BIOFERTILIZANTE DE ROCHAS E MATÉRIA ORGÂNICA COM DIAZOTRÓFICOS NA CANA-DE-AÇÚCAR Doutorando: Fernando Luiz Nunes de Oliveira Orientador: Newton Pereira Stamford O objetivo do projeto é avaliar o efeito de biofertilizantes NPK, produzidos com rocha fosfatada (fosfato de rocha-BP), rocha potássica (mineral Biotita-BK) com adição de materiais orgânicos de nova geração (BN), enriquecidos com Diazotróficos de vida livre na cultura da cana-de-açúcar. Os materiais orgânicos a serem avaliados serão: húmus de minhoca (HM), vinhaça líquida (VL) e Lodo de Sorvete (LS), obtidos junto a produtores do município de Moreno-PE (HM), na Usina Santa Tereza/ Companhia Agroindústrial de Goiana (VL) e na Unilever - Unidade industrial de Jaboatão dos Guararapes (LS), respectivamente. Serão obtidos novos isolados de bactéria diazotrófica assimbiótica (em vida livre), com alta eficiência na fixação do nitrogênio (Fix), avaliados e mantidos na Bioteca do NFBNT/ UFRPE. O principal papel dos diazotróficos é enriquecer o biofertilizante misto em Nitrogênio, através do processo da fixação não simbiótica (em vida livre). O biofertilizante de rochas (BP e BK), objeto de projetos anteriores, está sendo produzido em escala piloto (campo) na UFRPE e no IPA, e em trabalhos anteriores já mostraram eficiência agronômica comprovada em culturas como: alface, amendoim, caupi (feijão verde), jacatupé (leguminosa produtora de grãos e túberas ricas em amido), cana de açúcar, melão e uva. Para a produção do biofertilizante de rochas (BPK) com matéria orgânica de nova geração (BN) serão conduzidos ensaios em laboratório, inicialmente usando bandejas de plástico (5L). Os diazotróficos serão aplicados na matéria orgânica (MO) em diferentes tempos e formas de inoculação (em mistura e isoladamente). Amostras serão coletadas para análise no tempo zero (T0) e com 7, 14, 21 e 28 dias após a primeira inoculação. Os biofertilizantes mistos formados a partir de rochas (BP e BK), serão misturados com os biofertilizantes BN, com a finalidade de ceder P e Ca liberados do fosfato de rocha, K e Mg do mineral biotita, S (SO4-2) da oxidação do enxofre elementar para sulfato, mais N e micronutrientes provenientes do BN. Os três biofertilizantes mistos, produzidos a partir de cada material orgânico analisado, que apresentarem os melhores resultados nos ensaios de Laboratório (BN1PK, BN2PK e BN3PK), serão avaliados em experimentos com cana-deaçúcar em casa-de-vegetação, sendo aplicadas três doses: (D1)-recomendada pela análise do solo, (D2) - dobro do recomendado e D3 - o triplo da recomendação. Os tratamentos com os biofertilizantes organo-mineral (BNPK) serão comparados com a mistura de fertilizantes solúveis NPK (superfosfato simples - SS; sulfato de potássio - SP, e sulfato de amônio – SA), na dose recomendada para a cultura da cana-de-açúcar, de acordo com a análise do solo (IPA, 2008). Após a obtenção dos resultados em casa de vegetação, os melhores tratamentos com biofertilizantes (BNPK) serão avaliados em experimentos de campo, com cana-de-açúcar, em área cedida pela Usina Santa Tereza da Região Mata Norte de Pernambuco, no município de Goiana, distante setenta quilômetros do Recife. Os experimentos em casa-de-vegetação e em campo serão conduzidos em esquema fatorial, usando o delineamento experimental em blocos casualizados, com quatro repetições, com duas fontes de fertilização (biofertilizante misto NPK e fertilizante solúvel NPK) na presença e ausência de torta de filtro, aplicados nas três doses de fertilização, D1, D2 e D3. Para fins comparativos serão adicionados tratamentos com e sem aplicação de bactérias diazotróficas associadas à cana-de-açúcar (Glucanoacetobacter e Azospirillum) e o controle sem fertilização NPK. A análise estatística (Anova e cálculos de regressão e correlação) será realizada com o Programa SAS Institute (1999).