de manutenção da embarcação, que consiste na realização de medições, testes e inspeções. O reparo emergencial pode ser feito tanto com o navio em cais ou docado dependendo das atividades a serem executadas (CEGN, 2008). 2.3 O DIQUE FLUTUANTE Todos os diques flutuantes devem ser projetados para terem uma adequada: Força longitudinal Resistência à flexão Força local Estabilidade 20 Quilha – Linha de Centro Seção Transversal – Cavernamento Costado Teto Do Fundo Duplo Figura. 16: Imagem do Duplo Fundo de um Dique Flutuante em Construção. ‘Reforços Longitudinais e Transversais compõem as estruturas’. Figura. 17: Imagem ilustrativa de um dique flutuante docando uma embarcação. Figura. 18: Imagem em 3D do Dique Flutuante Construído para este T.C.C. 21 CAPÍTULO III VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS DIQUES 3.1 DIQUE SECO 3.1.1 Vantagens Expectativa de vida longa da estrutura básica. Baixos custos de manutenção. (Doca piso e as paredes podem ser construídas de granito ou concreto, que duram muito tempo com pouca manutenção). Não existe limite para o tamanho do encaixe da bacia. Não há necessidade de se preocupar com a estabilidade do navio ou cais, bombeando planos ou deflexão longitudinal da doca enquanto atracar navios. (A estabilidade do navio e carga bloco ainda deve ser abordada, no entanto). O dique pode ser equipado com uma porta intermédia que permite a inundação da metade traseira do encaixe, enquanto a metade dianteira permanece seca. 3.1.2 Desvantagens Custo de construção inicial alta. A bacia é uma estrutura fixa, a qual não pode ser movida. Torna mais difícil de voltar a vender, assim, mais difícil de obter financiamento. Roteamento de homens e material é difícil, pois piso é abaixo do grau. Ventilação e iluminação não são boas, porque alguém tem que trabalhar "em um buraco". É muito difícil para ampliar uma doca bacia. Transferência não é possível a partir de uma doca bacia. Geralmente mais lento para operar (Power é inversamente proporcional ao tamanho). 22 3.2 DIQUE FLUTUANTE 3.2.1 Vantagens Ele não usa valiosa orla imobiliária. Ele pode ser construído no quintal de baixo licitante e rebocado para o local; isso mantém baixos os custos de construção, aumentando a concorrência. Ele pode ser vendido no mercado mundial, o que mantém os valores de revenda altos e faz com que seja mais fácil obter financiamento bancário. Os navios podem ser transferidos para e da costa de forma relativamente fácil. O Dique pode ser operado com uma lista ou aparar quando atracar embarcações com uma lista ou aparar. Isto pode reduzir a carga de bloco e reduzir ou eliminar problemas de estabilidade da embarcação quando aterrava. Navios com mais de doca seca pode ser encaixado pendendo sobre o arco e / ou severo. O dique pode ser facilmente deslocado para a dragagem. O dique pode ser afastado da terra para a água mais profunda para as operações de atracação e desatracação. Isso pode reduzir ou eliminar requisitos de dragagem e bulk-título. O dique pode ser alongado com relativa facilidade. 3.2.2 Desvantagens Um alto custo de manutenção é necessário em bombas, válvulas e estrutura de aço. Roteamento de homens e material é restrito a prancha e / ou serviço de guindaste. Grandes variações de maré podem complicar operações em passarelas, com amarrações e etc. 23 3.3 NAVIO DIQUE Este tipo de embarcação não é muito comum, havendo pouquíssimos modelos para se obtiver um estudo apurado de suas vantagens e desvantagens. Sobre tudo este modelo é mais empregado ao transporte e resgate do quê manutenção, mas não há restrições para a mesma, sabendo que como um dique seco e/ou flutuante, se exige muita investigação para as devidas operações. Mediante a escassez de informação sobre suas vantagens e desvantagens, serão apresentados apenas os principais conceitos de sua utilização, tendo como maior desvantagem o custo financeiro. 3.3.1 Conceitos de Vantagens Estabilidade – Estável em todos os modos de operação. Acessibilidade – Acesso a embarcação atracada constante por prancha, por escada ou por guindaste. Apoio – Projetado para apoiar toda a equipe da embarcação transportada. Velocidade – Boa velocidade de navegação, pois projetado para navegar em mar aberto. 3.3.2 Conceito de Desvantagens Custo – Mais caro que qualquer um dos modelos citados anteriormente; porém possui um tempo menor de contrato. 24 CONCLUSÃO Além de nós, como uma equipe, termos experimentados dos conflitos de novos conceitos pessoais, dos desafios à superação daquilo que estabelecemos como meta, degustarmos da união, de opiniões diversas até o amadurecimento de uma ideia e através de todos esses conceitos, pesquisas, comparações e exaustivo estudo; buscando apresentar um rico conteúdo de informações verídicas a respeito do assunto abordado; concluímos que: São de suma importância a estabilidade e o desenvolvimento contínuo da indústria naval para o mundo. A necessidade deste recurso se dá pelo simples fato do nosso planeta ser basicamente composto por água e alicerçado pelo mar. Sendo o meio mais antigo e eficiente de tráfego comercial do velho mundo, ainda hoje se mostra eficaz em seu propósito, deixando clara a importância de sua manutenção. Os diques são determinantes num nascimento e numa revitalização de um navio, pois são em seu útero que se geram as grandes vigas que alimentam os países com sua forma econômica, segura e rápida de transportes; e são em seus leitos que estes sofrem suas cirúrgicas manutenções mantendo-os assim cada vez mais dentro do fluxo econômico. O dique flutuante por sua vez, considerado também uma embarcação, sofre com a necessidade de manutenção, mas suas vantagens superam e muito essa que seria o seu “calcanhar de Aquiles”. A facilidade de se deslocar, transportar e de ser construído traz aos bolsos dos armadores uma atraente forma de se negociar, pois se torna num produto final o mais econômico para uso. Contudo, mesmo a indústria naval sofrendo com a falta dessa estrutura ela resiste a esse défi-cit apostando em novas construções, mas para embarcações como de apoio marítimo, por exemplo, é muito mais lucrativo investir na construção de novos diques, sendo os flutuantes os mais versáteis deles e os mais rápidos a serem construídos, pois não há necessidade de se apropriar de algum terreno para se obtê-los; o quê para o mercado marítimo mundial o requisito tempo e dinheiro são primordiais. 25 REFERÊNCIAS EBAH. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAABW7oAB/analisedos-servicos-docagem-parte-1 >. Acessado em 02 de jul. de 2014. Enviado por: Oliveira Arquivado no curso de Engenharia Naval na UEZO). ______. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAABgOYAI/analisedos-servicos-docagem-parte-1 >. Acesso em 02 de jul. de 2014. Enviado por: Amorim Arquivado na UEZO. EHOW. Disponível em: < http://www.ehow.com.br/doca-seca-sobre_164161/ >. Acesso em 02 de jul. de 2014. IESAM. Disponível em: < http://www3.iesam pa.edu.br/ojs/index.php/ controle_auto/article/ viewFi-le/947/634 >. Acesso 02 de jul. de 2014. PLANO BRASIL. Disponível em : < http://pbrasil.wordpress.com/mudamos-para-wwwlanobrasil-com/projetos/mar-de-tita/projetos-mt/nivel-i-mar-profundo/colossus/ >.Acesso em 02 de jul. de 2014. UFRJ ttp://www.oceanica.ufrj.br/intranet/teses/2009_graduando_juan_pablo_grande.pdf (Acessado em 02 de Julho de 2014) UFRJ http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10009636.pdf >. Acesso em 02 de jul. de 2014) VIDA NERD http://vidanerd.com.br/2013/09/17/maiores-navios-semi-submersiveismundo/ (Acesso em 03 de Julho de 2014) WIKIPÉDIA. Dique Seco, disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Dique_seco>. Acesso em 02 de jul. de 2014. WIKIPÉDIA. Doca, disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Doca >. Acesso em 02 de jul. de 2014. 26