Perspectivas do Mercado de Energia Por Dentro da Tractebel Florianópolis, 1º de agosto de 2013 Manoel Zaroni Torres - CEO Tractebel Energia | GDF SUEZ - todos os direitos reservados 1 Expansão da Matriz de Eletricidade 2 PIB e Demanda de Energia Elétrica 10% 8,3% 8% 7,5% 6,1% Variação (%) 6% 5,2% 4,5% 4,2% 3,9% 4% 3,2% 4,3% 4,4% 4,8% 4,0% 2,8% 3,4% 2,28% 2,7% 2% 2,60% 0,7% 0,9% 0% -0,30% -2% 2005 2006 2007 2008 Demanda de Energia Elétrica (YoY) 2009 2010 MM5anos 2011 2012 Produto Interno Bruto (YoY) 2013E 2014E MM5anos Fonte: Demanda: ONS PIB: Focus 3 Balanço Sistêmico: Uma Visão Histórica Oferta não definida Leilões agregarão mais oferta O balanço sistêmico não considera a situação de contratação das distribuidoras (short/long), ou seja, seu balanço comercial. 4 Balanço Sistêmico: Expansão Contratada Demanda: 4,1% a.a. 5 Resultado dos Leilões de Energia Nova: Benchmark para Preços da Energia Biomassa 203,7 177,5 1.075 MWmed 105,8 Termelétrica 203,7 176,7 6.762 MWmed 68,6 PCH 187,9 176,8 116 MWmed 172,5 Eólica 188,5 141,0 3.088 MWmed 105,9 Hidrelétrica * 194,8 114,9 12.739 MWmed 67,8 Média * 139,0 23.780 MWmed 0 50 100 150 200 250 R$/MWh Inclui leilões de reserva e botox * Parcela do ACL @ R$ 120/MWh 6 Preços de Energia • Curto Prazo – Preços de mercado são altamente dependentes da conjuntura energética (PLD) e da liquidez de lastro no mercado (balanço oferta/demanda) – O piso é o PLD (gerador liquida, em última instância, ao PLD na CCEE) e o mercado paga uma margem para remunerar lastro (às vezes, até negativa) • Médio Prazo – Teto de preço é a distribuidora: se o cliente não encontrar energia abaixo da tarifa do cativo, pode retornar ao ACR – Piso de preço para o gerador é a expectativa de PLD – Em mercados equilibrados em lastro, preços se situam entre esses dois batentes • Longo Prazo – O driver de preço é o Custo Marginal de Expansão, hoje governado pelo custo de expansão de termelétricas e eólicas 7 Plano Decenal de Energia Elétrica 2011: 117 GW 56% 2021: 182 GW Termelétricas MW CARVÃO IMPORTADO 1440 GÁS NATURAL 2269 ÓLEO COMBUSTÍVEL 4907 ÓLEO DIESEL 176 Fonte: EPE 100% de Itaipu 8 ENA x MLT x Carga (Médias Móveis de 12 Meses) Nota: Carga Líquida (carga do SIN descontada a geração de pequenas usinas) 9 Preço Spot na Nova Matriz 10 Maior Dependência da Hidrologia: Volatilidade 11 Evolução da Capacidade de Armazenamento Aumento de 5% (13 GW médios) entre 2012 e 2021 5 4,8 300 17 13 250 55 52 22 20 200 4 3,4 150 100 204 200 50 88 60 0 2012 SE/CO S 3 2 2021 NE N 12 Capacidade de Regularização (meses) % Armazenamento Máximo (GW médio) 350 Demanda Fonte: EPE Impactos da Nova Matriz para a Operação e o Mercado • Importantes desafios para a operação do sistema – Transferência de volumes significativos de energia de Belo Monte e de usinas do Norte para o Sudeste no 1º semestre – Intermitência de geração em fontes eólicas – Alocação de maior reserva operativa para atendimento da ponta • Aumento de 40% na capacidade instalada hidrelétrica eleva a capacidade de armazenamento em apenas 5%, diminuindo a capacidade de regularização – Alterações significativas dos níveis dos reservatórios ao longo de curtos ciclos hidrológicos, ocasionando restrições operativas para as hidrelétricas – Maior despacho termelétrico para atender às exigências sazonais da carga – Custo Marginal de Operação converge para o Custo Variável Unitário de termelétricas eficientes • Custo Marginal de Expansão governado pelo custo de expansão de termelétricas 13 Despacho Termelétrico Veio Para Ficar MWavg 17.000 16.000 15.000 14.000 13.000 12.000 11.000 10.000 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 Jul/12 Aug/12 Sep/12 Oct/12 Nov/12 Dec/12 Jan/13 Feb/13 Mar/13 Apr/13 May/13 Jun/13 ENERGETIC SEGURANÇA SECURITY ENERGÉTICA INFLEXIBILITY INFLEXIBILIDADE ELECTRIC RESTRIÇÃORESTRICTION ELÉTRICA ECONOMIC DESPACHO DISPATCH ECONÔMICO Fonte: ONS Valores de geração bruta 14 Despacho Termelétrico Impacta a Tarifa das DISCOs • Tendência de elevação nos valores de Tarifa de Energia em relação aos valores da Revisão Extraordinária ocorrida em janeiro de 2013 • TE só não teve aumento maior devido às alterações regulatórias a partir do Decreto nº 7945/2013 (aporte CDE) 15 PLD Preço Spot Sudeste (R$/MWh) 400 350 300 250 200 150 100 50 0 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 Mensal Mensal: R$ 130,73/MWh 16 PLD Preço Spot Sudeste (R$/MWh) 400 350 300 250 200 150 100 50 0 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 Mensal Mensal: R$ 130,73/MWh MM12meses MM12 meses: R$ 255,92/MWh 17 PLD Preço Spot Sudeste (R$/MWh) 400 350 300 250 200 150 100 50 0 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 Mensal Mensal: R$ 130,73/MWh MM12meses MM12 meses: R$ 255,92/MWh MM36meses MM36 Meses: R$ 132,77/MWh 18 PLD Preço Spot Sudeste (R$/MWh) 400 350 300 250 200 150 100 50 0 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 Mensal Mensal: R$ 130,73/MWh MM12meses MM36meses MM12 meses: R$ 255,92/MWh MM36 Meses: R$ 132,77/MWh 19 MM60meses MM60 meses: R$ 100,37/MWh O Dilema do Operador OK Não Despachar UTEs Déficit P rejuízo para o consum idor: corte de carga Vertimento P rejuízo para o consum idor: desperdício de recurso Despachar UTEs OK 20 Resolução CNPE 3/2013, de 06/03/2013 (a) • A aversão ao risco pelo CMSE levou ao despacho máximo de termelétricas a partir de outubro de 2012 • Como o modelo de PLD não capturava esse despacho intenso, o custo do despacho estava plenamente alocado nos encargos pagos pela demanda • Como essa elevação conjuntural do PLD causaria aumento nas tarifas de energia das DISCOs, o Tesouro passou a custear parte desse encargo em 2013 e as distribuidoras devolverão em cinco anos • Ficou claro que o modelo de preços deveria ser revisto 21 Resolução CNPE 3/2013, de 06/03/2013 (b) Fase Transitória (até agosto de 2013) • O custo da segurança energética seria repartido com os geradores – 50% via Delta-PLD para agentes expostos na CCEE, e – 50% via rateio do ESS para todos os agentes M etodologia Definitiva • Vem de longa data a unanimidade entre os agentes do setor de que o PLD deve ser aderente ao Custo Marginal de Operação • Nova metodologia representará melhorias no processo de formação de preço, antecipando despacho termelétrico e diminuindo o ESS • Mas, há problemas: – estabilidade regulatória requer que não se mude regras dentro do ano, quando posições comerciais e estratégicas já foram tomadas pelos agentes – o ESS deve ser custeado totalmente pela carga, usuária do serviço prestado – permanece espaço para discricionariedade no ajuste dos parâmetros do modelo 22 Novo Modelo de Preços: CVaR Representação Ilustrativa Min 75% x E(C.O.) + 25% x CVaR50%(C.O.) Conceito: mais peso para os cenários hidrológicos menos favoráveis Custo de Operação 50% 23 100% Séries (2000) Novo Modelo de Preços: CVaR Representação Ilustrativa Min 75% x E(C.O.) + 25% x CVaR50%(C.O.) Conceito: mais peso para os cenários hidrológicos menos favoráveis Custo de Operação VE (2000 cen) 50% 24 100% Séries (2000) Novo Modelo de Preços: CVaR Representação Ilustrativa Min 75% x E(C.O.) + 25% x CVaR50%(C.O.) Conceito: mais peso para os cenários hidrológicos menos favoráveis Custo de Operação VE (1000 piores cen) 50% 25 100% Séries (2000) Novo Modelo de Preços: CVaR Representação Ilustrativa Min 75% x E(C.O.) + 25% x CVaR50%(C.O.) Conceito: mais peso para os cenários hidrológicos menos favoráveis Custo de Operação VE (1000 piores cen) x 25% Min + VE (2000 cen) x 75 % 50% 26 100% Séries (2000) 16000 CVaR na Prática 14000 Espaço para antecipar o despacho 12000 MW med 10000 6300 6807 5398 8000 6526 3968 6000 4201 4000 1081 1667 jan/12 fev/12 1821 3005 2148 2314 2000 0 mar/12 ÓLEO E BI COMBUSTÍVEL - GÁS/ÓLEO abr/12 mai/12 GÁS jun/12 jul/12 BIOMASSA 27 ago/12 NUCLEAR set/12 out/12 nov/12 CARVÃO MINERAL dez/12 OUTROS Novo Modelo de Preços: Simulações Jan/11 a Dez/12 • Mecanismo de Aversão Risco aumenta a participação termelétrica e antecipa esse despacho – – • na prática, ao desconcentrar a geração termelétrica, os reservatórios são recuperados a um menor custo elevação do nível médio do Custo Marginal de Operação Decorre do desejo de não depender de hidrologias favoráveis durante o período úmido Fonte: Cepel 28 Leilões 29 Resumo Leilões ACR 2013 LEILÕES 2013 OBJETIVO 17º LAJ Complemento da carga(1%). 5º LER Segurança do sistema FONTES DATA INÍCIO SUPRIMENTO Existentes 08/ago 01/10/2013 e 01/01/2014 3 e 12 meses Eólicas 23/ago 01/09/2015 20 anos 16º LEN (A-5) Hidro e Termelétricas Suprimento das a Carvão, Gás distribuidoras. natural e Biomassa 29/ago 01/01/2018 30 anos(H) e 25 anos (T) 17º LEN (A-3) Suprimento das distribuidoras no médio prazo. Hidro, Eólicas, Solares, Gás natural e Biomassa 25/out 01/01/2016 30 anos(H) e 25 anos (Demais) 18º LEN (A-5) Hidro e Suprimento das Termelétricas distribuidoras a Carvão, Gás no longo prazo. natural e Biomassa 13/dez 01/01/2018 30 anos(H) e 25 anos (T) 30 Leilão A-5 2013 • Início de suprimento: 01 de janeiro de 2018 • CCEAR por Quantidade (30 anos) para a UHE Sinop – • preço-teto = 118 R$/MWh CCEAR por Disponibilidade (25 anos) – – – biomassa ou UTE a carvão ou gás ciclo combinado preço-teto = 140 R$/MWh não serão habilitadas UTEs com CVU > 105 R$/MWh, inflexibilidade > 50% ou necessidade de despacho antecipado (GNL) 31 Leilão de Reserva 2013 • Início de suprimento: 01 de setembro de 2015 • Preço-teto = 117 R$/MWh • Leilão exclusivo para eólicas – – – CCEAR por Quantidade (20 anos) novo critério de Garantia Física (P90) critério de classificação considerando a capacidade de escoamento da Rede Básica e de Fronteira Projetos Cadastrados Estado Bahia Ceará Maranhão Paraíba Pernambuco Piauí Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul Santa Catarina Total N° de projetos Potência (MW) 238 5.854 77 1.797 11 318 9 264 19 501 32 943 113 2.776 153 3.437 3 150 665 16.040 32