34 Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 Mercado e desempenho econômico-financeiro Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o faturamento do setor cresceu 24% sobre o ano anterior, atingindo R$ 670 bilhões. Do total, R$ 386 bilhões vieram de transações com cartões de crédito, R$ 199,8 bilhões de cartões de débito e R$ 84,2 bilhões de cartões de rede de loja – um aumento de 23%, 25% e 23%, respectivamente, em relação a 2010. Acompanhando o crescimento do mercado e colhendo os resultados de importantes iniciativas em 2011, a Redecard registrou lucro líquido de R$ 1,4 bilhão. O aumento foi de 0,3% em relação a 2010, consequência de sua disciplina, ao longo do ano, para manter preços resilientes e reduzir custos e despesas, com o objetivo de maximizar a eficiência operacional. Mercado Com 24% de aumento em relação ao ano anterior, o faturamento do setor foi de R$ 670 bilhões Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o mercado de cartões encerrou o ano com 8,3 bilhões de transações, representando aumento de 18% sobre o ano anterior, e com 687 milhões de cartões, crescimento de 9%. Ainda segundo a entidade, o cartão ganhou ainda mais espaço no dia a dia do brasileiro e já responde por 26,8% do consumo privado no Brasil, crescimento de 2,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior (veja os resultados do exercício na nota explicativa nº 15, nas Demonstrações Financeiras Padronizadas 2011). Faturamento do setor (R$ bilhões)1 444,2 541,9 Faturamento do setor, por função dos cartões (R$ bilhões)1 255,7 129 Cartões de crédito Cartões de rede e loja 2009 313,7 159,6 Cartões de crédito 670,1 Cartões de débito 59,5 Cartões de débito 68,5 Cartões de rede e loja 2010 386,5 199,8 84,2 2009 1 – Fonte: Abecs 2010 2011 Cartões de crédito 1 – Fonte: Abecs Cartões de débito Cartões de rede e loja 2011 35 Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 Desempenho econômico-financeiro Após a abertura do mercado, consolidamos nosso modelo de rede de serviços e revisamos as nossas principais atividades, com foco em eficiência operacional Ao longo de 2011, a Redecard se reestruturou para manter a disciplina em preços, custos e despesas no cenário competitivo posterior à abertura do mercado. A estratégia de eficiência operacional foi reflexo do desafio de capturar maiores volumes (com o início da captura da bandeira Visa), atender demandas por maior qualidade do serviço prestado e continuar gerando valor aos acionistas. 2.8 Lucro líquido O lucro líquido foi de R$ 1.404,4 milhões, valor 0,3% superior aos R$ 1.400,0 milhões do ano anterior. O número obtido é uma combinação do aumento da receita operacional líquida, de 6,8%, e do crescimento dos custos totais dos serviços prestados e das despesas operacionais, que, somados, aumentaram 17,2% no ano. Já a margem líquida foi de 38,7%, 2,5 pontos percentuais a menos que em 2010, quando alcançou 41,2%. Em 2009, foi de 45,4%. A redução da margem líquida (receita operacional líquida/lucro líquido) deve-se ao fato de que a receita operacional líquida cresceu 6,8%, ao passo que o lucro líquido cresceu 0,3%, tendo em vista o aumento dos custos e despesas, principalmente no primeiro semestre, e apresentaram redução a partir do terceiro trimestre do ano. No quarto trimestre de 2011, a margem líquida atingiu 45,2%, em decorrência do controle de custos e despesas. Lucro líquido e margem líquida 45,4% 1.396,0 2009 Lucro líquido 41,2% 1.400,0 2010 38,7% 1,404,4 2011 Margem líquida 36 Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 EBITDA ajustado O EBITDA ajustado consiste no lucro operacional adicionado dos valores da depreciação e da amortização, deduzido o montante do resultado financeiro líquido, exceto a receita financeira líquida obtida com o negócio de pré-pagamento aos estabelecimentos credenciados, uma vez que a Companhia entende que essa atividade faz parte do seu resultado operacional. Em 2011, o EBITDA ajustado se manteve estável, apesar da abertura do mercado, e correspondeu a R$ 2.262,0 milhões, 2% maior que o registrado 2009 2010 2011 Variação (2011 x 2010) 2.069,5 2.075,7 2.079,4 0,2% (+) D epreciação e amortização (R$ milhões) 125,3 143,2 180,4 26,0% (-) R eceita financeira líquida (R$ milhões) (594,8) (604,6) (637,1) 5,4% 598,9 602,6 639,2 6,1% EBITDA ajustado (R$ milhões) 2.199,0 2.216,8 2.262,0 2,0% Margem EBITDA ajustada (%) 71,5 65,2 62,3 -2,9 p.p. EBITDA ajustado Resultado operacional (R$ milhões) (+) Resultado do pré-pagamento (R$ milhões) DMA-EC em 2010, de R$ 2.216,8 milhões. A margem do EBITDA ajustada (EBITDA ajustado/ receita operacional líquida) ficou 2,9 pontos percentuais abaixo do número de 2010, devido ao fato de que o EBITDA ajustado cresceu 2,0% e o lucro líquido, 3,0%, tendo em vista o aumento dos custos e das despesas, principalmente no primeiro semestre, mas que tiveram redução a partir do terceiro trimestre do ano. No quarto trimestre de 2011, a margem líquida atingiu 45,2%, em decorrência do controle de custos e despesas. Receita bruta de serviços Composição da receita bruta total A receita bruta de serviços totalizou, em 2011, R$ 3.234 milhões. As principais linhas de receita são relativas a transações efetuadas com cartões de crédito e débito, aluguel dos terminais de captura e pré-pagamento das transações de crédito. As outras fontes de receita, que somaram R$ 185,6 milhões – 30,4%, ou R$ 43,3 milhões a mais que o obtido em 2010 –, incluem: receita de trava de domicílio bancário cobrada dos bancos domiciliadores; receita com a captura de transações com cartões-benefício (alimentação, refeição etc.); receita com os serviços de consulta de cheques; receita com a captura de transações com cartões de loja (private label); dentre outras. 45% Cartão de crédito 15% Cartão de débito 19% Aluguel de equipamentos 17% Pré-pagamento 5% Outros Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 Diversificação de estabelecimentos Firmamos parcerias com estabelecimentos de diversos segmentos de atuação. No ano, houve crescimento nos setores de alimentação e moradia. Diversificação de estabelecimentos credenciados1 – 2010 25% Alimentação 18% Moradia2 17% Vestuário 12% T&E 11% Veículos3 8% Outros 6% Saúde 2% Educação 1 – Com base no volume financeiro das transações de cartões de crédito e débito nos últimos 12 meses findos em 30 de dezembro de 2011. 2 – Material de construção. 3 – Combustível, serviços e peças automotivas. Diversificação de estabelecimentos credenciados1 – 2011 26% Alimentação 19% Moradia2 15% Vestuário 12% T&E 10% Veículos3 10% Outros 6% Saúde 2% Educação 37 38 Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 EC1 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) A geração do valor adicionado atingiu R$ 2.581,8 milhões em 2011 (2010: R$ 2.527,4 milhões; 2009: R$ 2.450,7 milhões). Pessoal e administradores Os funcionários e administradores da Companhia receberam R$ 217,4 milhões da riqueza gerada em 2011 (2010: R$ 185,6 milhões; 2009: R$ 135,8 milhões). Do valor distribuído, 68,5% referem-se a salários e encargos, 15,9%, a benefícios, e 15,6%, à Participação nos Lucros e Resultados (PL&R). Tributos Da riqueza gerada pela Companhia R$ 949,2 milhões foram destinados ao pagamento de impostos, taxas e contribuições (2010: R$ 934,3 milhões; 2009: R$ 913,9 milhões). Ao governo federal, foram destinados 97,0% , o restante foi destinado ao governo municipal. Aluguéis Os terceiros com contratos de aluguéis receberam R$ 10,7 milhões em 2011 (2010: R$ 7,6 milhões; 2009: R$ 6,5 milhões). Estes contratos referem-se à locação do prédio da sede da Redecad, em Barueri, e seu escritório no município de São Paulo. Acionistas De acordo com nossa estrutura de capital e política de distribuição de dividendos, em 2012 concluiremos o pagamento aos acionistas dos dividendos e juros sobre o capital próprio dos resultados alcançados em 2011, totalizando o pagamento de R$ 1.404,4 milhões (2010: R$ 1.400,0 milhões; 2009: R$ 1.394,6 milhões). Do valor distribuído, 5,0% referem-se a juros sobre capital próprio, 38,9% a Dividendos Distribuídos e 56,1% Lucros Retidos, que são destinados a distribuição de dividendos e constituição de reservas de capital. Com isso, o payout da Companhia foi 100,0% em 2009, 95,0% em 2010 e 96,9% em 2011. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 2009 2010 2011 5,5% Pessoal e administradores 7,3% Pessoal e administradores 8,4% Pessoal e administradores 37,3% Tributos 37,0% Tributos 36,8% Tributos 0,3% Aluguéis 0,3% Aluguéis 56,9% Acionistas 55,4% Acionistas 0,4% Aluguéis 54,4% Acionistas 39 Relatório Anual de Sustentabilidade 2011 Análise do capital de giro Estrutura do capital de giro 100% 90% 8,2% 6,1% Capital de terceiros 5,5% 100% 90% 80% 80% 70% 70% 60% 50% 40% 91,8% 93,9% 94,5% 60% 50% 93,3% 89,0% 2009 2010 2011 3,7% 3,6% 3,1% 8,0% 3,0% 40% 30% 20% 30% 10% 20% 0% 96,3% 2009 2010 2011 Capital próprio Capital de terceiros O “contas a pagar a estabelecimentos” possui a maior representatividade na composição do capital de terceiros da Companhia. Essa mesma representatividade é encontrada no ativo circulante em função do “contas a receber dos bancos emissores”. Isto é devido ao papel desempenhado pela Companhia de intermediação entre os bancos emissores e os estabelecimentos credenciados ao sistema Redecard. Para tornar nossa estrutura de capital comparada à de outras empresas do mercado, preparamos uma demonstração retirando o “contas a pagar a estabelecimentos”. Ao excluir o ”contas a pagar a estabelecimentos”, o crescimento do capital de terceiros – de 29,1% em 2009 para 50,6% em 2010 – deve-se principalmente à emissão, em 28 de abril de 2010, de notas promissórias 10% 0% Contas a pagar a estabelecimentos Notas promissórias Outros com composição total de R$ 776,7 milhões e vencimentos finais em março e abril de 2011. E o crescimento em 2011, para 65,5%, deve-se à segunda emissão de notas promissórias, com posição total de R$ 2 bilhões e vencimentos em janeiro, fevereiro e março de 2012. Os recursos das notas promissórias foram direcionados ao reforço do capital de giro da Companhia. Índice de liquidez O índice de liquidez corrente (ativo circulante/ passivo circulante) se manteve praticamente constante nos últimos três anos e indica total capacidade da Empresa em honrar seus compromissos.