XXIII ENANGRAD Ensino, Pesquisa e Capacitação Docente em Administração (EPD) MÉTODOS DE ENSINO ADEQUADOS PARA O ENSINO DA GERAÇÃO Z - UMA VISÃO DOS DISCENTES: UM ESTUDO REALIZADO NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL Rosicley Nicolao Siqueira Rosa Almeida Freitas Albuquerque Ávilo Roberto de Magalhães Bento Gonçalves, 2012 Área Temática: ENSINO, PESQUISA E CAPACITAÇÃO DOCENTE EM ADMINISTRAÇÃO. Código: EPD MÉTODOS DE ENSINO ADEQUADOS PARA O ENSINO DA GERAÇÃO Z - UMA VISÃO DOS DISCENTES: um estudo realizado no Curso de Graduação em Administração em uma Universidade Federal. RESUMO O método utilizado pelo professor no processo de ensino-aprendizagem é de fundamental importância ao sucesso do aprendizado do aluno, principalmente quando se trata dos alunos pertencentes à geração Z. Ensinar esses alunos exige do professor descobrir qual é o método mais eficiente que deverá ser colocado em pratica para um melhor aprendizado. Assim, o objetivo deste artigo foi buscar a opinião dos discentes de qual é o método mais adequado para o aprendizado. Para tanto, foram consultados uma amostra de 43 alunos do primeiro semestre do Curso de Administração da Universidade Federal do Mato Grosso no ano de 2012. Após análise e conhecimento teórico sobre a geração Z e técnicas de ensino foi elaborado um questionário com nove perguntas fechadas e seis perguntas abertas. O instrumento foi aplicado em sala de aula com a presença do professor. os métodos considerados melhores na opinião da geração Z, 58,6% preferem discussões em classe, 51,7% resolução de exercícios, 44,8% excursões e visitas, 41,4% jogos de empresas, 37,9% aula expositiva, 31% estudo de caso, 6,9% aulas praticas, 6,9% estudo dirigido, 13,8% não opinaram. as ferramentas que na opinião dos alunos da geração que auxiliam na aprendizagem são Z, 93,1% vídeos, 55,2% aulas no data show, 57,7% conteúdo na lousa, 48,3% pesquisas na internet, 31,0% palestras, 6,9% exercícios práticos, 3,4% debates, 10,3% não citaram. ABSTRACT The method used by the teacher in the teaching-learning process is crucial to the success of student learning, especially when it comes to the students belonging to Generation Z. Teaching these students requires the teacher to find out which method is more efficient to be put into practice to improve learning. The objective of this paper was to seek the opinion of students of which method is most suitable for learning. Thus, we consulted a sample of 43 students the first semester of the Course Directors of the Federal University of Mato Grosso in 2012. Upon review and theoretical knowledge on the generation Z and teaching techniques we designed a questionnaire with nine closed questions and six open questions. The instrument was applied in the classroom with the teacher's presence. the methods considered best in the opinion of generation Z, 58.6% preferred class discussions, problem solving 51.7%, 44.8% of trips and visits, 41.4% of games companies, 37.9% lecture, 31% case study, practical classes 6.9%, 6.9% directed study, 13.8% did not opine. tools in the opinion of the generation that assist students in learning are Z, videos 93.1%, 55.2% of classes in the data show, 57.7% content on the blackboard, 48.3% internet searches, 31.0 % lectures, practical exercises 6.9%, 3.4% discussions, 10,3% did not mention. PALAVRAS-CHAVE: Métodos; Geração Z; Aprendizagem, Universidade Federal. KEY-WORDS: Methods; Generation; Learning, University. 1. INTRODUÇÃO A presente pesquisa abarcará jovens universitários que nascidos a partir de 1995 até os dias atuais, que por múltiplos fatores, como tecnológicos, familiares, de contexto histórico etc., seguem uma linha mestra comportamental que, de maneira mais ou menos intensa, dita as atitudes da juventude contemporânea. As características dos "nativos de Z" destacadas durante as jornadas ajudam a compreender a necessidade de promover algumas mudanças nos padrões de ensino e, sobretudo, nos processos de interação com esses jovens. Algumas características comuns são observadas nesses, jovens: são críticos, espontâneos, criativos e adoram estar conectados e estão dispostos a ajudar, desde que a sua opinião seja levada em consideração, ressaltando que, atividades unidirecionais não são indicadas. Além disso, são céticos, não acreditam facilmente em tudo o que ouvem ou veem, mas ao mesmo tempo levam muito em consideração a avaliação dos amigos, ou simplesmente dos usuários da sua rede social. Também conferem um alto grau de importância a valores ambientais e sociais. São seguros de si, com acesso fácil a bens de conforto e às tecnologias. Estes jovens operam múltiplas tarefas e possuem uma grande capacidade de lidar com as mudanças e toda e qualquer mudança é bem vinda. Reconhecer que os estudantes são diferentes entre si, e que essas diferenças podem de certa forma ser previstas, representa um ponto muito importante em favor do professor. (GIL,2006, p.51) É uma geração que estão sujeitos à superficialidade e a ações imediatista, que prima pela agilidade dos eventos, com uma fácil disposição para o enfado. Por isso, pode ser uma dificuldade mantê-los numa sala de aula, concentrados durante 50 minutos, em estado de atenção, cabe ao professor descobrir e aplicar o melhor método para prender a atenção dos alunos. Porém a busca constante de alternativas novas, pelas universidades tornou-se primordial, como uma forma de aprimorar o aprendizado e uma melhor interação professor e aluno. Diante disso a justificativa desse trabalho resume-se a dificuldade que o professor de ensino superior tem em encontrar o método mais adequado para explicação do seu conteúdo para um melhor aprendizado dos alunos. O presente artigo apresenta-se com a introdução, apresentada anteriormente, a fundamentação teórica, pela qual é explicado sucintamente as principais características que antecedem a geração Z, e os métodos que podem ser utilizados pelos professores, a metodologia utilizada para a pesquisa, e finalmente a analise dos resultados, e as considerações finais sobre o assunto e as referencias bibliográficas que foram utilizadas para dar um embasamento ao trabalho. 2. AS GERAÇÕES, CONCEITOS E CARACTERISTICAS. Estudar os diversos tipos de gerações consiste analisar os comportamentos e atitudes que as diferenciaram uma das outras, cada qual dentro de sua determinada época. O que caracteriza cada uma delas é o fato de terem passado por certos acontecimentos históricos exclusivos de suas gerações. Por exemplo, os membros da Geração do Silêncio, nascidos entre 1925 e 1942, foram filhos da guerra e da Grande Depressão. Após a geração do Silencio vieram os famosos Baby Boomers,( (baby boom - explosão de bebês), nascidos entre 1943 e 1960, devido a pós guerra quando os soldados voltaram para suas casas e começaram a ter filhos. (Hesselbein, Goldsmith e Beckhard, 1997 p. 35) exemplificam que essa geração caracteriza por iniciarem nas faculdades como famosos protestos “brancos” dentro dos gabinetes dos reitores ao som estéreo e explosivo do Rock e, além disso, forma criados em uma época de extraordinária saúde norte-americana e mais tarde se converteriam numa geração indulgente e até certo ponto narcisista apelidada de yuppies, jovens ambiciosos e materialistas. Eles foram chamados da geração “Eu” porque foram a primeira geração em fazer um intervalo entre a infância e a idade adulta explorar o fato de ser jovem. Eles se casaram e tiveram filhos mais tarde, gastaram bastante com si mesmo. A geração Baby Boomers aprendeu muito cedo a respeitar os valores familiares e a disciplina nos estudos e no trabalho. Nenhum jovem deveria testar qualquer autoridade estabelecida. Contestar significava, sempre receber duras punições dos pais ou dos chefes. (OLIVEIRA, 2010, p. 50) Em seguida, a geração nascida entre 1961 e 1981 é o chamado baby busters, devido á queda brusca na taxa de natalidade, após a geração Boomer. Popularmente conhecidos como a geração X mais recente nascida entre 1961 e 1981. Essa é a era do "Flower Power", o movimento hippie que veio se contrapor às guerras e pregar uma sociedade baseada no amor. No Brasil, por causa do golpe militar de 1964, essa geração ficou marcada pela luta contra a ditadura dos generais. Mas também por uma produção cultural de resistência à censura. Com lemas como "é proibido proibir" e "sexo, drogas e rock and roll". Essa geração não aderiu tão fortemente à tecnologia, ainda que seja bem mais afeita a ela que os Baby Boomers, e são mais apegadas a hierarquia tradicional, dando enfatizando mais a experiência. Foi uma geração marcada pelo pragmatismo e pela autoconfiança em suas escolhas, que buscou promover a igualdade de direitos e de justiça em suas decisões. (OLIVEIRA, 2010, p.57) Logo após surgiu a geração Y, também conhecida como Geração da Internet, é um conceito de Sociologia que se refere segundo alguns autores, aos nascidos após 1979 é uma geração que sonha em conciliar lazer e trabalho e é muito ligada em tecnologia e novas mídias. A geração Y é jovem, o que significa estar em fase de transição, e consequentemente, ser contraditória em suas atitudes e escolhas. As referencias e modelos apresentados pelos seus pais oscilam de forma radical (OLIVEIRA, 2010, p. 85). Outra característica importante dessa geração é a alteração completa nas formas de comunicação tanto em casa, no trabalho e com os amigos. Além disso, eles tiveram em casa a liberdade que nenhuma outra geração teve. E finalmente a geração que irá ser estudada para fundamentar esse artigo, a geração Z. Essa geração nasceu sob o advento da internet e do boom tecnológico e para eles estas maravilhas da pós-modernidade não são nada estranháveis. Videogames super modernos, computadores cada vez mais velozes e avanços tecnológicos inimagináveis há 25 anos: esta é a rotina dos jovens da Geração Z. A grande nuance dessa geração é zapear. Daí o Z. Essa juventude muda de um canal para outro na televisão. Vai da internet para o telefone, do telefone para o vídeo e retorna novamente à internet. (FILGUEIRAS, 2009, p. 3) Eles possuem outra visão de mundo. Ambos, meninos e meninas da Geração Z, em sua maioria, nunca imaginaram o planeta sem computador, chats, telefone celular. Por isso, são menos deslumbrados que os da Geração Y com chips e joysticks. Sua maneira de pensar foi influenciada desde o berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou. Diferentemente da geração anterior, eles conseguem fazer tudo ao mesmo tempo assistir televisão, ouvir musicas, falar ao telefone, e acessar a internet. Outra característica essencial dessa geração é o conceito de mundo que possui, desapegado das fronteiras geográficas. Para eles, a globalização não foi um valor adquirido no meio da vida a um custo elevado. Aprenderam a conviver com ela já na infância. (FILGUEIRAS, ano 2009, p.3 ). Como informação não lhes falta, está um passo à frente dos mais velhos, concentrados em adaptar-se aos novos tempos. Enquanto os demais buscam adquirir informação, o desafio que se apresenta à Geração Z é de outra natureza. Ela precisa aprender a selecionar e separar o joio do trigo. E esse desafio não se resolve com um micro veloz. A arma chama-se maturidade. E isso precisa ser trabalhado. Gerações Tabela 1 - As características de cada geração. Ano Nasc. Características Geração do Silencio 1925 á 1942 - Rígidos e Autocráticos - Leais a empresa - Respeito a autoridade - Resistente á mudanças Baby Boomers 1943 á 1960 - Rebeldes e questionadores - Lideres participativos - Abertos a mudanças - Ambiciosos e materialistas Geração X 1961 á 1981 - Limites para a dedicação - Menos leais às empresas - Lideres monitores - Recusam o autocratismo Geração Y 1981 á 2000 Não utilizam manual, geração, geração da tentativa e do erro, -Geração do Improviso - Familiarizados com a tecnologia - Não aceitam o autoritarismo - Lideres Generosos. Geração Z 2001 até os dias atuais - Dinâmicas e Inovadoras, - Convivem com a tecnologia e a ciência conhecida como nativos da internet, - Fazem diversas tarefas ao mesmo tempo, - São imediatistas, críticos mudam de opinião diversas vezes. Preocupados com questões ambientais, - Serão profissionais mais exigentes, versáteis e flexíveis. Fonte: elaborada pelo autor, 2012. 2.1 GERAÇÕES Z E AS UNIVERSIDADES Essa nova geração de universitários composta por adolescentes da geração Z, tem contribuído de certa forma, para que alguns professores desenvolvam novos métodos de ensino, para tornarem a aprendizagem mais eficiente. Esses novos métodos de ensino e de aquisição de conhecimentos não podem ser julgados exclusivamente por seus méritos intrínsecos: é inevitável que também o sejam, pelo menos em igual proporção por suas consequências extrínsecas, tanto quanto por sua aptidão para melhorar o processo de aprendizado. (MACKENZIE, ERAUT, JONES, 1974, p.8). Considera-se terminada a época em que professores, simplesmente entravam em sala e abarrotavam o quadro negro de conteúdo, despejavam a matéria aos alunos e estes ouviam silenciosamente sem opinar. Atualmente ocupando as classes de ensino fundamental, médio, e superior, a "geração Z" acabou com o reinado das aulas expositivas. Intercalar conteúdos exercícios não é suficiente, para atrair a atenção dos jovens, a tecnologia é a principal aliada dos professores. Os estudantes de hoje questionam e opinam, além disso, são considerados multimídias, pois fazem muitas tarefas ao mesmo tempo, estudam com o celular na mão, conversam como colega, prestam atenção na aula, etc. Trabalhos que favorecem a interação com os alunos são os mais indicados, pois é criando uma intercalação com o aluno, onde é determinado um tempo de exposição direta dos jovens. Encontrar o melhor método é um grande desafio. O professor que deseja a aprendizagem dos alunos precisa praticar a escuta apático. Já que se trata de uma geração instável inquieta, talvez, dar-lhe atenção seja uma das formas de alcançar essa geração que quer aprender tudo ao mesmo tempo. Para contribuir com essa questão, a seguir falar-se-á sobre os métodos de ensino e a geração z. 2.2 METODOS DE ENSINO E A GERAÇÃO Z O processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do professor e dos alunos. Estes, pelo estudo das matérias, sob a direção do professor, vão atingindo progressivamente o desenvolvimento de suas capacidades mentais. De acordo com Gil (1997, p. 69), os métodos de ensino “são as atitudes do professor no sentido de organizar as atividades de ensino, a fim de que os alunos possam chegar aos objetivos em relação a um conteúdo específico, tendo como resultado a assimilação dos conhecimentos e a ampliação das capacidades cognitivas e operativas dos alunos”. O método designa o caminho, o que fazer. A estratégia que o professor desenha para fazer aula. (FIGUEIREDO E ALBUQUERQUE, 2010). A direção eficaz desse processo depende do trabalho sistematizado do professor que, tanto no planejamento como no desenvolvimento nas aulas conjuga objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas do ensino. “O professor não deve estar preocupado apenas em passar para o aluno os conhecimentos que sabe, mas fazer o aluno aprender e para isso é preciso estar preparado” (CUNHA, 1997, p. 27). Este, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos utiliza intencionalmente um conjunto de ações, passos condições externas e procedimentos, que chamamos de métodos de ensino. O professor universitário, como de qualquer outro nível, necessita não apenas de sólidos conhecimentos na área em que pretende lecionar, mas também de habilidades pedagógicas suficientes para tornar o aprendizado mais eficiente. (GIL, 2007, p.1) Exemplificando, à atividade de explicar a matéria corresponde o método de exposição; à atividade de estabelecer uma conversação ou discussão com a classe corresponde o método de elaboração conjunta. Os alunos, por sua vez, sujeitos da própria aprendizagem, utilizam-se de métodos de assimilação de conhecimentos. Por exemplo, à atividade dos alunos de resolver tarefas corresponde o método de resolução de tarefas; á atividade que visa o domínio dos processos de conhecimentos científicos numa disciplina corresponde o método investigativo; à atividade de observação corresponde o método de observação e assim por diante. A escolha e organização dos métodos de ensino devem corresponder á necessária unidade objetivos-conteúdos-métodos e forma de organização de ensino e às condições concretas das situações didáticas. Os procedimentos metodológicos devem favorecer a articulação de conteúdos de diferentes áreas e estabelecer vínculos entre teoria e pratica. (OLIVEIRA, 2006, p.35). Em primeiro lugar, os métodos de ensino dependem dos objetivos imediatos da aula: introdução de matéria nova, explicação de conceitos, desenvolvimento de habilidades, consolidação de conhecimento etc. Ao mesmo tempo, depende de objetivos gerais da educação previstos do plano de ensino pela escola ou pelo professor. Em segundo lugar, a escolha e organização dos métodos dependem dos conteúdos específicos e dos métodos peculiares de cada disciplina e dos métodos de sua assimilação. Em terceiro lugar, em estreita relação com as condições anteriores, a escolha de métodos implica o conhecimento das características dos alunos quanto á capacidade de assimilação conforme a idade e nível de desenvolvimento mental físico e quanto suas características socioculturais e individuais. Em resumo, os métodos de ensino são as ações do professor pelas quais se organizam as atividades de ensino e dos alunos para atingir os objetivos do trabalho docente em relação ao conteúdo específico. Eles regulam a forma de interação entre ensino e aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado é assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos. O professor universitário não pode dedicar-se exclusivamente a “ensinar a matéria”, mas deve também preocupar-se pelo desenvolvimento de atitudes e hábitos morais, pela formação de valores e pelo comportamento de participação e cooperação responsáveis. (BORDENAVE, PEREIRA, 1977, p. 89). A metodologia didática de acordo com Nérice (1992, p. 54), “procura apresentar estruturações de passos de atividades didáticas que orientem adequadamente a aprendizagem do educando.” O método e a técnica didática encontram-se muito próximos, os quais têm como objetivo comum levar o educando a seguir um esquema para maior eficiência da aprendizagem. O professor, independente da matéria a ser ensinada, deverá conhecer bem os alunos (seu público alvo) e, em função disto, variar os seus métodos de ensino. A seleção de atividades de ensino-aprendizagem porque dela dependerá o aluno crescer ou não como pessoa, porque enquanto o conteúdo da matéria informa, os métodos formam. (BORDENAVE, PEREIRA, 1977, pg. 84). A metodologia de ensino deve ser encarada como um meio e não um fim, pelo que deve haver, por parte do professor, disposição para alterá-la, sempre que sua critica sobre a mesma sugerir. Assim, não se deve ficar escravizado à mesma, como se fosse algo sagrado, definitivo, imutável. FIGUEIREDO E ALBUQUERQUE, 2010 (apud NÉRICI, 1998. p. 54-55). Na sequencia apresentar-se-á alguns métodos, que poderão contribuir na obtenção de melhores resultados no aprendizado: a) Aula expositiva: esta é a forma mais tradicional e mais usada no ensino. Essa metodologia, segundo Gil (1997, p. 71), “consiste numa predileção verbal utilizada pelos professores com o objetivo de transmitir informações aos seus alunos”. Este estilo caracteriza-se pela autoridade do professor diante do aluno, provocando sérios problemas de comunicação. Por outro lado, as deficiências devem-se também ao fato de que nem sempre o professor tem ao seu alcance recursos audiovisuais para tornar a aula mais atrativa; Esta modalidade de aula é mais comum nos cursos universitários. Pode ser considerada uma quase palestra, pois nela o professor quem fala mais. Muitas vezes ele fala o tempo todo e as ocasionais perguntas feitas por alunos mais ousado são vistas como interrupções inconvenientes. (GIL, 2007, p. 142) b) Excursões e visitas: este método é muito interessante e pode ser estruturado pelo professor de maneira que toda a turma seja beneficiada. De acordo com Lopes (2000, p. 35), “Esse método apresenta a vantagem de aguçar a capacidade geral de observação do aluno”. c) Dissertação ou resumo: este método pode ser um complemento do anterior, ou pode ser aplicado individualmente. Lopes, (2000, p. 37), afirma que “este método pode ser aplicado após a leitura de livros, de modo parcial ou total, bem como de artigos publicados em revistas especializadas, excursões ou visitas, projeções de fitas”. d) Seminário: segundo Nérice (1992, p. 263), “o seminário é um procedimento didático que consiste em levar o educando a pesquisar a respeito de um tema a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente”. Interessante observar que o mais importante no seminário não é a apresentação do tema, e sim, criar condições para a discussão, levar os acadêmicos ao debate, identificar e/ou reformular conceitos ou problemas e avaliar pesquisas. Esse método auxilia os estudantes no desenvolvimento de múltiplas habilidades tais como: trabalho em equipe, coleta de informações, produção de conhecimento, organização das ideias, comunicação, argumentação e elaboração de relatórios de pesquisa. e) Discussão com a classe: este método é bastante tradicional, pois a sua aplicação sugere aos educandos a reflexão acerca de conhecimentos obtidos após uma leitura ou exposição, dando-se oportunidade aos alunos para formular princípios com suas próprias palavras. Lopes (2000, p. 45), coloca que seu objetivo é “dar oportunidade aos alunos para formular princípios com suas próprias palavras e sugerir aplicações para esses princípios. Ela incentiva os estudantes a falar em publico, expressando suas ideias, reflexões, experiências e vivencias” ( GIL. 2007, p. 158) f) Resolução de exercícios: como forma de complementar as aulas teórico-expositivas, esse método deve ser utilizado para a fixação dos conceitos abordados em sala de aula. Nérice (1992, p. 265), aduz que, “após sua resolução, o professor deve corrigi-los sempre que possível em sala para que o aluno tenha conhecimento dos erros e acertos que cometeu”. g) Estudo de caso: segundo Marion (1998, p. 110), “O estudo de caso consiste em apresentar sucintamente a descrição de uma determinada situação real ou fictícia para sua discussão em grupo”. Este método pode ser dividido em análise, que objetiva o desenvolvimento da capacidade analítica do aluno, e o caso problema, que visa chegar a uma solução, a melhor possível, com os dados fornecidos pelo caso. h) Estudo dirigido: consiste na orientação aos alunos no estudo de determinado conteúdo. De acordo com Lopes (2000, p. 75), “Deve-se observar a modalidade de percepção dos alunos que farão parte desse estudo, para que se faça uma programação voltada para aquele grupo”. i) Jogos de empresa: permite ao aluno, em grupo, tomar decisões em empresas virtuais, negociando com outras empresas de outros grupos da sala de aula ou até mesmo de outras classes, períodos e cursos. Apesar dos métodos estabelecidos os professores devem estar sempre inovando, adaptando-se as mudanças de comportamentos dessa nova geração de alunos que influenciam na forma de ensinar, na maneira de organizar selecionar e desenvolver propostas de ensino. Eles contribuem para ativar conhecimentos anteriores, já que seu desenvolvimento requer o conhecimento dos fatos. (GIL.2007, pg. 195) Embora uma mudança de métodos de ensino possa parecer algo simples, para muitos professores ela implica um esforço psicológico fora do comum. (BORDENAR, PEREIRA, 1977, P. 304). As atribuições de ensinar exigem que o professor atue como um profissional reflexivo, crítico e competente no âmbito de sua disciplina, além é claro, de estar capacitado a exercer a docência e realizar atividades de investigação. Figueiredo e Albuquerque (2010, apud Moretto, 2003), contribuem com o tema quando apresenta as características de um professor competente. Para o autor o professor competente é aquele que: a) Conhece o conteúdo especifico de sua disciplina: identifica os seus assuntos relevantes, tendo em vista o contexto do aluno e também estabelece relações significativas entre sua disciplina e outras da mesma área do saber. b) Tem habilidade no ensinar: escolher estratégias adequadas para os alunos. c) Identifica valores culturais ligados ao ensinar. d) Utiliza a linguagem pertinente. e) Administra as emoções: ser capaz de administrar o mundo de emoções, sem precisar apelar para a punição, a disciplina férrea ou para o autoritarismo é um dos recursos que o professor precisa ter disponíveis para enfrentar essa situação complexa de ensinar. Ensinar é uma arte. E fazer aula faz parte dessa arte. O professor ao adetrar em sala deve buscar em sua essência o espirito do educador. Aquele que quer fazer a diferença junto ao seu aluno. Deve conduzir o conteúdo de sua disciplina, como o maestro que conduz sua orquestra. Sabendo que ali tem um grupo de alunos de origem, experiência e vivencia singular. E por essas singularidades, merecem um tratamento com carinho, respeito e principalmente muito valor. Apenas adotando essa postura, o professor poderá com seu método alcançar o coração daqueles que estão ali, para aprender, aprender e aprender. 3. METODOLOGIA As técnicas e os instrumentos utilizados servirão como base para responder o problema de pesquisa, que foi nomeado como qual dos métodos utilizados pelos professores é mais adequado, na opinião dos alunos, para o aprendizado da geração Z? Para atender o objetivo geral acima citado cumpriu-se os objetivos específico que foram: Identificar a geração Z no curso de administração, pesquisar e analisar as bibliografias sobre as Gerações, principalmente sobre a geração estudada, e aplicar a pesquisa e descrever as metodologias do ensino superior, que mais contribuem para o aprendizado dessa geração. Para o embasamento teórico utilizou-se um levantamento bibliográfico, que teve como objetivo de especificar as características das gerações que antecederam a geração Z. Esse aprofundamento contribuiu para o melhor entendimento sobre a geração ora estuda. A pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa com abordagem qualitativa descritiva, pois foram realizados os comentários efetuados de cada gráfico e dos métodos considerados melhores para seu aprendizado na opinião dessa geração. Conforme Vergara (2009, p.42) a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. De outra forma, Gressler ( 2004, p. 54) a pesquisa descritiva é usada para descrever fenômenos existentes em situações presentes e eventos, identificar problemas e justificar condições, comparar e avaliar o que os outros estão desenvolvendo em situações e problemas similares, visando aclarar situações para futuros planos e decisões. Esta pesquisa também é quantitativa, pela qual os dados foram coletados através de questionário e as porcentagens foram apresentadas em forma de gráficos. Segundo Richardson et al. (1999), define o questionário como uma “entrevista estruturada”. Ele foi baseado na categoria de perguntas fechadas e abertas e aplicado através de contato direto com os alunos dos cursos de Administração da faculdade de administração e Ciências Contábeis (FAeCC) do primeiro semestre 2012 matutino. Os questionários foram entregues aos alunos, sendo mantida a neutralidade pelo pesquisador. A pesquisa foi realizada em uma amostra de 50 alunos, sendo que 43 deles responderam ao questionário e características de comportamento que os incluem na classificação das gerações, especificamente a Z. Dentre os participantes verificou-se que 68% dos alunos pertencem a Geração Z e 32% pertencem a geração Y. Em seguida, analisou-se os resultados procurando identificar quais os métodos considerados pelos alunos os mais adequados para que exista um verdadeiro aprendizado, buscando associar características próprias do comportamento dessa geração com as formas mais adequadas de aprendizado. Além disso, essa pesquisa levará em consideração a opinião dos alunos pertencentes a geração Y, pois a porcentagem encontrada é bastante significativa, isso influenciará o professor na escolha do método mais adequado. Os dados foram tabulados no Excel – gráficos, e transportados para Word, onde foram feitas as analises e considerações. 4. APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS. A presente parte dessa pesquisa cuida da apresentação dos resultados do estudo, bem como de sua consequente análise e discussão. De acordo com Gil (1997, p. 89), “a regra básica na apresentação dos resultados é apresentar todas as provas significativas para a pergunta proposta na pesquisa”. Por ocasião das entrevistas, foi utilizado como elemento auxiliar em todos os entrevistados um instrumento roteiro com nove questões, através das quais, foram obtidos os seguintes resultados: Foram entrevistados 43 alunos do primeiro semestre de administração matutino sendo 29 pertencentes a geração Z (67,4%), com faixa etária entre 17 e 19 anos, e 12 alunos pertencentes a geração Y (32,6%) com idade superior a 20 anos. Houve maior predominância do sexo femininos sendo 23 mulheres (53,5%) e 20 homens (46,5%). Além disso, é importante ressaltar, que, comparando essas duas gerações identifica-se que a maioria dos alunos da geração Y, concluíram o ensino médio em rede publica (71,4%) contra (28,6%) em rede particular, diferentemente da geração Z, onde a grande maioria (75,9%) concluíram em rede particular e apenas (24,1%) em rede publica.Em relação a qual o meio de comunicação mais utilizado (figura 1), verificou-se que as duas gerações diferem-se consideravelmente, sendo que os alunos da geração Y utilizam a internet como o principal meio de comunicação (64,3%), porém o restante dos porcentuais se dividem entre os demais meios como: televisão e rádio (21,4%), telefones (7,1%), jornais, revistas (7,1%) Na geração Z à grande predominância da internet atingindo 86,2% dos alunos e 13,8 % para telefones, sendo este, o segundo mais importante. 64.3% (Geração Y) Meios de Comunicação (Geração Z) Meios de Comunicação 86.2% 21.4% Internet Televisão e rádio 7.1% 7.1% Telefones fixos e celulares Jornais, revistas e livros 13.8% Internet Telefones fixos e celulares Figura 1: Meios de Comunicação mais utilizados pelas gerações. Os métodos de ensino (figura 2), foram avaliados com perguntas abertas e fechadas pra uma melhor avaliação. Na opinião dos alunos da geração Y, os métodos são considerados adequados com um porcentual de 48,3% dos alunos, 44,3% consideram os métodos de ensino as vezes adequados, e sugestionam nas perguntas abertas que existem algumas matérias que o professor precisa descobrir um método mais eficiente para passar o conteúdo, como por ex. calculo, e além disso 3,4% consideram pouco adequados e 3,4% não responderam. Por outro lado, a geração Z, 35,7% dos alunos consideram os métodos adequados e 64,3 % as vezes adequados, o que reafirma a opinião da geração Y, em que o professor precisa descobrir um método mais eficiente para a explicação do conteúdo. (GERAÇÃO Y) Métodos utilizados pelos professores para o aprendizado são considerados: 48.3% (GERAÇÃO Z) Métodos utilizados pelos professores para o aprendizado são considerados: 64,3% 44.8% 35,7% Adequados Ás vezes adequados 3.4% 3.4% Pouco adequados NR Adequados Ás vezes adequados Figura 2 – Métodos utilizados pelos professores. Figura 3, verificou-se que as opiniões diferem-se de uma geração para a outra, para assimilação do conteúdo. Os alunos da geração Y apresentaram maior preferência para os jogos de empresas (71,4%), o que significa que querem coadunar a pratica com a teoria, seguido por excursões e visitas (57,1%), esse tipo de atividade é importante porque aproxima o aluno da realidade, promovendo entretenimento, conhecimentos e na maioria das vezes superam o objetivo inicial ou previsto, resolução de exercícios (50.0%), considerada uma pratica eficaz na fixação do conteúdo e finalizando o restante dos alunos, dessa geração, opinaram: 42,9% discussões em classe, 21,4% estudo de caso, 14,3% dissertações ou resumos, 14,3% resolução de exercícios, 14,3% seminários, 7,1% estudo dirigido, e 7,1% não citaram. Os alunos pertencentes a geração Z, foco da pesquisa, demonstraram uma preferência para as discussões em classe (58,6%) , isso devese ao fato de eles possuírem opiniões própria da característica visível dessa geração. Em seguida outro método que essa geração considera importante é a resolução de exercícios (51,7%),como já foi citado um excelente método para a fixação do conteúdo e em terceiro lugar excursões e visitas (44,8%) Conforme Oliveira (2006 p.42-43), ao programar uma excursão ou visita externa com a fiabilidade didática é importante pensar previamente e discutir com a turma sobre as seguintes perguntas: aonde vamos? o que queremos aprender? Quando e como iremos? com quem? que providencias precisamos tomar: antes, durante e após a realização da excursão ou visita O restante dos alunos dividiram suas opiniões em: jogos de empresas 41,4%, aula expositiva 37,9%, estudo de caso 31%, aulas teóricas e praticas 6,9%, estudo dirigido 6,9%, seminários 6,9% e 13,8% não citaram. 71.4% (Geração Y) Método para uma aula mais produtiva 57.1% Jogos de empresa 58.6% 50.0% 42.9% 21.4% 14.3% 14.3% 14.3% Excursões Discussões e Resolução Estudo de Dissertações Resolução Seminários visitas de exercícioscom a classe caso ou resumos de exercícios (Geração Z) Métodos para uma aula mais produtiva 51.7% 44.8% 41.4% 37.9% 31.0% Fonte: Resultado da Pesquisa, 2012. Discussões Resolução Excursões e com a classede exercícios visitas Jogos de empresa Aula expositiva Estudo de caso 7.1% 7.1% Estudo dirigido Não citou 6.9% 6.9% 6.9% Aulas teóricas e Estudo dirigido Seminários práticas 13.8% Não citou Figura 3: Métodos de ensino considerados mais adequados na opinião das duas gerações. Na figura 4, que independente das gerações, ambas tem as mesmas escolhas quando referese as ferramentas que contribuem para um melhor aprendizado. A maior preferência é por vídeos 100% geração Y e 93,1 % geração Z, pois através dessa ferramenta associa-se o conteúdo às imagens apresentadas. Conforme Gil (2007, p. 235), seu potencial para favorecer a aprendizagem é indiscutível, embora nem sempre sejam utilizados de forma adequada. Os professores devem tomar cuidado para que os vídeos não sejam apenas usados como uma forma de entretenimento, mas sim como aprendizado. Deve-se observar que o assunto do vídeo deve estar relacionado com os objetivos de ensino, sendo de curta duração e logo após a apresentação o tema deverá ser discutido pelos professores e alunos. Aulas preparadas no Power point também são atrativas devido ao fato de as animações de textos auxiliam na ilustração das aulas e a prender a atenção dos alunos, por esse e outros motivos ela é também uma ferramenta que auxilia na aprendizagem, na opinião dos alunos, sendo 78,6% dos alunos da geração Y, opinaram afavor dessa ferramenta e 55,2 % dos alunos da geração Z. E finalmente o conteúdo escrito na lousa que apesar de ser um método que os professores estão acostumados desde os primeiros anos de escola, ele também é bem aceito pelos alunos 57,1% dos alunos da geração Y consideram essa ferramenta importante e 51,7% dos alunos da geração Z, também tem preferência por essa ferramenta. Não se pode admitir que tivesse a disposição dos professores apenas um quadro-de-giz e que fique limitado o uso de novas tecnologias para ocasiões especiais. Mas isso não significa que o uso dos quadros como recurso de ensino deva ser considerado “coisa do passado”.(GIL, 2007, p.232) . Ainda, alunos da geração Y sugestionaram 35,7% para palestras e 28,6% citaram pesquisas na internet. E alunos da geração Y, 48,3% citaram pesquisas na internet, 31,0% palestras, 6,9% exercícios práticos, 3,4% debate entre alunos e 10,3% não citaram. (Geração Y) Ferramentas que contribuem para um melhor aprendizado 100.0% Vídeos 78.6% Aulas no Power Point 57.1% Conteúdo na losa 35.7% 28.6% Palestras Pesquisas na internet (Geração Z) Ferramentas que contribuem para um melhor aprendizado 93.1% 55.2% 51.7% 48.3% 31.0% 6.9% Vídeos Aulas no Conteúdo na Pesquisas na Power Point losa internet Palestras Exercícios práticos 3.4% Debater com os alunos 10.3% Não citou Figura 4: Ferramentas que contribuem para um melhor aprendizado Verificou-se (figura 5), que na opinião dos alunos da geração Y, o aprendizado é melhor quando o assunto é exposto pelo professor (42,9%), e eles ficam como meros ouvintes, além disso preferem aulas mais praticas a teóricas (28,6%), e para eles não é de grande importância que exista afinidade entre professor e aluno (14,3%) e também o professor não precisa falar a sua linguagem ( 14,3%), pois não fará diferença no processo de aprendizado desses alunos. Por outro, lado os alunos da geração Z, na grande maioria, sugestionam que quando o professor fala e entende a linguagem do aluno (37,9%), o processo de aprendizagem fica mais fácil. Para o aluno dessa geração o professor deve estar conectado as redes sociais e muitas vezes utilizar esses canais para auxilia-lo no processo comunicação professor x aluno x conteúdo, por exemplo, criando blogs e utilizando-os para postar os conteúdos. Como segunda opção eles assimilam melhor o conteúdo quando o professor apresenta e explica o assunto da aula (27,6%). E finalizando uma minoria prefere aula pratica (20,7%) e para eles a preferência é mínima em relação à afinidade professor e aluno (13,8%). O aluno aprende melhor quando: Geração Y: 42.9% 28.6% O assunto é apresentado pelo professor Quando as aulas são mais práMcas do que teóricas 14.3% 14.3% O professor fala sua linguagem Quando existe afinidade entre professor e aluno O aluno aprende melhor quando: Geração Z 37.9% 27.6% O professor fala sua linguagem O assunto é apresentado pelo professor 20.7% Quando as aulas são mais práMcas do que teóricas 13.8% Quando existe afinidade entre professor e aluno Figura 5: Formas de ensino que auxiliam os alunos no aprendizado: Na Figura 6, perguntou-se a respeito do que o aluno faz quando a aula não está atrativa, observou que os alunos da geração Y na maioria ficam distraídos pensando em outros assuntos (50%), e o restante sugestionam ao professor a mudança do método para a aula se tornar mais atrativa (21,4%), alguns preferem ocupar o tempo saindo e entrando na sala (14,3%),outros acessam a internet (14,3%). Porém alunos da geração Y, quando a aula não está interessante a grande maioria imediatamente procura conversar com o colega (34,5%), característica típica da própria geração, o segundo maior percentual acessa a internet (20,7%), e o restante conversa no celular (13,8%), fica distraído (10,3%), não vem a aula (3,4%), outros prestam atenção mesmo estando desinteressante (3,4%), entrar e sair da sala como forma de passar o tempo (3,4%) e (10,3%) citou que a melhor alternativa é debruçar-se sobre a carteira e dormir. 50.0% (GERAÇÃO Y)Quando a aula não está atra9va sua primeira reação é: 21.4% Não prestar atenção/ Pedir para a fica distraído professora mudar o método 34.5% 14.3% 14.3% Acessar a internet Sair entrar na sala de aula (GERAÇÃO Z)Quando a aula não está atra9va sua primeira reação é: 20.7% 13.8% 10.3% 10.3% 3.4% 3.4% 3.4% Conversar Acessar a Conversar Não Fica com Sair e Não vir a Presta com os internet no celular prestar sono/ entrar na aula atenção colegas atenção/ dorme sala de aula assim fica mesmo distraído Figura 6: Atitudes dos alunos quando a aula não está atrativa: 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do que foi apresentado, o objetivo desse trabalho foi alcançado, pois, identificou e mostrou quais os métodos que contribuem para um melhor aprendizado dos alunos em especial da geração Z, além disso, verificou-se a necessidade que o professor universitário tem que inovar sempre e adaptar o conteúdo da disciplina ao melhor método de ensino. A tarefa de prender a atenção desses alunos deve ser buscada na forma como o conteúdo será transmitido, através de discussões com os alunos, promovendo debates, pelas quais eles expõem sua maneira de pensar ou de agir sobre determinado assunto. Além disso, a resolução de exercícios também é importante para a fixação e aprendizado do conteúdo na opinião dos mesmos. O professor deve trabalhar com as ferramentas mais adequadas, ressaltando a importância de vídeos, aulas no data show, sem desfazer-se da lousa que ainda é bem vinda pelos alunos. Outro fator importante, que não pode ser desconsiderado é que o professor irá encontrar em sala, principalmente nas turmas iniciantes um grupo mesclado, onde haverá alunos pertencentes à geração Y e Z. Caberá ao professor intercalar métodos, para obter uma melhor eficiência no ensino, pois, sabemos que no processo de ensinoaprendizagem, o professor deverá perceber que a capacidade individual é diferente. Conhecendo bem os seus alunos, o professor poderá determinar qual o método ou conjunto de métodos que poderão ser aplicados. Por outro lado, seja qual for à metodologia, o professor deverá sempre propiciar que aos alunos permaneçam motivados em sala de aula, para o aprendizado ser mais eficaz. Sendo assim, os professores poderão utilizar as informações citadas nesse artigo, para adaptar o seu conteúdo ao melhor método e a ferramenta mais aceita pelos alunos como uma forma de melhorar o ensino e até mesmo a aprendizagem, pois o “gostar” da aula, é o primeiro passo para o aprendizado. Além disso, esse estudo poderá ser levado a diante, buscando opiniões dos docentes e até mesmo propor mudanças de métodos de ensino dentro dos mais diversos cursos da universidade. Conclui-se desejando que esse estudo estimule e incentive novas pesquisas nessa área. . 6. REFERÊNCIAS BORDENAVE, JUAN DIAN, PEREIRA, ADAIR MARTINS, Estratégias de Ensino Aprendizagem. 27ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1977. CUNHA, ISABEL DA. O bom professor e sua prática. 6. ed. São Paulo: Papirus, 1997. FIGUEIREDO DE SOUZA, LILIA MÁRCIA, ALBUQUERQUE FREITAS ROSA ALMEIDA. Investigando as praticas pedagógicas de ensino. Ensino - aprendizagem método e didática nos cursos de graduação. Artigo publicado no endereço. FILGUEIRAS LUCIA. Atividade II: Método de Pesquisa de Usuários Disciplina: Metodologia de Projeto das Interfaces Homem---‐Computador. Artigo publicado no endereço: GIL, ANTÔNIO CARLOS. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1997. GIL, ANTONIO CARLOS. 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