A SUBJETIVIDADE CONSTRUÍDA NA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO E NA CULTURA DO NARCISISMO: UMA VISÃO PSICANALÍTICA Autores: Lucas Dourado Leão¹; Raphael Samir do Nascimento Monteiro² Co-autora: Maria Cristina da Silva Ferreira³ INTRODUÇÃO O trabalho aborda a subjetividade construída na Nesse contexto, o sujeito pode fracassar sua sociedade do espetáculo e na cultura do narcisismo. participação Trata-se de uma pesquisa teórica que visa desesperadamente, tentar otimizar sua performance compreender a alienação do desejo e estetização da e estetizar sua existência utilizando, segundo subjetividade para ter a valorização do outro, Birman refletido psicofarmacológicos para ter acesso a sociedade no seu posicionamento social na atualidade. do na (2005), espetáculo, cultura do meios definindo narcisismo bioquímicos um quadro e, e de psicopatologia na pós modernidade. DESENVOLVIMENTO Nas últimas décadas, novas maneiras de se relacionar provocaram a fragmentação da subjetividade, evidenciando o autocentramento no Eu que surge paradoxalmente com os valores de exterioridade. Birman (2005) afirma que a subjetividade assume um valor estetizante, em que o olhar e a valorização do outro passa a ter uma importância na economia psíquica e no posicionamento social do sujeito. Teatro (Romeu e Julieta), Tenini No final dos anos 70, o norte-americano Lasch (1993), interpretando segundo a lógica da Cultura CONSIDERAÇÕES FINAIS do Narcisismo, afirma que o autocentramento se Nesse contexto, os destinos do desejo assumem apresenta sob a forma de estetização da existência, um carácter exibicionista e autocentrado, refletindo sendo importante para a individualidade do sujeito o Eu empobrecido narcisicamente e refém do olhar a O de valorização do outro. Assim, o que o sujeito empobrecimento do narcisismo representa essa perde em interioridade ganha em exterioridade, dependência de outros para validar sua autoestima. demonstrando seu autocentramento. exaltação gloriosa do próprio Eu. O sujeito, então, importar-se-á com a tomada do outro como objeto de predação e gozo, REFERÊNCIAS BIRMAN, Joel. Mal-estar na atualidade: a psicanálise e as novas deixando de se importar com os vínculos formas de subjetivação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, emocionais. De acordo com Debord (1967), no que 2005. chamou Sociedade do Espetáculo, a captura do DEBORD, G. A Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro: outro ocorre através da performance, na qual o Eu é marcado pela exibição e teatralidade, que se inscrevem e desfilam no cenário social para serem Contraponto, 1997. LASCH, C. A Cultura do Narcisismo. Rio de Janeiro: Imago, 1983. Patrocinado por sempre aplaudidas pelo público. ¹ Graduando do 4º semestre do curso de Psicologia da Universidade da Amazônia, Monitor do curso de Psicologia da UNAMA. Concluinte do curso “Estruturas Psíquicas na visão psicanalítica: Neurose” pelo Estudos Psicanalíticos do Pará-PA. E-mail: [email protected] ² Graduando do 4º semestre do curso de Psicologia da Universidade da Amazônia, Bolsista do projeto de Iniciação Científica (PIC) da UNAMA. Concluinte do curso “Estruturas Psíquicas na visão psicanalítica: Neurose” pelo Estudos Psicanalíticos do Pará-PA. E-mail: [email protected] ³ Psicanalista, Psicóloga clínica, Mestra em Psicologia clínica psicanalítica e Social, Professora do curso de Psicologia da Universidade da Amazônia, Coordenadora do Estudos Psicanalíticos do Pará-Orientadora. E-mail: [email protected]