Gestão da Manutenção e Capacidade da Produção Prof° MsC Eng. Arqt. e Urb. Roberto Veloso Introdução 1. Gestão da manutenção 2.Tipos de Manutenção 2.1. Manutenção Corretiva 2.2. Manutenção Preventiva 3. Engenharia de Manutenção 4. Tendências 5. Perfil da Manutenção nas Organizações 6. A Gestão da Manutenção Terceirizada 7. “Motivando” a Implantação da Gestão da Manutenção 8. Etapas de Implantação de um Sist. de Gestão da Manut. na Pequena e Média Organização 8.1. O tempo de cada profissional 9. A Infra-estrutura 10. Considerações Finais 11. Projeto de Gestão de Manutenção • Referências Bibliográficas Básicas • Sumário • Em qualquer sistema produtivo, a manutenção da capacidade de produção de uma organização constitui uma função de grande importância. • Manter um ritmo de produção em uma organização requer atenção a uma série de componentes relacionados à capacidade de produção. • Atende a requisitos diretos da administração patrimonial, operacional e contábil. • Introdução • A manutenção envolve a realização de todas as atividades relacionadas com a conservação das instalações e dos equipamentos, em boas condições de operação e em fazer os reparos necessários quando as falhas ocorrem, para que o sistema possa ter o desempenho esperado. • Introdução • As atividades de manutenção estão organizadas em duas categorias: 1. manutenção de prédios e terrenos (manutenção predial) 2. manutenção de máquinas e equipamentos. • A manutenção deve ser entendida como um processo inserido no contexto da capacidade de produção e ligada diretamente à administração do patrimônio e da produção • Introdução • Introdução • Aspectos que compõem um sistema de produção de uma organização, que possuem estreita relação com a manutenção: 1. a analise da demanda de mercado; 2. a função da produção e os processos de transformação (inputs x Outputs); 3. o papel do planejamento da capacidade na integração JIT (Just in Time) com MRP II (Manufacturing Resource Planning) com OPT (Optimised Production Technology) 4. o planejamento da capacidade de longo prazo, médio e curto prazo (RRP, RCGP e CRP), bem como a capacidade instalada/ expansão e o controle da capacidade; 5. as restrições (TOC - Theory of Contraints) na cadeia de valor • Introdução • A questão manutenção tem como fator preponderante a redução de custos . • Deveria ser tratada como investimento e não como despesa, pois, além de manter determinado bem em funcionamento, mantém também o processo produtivo - razão de existir da organização. o A Gestão da Manutenção • O objetivo da atividade de manutenção é conservar o sistema de produção em boas condições de operação, incorrendo no menor custo possível. • Existem uma série de razões para se querer manter o equipamento e as máquinas em boas condições de operação, como por exemplo: - Evitar interrupções na produção - Evitar que os custos de produção aumentem - Manter a qualidade elevada - Evitar perdas de prazos de entrega o A Gestão da Manutenção • Quando o equipamento falha, pode ocorrer uma série de conseqüências adversas: - Poderá ser necessário adiar ordens de produção, diante da diminuição na capacidade de produção; - Poderá ser necessário paralisar a produção, mas o “overhead”¹ continuará, o que irá provocar o aumento no custo unitário; - Poderão ocorrer problemas da qualidade, onde o produto poderá ter defeitos de fabricação; - Poderão ocorrer problemas de segurança, uma vez que os funcionários ou cliente poderão sofrer lesões o A Gestão da Manutenção • Os tomadores de decisão têm duas opções básicas com relação a manutenção: a primeira delas é de natureza reativa e a segunda é de natureza proativa. o A Gestão da Manutenção Os tomadores de decisão têm duas opções básicas com relação a manutenção: a primeira delas é de natureza reativa e esta consiste em lidar com a falhas ou outros problemas quando eles ocorrem. Este tipo de ação é conhecida como manutenção corretiva. A outra opção é de natureza proativa: ela consiste em reduzir as falhas através de uma programação que abrange desde o momento em que o equipamento chega à organização, quando são realizados os procedimentos de inserção no rol do patrimônio da organização, até as ações propriamente ditas de manutenção, tais como: lubrificação, ajuste, limpeza, inspeção e substituição de peças desgastadas. Este tipo de ação é conhecida como manutenção preventiva o A Gestão da Manutenção • As decisões de natureza reativa e esta consistem em lidar com a falhas ou outros problemas quando eles ocorrem. Este tipo de ação é conhecida como manutenção corretiva. • As decisões de natureza proativa consistem em reduzir as falhas através de uma programação que abrange desde o momento em que o equipamento chega à organização, quando são realizados os procedimentos de inserção no rol do patrimônio da organização, até as ações propriamente ditas de manutenção, tais como: lubrificação, ajuste, limpeza, inspeção e substituição de peças desgastadas. Este tipo de ação é conhecida como manutenção preventiva o A Gestão da Manutenção • Para implantação de um processo de Gestão da Manutenção é necessário ter claras as etapas, desde o conhecimento dos processos de gestão da manutenção, conceituação, até os passos para implantação. o A Gestão da Manutenção 2.1. Manutenção Corretiva 2.2. Manutenção Preventiva • Tipos de Manutenção 2.1. Manutenção Corretiva É a atuação para correção de falha ou do desempenho menor que o esperado. Tem origem na palavra “corrigir”. Pode ser dividida em duas fases: a) - Manutenção Corretiva não Planejada b) – Manutenção Corretiva Planejada - A Manutenção Preditiva - A Manutenção Detectiva • Tipos de Manutenção 1.- Manutenção Corretiva não Planejada – correção da falha de maneira aleatória, ou seja, é a correção da falha ou desempenho menor que o esperado após a ocorrência do fato. Esse tipo de manutenção implica altos custos, pois, causa perdas de produção e, em conseqüência, os danos aos equipamentos são maiores; • Tipos de Manutenção b) – Manutenção Corretiva Planejada – é a correção que se faz em função de um acompanhamento preditivo, detectivo ou até mesmo pela decisão gerencial de se operar até ocorrer a falha. Seu próprio nome: “planejada” indica que tudo o que é planejado, tende a ficar mais barato, mais seguro e mais rápido. • Tipos de Manutenção • A Manutenção Preditiva pode ser considerada como um conjunto de atividades de acompanhamento das variáveis ou parâmetros que indicam a performance ou desempenho dos equipamentos, de modo sistemático, visando a definir a necessidade ou não de intervenção. Para Xavier (2003) quando a intervenção, fruto do acompanhamento preditivo, é realizada, estamos fazendo uma Manutenção Corretiva Planejada. Esse tipo de manutenção é conhecido como CBM — CONDITION BASED MAINTENANCE — ou Manutenção baseada na condição. Essa manutenção permite que os equipamentos operem por mais tempo e a intervenção ocorra com base em dados e não em suposições. • Tipos de Manutenção • A Manutenção Detectiva é aquela determinada pela atuação efetuada em sistemas de proteção ou comando, buscando detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção. Um exemplo clássico é o circuito que comanda a entrada de um gerador em um hospital. Se houver falta de energia e o circuito tiver uma falha o gerador não entra. À medida que aumenta a utilização de sistemas automatizados nas operações, mais importante e mais utilizado será, garantindo assim a confiabilidade dos sistemas (XAVIER, 2003). • Tipos de Manutenção 2.2. Manutenção Preventiva É a atuação realizada para a redução de falhas ou queda no desempenho, obedecendo a um planejamento baseado em períodos estabelecidos de tempo, a fim de evitar custos associados a eventos dessa natureza. • Tipos de Manutenção 2.2. Manutenção Preventiva Gerentes normalmente fazem a programação da preventiva utilizando alguma combinação dos seguintes critérios: - Como resultados de inspeções planejadas, que revelam a necessidade de manutenção. - De acordo com o calendário (conforme o tempo transcorrido desde a última manutenção realizada). - Após determinado número de horas de operação – monitoramento. • Tipos de Manutenção 2.2. Manutenção Preventiva Na manutenção preventiva, uma questão importante é freqüência de manutenção. • Tipos de Manutenção • Xavier (2003) discorre que Engenharia de Manutenção “é o conjunto de atividades que permite que a confiabilidade seja aumentada e a disponibilidade garantida” • É deixar de ficar consertando — convivendo com problemas crônicos —, mas melhorar padrões e sistemáticas, desenvolvendo a manutenibilidade, dar feedback ao projeto e interferir tecnicamente nas compras. • Engenharia de Manutenção • Organizações líderes, ou de sucesso, percebem e adotam, cada vez mais, técnicas preditivas e a prática da engenharia de manutenção. • A manutenção, assim, é considerada estratégica para as organizações, pois ela garante a disponibilidade dos equipamentos e instalações com confiabilidade, segurança e dentro de custos adequados. • Tendências • (...) “a manutenção tem mudado sua configuração nas estruturas organizacionais, deixando de ser vista como Área geradora de custos e evoluindo para uma área que deve agregar valor aos processos de trabalho e ao negócio”. • Perfil nas Organizações • A contratação de pessoal para a complementação de mão-de-obra em serviços, cuja demanda excede os recursos disponíveis, ou para a realização de trabalhos de baixa especialização. • Gestão Terceirizada • O que leva a organização a implantar a Gestão de Manutenção? • Por que a Gestão da manutenção é importante para organização? • O serviço de manutenção pode ser feito por um setor da própria organização ou é melhor a contratação de serviço terceirizado? • Quais os serviços que se devem buscar na organização terceirizada? • Motivações para a Gestão • O momento de ter que se tomar a decisão da implantação de um sistema de Gestão de Manutenção. • Quais e quantos os problemas ou questões se colocam para se iniciar a implantação de um sistema de manutenção? • Uma das primeiras perguntas que deve ser feita: Quantos equipamentos existem na organização? • Quais os tipos? • Estão todos em um mesmo lugar ou distribuídos em diferentes setores? • Tem certeza que contou todos? • Etapas de Implantação de Gestão • Para organizar esse conjunto de informações é preciso, primeiramente, cadastrar os equipamentos, estruturando tudo o que pertence à organização. • É preciso obter uma noção de conjunto. • Criação do inventário da organização. • elaboração da proposta de trabalho de manutenção. • Etapas de Implantação de Gestão • Para estabelecer o plano de trabalho, deve-se considerar quatro pontos importantes: • Definição do tipo de manutenção a ser adotado e se é interno ou externo; -Infra-estrutura de pessoal; -Infra-estrutura física e de material; -Proposta de trabalho propriamente dita. • Etapas de Implantação de Gestão • Para não se correr riscos de errar, é necessário, no entanto, refletir baseados nas seguintes perguntas: a) Existe pessoal treinado para manutenção de cada tipo e modelo de equipamento? b) Existe documentação técnica referente ao equipamento a ser mantido internamente? c) Existem equipamentos de teste e calibração (quando necessário) para avaliação do equipamento após a manutenção? d) O fabricante ou representante técnico do equipamento é bastante acessível? e) É possível e fácil a aquisição de peças originais ou paralela, de reposição, quando necessário? • Etapas de Implantação de Gestão • Pontos relevantes para implantação de uma proposta de trabalho: - é a especificação da infra-estrutura de pessoal. - saber calcular o número de pessoas para compor a equipe de manutenção. - o que são: - TMR (Tempo Médio de Reparos), - TRF (Tempo Médio entre Falhas), - NHT (Número de Horas Técnicas). • Etapas de Implantação de Gestão • A Infra-estrutura a) Ferramentas necessárias para técnicos de cada área de atuação desenvolver suas atividades; b) Equipamentos essenciais para usar em bancadas de manutenção, de acordo com cada área de atuação; c) Documentação técnica; d) Telefone, central de recados, bip, celular, computador, rede de internet, etc; e) Escritório, suprimentos operacionais (canetas, envelopes, papéis, móveis e utensílios, etc.); f) Infra-estrutura predial para manutenção; g) Assinatura de revistas e publicações técnicas, compras de livros, viagens, congressos, etc.; h) Treinamentos, sempre que possível e necessário. • Etapas de Implantação de Gestão • Final da 1ª Parte