________________________________________________________________ PERCEPÇÃO CORPORAL E COMPORTAMENTOS DE RISCO PARA OS TRANSTORNOS ALIMENTARES EM ESTUDANTES DE UM CURSO DE NUTRIÇÃO BODY PERCEPTION AND RISK BEHAVIORS FOR EATING DISORDERS IN THE NUTRITION COURSE STUDENTS ANA CAROLINA DA CRUZ Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG E-mail: [email protected] ADRIANA PEREIRA MEDINA STRACIERI Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG E-mail: [email protected] RENATA FERREIRA DE MAGALHÃES LEITE HORSTS Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – UnilesteMG E-mail: [email protected] RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de insatisfação corporal, o estado nutricional e os comportamentos de risco para os Transtornos Alimentares, em estudantes do sexo feminino do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, no município de Ipatinga, MG. Para avaliar a presença de insatisfação corporal e os comportamentos de risco para os Transtornos Alimentares foram utilizados o Body Shape Questionnarie (BSQ-34) e o questionário proposto por Magalhães e Mendonça (2005), respectivamente, o estado nutricional foi avaliado através do Índice de Massa Corporal. Foi aplicado ainda um questionário socioeconômico. Após os critérios de exclusão, a amostra constituiu-se de 25 alunas. Pode-se observar que a maioria das alunas encontrava-se no 5º período do curso, estavam eutróficas (60%) e não apresentaram insatisfação corporal (60%). Porém encontraram-se alunas com baixo peso (20%), com sobrepeso (20%) e alunas com algum grau de insatisfação corporal (40%). Os resultados deste estudo apontam para a ______________________________________________________________________________821 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ importância de se estabelecer estratégias para prevenir os Transtornos Alimentares em estudantes universitários e mais atividades educativas que orientem as estudantes sobre os riscos dos transtornos alimentares. Palavras-chave: Imagem corporal, comportamentos de risco, estudantes, transtornos alimentares. ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the presence of body dissatisfaction, nutritional status and risk behaviors for eating disorders, in female students in the course of Nutrition of the Minas Gerais University Center East in Ipatinga, MG. To evaluate the presence of body dissatisfaction and risk behaviors for the eating disorders were used the Body Shape Questionnaire (BSQ-34) and the questionnaire proposed by Magalhães and Mendonça (2005), respectively. The nutritional status was evaluated using the Body Mass Index. It was also applied a socioeconomic questionnaire. After the exclusion criteria, the sample was composed by 25 female students. It was observed that, most of the students was in the 5th period of the course, were well nourished (60%) and showed no body dissatisfaction (60%). However were found students with low weight (20%), overweight (20%) and students with some degree of body dissatisfaction (40%).The results of this study indicate the importance of establishing strategies to prevent eating disorders in university students and more educational activities in order to orient the students about the risks of eating disorders. Key words: Body image, risk behavior, students, eating disorders. INTRODUÇÃO Está cada vez mais evidente, nas sociedades ocidentais, a supervalorização da magreza como padrão de beleza. O corpo magro passou a ser perseguido por um número cada vez maior de homens e mulheres por sua associação com atratividade sexual, sucesso, competência e felicidade. Por outro lado, o excesso de peso está cada vez mais associado com incompetência, fraqueza, descontrole e fracasso pessoal. Apesar disso, há uma grande variedade e disponibilidade de alimentos industrializados e de alto valor calórico que favorecem o aumento de peso e a obesidade (MATOS e ALMEIDA, 2008). A mídia por sua vez, veicula por meio de apelos de indústrias da beleza e da moda, o culto ao corpo magro, belo e saudável, assim como ao consumo de alimentos hipercalóricos (ANDRADE e BOSI, 2004). ______________________________________________________________________________822 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ O ideal de corpo perfeito estabelecido pela sociedade e divulgado pela mídia leva as mulheres, principalmente adolescentes, a uma insatisfação com seus corpos, levando-as à adoção de dietas altamente restritivas e exercícios físicos exaustivos como forma de compensar as calorias ingeridas a mais, na tentativa de corresponder ao modelo formado pela sociedade (KUTSCKA, 1993 apud MATOS e ALMEIDA, 2008). A imagem corporal pode ser conceituada como a capacidade de representação mental do próprio corpo, podendo se relacionar com a percepção da aparência física e com a preocupação a ela associada (SAIKALI et al., 2004). Existem duas categorias principais de Transtornos Alimentares (TA): anorexia nervosa (AN) e bulimia nervosa (BN), classificadas de acordo com os critérios do Diagnostic and Statistical Manual, 4ª edição (DSM-IV) e pela Classificação Internacional de Doenças, 10ª edição (CID-10) (CLAUDINO e BORGES, 2002; CORDÁS, 2004). A BN é mais frequente que a AN, podendo ser encontrada na população feminina jovem uma incidência entre 1,1 a 4% e 0,3 a 3,7%, respectivamente. A prevalência dos TA nas mulheres é de 90 a 95% dos casos em relação aos homens (VILELA et al., 2004; MAGALHÃES e MENDONÇA, 2005). A AN é caracterizada por perda de peso intensa e propositada à custa de dietas muito rígidas com busca excessiva pela magreza, além de distorção da imagem corporal e alterações do ciclo menstrual. A BN, por sua vez, é um TA caracterizado por um quadro clínico onde ocorre o sintoma de comer excessivamente seguido de métodos inadequados para a perda de peso (CORDÁS, 2004). Não há uma etiologia única responsável pela AN e pela BN. Acredita-se no modelo multifatorial, com contribuição de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares. Os fatores que predispõem os TA são: pertencer ao gênero feminino, história familiar de transtorno alimentar, baixa autoestima, perfeccionismo e dificuldade em expressar emoções (MORGAN e CLAUDINO, 2005). Existem ainda os fatores precipitantes como, por exemplo: dieta, separação e perda, alterações da dinâmica familiar, expectativas irreais, proximidade da menarca. Enfim, os fatores responsáveis por manter a doença (mantenedores) são: alterações endócrinas, distorção ______________________________________________________________________________823 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ da imagem corporal e práticas purgativas (MORGAN, VECCHIATTI e NEGRÃO, 2002; BORGES et al., 2006). Pertencer a grupos profissionais como atletas, bailarinas, modelos e nutricionistas reforçam a demanda por um corpo magro, aumentando também o risco de TA (MORGAN, VECCHIATTI e NEGRÃO, 2002). O comportamento alimentar de um indivíduo é um dos fatores condicionantes do seu estado nutricional e de saúde. Ao ingressar na faculdade, o estudante passa por uma série de mudanças no estilo de vida, pressão psicológica e diminuição no tempo disponível para alimentação. Os cursos de Educação Física e Nutrição são os mais predisponentes pelo fato de os alunos acharem que a aparência física seja importante para o sucesso profissional (VEIROS e MATOS, 2003; ROSA, GOMES e RIBEIRO, 2008). Os TA são cada vez mais alvos da atenção dos vários profissionais da área da saúde por apresentarem expressivos graus de morbimortalidade. Vários estudos têm sido realizados em diferentes grupos a fim de detectar os TA, dentre esses grupos, estudantes do curso de Nutrição são frequentemente avaliados, por serem consideradas um grupo de risco tanto pela cobrança pela forma física quanto pelo profundo conhecimento dos alimentos (FERNANDES et al., 2007; GONÇALVES et al., 2008; SILVA e PONTIERI, 2008; KIRSTEN, FRATTON e PORTA, 2009; LAUS, MOREIRA e COSTA, 2009). Assim, este trabalho tem como objetivo identificar a presença de insatisfação corporal, o estado nutricional e os comportamentos de risco para os TA, em estudantes do sexo feminino do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais no município de Ipatinga, MG. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva, de delineamento transversal e abordagem quantitativa. Foram convidadas a participar do estudo todas as estudantes do sexo feminino, matriculadas no curso de Nutrição, num total de 40 alunas, do Centro Universitário do Leste ______________________________________________________________________________824 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ de Minas Gerais (Unileste-MG), na cidade de Ipatinga, MG no mês de fevereiro de 2011. A pesquisa foi realizada somente após a autorização da direção do Unileste-MG e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Unileste-MG sob protocolo 39.238.10. As alunas foram devidamente informadas sobre os objetivos da pesquisa e os procedimentos adotados. O estudo só teve início após a assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme regulamenta a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996), garantindo assim às voluntárias da pesquisa completa autonomia, anonimato e privacidade. Foram considerados critérios de exclusão: o não preenchimento completo do questionário, a recusa em participar do estudo e ausência no período de coleta de dados. Como indicador de risco para o desenvolvimento de TA foi utilizado o questionário Body Shape Questionnarie (BSQ-34). Este instrumento é composto por 34 perguntas autopreenchíveis capaz de rastrear a presença de insatisfação corporal proposto por Cooper et al. (1987) traduzido por Cordás e Castilho (1994) e validado para a população universitária por Di Pietro (2001). Cada questão é composta por seis alternativas de resposta, que variam do “sempre” ao “nunca”. Para cada alternativa escolhida são conferidos pontos que variam de 1 a 6 (sempre = 6; muito frequentemente = 5; frequentemente = 4; às vezes = 3; raramente = 2; nunca = 1). O resultado do teste é a somatória dos 34 itens contidos no questionário, e a classificação dos resultados reflete os níveis de preocupação com a imagem corporal. Resultado menor ou igual a 80 é considerado um padrão de normalidade e tido como ausência de distorção da imagem corporal; resultados entre 81 e 110 pontos são classificados como leve distorção da imagem corporal; entre 111 e 140, como moderada distorção; e acima de 140 pontos a classificação é de presença de grave distorção da imagem corporal (CORDÁS e CASTILHO, 1994). Para avaliar o estado nutricional foi utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC) a partir da seguinte fórmula: peso atual (kg) /estatura (m)² (CUPPARI, 2005). Para aferir peso e altura das estudantes utilizou-se a balança mecânica plataforma da marca Welmy® com o estadiômetro acoplado, com capacidade máxima para 150 kg e 200 cm respectivamente. Para a obtenção do peso atual, a balança plataforma foi calibrada e tarada. Cada sujeito ______________________________________________________________________________825 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ da pesquisa posicionou-se em pé, no centro da base da balança, descalço e com roupas leves. A estatura foi medida utilizando-se o estadiômetro acoplado à balança. Para tal, o voluntário ficou em pé, descalço, com os calcanhares juntos, costas retas, cabeça livre de adereços e os braços estendidos ao lado corpo (CUPPARI, 2005). O critério adotado para classificar o estado nutricional foi o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (1995 e 1997) utilizando-se a classificação do estado nutricional segundo IMC (magreza grau I – de 17 a 18,4 kg/m2, grau II – de 16 a 16,9 kg/m2 e grau III – <16 kg/m2; de 18,5 a 24,9 kg/m2 – eutrofia; de 25,0 a 29,9 kg/m2 – sobrepeso (préobesidade); de 30,0 a 34,9 kg/m2 – obesidade grau I, de 35 a 39,9 kg/m2 – obesidade grau II e ≥ 40,0 kg/m2 – obesidade grau III) (CUPPARI, 2005). As perguntas para avaliar comportamentos de risco para os transtornos alimentares foram propostas por Magalhães e Mendonça (2005). Aquelas que foram positivas para três itens considerando-se as duas semanas anteriores ao preenchimento do questionário, foram classificadas como comportamento de risco para os TA. Marcar um ou dois itens positivos isoladamente não sugere comportamento de risco. As perguntas foram: “Nas duas últimas semanas, você praticou alguma atividade física com objetivo estético?” com opção de resposta “sim” ou “não”, “Seu pai e/ou sua mãe critica(m) você com relação ao seu peso ou dieta?”, com opção de resposta “sim” ou “não”, “Com que frequência você lê revistas e/ou jornais não científicos que oriente sobre dieta ou perda de peso corporal?”, com opção de respostas “algumas vezes” e “sempre”, “Você já fez uso de dietas restritivas para emagrecimento?”, com opção de respostas “já fiz de 6 até 10 vezes” ; “de 11 até 15 vezes”; “mais de 15 vezes”. Foi aplicado ainda um questionário socioeconômico para avaliar questões como: idade, período do curso, estado civil, etnia, renda familiar, situação de residência, onde e como a estudante mora. Os questionários foram distribuídos aos voluntários no laboratório de Avaliação Nutricional do Unileste-MG, onde ocorreu a aferição das medidas antropométricas, pela própria pesquisadora. O preenchimento do questionário foi realizado de forma anônima para que houvesse uma maior veracidade das respostas uma vez que nos TA é comum a negação da própria condição patológica (BORGES et al., 2006; STRACIERI e OLIVEIRA, 2008). O ______________________________________________________________________________826 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ anonimato permitiu às respondentes revelar um comportamento que, por considerarem vergonhoso, poderia ser omitido em um questionário com identificação. Para a tabulação dos dados foi utilizado o programa Microsoft Office Excel, versão 2003. RESULTADOS E DISCUSSÃO Das 40 alunas, do gênero feminino, convidadas 15 foram excluídas por não comparecerem no período da coletada de dados, sendo a amostra final constituída por 25 alunas, com idade média de 24,1 anos (DP±7,5), variando entre 19 e 56 anos. Observou-se que 56% (n=14) das alunas encontravam-se no 5º período do curso, eram solteiras e com idade menor de 24 anos. A maioria relatou residir com parentes, em casa própria. A renda familiar das respondentes foi, na maior parte dos casos, de 3 a 5 salários mínimos (Tabela 1). Os TA são ainda hoje doenças raras que acometem, sobretudo, adolescentes ou mulheres jovens. Acreditava-se que os TA limitavam-se a um grupo composto por mulheres jovens, brancas, pertencentes às classes altas e residentes em países ricos, algo que vem sendo contestado pelo número crescente de relatos de transtornos alimentares em países em desenvolvimento e em diferentes etnias (MORGAN e CLAUDINO, 2005; KIRSTEN, FRATTON e PORTA, 2009). Os dados deste estudo corroboram com os dados da literatura referentes às variáveis socioeconômicas (Tabela 1), uma vez que na amostra 52% (n=13) das alunas se consideraram pardas e com renda mensal de 3 a 5 salários (CENCI, 2007; KIRSTEN, FRATTON e PORTA, 2009; TOLEDO, DALLPIANE e BUSNELLO, 2009). Ao ingressar no ensino superior, o estudante passa por uma série de mudanças no estilo de vida como, por exemplo, o estresse, omissão de refeições, influência dos colegas, falta de tempo ou dificuldade em preparar sua própria refeição (VEIROS e MATOS, 2003; MONTEIRO et al., 2009). ______________________________________________________________________________827 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ Em estudo realizado por Monteiro et al. (2009) que avaliava o hábito e o consumo alimentar de universitárias em Belo Horizonte, MG, 25% tiveram menor frequência no consumo de todos os grupos de alimentos, em função de não morarem com os pais. Neste sentido as estudantes do presente estudo que moram em habitação coletiva 12% (n=3) podem ter um risco maior de alteração nos hábitos alimentares, já que, neste grupo, há uma tendência ao consumo de alimentos fast food. Segundo Monteiro et al. (2009) este hábito alimentar está associado a uma tendência ao aumento de peso, situação que pode aumentar o risco de um comportamento de risco para os TA. Este autor observou entre as universitárias de Belo Horizonte, MG, uma preferência por alimentos de rápido preparo, sendo que os mais consumidos foram os salgados assados (100,0%), o cachorro quente (88,8%), os salgados fritos (77,8%), os alimentos fornecidos por grandes lanchonetes (79,9%) e os salgadinhos do tipo chips (73,3%) das estudantes. ______________________________________________________________________________828 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ Tabela 1 – Características socioeconômicas das alunas do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Ipatinga, MG. Variável Classe n % Idade Menor ou igual a 24 anos 19 76 Acima de 24 anos 6 24 5º 14 56 8º 4 16 Outros 7 28 Solteiro 19 76 Casado 4 16 Outros 2 8 Pardo 13 52 Branco 8 32 Outros 4 16 Casa, Apto com parentes 18 72 Habitação coletiva 3 12 Outros 4 16 De 3 a 5 salários mínimos 12 48 De 1 a 3 salários mínimos 7 28 Acima de 5 salários mínimos 6 24 Casa própria 17 68 Água tratada 25 100 Rede de esgoto 25 100 Energia Elétrica 25 100 Geladeira 25 100 Período Estado Civil Etnia Situação Familiar Renda Familiar Condição de moradia Fonte: Dados da pesquisa. ______________________________________________________________________________829 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ Nesta pesquisa, observou-se que a maioria das alunas apresentava-se eutrófica (Tabela 2). Entretanto encontrou-se alunas com magreza e sobrepeso (Tabela 2). Os achados referentes ao estado nutricional confirmam os resultados encontrados por Cenci, Peres e Vasconcelos (2009) em Florianópolis, SC, com alunas de Nutrição em que 73,2% se encontravam eutróficas, 15,9% com baixo peso e 10,9% sobrepeso. Kirsten, Fratton e Porta (2009) em Campinas, SP também encontraram valores semelhantes em seu estudo para avaliar sintomas de TA em estudantes de Nutrição no qual 85,5% da amostra se apresentava eutrófica, 8,5% baixo peso e 6,0% sobrepeso. Pesquisas nacionais relativas ao comportamento alimentar e à percepção da imagem corporal realizadas com estudantes universitárias se referem, geralmente, a alunas de Nutrição e Educação Física, pelo fato das alunas desses cursos estarem preocupadas com a forma física e por acharem que a boa aparência está relacionada com o sucesso profissional (MORGAN, VECCHIATTI e NEGRÃO, 2002; VEIROS e MATOS, 2003; PENZ, BOSCO e VIEIRA, 2008; ROSA, GOMES e RIBEIRO, 2008; KIRSTEN, FRATTON e PORTA, 2009). Tabela 2 - Avaliação do estado nutricional das alunas do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais segundo o Índice de Massa Corporal (IMC), Ipatinga, MG. Variável n % Magreza Grau I (IMC: 17 - 18,4 Kg/m2) 5 20 Eutrofia (IMC: 18,5 - 24,9 Kg/m2) 15 60 Sobrepeso (IMC: 25 - 29,9 Kg/m2) 5 20 Fonte: Dados da pesquisa. Nesta pesquisa, os resultados demonstraram que 60% das alunas não apresentam insatisfação corporal enquanto 24% apresentam insatisfação leve, 8% moderada e 8% grave (Tabela 3). Silva e Pontieri (2008) em Valinhos-SP, ao analisarem o risco aumentado de TA em estudantes de Nutrição utilizando o BSQ-34, encontraram metade dos estudantes sem ______________________________________________________________________________830 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ insatisfação (50%). Outro resultado semelhante foi encontrado por Laus, Moreira e Costa (2009) em Ribeirão Preto-SP que ao avaliarem imagem corporal, comportamento alimentar e estado nutricional de universitárias observaram que 42% não apresentou insatisfação. Stipp e Oliveira (2003) em Piracicaba-SP, ao estudarem alunas de Nutrição observaram que 54,8% da amostra não apresentou insatisfação e 26,9% apresentou insatisfação leve. Tabela 3 - Percepção corporal das alunas do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, segundo o Body Shape Questionnaire (BSQ), Ipatinga, MG. Variável N % Sem insatisfação 15 60 6 24 2 8 2 8 (menor ou igual a 80) Insatisfação leve (81 - 110) Insatisfação moderada (111- 140) Insatisfação grave (maior que 140) Fonte: Dados da pesquisa. O fato de as alunas em sua maioria estarem nos períodos posteriores ao 5º esperava-se que não possuíssem o hábito de ler revistas ou jornais não científicos sobre dieta 56% (n=14), porém este tipo de leitura mostra que elas estão buscando informações para melhor informar seus futuros pacientes sobre essas publicações não científicas. Não era esperado que fizessem dietas restritivas para emagrecimento 32% (n=8) (Tabela 04), devido ao acesso ao ______________________________________________________________________________831 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ conhecimento científico que possuem sobre o tema. Vale ressaltar que a maior parte das alunas já cursou disciplinas curriculares como: Composição e Análise dos Alimentos, Cálculo Dietético, Nutrição Humana, Processos Patológicos e Terapia Nutricional I. Essas disciplinas apresentam conteúdos que além de passarem um conhecimento mais profundo sobre os alimentos também mostram às alunas a importância de uma alimentação equilibrada e as consequências de dietas restritivas. O estudo de Gonçalves et al. (2008) em Taubaté, SP ao avaliar comportamento anoréxico e percepção corporal em universitários do curso de Nutrição, encontrou o seguinte resultado: 9,8% das alunas do 2º e 3º ano apresentaram comportamento de risco para anorexia. Já no estudo realizado por Kirsten, Fratton e Porta (2009) em Campinas-SP, para avaliar sintomas de TA em estudantes de Nutrição, as alunas do 1º semestre (17,0%) e do 5º semestre (19,5%) apresentaram maiores proporções para o comportamento de risco em relação ao demais semestres. Outro fator importante para o comportamento de risco é a prática de atividade física. Nogueira e Palma (2003), Teixeira et al. (2008), citam Caspersen et al. (1985) quando conceituam que atividade física é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em um gasto energético maior do que os níveis de repouso. Em relação à prática de atividades físicas para perda de peso Stracieri e Oliveira (2008) Ipatinga, MG em estudo que avaliava os fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares em universitárias, encontraram 60,95% que praticavam exercícios físicos com finalidade de queimar calorias. Em outro estudo Santos, Gonçalves e Stracieri (2010) em Ipatinga, MG, avaliando os fatores de risco para anorexia e bulimia nervosas em universitárias dos cursos de Nutrição e Educação Física, observaram que 23,6% praticavam exercícios físicos para queimar calorias. Os dados deste estudo referentes à prática de atividade física não corroboram os relatos da literatura, pois apenas 8% (n=2) disseram realizar atividade com esse objetivo. A prática de atividade física, com objetivo de melhorar a saúde, tem se mostrado favorável na redução de diversos fatores de risco, contribuindo com a melhora do metabolismo, além de ter associação com a prevenção de enfermidades como diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, osteoporose e alguns tipos de câncer, como os de cólon e ______________________________________________________________________________832 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ mama (BARETTA, BARETTA e PERES, 2007). Tabela 4 - Avaliação do comportamento de risco para os Transtornos Alimentares em alunas do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, segundo questionário proposto por Magalhães e Mendonça (2005), Ipatinga, MG. Variável n % "Nas duas últimas semanas, você praticou Sim alguma atividade física?” Não 8 32 17 68 Melhorar a saúde Objetivo "Se sim com qual objetivo a atividade foi de lazer realizada?” Objetivo estético ou para perder peso 4 16 2 8 2 8 "Seu pai e/ou sua mãe critica(m) você com Sim relação ao seu peso ou dieta?" Não 8 32 17 68 1 4 10 40 11 44 3 12 17 68 6 24 2 8 Nunca Quase nunca Algumas vezes "Com que frequência você lê revistas e/ou jornais Sempre não científicos que oriente sobre dieta ou perda de peso corporal?" Nunca "Você já fez uso de dietas restritivas para De 1 a 5 vezes Mais de 15 emagrecimento?" vezes Fonte: Dados da pesquisa. De acordo com o questionário proposto por Magalhães e Mendonça (2005) (Tabela 05) apenas 12% (3) apresentam comportamento de risco para os TA. As alunas relataram que o objetivo da prática de atividade física era estético, que eram criticadas em relação ao peso ou dieta, que liam revistas sobre dieta algumas vezes ou sempre e que já haviam feito uso de ______________________________________________________________________________833 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ dietas restritivas mais de seis vezes. Tais práticas revelam um comportamento de risco. Conforme Magalhães e Mendonça (2005), a frequência do uso de dietas restritivas e até mesmo a leitura de revistas que exaltam a utilização destas dietas influenciam o comportamento alimentar feminino. Este hábito pode predizer a abertura de condutas impróprias na tentativa de perda de peso e da busca de um corpo considerado “ideal”. Tabela 05 - Alunas do curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, que apresentam comportamento de risco para os Transtornos Alimentares, Ipatinga, MG. Variável n % Alunas que responderam à três perguntas positivas 3 12 Alunas que não responderam à três perguntas positivas 22 88 Fonte: Dados da pesquisa. Stracieri e Oliveira (2008), ao avaliarem os fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares em universitárias em Ipatinga, MG, observaram que o hábito de fazer dietas esteve presente em 63,9% das alunas. CONCLUSÃO Por meio deste estudo pode-se perceber que há um número importante de estudantes que apresentaram algum grau de insatisfação corporal e com algum desvio do estado nutricional. Este achado referente à insatisfação é preocupante por se tratar de futuras profissionais que poderão atuar em uma equipe multidisciplinar no tratamento dos pacientes portadores de TA. Não se sabe se essas alunas apresentaram esta insatisfação após o ingresso no curso ou se procuram este por já apresentarem algum comportamento de risco para os TA. Há a ______________________________________________________________________________834 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 5, n. 9, p. 821-840, ago./dez. 2011. ________________________________________________________________ necessidade de realização de mais trabalhos de pesquisa para esclarecer uma maior prevalência dessas desordens entre estudantes de nutrição e mais atividades educativas que as orientem sobre os riscos dos transtornos alimentares. REFERÊNCIAS ANDRADE, A.; BOSI, M. L. M. Transtornos do comportamento alimentar: um problema de saúde coletiva. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.12, n.2, p.197-202, 2004. Disponível em: < http://www.scielosp.org/pdf/cec /v12n2/04.pdf> Acesso em 25 de Março de 2011. BARETTA, E.; BARETTA, M.;PERES, K. G. 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