Saca rolhas informativo Ano 5 | Nº 13 | Novembro de 2014 Modervitis aposta na atualização do setor | Página 9 Wines of Brasil registra recorde de exportação | Página 25 Raio X aponta carências e oportunidades Censo mostra falta de profissionais especializados e abertura em áreas como enoturismo, que representa, em média, 15% do faturamento das empresas | Páginas 14 a 16 Pesquisa mostra que suco de uva ajuda na perda de barriga | Contracapa Institucional Saca-Rolhas de cara nova Consolidação da imagem dos sucos e dos espumantes é uma das conquistas do ano Esta edição também é uma ótima oportunidade para resgatarmos algumas das principais conquistas deste ano. Encerramos o primeiro semestre com recorde de exportação de vinhos engarrafados: 1,78 milhão de litros e crescimento de 257% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Esses números são resultado do empenho de todos os envolvidos em qualificar cada vez mais o setor vitivinícola. O lançamento do Programa de Modernização da Vitivinicultura (Modervitis) marca o início de uma nova fase do segmento e é prova concreta deste esforço. Mas ainda temos muitos desafios pela frente. A qualificação da gestão, por exemplo, deve ser uma de nossas metas. Além disso, conforme indica a 2 Ano 5 | Nº 13 | Novembro de 2014 Presidente: Moacir Mazzarollo Vice-presidente: Dirceu Scottá matéria de capa desta edição, o Censo Vinícola reforçou a constatação de um dos principais gargalos para o nosso segmento, que é a falta de mão de obra qualificada. O estudo também mostrou a resistência de boa parte dos produtores a financiamentos e outras dificuldades como a divulgação e entraves no acesso a novos mercados. São desafios que precisam ser superados para garantirmos um futuro promissor para todas as pessoas que integram a cadeia produtiva da uva e do vinho. Assim como temos muitos desafios, também podemos comemorar alguns resultados positivos que tivemos neste ano como, por exemplo, a consolidação da imagem dos sucos e dos espumantes como carros-chefes, a agregação de valor ao vinho de mesa engarrafado e o trabalho contínuo de qualificação cada vez maior também dos nossos vinhos finos. E não faltam incentivos para acreditar em bons resultados. Foi com essa confiança que tornamos o suco de uva 100% um dos produtos mais representativos para a imagem do setor. Por meio da divulgação em veículos de comunicação, pesquisas e ações promocionais, os consumidores estão entendendo que vendemos, na verdade, qualidade de vida extraída da uva. Olhar para tudo que já alcançamos é uma mistura de orgulho, por termos superado tantos obstáculos, e ânimo, para continuar. Em nome do Ibravin desejo que o ano de 2015 seja farto em tudo que possa ser bom, com saúde, prosperidade, diálogo e muita esperança. Moacir Mazzarollo Presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin Diretor executivo: Carlos Raimundo Paviani Diretor técnico: Leocir Bottega Conselho Deliberativo: Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Federação das Cooperativas de Vinho do Estado do RS (Fecovinho), Associação Brasileira de Enologia (ABE), Comissão Interestadual da Uva, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Sindicato da Indústria do Vinho, do Mosto de Uva, dos Vinagres e Bebidas Derivados da Uva e do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul (SindivinhoRS), Sindicato Rural de Caxias do Sul (Sindirural-Caxias), Associação Nacional dos Engarrafadores de Vinho (ANEV), Associação Catarinense de Vinhos Finos de Altitude (Acavitis) e União Brasileira da Vitivinicultura (Uvibra). Foto da Capa: Silvia Tonon Textos: Cassiano Farina, Diego Adami, Gesiele Lordes e Martha Caus Edição: Cassiano Farina, Diego Adami e Martha Caus Projeto Gráfico: Adriana Silva Comunicação & Conteúdo Diagramação: Marcela Bantle IBRAVIN CNPJ: 02.728.155/0001-74 Alameda Fenavinho, 481. Edificação 29 Bento Gonçalves - RS Telefone e fax: + 55 54 3455.1800 E-mail: [email protected] www.ibravin.org.br www.vinhosdobrasil.com.br www.winesofbrasil.com www.sucodeuvadobrasil.com.br www.grapejuiceofbrazil.com vinhosdobr | brazilianwines | sucodeuvadobrasil @vinhosdobrasil | @winesofbrasil sucodeuvadobrasil | winesofbrasil vinhosdobrasil Este impresso é financiado com recursos do Fundovitis Apoio: Ivan Almeida, Ibravin Você tem em mãos o primeiro exemplar do Saca-Rolhas em seu novo formato. Redimensionamos o tamanho, reformulamos os títulos e a organização das matérias, alteramos as cores. Mas o objetivo continua o mesmo das edições anteriores: informar de forma clara e objetiva todo o trabalho que está sendo feito pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), que atua em convênio com a Seapa/ RS na execução da política vitivinícola estadual, e pelas entidades que fazem parte dos conselhos Deliberativo e Consultivo em prol do setor vitivinícola gaúcho e brasileiro. As mudanças, além de deixarem nosso informativo mais agradável aos olhos, irão facilitar a leitura e o manuseio, além de reduzir os custos com impressão e a diminuição do uso de papel, algo muito importante em tempos de conscientização para o bom uso dos recursos naturais. expediente Gilmar Gomes, Ibravin Institucional Palestrantes de cinco países integraram programação que abordou estruturação, promoção e comercialização de roteiros Congresso de Enoturismo projeta futuro promissor Cerca de 100 pessoas reuniram-se de 8 a 10 de outubro no 4º Congresso Latino-Americano de Enoturismo para discutir temas que permeiam toda a cadeia do enoturismo, desde sua estruturação, promoção e comercialização. Nomes brasileiros, argentinos, uruguaios, portugueses e espanhóis integraram a lista de palestrantes. As visitas técnicas a roteiros enoturísticos dos cinco municípios envolvidos – Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha e Garibaldi – também foram destaque. Nos mais de 15 empreendimentos visitados, entre restaurantes e vinícolas, os congressistas tiveram a oportunidade de vivenciar os reflexos da cultura do vinho na Serra Gaúcha. Para o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, o encontro se encerrou com o desejo de aplicar os aspectos e ideias levantadas. “Que em 2015, possamos nos encontrar e fazer um levantamento do que já conseguimos melhorar depois desta edição, que gerou inúmeras trocas de experiências”, afirma. Paviani acrescenta que a edição deste ano trouxe à tona a percepção de que os investimentos e inovações em toda a cadeia que integra o setor devem ser constantes. “Com melhorias e aumento na oferta de produtos é que fortaleceremos o enoturismo, tornando-o mais competitivo no mercado”, observa. Mais de 15 empreendimentos foram visitados, onde os congressistas vivenciaram os reflexos da cultura do vinho na Serra Gaúcha A próxima edição será no Uruguai, em setembro de 2015. Também foi anunciada a realização do 1º Congresso Ibero-Americano de Enoturismo, em julho de 2015, em Portugal e na Espanha, já que o envolvimento entre os países produtores de vinhos do Novo e do Velho Mundo tem crescido de forma exponencial. Prova disso foi a adesão de nove cidades e entidades latino-americanas à Associação Internacional de Enoturismo, que também ocorreu durante o congresso. Fundada em maio deste ano, a entidade tem como objetivo fortalecer o setor em todos os destinos onde está presente por meio de discussões, observações, promoção, comercialização e, consequentemente, da melhora na competitividade do segmento. Do Brasil, passam a integrar oficialmente a associação as cidades que integraram as visitas técnicas, além do Ibravin e da Associação de Turismo da Serra Nordeste (Atuaserra). A Associação das Bodegas Argentinas e a Associação de Turismo Enológico do Uruguay também fazem parte da Aenotur. O 4º Congresso Latino Americano de Enoturismo é uma promoção do Ibravin e das prefeituras dos cinco municípios envolvidos, por meio das secretarias municipais de Turismo, e com apoio da Setur/RS e Seapa/ RS. O patrocínio é da Atuaserra, do Bento Convention Bureau, do Sebrae, da Associação Brasileira de Enologia, do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Caxias do Sul (Região Uva e Vinho), do Spa do Vinho e do Hotel Villa Michelon. 3 Banco de Imagens, Ibravin Institucional Setor busca regulamentação do suco de panela A proposta de regulamentação para o suco de uva de Uva e Vinho, Laboratório de Referência Enológica (Laren), panela foi encaminhada por representantes do setor viti- Universidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade Federal vinícola e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul ao do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Centro Ecológico de Ipê. ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), “A pesquisa concluiu que o suco de panela incorpora Neri Geller, durante a Expointer, no início de setembro. O até 16% de água e, portanto, não poderia ser chamado de documento solicita que sejam definidas as regras para integral. A proposta é que haja a regulamentação e que produção e comercialização da bebida elaborada pelo esse tipo de suco seja chamado de “artesanal”, porque método de arraste a vapor, além de propor que o suco re- tem mais suco de fruta do que o néctar, mas não tem sultante deste processo se denomine “artesanal”. 100%, como o integral”, explica Paviani. O diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho Atualmente, os néctares precisam conter, no mínimo, (Ibravin), Carlos Paviani, e o secretário da Agricultura, 30% de suco. O percentual passará para 40% a partir de Pecuária e Agronegócio do Rio Grande janeiro de 2015 e para 50% a partir de do Sul (Seapa), Claudio Fioreze, explijaneiro de 2016. caram ao ministro a necessidade de Mais de uma centena De acordo com o documento ende agroindústrias regulamentação para garantir a pertregue ao ministro, a nomenclatura manência no mercado de mais de uma familiares e pequenos “artesanal” seria permitida apenas a centena de agroindústrias familiares e quem se enquadrasse no perfil de agriprodutores usam a pequenos produtores que usam a téccultor familiar: não possuir área maior técnica no Rio Grande do que quatro módulos fiscais, utilizar nica no Rio Grande do Sul. “Há cerca de três anos, o ministério predominantemente mão de obra da do Sul determinou o cancelamento dos regisprópria família e ter percentual mínimo tros de elaboradores de suco de panela por estarem re- da renda familiar originada de atividades econômicas do gistrados como suco integral, o que não poderia, porque seu estabelecimento. O estudo indica ainda os Padrões de o suco de panela incorpora água, por meio do vapor usa- Identidade e Qualidade (PIQs) que um suco artesanal pode do para extrair o suco. Seria injusto se os registros fossem conter, como percentual de açúcar e acidez, entre outros. Fioreze salientou que a proposta de regulamentação recancelados depois de todo esse tempo”, lembra Paviani. Conforme o diretor executivo, o Mapa concedeu um presenta um grande avanço para as famílias que obtêm imprazo para que os produtores continuassem com o regis- portante fatia de sua renda familiar por meio do produto. Segundo Paviani, o ministro adiantou que delegou tro enquanto era feita uma pesquisa para avaliar as características do suco. O estudo foi elaborado por um grupo à sua equipe técnica para que encaminhe a publicação formado por Ibravin, Seapa, Secretaria Estadual de Desen- de uma instrução normativa para realizar uma consulta volvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Embrapa pública sobre o tema. 4 Institucional Silvia Tonon, Ibravin Ibravin destina recursos a projetos de promoção 540 milhões de quilos foram de americanas e híbridas e 66 milhões de viníferas Safra fecha em 606 milhões de quilos Na safra 2014, o Rio Grande do Sul, estado de onde se originam mais de 90% da produção total de vinhos do país, foram processados 606 milhões de quilos de uva. Deste total, 540 milhões de quilos (89%) são de variedades americanas e híbridas – usadas na elaboração de vinho de mesa e suco – e 66 milhões de quilos (11%) de uvas viníferas, usadas para elaborar vinhos finos. Em 2013, a safra foi de 611,9 milhões de quilos, sendo 537,5 milhões de quilos de americanas e 74,3 milhões de quilos de variedades viníferas. A diferença entre os resultados, que representa uma redução de menos de 1%, explica o vicepresidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Dirceu Scottá, deve-se a alguns períodos de geada e queda de granizo. Percebeu-se também, segundo ele, que o clima foi muito semelhante entre as regiões produtoras gaúchas. Mesmo a Serra do Sudeste, tradicionalmente mais seca, teve produção com qualidade similar à da Serra Gaúcha. “Pode-se dizer que foi uma safra boa em qualidade, principalmente os vinhos-base para espumantes e os vinhos tintos jovens de média guarda. Tivemos uma safra com características de mediana à boa”, afirma. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo, as uvas colhidas no início de fevereiro tiveram melhor qualidade, como a Concord e a Bordô, usadas principalmente na elaboração de vinhos de mesa e sucos. Dentre as viníferas, a variedade Chardonnay é um exemplo de boa qualidade nesta safra. “A média de grau (teor glucométrico) depende da época da colheita. As que foram colhidas no início de fevereiro tiveram excelente qualidade”, afirma Mazzarollo. O presidente da Associação dos Vinhos da Campanha, Giovani Silveira Peres, explica que a incidência de chuvas também atingiu a Campanha Gaúcha e que, por isso, em algumas variedades não se chegou a atingir o ápice de excelência, mas a média geral foi de boa qualidade. Apesar de ainda ser cedo para qualquer previsão, Scottá garante que ao excesso de chuva que atingiu o Estado no início de julho não compromete a próxima safra, já que este período é de dormência das parreiras. Seis projetos, entre eventos e publicações para promover os vinhos brasileiros em todo o país, foram contemplados na segunda chamada do edital do Ibravin em apoio a ações de incentivo ao consumo da bebida no mercado interno. Os recursos, no total de R$ 139,7 mil, são provenientes do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis) e repassados às entidades por meio de chamada pública. O valor soma-se aos R$ 105 mil destinados a outros três projetos na primeira chamada de 2014. O diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani, explica que a finalidade do edital é contemplar projetos que têm como objetivo divulgar o vinho brasileiro e promover o seu consumo. A verba é fruto das contribuições das vinícolas do Rio Grande do Sul ao Fundovitis, gerido pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa). Projetos contemplados: l Guia “Adega Vinhos do Brasil 2014/2015”. Proponente: Inner Editora Ltda. l Wine Run Vale do São Francisco. Proponente: Inner Editora Ltda. l Road Show Vinhos do Brasil São Paulo – Capital. Proponente: Associação Brasileira de Sommeliers (ABS/SP) l Road Show Vinhos do Brasil São Paulo – Interior. Proponente: ABS/SP l Seminário “Vinho e Mercado”, durante o Rio Wine and Food Festival. Proponente: Bacco Multimídia l 26º Congresso Nacional da Abrasel e Vinum Brasilis. Proponente: Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Nacional 5 Institucional Jornada da Viticultura debate desafios do setor Fotos: Gesiele Lordes, Ibravin Juventude presente Encontro teve a participação de cerca de 500 pessoas de diversas regiões Agricultores, indústria, pesquisadores e acadêmicos, mais uma vez sentaram à mesma mesa para debater os desafios e propor soluções para as demandas do setor vitivinícola. A XV Jornada da Viticultura ocorreu no dia 3 de julho, em Flores da Cunha, com a participação de cerca de 500 pessoas. O encontro, neste ano, ganhou ainda mais relevância, pois além de tratar do futuro da viticultura gaúcha, foi realizado no Ano Internacional da Agricultura Familiar, eleito pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Atualmente, mais de 80% são da produção de uvas na Serra provenientes de pequenas propriedades familiares. No evento, o diretor técnico do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Leocir Bottega, apresentou dados sobre a produção de uva para processamento na última década e sua evolução qualitativa. A assessora jurídica do Ibravin, Kelly Bruch, esclareceu como o novo 6 decreto da Lei do Vinho interfere no funcionamento do setor. Kelly destacou pontos referentes à classificação de estabelecimentos e produtos, a definição de novas áreas produtoras no Brasil e questões relacionadas aos limites de chaptalização (correção dos vinhos com adição de açúcar de cana) entre outros assuntos. Na plateia, os rostos jovens se destacaram entre um público composto, na maioria, por agricultores mais experientes. E os representantes das novas gerações não vieram apenas da Serra Gaúcha. Um grupo de 15 alunos do curso de Bacharel em Enologia do Campus da Unipampa de Dom Pedrito na região da Campanha, marcou presença na Jornada. Entre os jovens, Elisandra Nunes, 22 anos, era uma das mais animadas em conhecer o universo vitivinícola da Serra. Natural do Ceará, a estudante do primeiro semestre do curso, explicou que tinha opção de fazer cursos da área de Enologia em seu estado, mas estava curiosa por experimentar a cultura da região gaúcha. “Eu queria ir para um lugar onde se respirasse vinho”, disse a jovem, que é formada em Gastronomia. À tarde, o público fez questionamentos direcionados aos representantes das entidades ligadas ao setor, durante a mesa redonda “Como transformar trabalho em matériaprima de qualidade”. Grupo de alunos do curso de Bacharel em Enologia do Campus da Unipampa de Dom Pedrito veio à Serra para marcar presença na Jornada Institucional Qualificação focada na relação custo-benefício No início de setembro ocorreu o treinamento do grupo de instrutores do Qualidade na Taça, projeto que visa a capacitação de mil estabelecimentos de alimentação fora do lar no trabalho com vinhos brasileiros. As aulas tiveram como objetivo repassar a metodologia para qualificar o atendimento em bares e restaurantes, potencializar as vendas e aprimorar o serviço de vinhos nos estabelecimentos. Uma das atividades foi uma degustação às cegas para demonstrar a relação custo-benefício do vinho nacional. A iniciativa é do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). jetória da produção no país é relativamente recente e que os profissionais de hoje têm o privilégio de poder escrever essa história no dia a dia. Durante o projeto, as vinícolas terão a oportunidade de se aproximar do público em diversos eventos, inclusive nos treinamentos realizados nos restaurantes participantes. As vinícolas que fazem parte da ação irão disponibilizar produtos para degustações que devem ocorrer ao longo dos treinamentos. Até o final do projeto, em 2016, mais de 3 mil profissionais, de 16 cidades em 14 estados serão capacitados. Incentivo ao consumo O aumento da exposição do produto nacional vai beneficiar principalmente os pequenos produtores, que representam 90% dos vinicultores do país. O sommelier José Barros, de Recife (PE), elogiou a iniciativa e destacou que há muito tempo o mercado estava precisando de um trabalho de formação junto aos profissionais que atuam diretamente com os consumidores. “Fui garçom durante muitos anos e sei o quanto uma dica é importante para incentivar o consumo dos vinhos”, disse. Já foram gravadas videoaulas em vinícolas da Serra Gaúcha e em um estúdio em São Paulo. Os par- O objetivo é quebrar o preconceito de que os produtos perdem para os importados em competitividade. O sommelier Vinícius Santiago, que conduziu a degustação, acredita que nem sempre preço corresponde a qualidade. “A gente está acostumado a pensar que vinho brasileiro bom é caro, e isso não é verdade”, enfatizou. Tendo como público-alvo profissionais, a capacitação da primeira turma de garçons ocorreu entre os dias 16 e 19 de setembro, em Brasília. Em outubro, foram realizadas aulas nos Estados de Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Bahia e Pernambuco. Até o final do ano serão ministradas para os Estados de Santa Catarina, São Paulo, Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Amazonas, além de novas turmas nos Estados que já receberam o treinamento. Até o final do ano, mais de 600 profissionais estarão capacitados. A jornalista e sommelier Silvia Mascella Rosa, que ministrou uma aula sobre vinho brasileiro, lembrou que a tra- Cassiano Farina, Ibravin Projeto Qualidade na Taça deve atingir mais de 3 mil profissionais no serviço do vinho ticipantes têm oito horas de aulas a distância e 12 de aulas presenciais. Condições de armazenamento, forma de leitura do rótulo, harmonização e hospitalidade são alguns dos tópicos abordados na capacitação. O escopo do projeto contempla ainda a ponta inicial da cadeia produtiva, com estímulo à melhoria dos processos produtivos por meio da ampliação do Programa Alimentos Seguros (PAS) – Uva para Processamento em produtores de uva e vinícolas, obtendo mais adesões e com isso, melhorando a qualidade do produto. As vinícolas que participam do Qualidade na Taça são: Basso Vinhos e Espumantes, Bodega Czarnobay, Vinícola Casa Valduga, Courmayuer do Brasil, Dal Pizzol Vinhos Finos, Domno do Brasil, Dunamis Vinhos e Vinhedos, Guatambu Estância do Vinho, Vinícola Santo Emílio, Lovara Vinhas e Vinhos, Miolo Wine Group, Gran Legado Vinhos e Espumantes, Vinibrasil, Vinícola Aurora, Vinícola Botticelli, Vinícola Suzin, Lídio Carraro Vinícola Boutique, Vinícola Perini, Pizzato Vinhas e Vinhos, Vinícola Salton, Aracuri Vinhos Finos e Vinícola Pericó. O projeto conta com o apoio das empresas Cisper e Bocatti, que presentearão os participantes com uma taça especial e um saca-rolhas. Sommelier Vinícius Santiago orientou degustação aos instrutores do projeto 7 Institucional Cadastro Vitivinícola e Decreto do Vinho pautam reunião A universalização do Cadastro Vitivinícola, a regulamentação de pontos que constam no Decreto do Vinho e ajustes da legislação sobre a produção de vinho artesanal foram alguns dos assuntos tratados na reunião realizada no dia 26 de setembro entre representantes do setor e dirigentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No encontro, também foram debatidas as regras para a regulamentação do suco de uva artesanal (de panela, feito pelo método de arraste a vapor) e a necessidade de ajustes na lei que permitem ao agricultor familiar comercializar os vinhos elaborados na propriedade. Reunião foi realizada para colher sugestões do setor para as audiências públicas a fim de consolidar as alterações e complementos ao Decreto do Vinho Entre as mudanças, está a especificação de obrigatoriedades para o uso de termos qualitativos como Reservado, Reserva e Gran Reserva. Uma das sugestões é de que para usar os termos é necessário que os vinhos sejam elaborados sem o processo de chaptalização (adição de açúcar para correção de grau Babo). De forma mais específica, para serem denominados Reserva e Gran Reserva, há o entendimento de que devam ter pelo menos 12 meses de envelhecimento e, no segundo caso, passar por barrica de carvalho. O coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Mapa, Hélder Moreira Borges, avaliou que os apontamentos dos dirigentes 8 do setor são importantes por conhecerem as demandas do segmento. “Este diálogo é fundamental para consolidar as alterações no decreto, as ações de fiscalização para garantir a qualidade dos produtos e sugestões para o avanço de toda a cadeia produtora”, garantiu. Representando o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o presidente do Conselho Deliberativo, Moacir Mazzarollo, considerou positivo o encontro e reforçou a necessidade de ajustar a legislação que permite aos agricultores familiares comercializarem o vinho elaborado na propriedade sem necessidade de CNPJ. “Muitas famílias produzem o vinho colonial, e é urgente que o governo tenha este entendimento de que é possível que vendam com o talão do produtor”, disse. Borges e o chefe de Divisão da SDA, Carlos Alberto Magalhães, estiveram na Serra para a 22ª Avaliação Nacional de Vinhos. Os dirigentes também participaram da reunião preparatória da comitiva brasileira que esteve em novembro na Assembleia Geral e Congresso da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) , na Argentina. Também participaram da reunião os diretores executivo e técnico do Ibravin, Carlos Paviani e Leocir Bottega, respectivamente; a diretora geral do Laboratório de Referência Enológica, Regina Vanderlinde; Gabriel Carissimi, representando a Federação das Cooperativas Vinícolas do RS; o presidente da Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados, Tiago Tonini; Daniel Basile como representante da União Brasileira de Vitivinicultura; Renato Formolo e Denis Debiasi, representando os sindicatos de trabalhadores rurais e Darci Dani e Rogério Beltrame pela Associação Gaúcha de Vinicultores. Vinhos brasileiros têm destaque no RWFF Os vinhos brasileiros se destacaram na programação do Rio Wine and Food Festival (RWFF). O evento ocorreu entre os dias 15 e 21 de setembro em diversos pontos do Rio de Janeiro (RJ), com o objetivo de atrair visitantes para a Cidade Maravilhosa através do vinho e da gastronomia. O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, falou sobre o mercado produtor brasileiro e a evolução qualitativa com conquistas de novos canais e públicos. Ele destacou duas ações que o Ibravin está desenvolvendo: o projeto Vinhos Brasileiros Premiados, em parceria com o Grupo Pão de Açúcar, e o programa Qualidade na Taça, que está em curso com a qualificação de 3 mil profissionais de mil estabelecimentos para o serviço do vinho. Sebrae/RS volta a ter projetos para a vitivinicultura Chamada Qualificar a Vitivinicultura da Serra Gaúcha, uma iniciativa do Sebrae/RS vai atender, a partir de 2015 e por um período de dois anos, as principais necessidades apontadas pelos empresários no Censo da Indústria Vinícola do RS. A novidade foi apresentada no dia 24 de outubro, em Caxias do Sul, no Seminário de Oportunidades para a Vitivinicultura, pelo Sebrae/RS, com apoio do Ibravin e da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi). Na oportunidade, o público também assistiu a um painel sobre legislação tributária, outro sobre o Programa Alimentos Seguros (PAS) Uva para Processamento e cases de empresários da região. Diego Adami, Ibravin Institucional O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo, assinou o acordo de cooperação com o MDIC para qualificação da mão de obra no setor Modervitis é lançado com anúncios para o setor A apresentação do Programa de Modernização da Vitivinicultura (Modervitis) a produtores, represen tantes da indústria e demais segmentos da cadeia produtiva, no dia 19 de setembro, foi marcada por anúncios importantes para o setor vitivinícola. No encontro, realizado na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, ocorreu a assinatura do acordo de cooperação para identificação da demanda de qualificação da mão de obra na indústria vinícola entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). 2 mil famílias do RS serão beneficiadas na primeira chamada pública de assistência técnica A primeira chamada pública de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) deve beneficiar, inicialmente, cerca de 2 mil famílias produtoras de uva no Rio Grande do Sul. Ainda no âmbito da agricultura familiar, também foi anunciada a assinatura de convênio que tem como objetivo qualificar a produção do chamado suco de uva de panela, o que deve acelerar o processo de regulamentação do produto. Na abertura, o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo, destacou a abrangência do programa e citou a necessidade de melhorar os produtos para ter maior competitividade. “Quem dá o aval sobre esta qualidade é o consumidor, e este programa que está sendo lançado hoje vai ajudar neste processo de inovação, que deve ser contínuo”, disse. O ministro interino do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, mencionou a assistência técnica e a disponibilização de crédito para os agricultores familiares por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) como ações importantes para que o Modervitis saia do papel. “O setor decidiu inovar e se organizar para melhorar os processos produtivos e, consequentemente, ter ganhos de qualidade dos seus produtos”, elogiou, ao antecipar a divulgação da chamada pública de Ater. O coordenador do Modervitis, José Fernando Protas, fez um resgate da articulação realizada desde 2006 para a implantação do programa até a sua inclusão no Plano Brasil Maior, do Governo Federal, neste ano. O pesquisador da Embrapa apresentou o desafio de melhorar a qualidade da matéria-prima através do aumento de graduação média das uvas para processamento. “Se aumentarmos a média de 14 para 17 graus Babo para uvas americanas e híbridas, por exemplo, podemos ter um aumento de 16% na renda dos viticultores, uma economia de 5% para a indústria, com uma produção final 20% maior”, ilustrou. O secretário de Inovação do MDIC, Nelson Fujimoto, falou sobre os cursos de qualificação oferecidos pelo Pronatec e que serão disponibilizados para setor vitivinícola. Pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o engenheiro Geanderson Lúcio de Souza Silva abordou as condições especiais de financiamento para as vinícolas que aderirem ao Modervitis. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Salomão, citou a integração entre os diversos órgãos para estimular a adesão tanto da indústria como dos produtores. O coordenador-geral de Serviços Tecnológicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jorge Campagnolo, falou sobre os canais disponibilizados pelo ministério para acessar informações técnicas (www.respostatecnica.org.br). 9 Institucional Câmara Setorial debate temas estruturantes A regulamentação da Lei do Vinho e da tributação do vinho artesanal/colonial, a alteração na cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a atualização da tabela de variedades para serem incluídas no Manual de Operação Comercial (MOC) editado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e preço mínimo da uva foram alguns dos temas debatidos pela Câmara Setorial da Uva e do Vinho, no dia 6 de agosto, em Brasília. Também foi discutida a permanência da proibição de elaboração e comercialização do Agrin. O grupo fez, ainda, sugestões para a instrução normativa que regulamenta o registro dos estabelecimentos, terceirização dos serviços e regulamentação do envase móvel. Lei do Vinho, questões tributárias e tabela de variedade no MOC foram temas da pauta da reunião em Brasília Para regulamentar a lei do vinho artesanal/colonial, está em discussão uma normativa que permite que os produtores possam se registrar como pessoas físicas, bastando apenas informar o número da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), confirmando a condição de agricultor familiar. No encontro foi aprovada a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para estudar e propor alternativas quanto à regulamentação da comercialização dos produtos e sobre questões tributárias. Compõem o grupo, além do Ibravin, a Embrapa Uva e Vinho, a Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Emater/RS, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, a Coordenação Geral de Vi- 10 Confira alguns dos itens da pauta Consulta pública 153/2013 - registro de produtos e estabelecimentos, terceirização de produção – equalização da proposta do setor; l Regulamentação da Lei 12.959/2014 sobre o vinho produzido pelo agricultor familiar ou empreendedor rural; l Regulamentações decorrentes da publicação do Decreto nº 8.198/2014; l Proposta de atualização da Portaria nº 1.012/78 e nº 270/88 sobre Normas e Padrões de Qualidade para Classificação e Comercialização da Uva para fins industriais; l Organização da AGO e do Congresso da OIV; l Definição sobre publicação da norma sobre vinho borbulhante; l Alteração da tributação do IPI para bebidas quentes; l Novo modelo de tributação do IPI proposto pela Receita Federal. l nhos e Bebidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento, o Sindicato das Indústrias de Vinho de Santa Catarina e a Associação Nacional dos Engarrafadores de Vinho. O diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani, destacou a organização e representatividade da Câmara Setorial junto ao governo. “A participação neste grupo é importante porque aqui são elaboradas propostas concretas para as melhorias estruturantes de toda a cadeia, sendo levadas diretamente para as instâncias responsáveis”. No encontro, foi instituído um GT para sugerir normas de implantação e revisar alguns pontos do Decreto nº 8.198/2014. O grupo se debruçará, prioritariamente, em cinco pontos que são contemplados pelo texto da lei: zonas de produção, regulamentação das Indicações Geográficas para vinho, regulamentação da rotulagem e das expressões qualitativas (como, por exemplo, Reserva e Gran Reserva) e chaptalização do vinho. Também foi aprovada a minuta do texto que atualiza as portarias nº 1.012/78 e nº 270/88 sobre Normas e Padrões de Qualidade para Classificação e Comercialização da Uva para fins industriais. A partir da nova tabela é que é definido o Manual de Operação Comercial e a regulamentação do preço mínimo pela Conab. A Secretaria da Receita Federal apresentou proposta para que o IPI seja cobrado na forma de ad valorem (conforme o valor) com redução da alíquota que hoje é de 10%. O setor encaminhou um documento propondo a redução deste percentual. O grupo rejeitou a tentativa que está tramitando no Congresso que pretende, novamente, regulamentar a produção e comercialização do produto Agrin, espécie de vinagre composto com apenas 10% de vinagre elaborado a partir do vinho e com o acréscimo de outros produtos como álcool vínico. Tanto os integrantes da Câmara Setorial como o próprio ministro da Agricultura, Neri Geller, rejeitam a possibilidade de restabelecer a legalidade do produto, sugerida por meio de Decreto Legislativo de autoria do deputado paulista Antonio Carlos Mendes Thame. Também foi debatida, por solicitação dos produtores do Estado de Santa Catarina, a denominação de vinho borbulhante para espumantes elaborados com as uvas híbridas e americanas Niágara e Goethe. Institucional Silvia Tonon, Ibravin Preço mínimo da uva será estabelecido pela Conab Após três rodadas de reuniões, os produtores de uvas e indústrias vinícolas não chegaram a um consenso, na manhã do dia 8 de outubro, em Farroupilha (RS), em relação ao valor do preço mínimo para a próxima safra. A proposta agora é que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estabeleça o valor com base no custo de produção pesquisado anualmente. Em encontro mediado pelo diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, representantes das vinícolas voltaram a apresentar a proposta de R$ 0,67. O valor, o mesmo oferecido na reunião anterior, no dia 16 de setembro, leva em conta o preço fixado para a safra anterior (R$ 0,63) acrescido da inflação da indústria no período. O preço mínimo refere-se à variedade Isabel de 15º Babo. Os agricultores argumentam que, para cobrir os custos de produção, com base em estudos do Departamento Sindical de Economia e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor deve ser R$ 0,76. A Portaria que regulamenta o preço mínimo da uva para a safra deve ser publicada, de acordo com a Lei, até o dia 30 de novembro. Comissão brasileira da OIV se reúne em Bento Gonçalves Um grupo interprofissional, composto por mais de 25 especialistas ligados ao setor vitivinícola, se reuniu no mês de setembro, em Bento Gonçalves, para definir a estrutura e alinhar ações da Comissão Técnica Brasileira da Vinha e do Vinho (CTBVV), colegiado técnico-científico composto por diversas entidades das esferas pública e privada. O grupo representa o Brasil na Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), o mais importante órgão representativo do segmento no mundo. Uma das pautas foi o 37º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, realizado em Mendoza, na Argentina, entre os dias 9 e 14 de novembro, com a participação da delegação brasileira. O Brasil se prepara para sediar a 39ª edição do congresso em 2016. “O congresso tem caráter científico e discute assuntos de todas as áreas das comissões em que a CTBVV é dividida, temas fundamentais para o desenvolvimento do setor”, explica a assessora jurídica do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e secretária-geral da CTBVV, Kelly Bruch. A CTBVV é composta pelas comissões de Viticultura, Enologia, Economia e Direito, e a de Segurança e Saúde. Em 2016, Brasil será sede do 39º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, promovido pelo mais importante órgão representativo do setor Em novembro, a CTBVV recebeu as propostas de resoluções da OIV. Até janeiro, devem ser analisadas as sugestões do órgão mundial – o que envolve discussões e testes práticos – e o grupo local define seu posicionamento sobre todos os assuntos apresentados. A posição do Brasil é transmitida por meio do presidente da comissão e coordenador-geral de Vinho e Bebidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Hélder Moreira Borges. Além do Ibravin, estavam representadas na reunião a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Uva e Vinho, a Universidade de Caxias do Sul (UCS), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Laboratório de Referência Enológica (Laren), a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), a Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (Abba e o Instituto Agronômico (IAC). 11 Institucional O diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Paviani, e o engenheiro agrônomo Ciro Pavan foram homenageados com o Troféu Vitis durante a 22ª Avaliação Nacional do Vinho, promovida pela Associação Brasileira de Enologia (ABE), no dia 27 de setembro, em Bento Gonçalves (RS). Paviani recebeu a distinção na categoria Amigo do Vinho 2014 e Pavan, na categoria Destaque Enológico 2014. Com os olhos marejados e a voz trêmula, Paviani não escondeu a emoção ao receber o troféu. O exeJeferson Soldi, ABE Pavan atua no setor vitivinícola desde a década de 1970 cutivo, que está à frente da diretoria do Ibravin há cerca de uma década, agradeceu a homenagem e dividiu o prêmio com todas as pessoas que trabalham de sol a sol em prol do vinho brasileiro. “Receber o troféu é um reconhecimento à vitivinicultura do Brasil e aos produtores de uva e de vinhos, para que o setor se desenvolva cada vez mais. É mais uma forma de alavancar e dar impulso a esse trabalho”, disse ele, que ingressou no Ibravin em 2003 como assessor de imprensa. Antes disso, atuou como radialista e no departamento de comunicação da Cooperativa Vinícola Aurora. Também é diretor da Editora Novo Ciclo, empresa que edita publicações ligadas ao setor vitivinícola. Foi sob sua batuta que o Ibravin registrou importantes conquistas, como a implantação do Cadastro Vinícola, o aparelhamento do Laboratório de Referência Enológica (Laren), a internalização do código vitivinícola do Mercosul, o planejamento estratégico Visão 2025, a estruturação dos projetos de promoção comercial de vinhos e suco de uva no mercado interno e externo, a ampliação do repasse de Gilmar Gomes, Ibravin Paviani e Pavan recebem Troféu Vitis Paviani dividiu o reconhecimento com toda a cadeia vitivinícola brasileira recursos para funcionamento da entidade por meio do Fundovitis e de convênios com Apex e Sebrae Nacional, a estruturação do Modervitis entre outras realizações. Pavan iniciou sua trajetória ainda na década de 1970, buscando na agronomia e no cooperativismo motivos para construir relações sólidas, capazes de dar suporte a muitas empresas. Atualmente, presta assessoria ao Grupo Miolo da Serra Gaúcha, Campanha Gaúcha, Vale do São Francisco e Campos de Cima da Serra, além das vinícolas Geisse, Dunamis, Don Giovanni e Villa Cristina. Também atua como membro do Comitê Técnico de Viticultura da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra). Delto Garibaldi é o Enólogo do Ano Divulgação, Ibravin 12 Técnico em enologia, formado em viticultura e enologia e pós-graduado em vitivinicultura, Delto Garibaldi foi eleito Enólogo do Ano 2014. A distinção ocorreu durante jantar realizado em Bento Gonçalves no dia 24 de outubro, em encontro promovido pela Associação Brasileira de Enologia (ABE) para celebrar o Dia do Enólogo, festejado em 22 de outubro. Garibaldi é o 11º enólogo homenageado. Atuando no setor há duas décadas, é atualmente diretor-proprietário do Laboratório Lavin. Exerceu notavelmente seu ofício nas vinícolas Ceresar e Mioranza, onde colocou em prática conhecimentos adquiridos inclusive em marketing aplicado à gestão agroindustrial e na qualidade, segurança alimentar e inovação tecnológica em enologia, com estágio realizado na Itália. Tem forte atuação no associativismo, participando com afinco de entidades da cadeia produtiva da uva e do vinho. “Nosso trabalho é fazer com que cada bebida seja elaborada de maneira a trazer felicidade para as pessoas”, disse ele. Institucional Medida reduz ICMS para vinho em MG Um pleito conjunto entre a As- que o governo estadual alterasse sociação Brasileira de Bares e Res- a norma. “Foi um trabalho em taurantes de Minas Gerais (Abrasel- conjunto que beneficia diretaMG) e o Instituto Brasileiro do Vinho mente os consumidores e incen(Ibravin) deve reduzir em mais de tiva ainda mais a cultura do vinho 14% o valor do Imposto Sobre Cir- no estado, por isso merece ser culação de Mercadorias e Serviços comemorado”, conclui. (ICMS) a pagar pelas indústrias viníSegundo o presidente da colas, nas vendas de vinho para Abrasel MG, Fernando Júnior, aquele estado. A solicitação foi depois da vitória conquistada encami nhada pelo presidente es- no ano passado, com a redução tadual da entidade, José Fernando da alíquota de ICMS para bares de Almeida Júnior, junto à Secretaria e restaurantes de 4% para 3%, da Fazenda, em setembro, e busca- a instituição comemora a readva a adequação do regulamento do equação do MVA para o vinho no estado. “A redução tributo para o vinho brasileiro vendido A diminuição da do preço final dos vinhos irá estimuno estado, além da margem permite lar as indústrias redução da alíquota de ICMS para o setor que as empresas vinícolas brasileiras e, consequentde alimentação fora reduzam o seu emente, a comerdo lar (bares e restaurantes). No dia preço de venda em cialização de seus 1º de outubro foi aproximadamente produtos”, afirma. O diretor exe publicado o decreto 6% cutivo da institunº 46.616 que reduz a Margem de Valor Agregado ição mineira, Lucas Pêgo Oliveira (MVA) que incidia sobre os vinhos de Pereira, destaca que o Estado é um mercado bastante promissor para 102,11% para 72,25%. De acordo com o conselheiro do o vinho brasileiro. “Essa ação é priIbravin e diretor executivo da Asso- mordial para que se estabeleça ciação Gaúcha de Vinicultores (Aga- um ambiente competitivo para os vi), Darci Dani, a medida deve reduzir vinhos nacionais em Minas Gerais, os preços dos produtos vitivinícolas que é conhecido como o estado vendidos no Estado. O dirigente ex- da gastronomia, com cerca de emplifica que aplicando a MVA ante- 150 mil estabelecimentos de alirior, acrescida do percentual de 27% mentação fora do lar. São 18 mil (ICMS do vinho em Minas Gerais), somente na capital”, diz. A parceria com a Abrasel vai o valor do ICMS a pagar chegava a 54,5% do valor inicial, com a nova além da redução de tributos para MVA este valor baixa para 46,5%. ambos os setores. Por meio do “Esta alteração permite que as em- projeto Qualidade na Taça, com presas reduzam o seu preço de apoio do Sebrae, estão sendo venda em aproximadamente 6%, o treinados e qualificados cerca de que deve impactar diretamente na 3 mil profissionais, de mil estabelecimentos em todo o país, para comercialização”, acredita. Dani reforça que o apoio da o trabalho com vinhos brasileiros Abrasel-MG foi determinante para (leia mais na página 7). Winebox leva vinho brasileiro ao Cais Mauá Adroaldo Moreira, Ibravin Proporcionar acesso aos vinhos brasileiros para os apaixonados por futebol, num dos cartões postais de Porto Alegre (RS), durante a Copa do Mundo. Quem passou pelo Cais Mauá, às margens do Rio Guaíba, teve a oportunidade de degustar e comprar produtos de oito vinícolas no Winebox Bistrô, um container com equipamento que permitia a venda e a degustação de vinho em taça. O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, antecipa a intenção de levar o projeto para outros eventos que reúnam grande quantidade de pessoas. “Além de ser um espaço itinerante exclusivo para degustação, é mais um canal para a comercialização de vinhos brasileiros”, lembra. Um dos idealizadores do projeto, Adroaldo Schenini Moreira, explica a venda em taça é possível graças ao Enomatic Wine, equipamento de fabricação italiana que permite a conservação e a climatização dos produtos de forma correta. Estiveram presente no Winebox Bistrô as vinícolas Bodega Czarbonay, Campos de Cima, Casa Valduga, Don Giovanni, Dunamis, Lídio Carraro, Perini e Pizzato. 13 Especial Censo aponta carência de mão de obra qualificada Falta de mão de obra qualificada, carência de profissionalização nos modelos de gestão e resistência a financiamentos são alguns dos aspectos de maior destaque do Censo da Indústria Vinícola do Rio Grande do Sul, elaborado por demanda do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). O estudo, divulgado no início de setembro, colheu impressões de 346 empresas produtoras de vinhos, espumantes e sucos em diversas regiões do Rio Grande do Sul, entre setembro de 2013 e maio de 2014. Este total representa 79% das empresas com contexto válido para pesquisa. No estado existem 545 vinícolas ativas registradas no Cadastro Vinícola. O estudo mostra que as empresas apresentam idade média de 26,4 anos, sendo fundadas entre 1880 e 2013. Percebe-se um maior número de negócios abertos nos últimos 10 anos. Grande parte delas (85,8%) tem até nove funcionários. Em relação à receita bruta anual, o valor é inferior a R$ 360 mil em 61% das empresas e entre R$ 361 mil e R$ 3,6 milhões em 24,9%. Ou seja: 85% são micro ou pequenas empresas. A pesquisa aponta que 78% possuem vi-nhedos próprios, com média total do estado de 16,9 hectares por vinícola. Do total pesquisado, 89,6% das videiras estão localizadas na Serra Gaúcha e 4,5%, na Campanha. 85% das vinícolas consultadas são micro ou pequenas empresas “O objetivo era, em primeiro lugar, entender melhor as empresas e ter mais informações para se comunicar mais efetivamente com o setor. Há diferenças de resultados partindo do ponto de vista do tamanho do negócio ou da produção, pois tem muitos grupos com realidades distintas. Temos grupos que só trabalham com vinho de mesa a granel. Outros, com vinhos finos engarrafados ou com suco. E tem grupos que fazem de tudo. Precisamos compreender bem isso para desenvolvermos as ações”, explica o diretor executivo do Ibravin, Carlos Paviani. Para exemplificar a fala do diretor executivo, enquanto na Serra Gaúcha cada vinícola possui em média 8,7 hectares de vinhedos plantados (41,1% de variedades viníferas e 58,9% de americanas), na Campanha, a média é de 77,8 hectares por vinícola, sendo 100% de variedades viníferas. Mesmo considerando as diferenças regionais, observa-se que mais de 60% das empresas pretende ampliar a produção de suco de uva integral e espumantes tipo champanha e moscatel. “Grande parte das vinícolas tem gestão familiar, mais simples. Não há uma profissionalização. Isso se percebe inclusive nas suas ações de divulgação e processos internos. Em razão disso, dependem muito do boca-a-boca para divulgar seus produtos. Grande parte delas é dos anos 2000 pra cá. O Enoturismo é muito importante nesse segmento, em especial para as pequenas, mas a atividade ainda está em seus primórdios”, resume os dados o professor Fabiano Larentis, coordenador do curso de Comércio Internacional do Campus Universitário da Região dos Vinhedos (Carvi) e docente do programa de pós-graduação em Administração (PPGA), que coordenou a pesquisa junto com Cíntia Paese Giacomello, diretora do Centro de Ciências Exatas, da Natureza e da Tecnologia do Carvi. O levantamento teve ainda o envolvimento do programa de pósgraduação em Administração da UCS, por meio das professoras Ana Cristina Fachinelli e Simone Fonseca de Andrade. Dificuldades na Área da Produção Entre os cinco principais entraves mais citados na pesquisa, quatro dizem respeito à escassez de profissionais qualificados. A principal dificuldade se refere à mão de obra para colheita/safra, cuja média, em uma escala de 0 a 10, ficou na ordem de 7,07. Na sequência, aparecem a falta de mão de obra qualificada na área de produção vinícola, para o desenvolvimento de novos produtos, o preço da uva e a rotatividade de pessoal. “Estamos em uma região que tem grande oferta de empregos, e há bastante concorrência com setores como metalmecânico, moveleiro, comércio e serviços, que acabam sendo mais atraentes. A partir dos resultados da pesquisa, podemos pensar em ações de aperfeiçoamento, talvez via 14 Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) ou outros meios”, avalia Paviani. Outro ponto que chama a atenção, de acordo com Paviani, é o modelo de gestão adotado em diversas empresas. Alguns vitivinicultores sequer conseguiram ser contatados pelos pesquisadores da UCS para a aplicação do questionário. “Grande parte são empresas familiares, que têm uma gestão muito simplificada. O setor requer cada vez mais especificação e especialização. Muitas vezes, a mesma pessoa cuida do cultivo das uvas, elabora o vinho, comercializa e administra o negócio”, ressalta Paviani. Por exemplo, 86% das vinícolas não contam com equipe específica para vendas, sendo que os proprietários também acumulam este papel. Silvia Tonon, Ibravin Financiamento O estudo avaliou ainda o interesse das empresas em financiamento. Metade afirmou que busca empréstimos, tendo como maior motivador a aquisição de máquinas e equipamentos (70,2%). A principal razão alegada para não buscar financiamento é a falta de necessidade (59,4%). Na sequência, observa-se a falta de garantias bancárias (15,3%). 59% das empresas informaram que não necessitam de financiamento “Alguns pensam em investir no suco de uva e no espumante, o que é natural, já que são dois produtos que estão em alta. Observa-se uma resistência em trabalhar com bancos, e aqui identificamos um traço cultural da região, que diz que ‘se eu puder passar longe do banco, melhor’ e que ‘é mais vantajoso fazer com capital próprio’”, reforça Paviani. Participação setorial Dos entrevistados, 55% afirmaram participar de alguma entidade ou associação ligada ao setor. Foram citadas 258 entidades, por 178 vinícolas, sendo que o Ibravin foi o mais citado, por 38,8% dos casos. O Ibravin também foi o mais lembrado (57,1%) quando a pergunta se referia a entidades que mais leva em conta, tendo como referência de atuação o desenvolvimento de marketing, representatividade e apoio ao setor. 15 Especial Preço Questionados sobre as faixas de preço para o consumidor final no ponto de venda, tendo como parâmetro o Rio Grande do Sul, 64% das vinícolas que produzem vinho de mesa indicaram atuar na faixa até R$ 7 (garrafa de 750 ml). No vinho fino, as categorias até R$ 15 concentram 60,1% das empresas pesquisadas. Para espumantes, um terço das vinícolas atua entre R$ 16 a R$ 30. Em relação ao suco de uva, 84% indicaram até R$ 10 ao litro. Enoturismo Questionados sobre ações de enoturismo, 25% disseram possuir algum tipo de ação. A participação da receita proveniente do enoturismo varia entre as vinícolas, mas apresentou média de 15%. Nesse sentido, observa-se a importância do enoturismo: o canal de distribuição mais utilizado é a venda direta ao consumidor final (64% das vinícolas vendem diretamente aos clientes que as visitam seja por retirada no varejo ou por telefone e internet). Porém, a maior participação nas vendas se deve à venda por atacado, que responde por 31,5% das vendas, em média. 16 O Rio Grande do Sul é o principal destino dos produtos no mercado nacional: 73,6% das empresas têm o estado como foco, 13,1% comercializam para os demais estados da região Sul (Santa Catarina e Paraná) e 24,2%, para a região Sudeste. “A partir disso, vamos estudar se é mais válido focar as ações no Rio Grande do Sul, onde há mais consumidores, ou em outros estados, para conquistar mais mercado”, afirma Paviani. Dentre os entrevistados, 9,2% afirmaram possuir ações de exportação, com predomínio do vinho fino como foco de trabalho. Nas vinícolas com ações no mercado externo, esse item representa aproximadamente 35% de participação em 2013 sobre o volume total remetido ao Exterior. O vinho de mesa exportado apresenta 25%, em média, de participação, enquanto que espumante e suco de uva representam 21% e 15%, respectivamente. Dos que não exportam, 30% afirmaram que têm intenção de passar a exportar nos próximos cinco anos. “Poucos têm interesse no mercado externo porque requer mais tempo e investimento”, explica. - Entre as vinícolas que possuem ações de enoturismo, a grande maioria, 79%, está inserida em algum roteiro turístico, sendo o Vale dos Vinhedos o referencial mais citado. - Dentre os que não possuem ações ligadas aos enoturismo, aproximadamente 42% têm intenção de desenvolvê-las nos próximos cinco anos. “O enoturismo é cada vez mais uma atividade da qual temos de nos apropriar”, salienta Paviani. - As principais formas de comunicação são recomendações dos clientes, o popular boca-a-boca (69,5% dos casos) e visitas aos clientes (51,8%). O site da empresa foi citado por 30,8% das empresas. - A maioria das vinícolas (55,7%) com ações de enoturismo recebeu, em 2013, até 500 visitantes, sendo predominantemente famílias. Na maioria dos casos (65%), os visitantes ficam sabendo a respeito da vinícola por recomendações de amigos ou familiares. A internet foi citada por 48% das vinícolas. Silvia Tonon, Ibravin Mercado Interno e Exportações Vinhos do Brasil Vinhos premiados ao alcance do consumidor importantes vinícolas em nosso sortimento”, comenta Carlos Cabral, enófilo e consultor de vinhos do Pão de Açúcar. A iniciativa integra o compromisso firmado por varejistas, como o Pão de Açúcar, e o Ibravin, de fomentarem o consumo de vinhos no Brasil, aumentando de 1,8 litros per capita de consumo anual para 2,3 litros em 2015. “Há muita desinformação sobre vinhos brasileiros no mercado. É uma oportunidade de mostrar numa grande rede a qualidade dos nossos vinhos, já reconhecidos com mais de três mil medalhas em concursos importantes”, completa o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo. O gerente de Promoção do instituto, Diego Bertolini, explica que a ação com o Pão de Açúcar é centrada em três eixos, ao qualificar o atendimento, aumentar a variedade de rótulos e reforçar a qualidade dos produtos brasileiros. “Estamos proporcionando mais informação para quem atua na ponta, perto do consumidor, intermediando a entrada de vinícolas de pequeno e médio porte e exaltando a qualidade dos nossos produtos com este projeto”, informa. Bertolini lembra que a ideia da parceria surgiu no início do ano, após visita de Cabral e da equipe comercial do GPA à Serra Gaúcha. Trinta lojas, sendo 27 na grande São Paulo, uma em Brasília (Lago Sul), uma no Rio de Janeiro (Leblon) e outra em Fortaleza (Náutico), participam da fase inicial do projeto. O GPA fornece consultoria em assuntos logísticos e financeiros e treinou 80 atendentes de vinhos para se familiarizem com os rótulos e as vinícolas. Edgar Sinigaglia Ibravin Desde o mês de junho, está mais fácil para os apreciadores de vinhos e espumantes produzidos na Serra encontrarem seu rótulo favorito em outras cidades. O Pão de Açúcar, com apoio do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), lançou o projeto “Vinhos Brasileiros Premiados”, que oferece oportunidades especiais e adequadas à realidade das pequenas e médias vinícolas, de comercializarem seus produtos em lojas selecionadas da rede. Atualmente, integram a iniciativa as vinícolas Pizzato, Don Guerino, Perini, Lídio Carraro e Domno, totalizando 24 rótulos, entre vinhos tintos, brancos, rosés e espumantes, que estão à venda na faixa de R$ 20 a R$ 60. Juntas, essas marcas colecionam prêmios e são reconhecidas tanto no Brasil quanto no exterior pela excelente relação custo x benefício e criterioso cuidado na elaboração da bebida. Rótulos premiados das vinícolas Aurora, Salton e Miolo, que já estavam no portfólio da rede, também foram incluídos na seleção. Em quatro meses, foram comercializadas 12,8 mil garrafas. “O Pão de Açúcar é uma rede pioneira e empenhada no fomento da cultura sobre vinhos no Brasil e, para nós, é motivo de orgulho contar com a presença de mais cinco respeitadas e 12,8 mil garrafas foram comercializadas em menos de quatro meses 3º Salão de Enoturismo repete sucesso das edições anteriores A concorrência foi tanta para as aulas de harmonizações e sobre as regiões vitivinícolas brasileiras que muitas pessoas já querem garantir o acesso para a próxima edição do Salão de Enoturismo, em 2015, junto à Feira de Turismo de Gramado (Festuris). Os workshops promovidos pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) contribuíram para o sucesso da 3ª edição do evento que repetiu o público de 2014, com a circulação de mais de 14 mil pessoas no espaço. Neste ano, o Salão foi realizado nos dias 7 e 8 de novembro. As aulas apresentaram ainda uma explanação sobre os roteiros do Salão com a participação de três agências de receptivo da Serra. Outras inovações marcaram a 3ª edição do Salão. Os roteiros, cidades e regiões dividiram o mesmo espaço, identificados por displays, contribuindo para a integração entre o público e os destinos, troca de experiências e agilidade no atendimento. Estavam no 3º Salão de Enoturismo as regiões do Alto Uruguai (Ametista do Sul) e Campanha Gaúcha e os municípios de Bento Gonçalves (Vale dos Vinhedos, Caminhos de Pedra e Rota das Cantinas Históricas), Caxias do Sul (Caminhos da Colônia), Farroupilha (Caminho do Moscatel), Flores da Cunha (Vinhos dos Altos Montes e Compassos de Mérica Mérica), Garibaldi (Rota dos Espumantes e Estrada do Sabor) e Pinto Bandeira. 17 Vinhos do Brasil Diego Adami, Ibravin Missões buscam aumentar exposição Mais de 90 supermercadistas participaram das duas missões comerciais organizadas neste ano pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A ação tem o objetivo de estreitar o relacionamento entre empresários e compradores e o setor vitivinícola brasileiro para aumentar a exposição e as vendas da categoria em lojas de todo o país. Na última edição, realizada entre os dias 16 e 19 de outubro, 43 supermercadistas, de 21 redes dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e São Paulo realizaram visitas técnicas e participaram de mini circuito com a presença de 13 vinícolas. “Existem muitos produtos de altíssima qualidade que só descobrimos por meio das missões e do circuito de degustação. Estamos melhorando a variedade de produtos brasileiros na gôndola e abrindo o leque de vinhos com uvas europeias, mas mantendo os de variedades americanas”, avaliou Ricardo Sá, sommelier de uma rede formada por 27 lojas em Minas Gerais. Carlos Eduardo Souza, sommelier responsável pela compra de vinhos de uma rede de supermercados com 27 lojas distribuídas entre Santa Catarina e Paraná, destacou que a ação é uma ótima oportunidade para conhecer os rótulos e desmistificar o preconceito que, segundo ele, ainda é percebido com 18 relação aos produtos brasileiros. No final de agosto, 50 supermercadistas, de 23 redes, dos três Estados da região Sul além de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, estiveram na Serra Gaúcha. Entre as atividades da programação, ocorreu a apresentação dos cases Vinhos Brasileiros Premiados, do Grupo Pão de Açúcar, e das importadoras Mitral e Casa Flora com as vinícolas Vallontano e Miolo, respectivamente. O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo, avalia de forma positiva o trabalho de aproximação das vinícolas com os canais de distribuição. “Temos muito espaço ainda a conquistar, e as missões são importantes para mostrarmos nossos produtos que são competitivos em qualidade e preço”, reforça. O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, afirma a que o case do Grupo Pão de Açúcar pode servir de modelo para outros estabelecimentos. Ele destacou que a cartilha Conhecendo os Vinhos do Brasil, que está sendo distribuída para os supermercadistas, atendentes de vinhos, sommeliers e outros profissionais do segmento, vai auxiliar na exposição dos produtos, além de ser uma fonte importante com informações sobre o setor vitivinícola brasileiro. “É um instrumento geral que valerá para todos os supermercados, dando um alinhamento no trabalho com vinhos brasileiros”, definiu. Treze vinícolas expuseram seus produtos para os participantes da segunda missão de 2014, em outubro Imersão no mundo do vinho Uma das mais importantes ferramentas de disseminação de informações sobre a realidade e a diversidade da produção da uva e do vinho no Brasil, o Projeto Imagem deve fechar 2014 com a participação de 227 convidados, entre sommeliers, jornalistas e formadores de opinião do Brasil e de outros países. A expectativa é de que, até o fim do ano, 197 sommeliers e 30 jornalistas terão participado de 17 edições do projeto. As atividades incluem a adesão de 33 vinícolas e a realização de 215 programações, entre visitas guiadas, palestras e degustações. Em 2014, seis novas instituições somaram-se ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) entre os parceiros: The Wine School, Centro Europeu, Associação Brasileira de Sommelier (ABS) Minas Gerais, São Paulo e Brasília e Sommelier School – Centro de Formação de Sommeliers. No fim de setembro, um grupo de 12 jornalistas e blogueiros participou de uma programação intensa na Campanha Gaúcha e na Serra, incluindo visitas a vinícolas e vinhedos. O grupo também prestigiou a 22ª Avaliação Nacional de Vinhos. Dois outros grupos de jornalistas participaram em fevereiro durante o período da vindima. Vinhos do Brasil Circuito de Degustação atrai 2,7 mil pessoas em 2014 Cerca de 2,7 mil pessoas marcaram presença nos encontros do Circuito Brasileiro de Degustação (CBD) realizados em seis capitais em 2014 para divulgar os vinhos brasileiros. Representantes das principaisredesdesupermercados,donos de restaurantes e lojas especializadas e sommeliers participaram do evento para conferir os destaques elaborados por 26 vinícolas, de oito regiões produtoras, além do projeto Suco de Uva 100%. De março a setembro, o CBD passou por Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza. O Circuito Brasileiro de Degustação é realizado por meio da parceria entre o Ibravin e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Na primeira etapa, que envolveu as capitais da região Sul, circularam pelo evento cerca de 1,4 mil pessoas. Já nas demais capitais, foram acrescentados outros 1,3 mil participantes. O Circuito está consolidado no calendário nacional como o mais importante painel de apresentação das novidades e da diversidade da produção vitivinícola brasileira. Em sua quarta edição, o CBD teve seu formato reformulado, Martha Caus, Ibravin Belo Horizonte foi uma das capitais que receberam a programação priorizando o atendimento aos canais de distribuição e venda, trade especializado, profissionais do setor, imprensa e formadores de opinião que fazem a interface com o consumidor. O gerente de Promoção do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Diego Bertolini, comemora os resultados positivos do CBD. Embora, considerando as mesmas cidades pelas quais passou em 2013 e 2014, o público Vinícolas aprovam novo formato A mudança que ocorreu no CBD, neste ano, agradou aos profissionais que participaram das etapas. Foi unânime a sensação de que atendendo prioritariamente aos compradores e representantes de lojas ou supermercados, o foco nas vendas e ampliação de canais se deu de forma mais objetiva e com melhores resultados. Confira a opinião de alguns destes profissionais. “Deu pra ver o crescimento de profissionais no evento. Até os consumidores que compareceram são mais focados, conhecem mais sobre vinho. No horário restrito a profissionais do setor, os clientes que queríamos encontrar em cada cidade estavam lá. Para a vinícola, é um evento de relacionamento. Para o setor como um todo, um encontro de negócios.” André Peres Jr., enólogo tenha ficado 20% menor, Bertolini avalia que a ação foi mais focada e, portanto, mais assertiva para o atendimento pelas vinícolas. “Em cada cidade, aplicamos o Projeto Radar, por meio do qual mapeamos os principais canais de distribuição, como restaurantes, lojas, imprensa especializada, entre outros. Com isso, conseguimos atender de forma personalizada cada um deles”, afirma. “Todos gostaram do cadastro online, ainda que a novidade tenha trazido dificuldades a alguns. É importante a presença do consumidor, mas no final do evento. Fica mais interessante assim. Estamos contentes com o resultado. Quem sabe nas próximas, é possível até pensar em ampliar o horário do evento.” Felipe C. Cesca, consultor “Na perspectiva do marketing, deixar o evento mais focado é uma boa, pois economiza esforços. Abraçar todos os públicos de uma só vez não é produtivo. “Esse formato ficou bem melhor, pois agora é Mas fica claro que precisamos de ações possível dar atenção ao público. Antes era muitambém para o consumidor final, em ta gente ao mesmo tempo. E o Radar é uma espaços onde haja a disponibilidade grande ferramenta, a gente vê que funciona. de compras dos produtos, quando o es- A grande questão é poder ter foco no público tímulo ao contato com o vinho brasileiro especializado, fazendo negócios em novas ainda está fresco. A mistura dos vinhos praças e criando relacionamento com clientes com a gastronomia típica de cada local onde nossos vinhos já estão presentes.” também seria uma boa atração.” Paula Guerra Schenato, Pablo Perini, diretor de marketing enóloga e administradora 19 Vinhos do Brasil Venda de espumantes deve crescer 10% A perspectiva do setor viselho Deliberativo do Instituto tivinícola é de que as vendas Brasileiro do Vinho (Ibravin), de espumantes no último Dirceu Scottá, destaca o aperquadrimestre deste ano sejam feiçoamento na produção da 10% maiores em relação ao bebida no país. “Ao provar os mesmo período de 2013. Se o espumantes brasileiros, das volume projetado for atingido, mais diversas vinícolas, é posdevem ser comercializados sível perceber o alto nível e pamais de 11 milhões litros da drão na qualidade”, elogia. bebida ícone das festas de fiO gerente de Promoção do nal de ano. Nos últimos quatro Ibravin, Diego Bertolini, obmeses do ano passado, foram serva que o espumante é uma vendidos 10,2 milhões de litros opção de presente no meio do produto, o que significou corporativo, já que, principalum crescimento de 7,88% em mente na região Sul, é item relação a 2012. Já as vendas fixo nas cestas de fim de ano. do suco de “Esse aqueciuva 100% demento nas vem seguir o vendas, priné a tendência de ritmo de crescipalmente cimento dos crescimento da de espumanúltimos anos tes e sucos comercialização e registrar de uva, ajuda do Suco de Uva 100%. cerca de 20% a popularizar de aumento Bebida deve se consolidar os produtos em relação como um dos carros-chefes e incentivar ao mesmo para que o de venda no período período do consumo se último ano, estenda para quando foram vendidos 28,8 outros períodos do ano”, avamilhões de litros. lia. Bertolini também cita o O tradicional crescimento suco de uva 100% como outro de vendas de espumantes produto carro-chefe do setor neste ano é impulsionado pelas e que deve seguir com crescipremiações em concursos immento de vendas no período. portantes e por avaliações de Sobre o desempenho geral críticos de renome internaciodo segmento os dirigentes nal. Destaque para a análise do afirmam que o crescimento inglês Steven Spurrier, idealizadeve ficar em torno de 5%. dor do lendário Julgamento de Para eles, a venda de vinhos Paris, que posicionou os rótulos finos, por exemplo, deverá ter verde-amarelos como os meperformance semelhante à lhores do Hemisfério Sul duregistrada em 2013, quando rante evento ocorrido no mês foram comercializados 6,7 mide abril em São Paulo. lhões de litros no período de O vice-presidente do Consetembro a dezembro. 20% 20 Vinhos do Brasil volta à Expoagas O estande coletivo Vinhos do Brasil voltou à maior feira do setor supermercadista do Cone Sul após um hiato de cinco anos. A ação de promoção comercial teve o apoio do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e levou 10 empresas para o Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), na feira da Associação Gaúcha de Supermercados (Expoagas 2014), entre os dias 19 e 21 de agosto. Para o gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, o retorno das empresas vinícolas e de sucos de uva à Expoagas integra uma série de iniciativas do setor junto às entidades e redes supermercadistas. Bertolini cita como exemplos o acordo firmado em 2012 para aumento do espaço dos produtos brasileiros nas gôndolas, a participação cada vez mais forte em feiras no centro do país e campanhas promocionais. “O objetivo de voltar à Expoagas é reforçar o posicionamento do vinho brasileiro no mercado onde estão boa parte das empresas do setor. É importante sermos fortes na nossa própria casa para conquistarmos novos mercados”, avalia. O presidente da Agas, Antonio Cesa Longo, destaca que o espaço Vinhos do Brasil é uma forma de incentivar a comercialização da bebida nacional. “Muitas mudanças na Expoagas refletem a preocupação do setor supermercadista gaúcho em oportunizar crescimento a toda a cadeia”, observa. A participação das empresas teve como uma das justificativas dados que apontam que cerca de 80% das vendas de vinhos ao consumidor final são feitas em supermercados. Empresas no estande Vinhos do Brasil na Expoagas 2014 Primo Fior, Don Guerino, Perini, Miolo, Irmãos Basso, Guatambu, Peterlongo, Di Creazzo, Dom Eliseo e Econatura. A inédita disputa enológica reuniu os finalistas, no mês de julho, em Bento Gonçalves Descontração marca final da Copa Vinhos do Brasil Numa competição envolvendo vinhos, sempre se presume que o vencedor será aquele que tiver mais co nhecimento, técnica e com os sentidos melhor apurados. Mas para democratizar e descontrair o consumo no país, o projeto Vinhos do Brasil criou uma disputa enológica única, que envolveu um fator desprezado pelas demais: sorte. O jogo Aposte nos Vinhos do Brasil, realizado na Serra Gaúcha, no final de julho, foi uma degustação especial, que simulou o ambiente de um cassino e, além de divertir, educou seus participantes sobre a produção vitivinícola verde-amarela. Pela internet, foram selecionados seis jogadores de diferentes capitais do país. O recrutamento aconteceu por meio da Copa Vinhos do Brasil, aplicativo de internet desenvolvido pelo Ibravin para divulgar a produção nacional durante a Copa do Mundo. Além de estarem entre os mais bem classificados no app, os finalistas tiveram de comparecer às etapas do Circuito Brasileiro de Degusta- ção em suas regiões, garantindo assim vaga na disputa em Bento Gonçalves. Uma vez reunidos no Hotel & Spa do Vinho, os participantes - profissionais do setor e consumidores - cumpriram uma agenda de visitas em vinícolas da Serra, além de divertir-se com o jogo de apostas. Após degustar diferentes produtos, eles tinham de colocar suas fichas nas possíveis características que identificavam cada rótulo, como safra, uvas, região de origem entre outros itens. As escolhas corretas eram recompensadas e as erradas, penalizadas. Ao fim de 15 rodadas, Demetrius Ricalde, de Porto Alegre, sagrou-se como o grande campeão. “O maior desafio é lidar com o tempo para degustar. A gente estava jogando, mas parecia uma diversão”, contou o vencedor. Como prêmio, Ricalde recebeu uma viagem para todas as principais regiões vinícolas do Brasil, além de uma grande carga de conhecimento sobre os vinhos nacionais. 2 mil pessoas prestigiam Festival do Moscatel Mais de 2 mil pessoas prestigiaram o 4º Festival do Moscatel, realizado em Farroupilha-RS, no Novo Centro de Eventos do Parque Cinquentenário, no mês de setembro. Foram degustados 40 rótulos das empresas integrantes da Associação Farroupilhense de Produtores de Vinhos, Espumantes, Sucos e Derivados (Afavin): Adega Chesini, Basso Vinhos e Espumantes, Cave Antiga Vitivinícola, Cooperativa Vinícola São João, Vinícola Cappelletti, Vinícola Colombo, Vinícola Perini e Vinícola Tonini. Somente de espumante moscatel, foram cerca de mil garrafas consumidas. “Atingimos todos os objetivos que tínhamos ao projetar essa edição: casa cheia, satisfação plena do público presente, alto consumo dos produtos das vinícolas associadas e público diversificado”, avaliou o presidente da Afavin, Ricardo José Chesini. Marciele Scarton, Ibravin Gilmar Gomes, Ibravin Vinhos do Brasil 21 Vinhos do Brasil Campanha reforça imagem do vinho de mesa engarrafado O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) veiculou, de julho a outubro, campanha publicitária para reforçar a imagem e o posicionamento do vinho de mesa engarrafado junto ao público consumidor. O objetivo foi disseminar a cultura que envolve o produto, responsável por 80% da comercialização de vinhos no país, destacando a qualidade, o preço acessível e os benefícios à saúde gerados pelo seu consumo moderado. O público-alvo eram donas de casa das classes C e D, já que, segundo pesquisas do setor varejista, é a faixa da população responsável pela compra do produto em supermercados. Os canais de comunicação foram as rádios AM e FM. No texto, o comunicador se dirigia diretamente às donas de casa com incentivo à combinação entre o vinho e a comida caseira e o cotidiano brasileiro, além de mencionar os benefícios da bebida ao coração e a outros órgãos do corpo humano. A ação destacou a qualidade, o preço e os benefícios à saúde, gerados pelo consumo moderado A campanha teve 264 inserções de 30 e 60 segundos, que foram ao ar nos horários de maior audiência nas emissoras de rádio – do início da manhã ao meio-dia. O custo total foi de R$ 260 mil. O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, explica que esta foi a primeira vez em que foi feito um tra- balho de divulgação dirigido a esse público. Ele ainda ressalta o cuidado na seleção das rádios, todas de caráter popular. “O nosso grande objetivo foi fazer um projeto piloto e mensurar os resultados. Caso o retorno seja positivo, reforçaremos os investimentos em próximas campanhas”, adiantou. A campanha foi ao ar em rádios das cidades da Serra Gaúcha, de Novo Hamburgo e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, além de Recife (PE), Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Campinas (SP). Também entraram municípios de abrangência da Rede Sul: Veranópolis, Vacaria, Lagoa Vermelha, Marau, Soledade, Garibaldi, Torres, Sarandi, Guaporé, Serafina Correa e Campos Novos (SC). Aliado contra doenças cardiovasculares Quem está ligado em informações sobre hábitos de vida saudáveis certamente já ouviu falar sobre os benefícios da dieta mediterrânea para a saúde. O que talvez muitos ainda não saibam é que o vinho é um dos ingredientes da dieta rica em vegetais, com predominância de pescados e outras carnes brancas às carnes vermelhas e com o azeite de oliva como a cereja do bolo de uma alimentação equilibrada. Os detalhes deste tipo saudável de alimentação e os resultados de uma pesquisa realizada na Espanha e que envolveu cerca de 7 mil pacientes com risco de ter ou desenvolver alguma doença cardiovascular foram apresentados na conferência O Impacto do Estudo Predimed (Prevención con Dieta Mediterránea), durante o Congresso da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (Socergs 2014), em Gramado (RS), no dia 23 de agosto. A pesquisa foi apresentada pelo biólogo e nutricionista espanhol Helmut Schröder, que está percorrendo o mundo para divulgar os benefícios da dieta mediterrânea na prevenção de 22 uma série de doenças. Helmut explica que o estudo foi realizado entre os anos de 2006 e 2013 e comparou um grupo de pessoas que seguiram à risca a dieta com outro, da mesma faixa-etária (acima de 55 anos), que se alimentaram normalmente. Pessoas que consumiram predominantemente os itens da dieta, que inclui o vinho, desenvolveram 40% menos chances de desenvolvimento de doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio, aterosclerose entre outras. 40% Foi o índice de redução das chances de desenvolvimento de doenças do coração entre pessoas que ingeriram dieta com vinho Helmut afirma que, apesar da dificuldade de seguir este tipo de alimentação em outras regiões do planeta (o estudo ocorreu apenas na Espanha), é possível adaptá-lo a outras dietas seguindo algumas recomendações que são concomitantes. “Toda a cultura tem a sua dieta saudável. O que podemos afirmar categoricamente é que o consumo moderado de vinho associado a hábitos saudáveis e uma dieta rica em vegetais e azeite de oliva traz melhora para a saúde”, diz. O estudioso completa alertando que, para potencializar os benefícios da dieta e reduzir ainda mais o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, é recomendada a realização de atividades físicas. O pesquisador avalia que a participação em congressos médicos tem como objetivo difundir os resultados do estudo e conscientizar os profissionais da saúde para a importância de repassar aos pacientes os efeitos positivos de uma alimentação equilibrada. “Esperamos que este resultado reforce o trabalho de muitos profissionais focados na medicina preventiva e que os incentive a informar seus pacientes sobre algumas mudanças simples na alimentação que podem resultar em importantes ganhos para a saúde”, acredita. Mais informações sobre o estudo estão disponíveis no site www.predimed.es. Suco de Uva Divulgação, Ibravin Suco de uva 100% é destaque de vendas e em eventos Promoções em pontos de vendas, com decoração de gôndolas e brindes para público infantil, propagaram benefícios da bebida e buscaram impulsionar vendas Mês da criança motiva ações promocionais Depois de ter caído no gosto popular em função dos benefícios à saúde e por também auxiliar na luta contra a balança, o suco de uva 100% chamou ainda mais a atenção dos consumidores no mês de outubro, quando o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) lançou uma campanha promocional nos pontos de venda. Com foco tanto no público adulto que preza por produtos funcionais, que trazem benefícios à saúde, como no gancho do mês das crianças, as ações envolveram decoração de pontos de vendas, com tags e réguas de gôndolas, para destacar o produto nas prateleiras, e promoções “compre e ganhe”, com brinde destinado ao público infantil. Frases divertidas como “Cuidado: altas doses de sabor e saúde” e “Uva na sua melhor forma” ilustraram as tags em forma de uva que acompanharam as garrafas. Já nas réguas de gôndolas, a informação exaltava a qualidade de vida: “Antioxidantes naturais de uva. Viva mais, viva melhor”. Foram produzidas quatro mil réguas e 500 mil tags. Para os baixinhos, o atrativo era um squeeze estampado com o simpático Vavu, um pássaro com bico em forma de canudo e penas roxas, mascote do projeto Suco de Uva 100%. Foram confeccionadas 20 mil unidades do brinde. As vinícolas participantes do projeto definiram em quais condições o consumidor teve direito ao squeeze e em quais pontos de vendas o produto foi disponibilizado. Cerca de 200 empreendimentos parceiros das empresas participaram da promoção. Benefícios à saúde Entre os benefícios do suco de uva 100% estão: prevenção de doenças cardiovasculares; redução da pressão arterial; redução do risco de aparecimento de doenças neurológicas, como o Alzheimer; prevenção de envelhecimento precoce; e auxílio na redução de gordura abdominal. Vale lembrar que o suco de uva 100% não tem adição de açúcar. Até agosto deste ano, foram comercializados 49,4 milhões de litros da bebida, crescimento de 14,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo, pontua os principais fatores que contribuem para o desempenho de comercialização da bebida: a qualidade do produto, a inclusão do derivado da uva na merenda escolar e a divulgação dos benefícios à saúde. O ano de 2014 termina não apenas com números positivos para o segmento, mas também com um histórico interessante de participações em eventos. O mais recente, encerrado em setembro, foi o Circuito Brasileiro de Degustação, que, neste ano, passou por seis capitais brasileiras. Em todas as edições, o espaço Suco de Uva 100% exibiu marcas ligadas ao projeto. A Copa do Mundo também foi abertura para a exploração dos efeitos positivos da bebida ao desempenho de atletas. Em junho, o suco foi tema de palestra do Sports & Cardiology, em Florianópolis (SC). A pesquisadora biomédica Caroline Dani falou sobre os benefícios do produto ao coração. Caroline também palestrou na Câmara de Indústria, Comércios e Serviços de Caxias do Sul (CIC), em maio, durante a programação do Dia do Vinho. Na ocasião, ela apresentou o resultado de pesquisas que comprovam os efeitos positivos do consumo moderado do vinho e finalizou mostrando dados que comprovam que uma dieta acompanhada pelo consumo regular de suco de uva, elaborado apenas com a fruta, traz ganhos à saúde humana, como auxílio na prevenção do câncer e de doenças hepáticas. 23 Wines of Brasil Vinhos brasileiros em destaque no Reino Unido Principal destino dos vinhos brasileiros no exterior, o Reino Unido foi palco de três eventos com participação do Wines of Brasil, em setembro e outubro. Desde janeiro, o grupo de países europeus ocupa a liderança na importação de rótulos verde-amarelos. Em dezembro de 2013, o Reino Unido ocupava a sexta posição. Atualmente, o bloco absorve 23% do total comercializado para o exterior pelas vinícolas integrantes do projeto setorial realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), totalizando US$ 1.794.389, de janeiro a setembro de 2014. A cifra representa um crescimento de 641% em relação ao mesmo período do ano passado. A gerente do Wines of Brasil, Roberta Pedreira, credita a aceitação dos vinhos brasileiros no Reino Unido, Judy Kendrick, do escritório de marketing do Wines of Brasil em Londres, recebeu o público na Sitt Autumn 24 Fotos: Ana Sofia de Oliveira, Divulgação Pela primeira vez, a Emerging Regions Tasting contou com rótulos do Brasil nas degustações principalmente ao aumento crescente dos investimentos em qualificação dos produtos, que conquistaram reconhecimento dos nomes mais respeitados do mercado, entre eles, Steven Spurrier. Roberta também cita o trabalho desenvolvido em parceria com o escritório JK Marketing. “Os vinhos do Brasil estão nas principais redes de varejo, assim o consumidor pode ter maior percepção e acesso aos produtos”, avalia Roberta, citando ainda a receptividade dos ingleses para aceitar novidades. “Os vinhos de menor teor alcoólico, como os brasileiros, são a grande tendência de consumo”, justifica. País assumiu neste ano a liderança na importação de vinhos brasileiros No dia 23 de outubro, 13 vinícolas participaram da terceira edição do FIZZ – The Sparkling Wine Show, evento que mostrou apenas vinhos espumantes aos profissionais do setor e à imprensa em Londres, na Inglaterra. No dia 24 de setembro, foi a vez do Sitt Autumn, com público formado por importantes varejistas independentes, importadores, distribuidores e restaurantes, além da imprensa especializada. A mesa brasileira contou com rótulos de 15 empresas. A primeira participação foi no dia 3 de setembro, quando rótulos de 14 vinícolas foram apresentados em uma masterclass (aula sobre vinhos) para 40 pessoas no Emerging Regions Tasting. Foi a 1ª vez que o Wines of Brasil participou deste evento, que contou com a participação das principais regiões emergentes do mundo do vinho. Rótulos participantes Fizz – The Sparkling Wine Show (23 de outubro): Salton Intenso, Miolo Cuvée Brut Rosé, Casa Valduga Arte Brut, Pizzato Rosé, Amadeu Brut, Campos de Cima Extra Brut, Peterlongo Brut, Joaquim Rosé, Don Guerino Chardonnay Brut, Amaze Muscat, I Heart Brasil, Monte Paschoal Moscatel e Aurora Moscato Rosé. Sitt Autumn (24 de setembro): Garibaldi Amaze Moscato, Miolo Brut Millésime, Campos de Cima Brut, Villa Francioni VF Rosé, Aurora Chardonnay, Don Guerino Moscato, Lidio Carraro Chardonnay, Pizzato Legno Chardonnay, Sanjo Nobrese Moscato, Basso Virtus Merlot, Casa Valduga Raízes Cab Sauvignon, Luiz Argenta Cabernet Sauvignon, Macaw Tannat, Salton Tannat, Rio Sol (Cab Sauvignon/Syrah). Emerging Regions Tasting (3 de setembro): Basso Moscato, Villa Francioni Aparados white Chardonnay/ Sauvignon Blanc, Luiz Argenta Chardonnay, Macaw Moscato, Perini, Sanjo Sauv Blanc, Aurora Brazilian Soul Merlot, Don Guerino Merlot Reserva, Pizzato Fausto Tannat, Salton Cabernet Franc, Dádivas Pinot Noir, Vini Brasil Rio Sol Rosé, Campos de Cima Extra Brut, Casa Valduga Arte Brut, Garibaldi Amaze Sparkling Moscato, Pizzato Rosé Traditional Method. Wines of Brasil Exportação de vinhos engarrafados cresce 178% A qualificação do setor vitivinícola brasileiro tanto em produtos, profissionalismo comercial e na cons trução de imagem, turbinada pela exposição do país durante a Copa do Mundo, resultou em ga nhos recordes na exportação do vi nho brasileiro engarrafado. O volume de exportações de janeiro a setembro de 2014 inflou 178% em relação ao mesmo período do ano anterior. Até setembro deste ano, o Brasil já exportou o equivalente a US$ 7,7 milhões em vinhos engarrafados e um total de 1,8 milhões de litros. Para efeito de comparação, em todo o ano passado, o resultado obtido com as vendas para o exterior foi de US$ 5,3 milhões com 1,5 milhão de litros. Apenas no primeiro semestre deste ano, o volume de exportações inflou 257% em relação ao mesmo período de 2013, com o equivalente a US$ 7,16 milhões em vinhos engarrafados e um total de 1,78 mi lhão de litros. Segundo a gerente do Wines of Brasil, Roberta Baggio Pedreira, o setor está colhendo os resultados da aproximação com redes de varejo internacionais, um dos grandes objetivos do projeto. Entre os compradores, ela des taca o Reino Unido que, no ano passado, ocupava a sexta posição no ranking de principais destinos e, nos últimos meses, se mantém no topo como maior importador de vinhos brasileiros. “O Reino Unido é a menina dos olhos porque é lá que as vinícolas estão inseridas nas maiores e mais prestigiadas redes”, diz. O país cresceu 640% o valor importado, absorvendo 23% do total exportado pelo Brasil, totalizando US$ 1,7 milhão. Apenas no primeiro semestre deste ano, o volume de exportações inflou 257% em relação ao mesmo período de 2013 Entre estas redes, estão a Waitrose, uma das principais cadeias de supermercados de luxo no Reino Unido, com 312 unidades na In- glaterra, Escócia e Gales, e a Marks & Spencer, a maior rede de lojas de departamento do Reino Unido, com 840 lojas em 30 países. Roberta também afirma que a realização da Copa do Mundo no Brasil contribuiu para potencializar marcas brasileiras no Exterior. A Bélgica foi o 2º destino do ranking, com o valor adquirido em vinhos engarrafados, totalizando US$ 1,1 milhão. Na terceira posição figura a Alemanha com US$ 823.791,00 e um crescimento de 326%. No total, nos primeiros nove meses do ano, os vinhos brasileiros engarrafados foram exportados para 30 países, contra 29 do mesmo período de 2013. Os cinco paísesalvo do Wines of Brasil - projeto de promoção dos vinhos brasileiros no exterior, executado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) com a Agência Brasileira de Promoção às Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) - estão entre os 10 principais destinos de exportação, sendo eles Reino Unido, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e China/ Hong Kong. Degustação atrai enófilos em Nova York Cinco vinícolas integrantes do projeto Wines of Brasil participaram no dia 7 de novembro do Around the world in 80 sips (Volta ao mundo em 80 goles), evento direcionado a apreciadores de vinhos em Nova York (EUA). É a quinta vez que o Brasil participa da programação, promovida pela Bottlenotes, empresa de mídia interativa com foco na elaboração de vinhos e cervejas artesanais, nos Estados Unidos. A mesa brasileira contou com 10 rótulos, entre vinhos e espumantes, das vinícolas Aurora, Basso, Miolo, Perini e Salton. “O Around The World in 80 Sips é um evento direcionado a um público seleto de amantes de vinho e, neste ano, ocorre em 14 importantes cidades dos Estados Unidos. É muito importante a exposição dos vinhos brasileiros em eventos deste porte e conceito, agregando valor aos nossos produtos”, afirma Mônica Tartaro, analista de Promoção ao Mercado Externo do Ibravin, responsável pelo mercado americano no Wines of Brasil. De janeiro a setembro de 2014, as vinícolas integrantes do Wines of Brasil exportaram para os Estados Unidos 79.263 litros de vinhos (USD 268.459,00). 25 Wines of Brasil Divulgação, Ibravin Rótulos verde-amarelos são divulgados nos EUA Em setembro, Daniel Marquez participou de duas ações na Flórida, onde o público degustou rótulos de vinícolas do Brasil Representantes de sete vinícolas que integram o projeto Wines of Brasil divulgaram os vinhos brasileiros, de 12 a 21 de setembro, em importantes pontos de venda da Flórida, nos Estados Unidos. A ação ocorreu em Miami, com a degustação de vinhos de diversas marcas por consumidores que receberam informações sobre o potencial do Brasil como produtor de vinhos de qualidade. Um dos focos da ação, que teve como slogans “Desperte o brasileiro em você” e “Descubra os vinhos brasileiros”, foi a Crown Wine & Spirits, uma rede de lojas de bebidas e delicatessen com dez pontos de venda na península ameri- cana que passou a comercializar os seguintes rótulos produzidos no Brasil e que estiveram na degustação: Aurora Cellars Chardonnay (Aurora), Brut 130 (Casa Valduga), Cabernet Sauvignon Reserve (Don Guerino), Dadivas Chardonnay (Lidio Carraro), Brut Rose (Miolo), Salton Brut Intenso (Salton) e Macaw Tannat (Perini). Paralelamente à divulgação na Crown Wine & Spirits, a Global Liquors também recebeu uma mesa para degustação dos vinhos brasileiros. Na Global Liquors, que revende os vinhos do Brasil desde 2013, foram apresentados os rótulos das vinícolas Aurora (Aurora Tannat Reserve e Carnaval Sparkling Moscato white or rose), Casa Valduga (Brut 130 e Duetto Cabernet/Merlot), Don Guerino (Chardonnay Reserve e Cabernet Sauvignon), Lidio Carraro (Dadivas Chardonnay e Agnus Merlot), Miolo (Family Vineyards Chardonnay e Quinta do Seival Cabernet), Salton (Salton Brut Intenso e Talento Blend) e Perini (Macaw Tannat e Macaw Moscato). A semana ainda contou com eventos especiais nestas lojas (Meet the producers Wines of Brasil) onde os representantes das vinícolas presentes puderam falar ao público sobre o potencial dos produtos e da indústria brasileira. Desde o ano passado, o Wines of Brasil conta com a expertise do brand ambassador Daniel Marquez para fortalecer a imagem do produto em solo norte-americano. “Estamos convencidos de que será o início de muitas outras iniciativas para chamar a atenção do consumidor americano e conseguir estabelecer uma categoria de vinhos brasileiros dentro do mercado de vinhos importados nos Estados Unidos. As ações também serviram para que os produtores brasileiros conheçam mais a fundo a realidade do mercado e fortaleçam as relações com seus importadores e distribuidores”, afirma Marquez. O Wines of Brasil, projeto em parceria do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), participou, de 19 de setembro a 10 de novembro, do Epcot International Food & Wine Festival, que ocorre anualmente no parque Epcot, na Disney, em Orlando, estado da Flórida. O festival tem represen tantes de 25 países, e a presença do Brasil foi organizada pela agência brasileira. Em um quiosque em formato especial, caraterizado com mensagens sobre o Brasil, o público pôde adquirir porções 26 de alimentos inspirados na culinária nacional, além de cervejas, cachaça e vinhos brasileiros elaborados por empresas participantes do projeto setorial: Monte Paschoal Tannat Reserve e o espumante Aurora Carnaval Sparkling Moscato. Os rótulos também foram vendidos em garrafas na loja The Cellar, no pavilhão central do festival. No dia 28 de setembro, o embaixador dos vinhos brasileiros nos Estados Unidos, Daniel Marquez, fez uma apresentação institucional do Wines of Brasil em um seminário. Divulgação, Ibravin Produtos brasileiros entre as estrelas da Disney Imprensa Impresso Estado de S. Paulo Brasil Econômico Isto É Dinheiro O avanço na comercialização e na imagem do suco de uva 100% no mercado interno foi um dos des taques da seção Agricultura do ca derno Pequenas e Médias Empresas, na edição de 29 de outubro. A pu blicação, uma das maiores do país, dedicou uma página para apresentar dados de produção e comercialização da bebida, com ilustrações e entrevistas com produtores. Mais vinho nacional nas mesas. Com este título, o crescimento do consumo da bebida no mercado interno ganhou uma página completa de texto, infográficos e ilustração. A matéria foi publicada no início de março e destacou a tendência cada vez maior no consumo de sucos e espumantes, considerados os carros-chefes do segmento nos últimos anos. Com o título Vinhos de Verão, a reportagem menciona o aumento do consumo de vinho entre os brasileiros que, à medida que têm crescimento na renda, buscam rótulos de qualidade. Um dos dados que abre a matéria é o de exportações de vinhos e espumantes nacionais, que dobrou entre 2004 e 2012, atingindo 79,5 milhões de litros por ano. O assunto ocupou três páginas na edição de 22 de janeiro. Internet Destaque para a avaliação do renomado crítico inglês Steven Spurrier sobre o espumante brasileiro durante o Panorama dos Espumantes do Hemisfério Sul, realizado em São Paulo no final do mês de abril. Spurrier afirmou que o país produz os melhores espumantes do Hemisfério Sul. O crítico enfatizou que os brasileiros têm seu próprio espumante de qualidade e que não precisam beber champanhe. Spurrier também afirmou que a Inglaterra é um mercado em expansão e que os espumantes elaborados no Brasil podem conquistar novas fatias importantes de mercado. Publicada em 1º de maio. Rádio Guaíba AM Entrevista com o diretor técnico do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Leocir Bottega, sobre a XV Jornada da Viticultura Gaúcha. Além de destacar a importância do evento, a matéria expôs os principais desafios do setor. Entrevista foi ao ar no programa Correio Rural, no início da manhã do dia 28 de junho. Imprensa Internacional Revista Wine Enthusiast A matéria apresenta a expansão do setor vitivinícola brasileiro. Em duas páginas, o repórter Michael Schachner relaciona a imagem do Brasil aos dois maiores eventos esportivos do mundo: Copa do Mundo e Olimpíadas, a serem realizadas em 2016 no país. Por fim, ele comenta sete rótulos brasileiros. Matéria publicada em setembro. TV Divulgação Folha de S. Paulo ‘Jornal Nacional’ |Rede Globo Em outubro, foi ao ar uma reportagem que abordou o recorde de exportações neste ano, com destaque para a qualidade cada vez maior do vinho brasileiro e o reconhecimento internacional do setor. O enoturismo também foi mencionado como uma das principais atrações da Serra Gaúcha. Belas imagens, entrevistas com famílias produtoras e o clima festivo foram mostrados para todo o país pela jornalista Rosane Marchetti. ‘Jornal Hoje’ |Rede Globo O estudo que aponta o suco de uva 100% como aliado no combate à gordura abdominal foi destaque no telejornal da Rede Globo, no mês de julho. A pesquisa, coordenada pela biomédica Caroline Dani, também foi notícia no programa Fala Brasil, da Rede Record, além de ter sido veiculada em diversos sites, blogs, rádios e publicações impressas locais e nacionais. 27 Suco de Uva Suco de uva ajuda a perder barriga Shutterstock Estudo aponta que uma dieta que inclua a bebida natural pode ajudar na redução de peso e gordura abdominal. Suco também previne doenças como Alzheimer e câncer O suco de uva como aliado para perder barriga foi a boa nova anunciada neste ano. Depois de comprovar os benefícios da bebida para o coração, redução de colesterol, prevenção do câncer e melhora da memória, uma pesquisa realizada pelo Centro Universitário Metodista (IPA), de Porto Alegre (RS), indicou que o consumo regular do suco elaborado com 100% fruta, sem adição de açúcar, contribui para a redução da sempre indesejada gordura abdominal. Coordenado pela biomédica Caroline Dani e pela bioquímica Cláudia Funchal, o estudo iniciado em 2009 já foi publicado em revistas científicas e quebra paradigmas ao comprovar que uma bebida doce e saborosa pode ser aliada para dietas em seres humanos. Caroline, que estuda os benefícios do suco desde 2004, explica que os ratos submetidos à dieta hiperlipídica (rica em gordura) com suco de uva tiveram redução de peso e de gordura na região abdominal. Já os animais com a mesma alimentação e que ingeriram água tiveram ganho de massa e de gordura. “Esse benefício pode ser estendido aos seres humanos e otimizar ainda mais os resultados com uma alimentação equilibrada”, sugere. A biomédica lembra que estudos anteriores já comprovaram a ação dos componentes da uva e, por consequência do suco 100%, para a proteção do fígado, coração, redução da pressão arterial, melhora na capacidade cognitiva, sistema nervoso central e protege contra os radicais livres, prevenindo de doenças degenerativas como o Alzheimer e o câncer. Caroline destaca que os resultados têm surpreendido os consumidores e atraído a atenção da mídia especializada por quebrar paradigmas. “Estamos provando que é possível termos no suco de uva um aliado para uma alimentação equilibrada. É claro que o consumo do produto deve ser associado a hábitos de vida saudáveis”, reforça. A pesquisadora recomenda que a bebida seja incluída diariamente na alimentação. Adultos podem ingerir até dois copos (cerca de ½ litro), enquanto para as crianças um copo garante todos os benefícios à saúde.