Centro de Ensino Vicente Maia
São Luís (MA)
16 a 19 de novembro de 2010
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Apresentação dos objetivos do encontro (5’)
Leitura em voz alta (5’)
Sobre o uso do vídeo (5’)
Como ver o vídeo (5’)
Propostas de utilização do vídeo (15’)
Propostas de análise do vídeo (10’)
Uso inadequado do vídeo (5’)
Construção de sequências didáticas para utilização do vídeo (30’)
Socialização das produções (40’)
 Reconhecer algumas características do trabalho didático




com uso do vídeo;
Perceber que o uso do vídeo como recurso didático está
intimamente ligado ao objetivo de aprendizagem
proposto;
Conhecer diferentes propostas de utilização do vídeo;
Identificar usos inadequados do uso do vídeo;
Propor situações didáticas para utilização significativa do
vídeo.
O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem
musical e escrita. Linguagens que interagem superpostas,
interligadas, somadas, não separadas. Daí a sua força. Nos
atingem por todos os sentidos e de todas as maneiras.
O vídeo nos seduz, informa, entretém, projeta em outras
realidades (no imaginário) em outros tempos e espaços. O
vídeo combina a comunicação sensorial-cinestésica, com a
audiovisual, a intuição com a lógica, a emoção com a razão.
Combina, mas começa pelo sensorial, pelo emocional e pelo
intuitivo, para atingir posteriormente o racional.
O vídeo só deve ser utilizado como estratégia quando for
adequado, quando puder contribuir significativamente para o
desenvolvimento do trabalho.
Nem todos os temas e conteúdos escolares podem e devem
ser explorados a partir da linguagem audiovisual.
A cada conteúdo corresponde um meio de expressão mais
adequado.
Lembre-se sempre que o que é bom para uma finalidade pode ser
desastroso para outra.
Um vídeo pode ser tecnicamente ultrapassado, mas funcionar
maravilhosamente como documento histórico da própria televisão,
ou para análise do momento histórico-social em que foi criado, ou
ainda por tratar competentemente de um conteúdo curricular.
Um vídeo com algum erro conceitual pode ser usado para que os
alunos identifiquem e discutam possíveis erros.
Um vídeo que aborde algum assunto a partir de uma visão
politicamente incorreta pode ser discutido pelos alunos como
contraponto na construção de visão crítica de mundo.
 Informar somente aspectos gerais do vídeo (autor,
duração, prêmios...).
 Não interpretar antes da exibição, não pré-julgar
(para que cada um possa fazer a sua leitura).
 Checar o vídeo antes. Conhecê-lo. Ver a qualidade
da cópia.
 Deixá-lo no ponto antes da exibição.
 Para baixar um vídeo da
internet,
instale
o
programa atube catcher
em seu computador (é
gratuito).
 O
endereço
para
pesquisa e download que
sugerimos
é
o
www.baixaki.com.br .
 Selecione e copie o link
do filme desejado (do
youtube, vimeo, videolog
etc).
 No atube catcher, cole o
link na barra de url
completa do vídeo e
depois selecione a opção
baixar.
 Anotar as cenas mais importantes.
 Se for necessário (para regulagem ou fazer um
rápido comentário) apertar o pause ou still, sem
demorar muito nele, porque danifica a fita (ou
dvd).
 Observar as reações do grupo.
 Voltar o vídeo ao começo.
 Rever as cenas mais importantes ou difíceis. Se o vídeo é
complexo, exibi-lo uma segunda vez, chamando a atenção
para determinadas cenas, para a trilha musical, diálogos,
situações.
 Passar quadro a quadro as imagens mais significativas.
 Observar o som, a música, os efeitos, as frases mais
importantes.
 Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um
novo assunto, para despertar a curiosidade, a
motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de
pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do
vídeo e da matéria.
 O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala em
aula, a compor cenários desconhecidos dos alunos. Por
exemplo, um vídeo que exemplifica como eram os
romanos na época de Julio César ou Nero, mesmo que
não seja totalmente fiel, ajuda a situar os alunos no
tempo histórico. Um vídeo traz para a sala de aula
realidades distantes dos alunos, como por exemplo a
Amazônia ou a África. A vida se aproxima da escola
através do vídeo.
 É uma ilustração mais sofisticada. O vídeo pode
simular experiências de química que seriam perigosas
em laboratório ou que exigiriam muito tempo e
recursos. Um vídeo pode mostrar o crescimento
acelerado de uma planta, de uma árvore -da semente
até a maturidade- em poucos segundos.
 Vídeo que mostra determinado assunto, de forma
direta ou indireta. De forma direta, quando informa
sobre um tema específico orientando a sua
interpretação. De forma indireta, quando mostra um
tema,
permitindo
abordagens
múltiplas,
interdisciplinares.
 Como documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos do
meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. O professor
deve documentar o que é mais importante para o seu trabalho, ter
seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros e
apostilas para preparar as suas aulas
 Como intervenção: interferir, modificar um determinado programa,
um material audiovisual, acrescentando uma nova trilha sonora ou
editando o material de forma compacta ou introduzindo novas
cenas com novos significados.
 Vídeo como expressão, como nova forma de comunicação, adaptada
à sensibilidade, principalmente das crianças e dos jovens. As
crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo
possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos.
 Dos alunos, do professor, do processo.
Vídeo ESPELHO
 Para análise do grupo e dos papéis de cada um, para
acompanhar o comportamento de cada um, do ponto
de vista participativo, para incentivar os mais retraídos
e pedir aos que falam muito para darem mais espaço
aos colegas.
 O vídeo-espelho é de grande utilidade para o professor
se ver, examinar sua comunicação com os alunos, suas
qualidades e defeitos.
 Vídeo como suporte da televisão e do cinema.
 Gravar em vídeo programas importantes da televisão
para utilização em aula.
 Alugar ou comprar filmes de longa metragem,
documentários para ampliar o conhecimento de
cinema, iniciar os alunos na linguagem audiovisual.
 Vídeo interagindo com outras mídias como o
computador, o CD-ROM, com os videogames, com a
Internet.
 O professor exibe as cenas mais importantes e as comenta
junto com os alunos, a partir do que estes destacam ou
perguntam. É uma conversa sobre o vídeo, com o professor
como moderador.
 O professor não deve ser o primeiro a dar a sua opinião,
principalmente em matérias controvertidas, nem
monopolizar a discussão, mas tampouco deve ficar encima
do muro. Deve posicionar-se, depois dos alunos,
trabalhando sempre dois planos: o ideal e o real; o que
deveria ser (modelo ideal) e o que costuma ser (modelo
real).
 Fazer, depois da exibição, estas quatro perguntas:
 Aspectos positivos do vídeo
 Aspectos negativos
 Idéias principais que passa
 O que vocês mudariam neste vídeo
 Se houver tempo, essas perguntas serão respondidas
primeiro em grupos menores e depois relatadas/escritas no
plenário. O professor e os alunos destacam as coincidências
e divergências. O professor faz a síntese final, devolvendo
ao grupo as leituras predominantes (onde se expressam
valores, que mostram como o grupo é).
 Escolher, depois da exibição, uma ou das cenas marcantes.
Revê-las uma ou mais vezes.
 Perguntar (oralmente ou por escrito):
- O que chama mais a atenção (imagem/som/palavra)
-O que dizem as cenas (significados)
- Conseqüências, aplicações (para a nossa vida, para o grupo).
 Antes da exibição, escolher algumas funções ou tarefas






(desenvolvidas por vários alunos):
o contador de cenas (descrição sumária, por um ou mais
alunos)
anotar as palavras-chave
anotar as imagens mais significativas
caracterização dos personagens
música e efeitos
mudanças acontecidas no vídeo (do começo até o final).
 Que história é contada (reconstrução da história)
 Como é contada essa história
 O que lhe chamou a atenção visualmente
 O que destacaria nos diálogos e na música
 Que idéias o programa passa (o que diz claramente esta história)
 O que contam e representam os personagens
 Modelo de sociedade apresentado
 Ideologia do programa
 Mensagens não questionadas (pressupostos ou hipóteses aceitos sem
discussão).
 Valores afirmados e negados (como são apresentados a justiça, o trabalho,
o amor, o mundo)
 Como cada participante julga esses valores (concordâncias e
discordâncias nos sistemas de valores envolvidos).
 Os alunos procuram vídeos e outros materiais
audiovisuais sobre um determinado assunto.
 Modificam, adaptam, editam, narram, sonorizam
diferentemente.
 Criam um novo material adaptado a sua realidade, a
sua sensibilidade.
 A câmera registra pessoas ou grupos e depois se
observa o resultado com comentários de cada um
sobre seu desempenho e sobre o dos outros.
 O professor olha seu desempenho, comenta e ouve os
comentários dos outros.
 Exibe-se um vídeo até um determinado ponto.
 Os alunos desenvolvem, em grupos, um final próprio e
justificam o porquê da escolha.
 Exibe-se o final do vídeo
 Comparam-se os finais propostos e o professor
manifesta também a sua opinião.
 Contar em vídeo um determinado assunto.
 Pesquisa em jornais, revistas, entrevistas com pessoas.
 Elaboração do roteiro, gravação, edição, sonorização.
 Exibição em classe e/ou em circuito interno.
 Comentários positivos e negativos. A diferença entre a
intenção e o resultado obtido.
 Colocar vídeo quando há um problema inesperado,
como ausência do professor.Usar este expediente
eventualmente pode ser útil, mas se for feito com
freqüência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa - na
cabeça do aluno - a não ter aula.
 Exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O
aluno percebe que o vídeo é usado como forma de
camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas discorda
do seu mau uso.
 O professor que acaba de descobrir o uso do vídeo
costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas,
esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso
exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece
as aulas.
 Existem professores que questionam todos os vídeos
possíveis porque possuem defeitos de informação ou
estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos
problemáticos podem ser usados para descobri-los,
junto com os alunos, e questioná-los.
 Não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem
discuti-lo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem
voltar e mostrar alguns momentos mais importantes.
 Em grupos, construam uma sequência didática para o vídeo
indicado pela mediadora, conforme orientação a seguir:
 Analise a capacidade a ser desenvolvida que justifica a
utilização do vídeo, o público-alvo e o componente curricular
proposto;
 Construa encaminhamentos para proposta de uso do vídeo
apontada;
 Descreva os encaminhamentos para a dinâmica de análise do
vídeo sugerida.
Ao planejar a sequência, lembre-se dos encaminhamentos
antes, durante e após a exibição do vídeo.
Breve sinopse.
 É um filme alemão, criado em 2006, como trabalho de
conclusão de curso.
 Desde que Egmont se formou na Filmakademie BadenWürttemberg, em 2006, Red Rabbit foi mostrado em vários
festivais e ganhou como Melhor Filme no SICAF Student 2008.
 Conta a história de um homem que vive sozinho em um
apartamento pequeno. O pouco contato que teve com outras
pessoas caiu para zero desde que um coelho apareceu. Toda
tentativa de tirar o coelho de seu apartamento, não teve êxito e
como ele não tem certeza se deve criá-lo ou se não são
permitidos animais no prédio, ele não deixa ninguém entrar no
seu apartamento.
 É um filme norte-americano, criado pela Pixar em 2000.
 Recebeu o Oscar de o melhor curta animado em 2002.
 Conta a história de um grupo de pássaros que se sentem
incomodados com um pássaro de outra espécie, que quer
juntar-se a eles. No final, os pequenos pássaros terão muito o
que se arrepender por terem sido pouco receptivos.
 É um curta da Pixar, lançado em 2009. Conta a história
de uma cegonha entregadora de bebês e sua relação
conflituosa com uma nuvem solitária.
 A direção é de Peter Sohn, um animador da Pixar que
deu inclusive a voz para Emile em “Ratatouille”, e a
trilha sonora é de Michael Giacchino, o mesmo de
“Lost” e do novo “Star Trek” de J.J. Abrams.
 É
uma animação finlandesa da diretora Laura
Neuvonen de 2005. Recebeu o prêmio do público no
festival de Fantoche na Suíça(2005). O interessante é
que o título em inglês é ” The Last Knit” que podemos
traduzir novamente para “o último ponto (tricô)” ou
“Arremate” o que explica melhor o filme.
 Não trabalhado.
 Proposta de uso: para sensibilização.
 Dinâmica de análise: concentrada.
 Temática(s) abordada(s): violência moral – Bullying.
 Público-alvo: alunos(as) do Ensino Médio.
 Sequência:
 Apresentação prévia de questionamentos;
 Exibição do filme com pausas didáticas em 4 momentos, enfatizando: o
comportamento do grupo antes da chegada do novo pássaro; reação do
grupo ao primeiro contato com o pássaro; união dos pássaros contra o novo;
resultado obtido com a ação negativa.
 Reexibição do filme, proporcionando aos grupos uma melhor análise;
 Abertura para debate sobre os questionamentos previamente propostos.
 Não trabalhado.
 Não trabalhado.
 For the birds: coisas de pássaros. Direção: Ralph Eggleston. Produção: Karen Dufilho. Califórnia:







Pixar, 2000. Disponível em: http://vimeo.com/8243280 Acesso em: 20.nov. 2009.
Gopher broke. Direção: Jeff Fowler. Produção: Al Shier. Califórnia: Blur Studio, 2004. Disponível
em: http://vimeo.com/13795008 Acesso em 20. nov. 2010.
José. Direção: Victor Ricardo. Produção: Victor Ricardo. Porto Velho: Creative Pixels, 2007.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=CaexXJ6UFnw Acesso em 20. nov. 2010.
Kutoja: the last knit. Direção: Laura Neuvonen. Produção: Petteri Pasanen. Finlândia: Anime,
2005. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=M6ZjMWLqJvM Acesso em: 08.nov.10.
MANDARINO, Mônica. Organizando o trabalho com vídeo em sala de aula. Disponível em:
http://www.unirio.br/morpheusonline/Numero01-2000/monicamandarino.htm . Acesso em 09.
nov. 2010.
MORAN, José Manoel. O vídeo na sala de aula. Disponível em:
http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm Acesso em: 08.nov.2010.
Partly Cloudy. Direção: Peter Sohn. Produção: Kevin Reher. Califórnia: Disney/Pixar, 2009.
Disponível em: http://vimeo.com/7750459 Acesso em: 20.nov. 2009.
Red rabbit. Direção: Egmont Mayer. Produção: Flora Grolitsch. Berlin: Filmakademie BadenWürttemberg, 2006. Disponível em: http://vimeo.com/5798531 Acesso em: 20.nov. 2009.
 Após
a implantação da Lei Nº 10.639/2000, é
necessário que cada escola desenvolva ações positivas
em no que tange às relações étnico-raciais e a história e
cultura afro-brasileira e africana.
 Vejamos algumas sugestões de atividades por área de
conhecimento.
 Em seguida, construiremos uma sequência didática
para lançamento das ações afirmativas a serem
desenvolvidas pela escola a partir do Dia da
Consciência Negra.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
- Projetos didáticos/projetos de
trabalho (relacionam a vivência,
experiência e valores da comunidade
escolar, propiciam a construção das
práticas pedagógicas não
discriminatórias)
- Linguagens (textos de circulação
social, fanzines, letras de música,
cartuns, quadrinhos, vídeos,
revistas, obras de autores negros;
discussão sobre as figuras de
linguagem de origem africana);
- História e Língua Portuguesa/
Literatura (articular influência
africana na linguagem do Português
do Brasil e os movimentos de
libertação africana e a literatura de
expressão portuguesa);
Ciências da
Natureza/Matemática
Biologia (genes, epiderme,
constituição capilar – para
desconstrução de
conteúdos que afirmam
diferenças como
inferioridade x
superioridade - saúde da
população negra, anemia
falciforme, hipertensão,
diabetes)
- Matemática (estatística de
morbi-mortalidade da população
negra brasileira, contribuições
de raiz africana, identificadas e
descritas pela Etno-Matemática)
Filosofia (articular com
Sociologia) (pesquisar questões
sociais/ desigualdades, mapear
municípios com comunidades
quilombolas/bairros com
população negra, estudo da
filosofia tradicional africana e de
contribuições de filósofos
africanos e afro-brasileiros/as da
atualidade.)
Ciências Humanas
- História (grandes
impérios, reinos africanos,
tradição e cultura afrobrasileira, vínculos da
ancestralidade, a história
de vida dos/as alunos/as, a
resistência negra
ontem/hoje);
- Geografia (organização
político-econômica antes
da invasão dos europeus).
 Sua presença faz a diferença para nossa comunidade.
 Agradecemos por sua participação e esperamos por
você em nosso próximo encontro.
Atenciosamente, a Coordenação.
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6º encontro 2010 - Blog do Vicente Maia