DESAFIOS NUTRICIONAIS
NO TRATAMENTO DO
HEPATOPATA GRAVE
Francisca Eugenia Zaina Nagano
Características do
paciente hepatopata
•
•
•
•
ASCITE
VARIZES ESÔFAGO
COLESTASE
ENCEFALOPATIA
• DESNUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
IBRANUTRI 2001
• Quase ½ pacientes internados em hospitais públicos
brasileiros está desnutrida (23 hospitais de diferentes
regiões do Brasil)
• Os dados colhidos sobre o tempo de permanência
hospitalar identificam um tempo médio de internação de
6 dias para os pacientes eutróficos, enquanto os
pacientes desnutridos ficaram em média
13 dias internados, sendo esta uma
diferença significativa. A medida que
aumenta o tempo de internação de um
paciente, aumentam também os riscos de
desnutrição
DESNUTRIÇÃO
Prevalência: 1)estado pré-cirrótico: normal a DL
2)estado cirrótico: 34 a 82% cirrose
alcoólica e 27 a 87% cirrose não alcoólica.
Hospitalizado - 100%
CBP: melhor síntese hepática. Extrema perda
muscular e adiposa.
Hepatite crônica ativa: déficit moderado em todas as
medidas nutricionais
Cirrose alcoólica: déficit muscular e adiposo.
DESNUTRIÇÃO
• Complicação comum na doença hepática
avançada:
- perda peso: 60%
- náusea: 80%
- Anorexia: 87%
• Encefalopatia, sepsis e imunossupressão
-> balanço nitrogenado negativo
• DCP afeta resultados clínicos cirróticos.
CAUSAS
DESNUTRIÇÃO
• Pacientes não hospitalizados
• Dieta inadequada:
– a)quantidade e qualidade (proteína, fluido,
sódio);
b) Má absorção decorrente da
deficiência pancreática e de sais biliares;
– Enteropatia, ascite, anorexia, náuseas e
vômitos
– Toxicidade do álcool no metabolismo
energético e protéico;
– Alteração no metabolismo dos nutrientes
CAUSAS
DESNUTRIÇÃO
• Pacientes hospitalizados
– Jejum para realização de diagnóstico,
exames, sangramento GI, estado neurológico
alterado
– Purgação e toxicidade
– Dietas inapetecíveis
– Influência do stress emocional
• Ingestão nutricional na D.H.< 50 %
necessidade
• CBP associada com Doença Celíaca
• CEP: associada com D.Intestinal Inf.e Ins.
Pancreática
• Caquexia ->  perda peso, perda musc. e DCP
causadas por:
– , ingestão de nutrientes (saciedade precoce,
náusea, vômito, alterações no TI, ascite e congestão
gástrica ou intestinal.
– Má absorção: (ins.pancreática-> lipase ->  digestão
e absorção).
–  Requerimentos energéticos (ascite moderada e
severa: 10%)
DESNUTRIÇÃO
• Intervenção nutricional melhora a
sobrevivência, resposta cirúrgica, função
hepática e a encefalopatia, diminui custos
hospitalares
Avaliação Nutricional
• Não existe parâmetro ouro isolado na DH
• Mais para acompanhamento da
intervenção nutricional
• Foco na avaliação dietética : PEI
2 ou + critérios
NECESSIDADES NUTRICIONAIS NA
DESNUTRIÇÃO EM HEPATOPATAS
Hepatite
Dç Wilson
CEP/CBP
Hepatite Alc.
Cirrose
Calorias
(Kcals/Kg/d)
30-40
30-40
30-50
~2000 Kcals/dia
30-50
Proteína (g/Kg/d)
1-1,5
1,0
1-1,8
1
1-1,8
Lipídeos (%)
20-33
25-30
20-27
25-30
25-30
Carboidratos (%)
Completar VET
Completar VET
Completar VET
Completar VET
Completar VET,
complexos
(resist. ins.)
Vitaminas e Minerais
DRIs
DRIs, rest Cu?
DRIs, suplementar
lipossolúveis
Vitamina K: 5 a 10
mg IM/d
DRIs,
suplementar
Vits.
A,B,C,E,
Ac. Fólico,
Zn, K
DRIs
Indicação de suporte nutricional
• Complemento nutricional:
– Associado à dieta via oral
– Se: IMC < 18,5 kg/m2 ou perda de peso involuntária 10% nos
últimos seis meses ou baixa aceitação alimentar (< ¾ das
recomendações nutricionais ou < 60% de suas necessidades
nutricionais por três dias) (CUPPARI, 2005; ARENDS, 2006).
• Sonda:
– Impossibilidade V.O
– ingestão menor que 0,8g ptn/kg e menos de 30 Kcal/kg;
• Guia prático:
– 0-50% das necessidades: sonda
– 50-75% das necessidades: complemento nutricional enteral
– 75-90% das necessidades: complemento artesanal
Pacientes com alto risco de desnutrição ou desnutridos
Suporte nutricional de
curto prazo
Doença
aguda/
doença
hospitalar
recente
Doença
crônica/
pacientes
em
domicílio
BAPEN, 2012
Suporte nutricional de
longo prazo(ingestão
alimentar insuficiente)
*auto suficiência para
alimentar-se?
IN: inadequada: a
prescrição de SNO deve
ser de 4-6 semanas (1 u,
1-3x/d)
*SNO: a prescrição de
SNO deve ser de 12
semanas (2u, 1-3 x/d).
Prescrição dose inicial ,
após evolução
Reavaliação
Interrupção do SNO
Monitoramento,
readequação de
prescrição, avaliação
de necessidade de NE
Redução de 1 u/d, durante 2
semanas, antes da interrupção
definitiva
Sem risco de desnutrição
Clinicamente estável
Ingestão nutricional adequada
CONCLUSÕES
•
•
•
•
Difícil avaliação nutricional
Evitar dietas restritivas
Acompanhamento dietético
Uso precoce de complementação ou
suplementação enteral
• Seguimento Importantíssimo
Bibliografia
• ARENDS, J. et al. ESPEN Guidelines on Enteral Nutrition:
Non-Surgical Oncology. Clinical Nutrition, n. 25, pgs:245259, 2006.
• CUPPARI, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto.
2° ed. São Paulo: Manole, 2005.
• Hasse, J et all. Nutrition Therapy for end Liver Disease: A
Pratical Approach. Support Line, n.10, v.4, pgs 8-15,1997.
• Zaina, FE et all. Terapia Nutricional nas Doenças
Hepáticas. Editora Bruma: Curitiba, 2009.
• BAPEN, 2012. http://www.bapen.org.uk
• ASPEN, 2013 . http://ncp.sagepub.com/content/28/6/639
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Desafios Nutricionais no Tratamento do Hapatopata Grave