Gabriel Guimarães Costa
Físico Médico
Especialista em Física Médica – Radiodiagnóstico
[email protected]
“Diretrizes de Proteção Radiológica em
Radiodiagnóstico Médico e Odontológico”

Estabelece os requisitos básicos de proteção radiológica em
radiodiagnóstico

Disciplina a prática com raios X para fins diagnósticos e
intervencionistas

Visa a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais
envolvidos e do público em geral

Há uma expansão do uso das radiações ionizantes na
medicina e odontologia no país

Riscos inerentes ao uso das radiações ionizantes e por isso
há a necessidade de uma política de proteção radiológica

Exposições radiológicas constituem a principal fonte de
exposição da população a fontes artificiais de radiação
ionizante

Padronização, a nível nacional, dos requisitos de proteção
radiológica para o funcionamento dos estabelecimentos que
operam com raios X diagnóstico.

Registro
 Todos os equipamentos de radiodiagnóstico médico
ou odontológico comercializados devem ter registro
no MS

Licenciamento
 Nenhum serviço de radiodiagnóstico pode funcionar
sem estar devidamente licenciado pela autoridade
sanitária local
 Processo de licenciamento
▪ Aprovação, sob os aspectos de proteção radiológica, do
projeto básico e construção das instalações
▪ Emissão de alvará de funcionamento

O projeto básico de arquitetura das
instalações e áreas adjacentes deve incluir:
 Planta baixa
 Classificação das áreas do serviço
 Descrição técnica das blindagens
 Relação dos equipamentos de raios X
 Relação dos exames a serem praticados, com
estimativa da carga de trabalho máxima semanal

Nenhum indivíduo pode administrar,
intencionalmente, radiações ionizantes em seres
humanos a menos que:
 Seja médico ou odontólogo qualificado para a prática, ou
que seja um técnico, enfermeiro, ou outro profissional de
saúde treinado e que esteja sob supervisão de um médico
ou odontólogo
 Possua certificação de qualificação que inclua os aspectos
de proteção radiológica, exceto para indivíduos que
estejam realizando treinamentos autorizados

Os titulares do serviço devem implementar um
programa de treinamento anual, com pelo menos,
os seguintes tópicos:
 Procedimentos de operação dos equipamentos, uso das
tabelas de exposição e procedimentos em caso de
acidentes
 Uso de vestimenta de proteção individual para pacientes,
equipe e eventuais acompanhantes
 Procedimentos para minimizar as exposições médicas e
ocupacionais
 Uso de dosímetros individuais

Os ambientes de serviço devem ser
delimitados e classificados em áreas livres ou
em áreas controladas
 As salas onde se realizam os procedimentos
radiológicos e a sala de comando devem ser
classificadas como áreas controladas
Níveis que devem ser adotados
Áreas controladas
5 mSv/ano
Áreas livres
0,5 mSv/ano

É um programa de monitoração de área que
deve ser implementado para
 Comprovar os níveis de radiação
 Verificar as blindagens
 Assegurar o funcionamento dos dispositivos de
segurança
Medidas a cada 4 anos
Pontos críticos
Sinalização de área
Luz vermelha
Controle de Qualidade

Todo equipamento de raios X diagnósticos deve ser
mantido em condições adequadas de funcionamento
e submetido regularmente a verificações de
desempenho

Qualquer deterioração na qualidade das radiografias
deve ser imediatamente investigada e o problema
corrigido.

O Programa de Garantia da Qualidade (PGQ) inclui:
testes bianuais, anuais, semestrais e semanais
Motivação de um PGQ

Imagens de baixa qualidade podem induzir diagnósticos
errados

Imagens de baixa qualidade dificultam o diagnóstico

Imagens de baixa qualidade muitas vezes são rejeitadas,
implicando na repetição do procedimento, desta forma
elevando os custos do serviço

Em muitas vezes a imagem inadequada implica em maior
exposição ao paciente, técnicos e médicos à radiação,
bem como a uma redução da vida média dos tubos de
raios X
Controle de Qualidade

Testes bianuais
 Valores representativos de dose dada aos pacientes em radiografia, CT e

fluoroscopia (taxa de dose)
Testes anuais
 Exatidão
▪ Tensão
▪ Tempo de exposição
 Camada Semi-Redutora
 Alinhamento do eixo central do feixe de raios X
 Rendimento do tubo
 Linearidade e Reprodutibilidade da taxa de kerma no ar
 Tamanho do ponto focal
 Integridade dos acessórios e vestimentas de proteção individual
Controle de Qualidade

Testes semestrais
 Exatidão do sistema de colimação
 Resolução de alto e baixo contraste
 Contato tela-filme
 Alinhamento de grade

Testes diários
 Controle do processamento
▪ Sensitometria
▪ Temperatura do revelador
EXPOSIÇÃO MÉDICA
Exposição de pessoas como parte de seu tratamento ou diagnóstico
Inclui também os voluntários acompanhantes que auxiliam na contenção do
paciente e voluntários em pesquisa médica
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL
Exposição ocorrida no trabalho e principalmente, como resultado do trabalho
EXPOSIÇÃO DO PÚBLICO
Todas as outras exposições
Os princípios básicos da proteção
radiológica são:
PREVENIR A OCORRÊNCIA DE EFEITOS DETERMINÍSTICOS
MANTER AS DOSES ABAIXO DE UM LIMIAR RELEVANTE
REDUZIR A INDUÇÃO DE EFEITOS ESTOCÁSTICOS
EFEITO DETERMINÍSTICO
EFEITO ESTOCÁSTICO
A gravidade depende da dose (Ex.
anemia, esterilidade)
Probabilidade de ocorrência de
algum efeito depende da dose.
(Ex. Câncer, leucemia)
JUSTIFICAÇÃO
OTIMIZAÇÃO
LIMITAÇÃO DA DOSE
PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Nenhuma prática envolvendo exposições à
radiação pode ser adotada, a menos que ela
produza benefício suficiente aos indivíduos
expostos ou a sociedade, para compensar o
detrimento causado
BENEFÍCIO
RISCO

O valor das doses individuais, o número de pessoas expostas
e a probabilidade de ocorrência de exposições, devem ser
mantidos tão baixos quanto razoavelmente exeqüíveis,
considerando os fatores econômicos e sociais.
Doses
Indivíduos expostos
Exposições
ZERO

A exposição de indivíduos resultante da combinação
de todas as práticas relevantes deve estar sujeita a
um limite de doses
50 mSv/ano
20 mSv/ano (média de 5 anos)
TRABALHADOR
1 mSv/ano
Sem Limite
PÚBLICO
PACIENTE

Portaria 453

No projeto e operação de equipamentos e de
instalações deve-se minimizar a probabilidade de
ocorrências de acidentes (exposições acidentais)

Deve-se desenvolver os meios e implementar ações
necessárias para minimizar a contribuição de erros
humanos que levam à ocorrência de exposições
acidentais
DISTÂNCIA
BLINDAGEM
CONHECIMENTO
TEMPO
DISTÂNCIA
MAIOR DISTÂNCIA DA FONTE DE RADIAÇÃO
MENOR SERÁ A DOSE
BLINDAGEM
MAIOR BLINDAGEM
MENOR SERÁ A DOSE
TEMPO
MENOR TEMPO DE EXPOISÇÃO
MENOR SERÁ A DOSE
CONHECIMENTO
MAIS CONHECIMENTO DE RADIAÇÕES
MELHOR APLICAÇÃO DAS TRÊS REGRAS
MENOR SERÁ A DOSE

Dosímetro
 O que é?
▪ Monitor de Radiação
 Quem deve usar?
▪ Somente aqueles que são considerados
ocupacionalmente expostos à radiação ionizante
 Onde?
▪ Somente em áreas sujeitas a radiações ionizantes
 Onde usar?
▪ Altura do tórax – sobre o avental
Óculos
Protetor de Tireóide
Avental
Luvas
Todos confeccionados com
material plumbífero
Dosímetro
Vidro Plumbífero
Porta
com
Chumbo
Parede de Material
Denso
Pacientes grávidas
Acompanhantes
Gabriel Guimarães Costa
Físico Médico
Especialista em Física Médica – Radiodiagnóstico
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Radioprote__o e Portaria 453