ALM Administração de ativos e passivos
Seminário regional sobre adequação de capital e supervisão
baseada em risco
Rio de Janeiro, Brasil
11 de Maio de 2007
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Agenda
1. ALM
2. Riscos identificados em ALM e técnicas para sua
mensuração
3. Padrão elaborado pela IAIS sobre a matéria de ALM
4. ALM por tipo de ramos de produtos
5. Conclusões
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ALM
Antecedentes
 ALM (Administração de Ativos e Passivos) surge como resposta ao
risco na intermediação financeira.
 Como disciplina remonta aos primeiros anos da década de 1970.
 Se iniciou como um modelo de cobertura simples em termos das
entradas e saídas de fluxos de capital.
 Posteriormente, evoluiu em modelos de cobertura que incorporaram o
conceito de duração, pelo que começou a se concentrar nos atributos
dos fluxos de capital.
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ALM
Antecedentes
 O desenvolvimento em ALM se explica pelos seguintes fatores:
1. Importante crescimento dos mercados de capital
2. Avanços na teoria e tecnologia da análise de riscos
3. Necessidade de implantação de procedimentos que atendam de maneira
coordenada e identifiquem os riscos inerentes ao ativo e ao passivo.
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ALM
No âmbito da operação de seguros
 Seguradores devem selecionar as técnicas e estratégias mais
apropriadas aos riscos que cobrem.
 Além disso, requerem identificar o custo-benefício entre os riscos e as
taxas de retorno ao selecionar suas metodologias.
 Por fim, o objetivo de ALM não é eliminar o risco, mas administrá-lo
dentro de um contexto que inclua limites em função do perfil de
tolerância ao risco e da posição de solvência do segurador.
 ALM ajuda aos seguradores a equilibrar objetivos de competência e
justificar objetivos de crescimento, ganhos e risco.
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ALM
Esquema geral
1. Identificação da natureza do passivo
 Duração de contratos
 Taxa de juros técnico
 Opções de aposentadorias ou resgates
2. Identificação da natureza do ativo
 Duração dos investimentos
 Taxa de rendimento
3. Utilização da técnica de ALM
4. Validação e acompanhamento dos resultados
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Agenda
1. ALM
2. Riscos identificados em ALM e técnicas para sua
mensuração
2. Padrão elaborado pela IAIS sobre a matéria de ALM
3. ALM por tipo de ramos de produtos
4. Conclusões
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Risco de mercado
Generalidades
 Este risco se constitui, por sua vez, pelos seguintes riscos1:
1. Risco de taxa de juros: Perdas provocadas por movimentos nas taxas de
juros e seu impacto respectivo nos fluxos de capital.
2. Risco no valor de ações, imóveis e outros ativos: Perda em função da
evolução dos valores de mercados de ações e outros ativos.
3. Risco no tipo de câmbio: Perda em razão do comportamento da paridade
da moeda local em relação a moedas estrangeiras.
4. Risco de crédito respectivo.
1 Requerimento
IV do Padrão de ALM elaborado pela IAIS
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Risco de mercado
Generalidades
 Este risco incorpora tanto o risco geral de mercado ao que está exposto
o portfolio total de investimentos, assim como o risco específico de
mercado de cada investimento.
 Por isso, a instituição de seguros deve manter monitoramento do risco
de mercado nestes termos.
 Na medida em que os seguradores contam com portfolios de
investimentos mais complexos, seus modelos deverão ser mais
sofisticados.
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Risco de taxa de juros
Efeito de mudança na taxa de rendimento
Preços de um instrumento da dívida com taxa dos cupons de 8%
pagos semestralmente.
VN = 1,000
Taxa de rend.
T= 1 ano
T=10 anos
T=20 anos
1,000.00
1,000.00
1,000.00
10%
990.64
934.96
907.99
Mudança no
preço
-0.94%
-6.50%
-9.20%
9%
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Risco de taxa de juros
Efeito de mudança na taxa de rendimento
Preços de um bônus cupom zero.
VN = 1,000
Taxa de rend.
T= 1 ano
T=10 anos
T=20 anos
9%
924.56
456.39
208.29
10%
915.73
414.64
171.93
-0.95%
-9.15%
-17.46%
Mudança no
preço
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Risco de taxa de juros
Mudança no preço de um bônus em função da mudança na taxa
de rendimento
% mudança no preço do
bônus
Taxa
cupom
Maturação
Taxa rend.
inicial
bônus A
12%
5 anos
10%
bônus B
12%
30 anos
10%
bônus C
3%
30 anos
10%
bônus D
3%
30 anos
6%
3%
Pontos percentuais de mudança
na taxa de rendimento
200.0%
Bônus
150.0%
100.0%
50.0%
0.0%
-5%
-4%
-3%
-2%
-1%
0%
1%
2%
4%
5%
-50.0%
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Risco de taxa de juros
Mudança no preço de um bônus em função da mudança na taxa
de rendimento
% mudança no preço do
bônus
Taxa
cupom
Maturação
Taxa rend.
Inicial
bônus A
12%
5 anos
10%
bônus B
12%
30 anos
10%
bônus C
3%
30 anos
10%
bônus D
3%
30 anos
6%
200.0%
bônus
150.0%
100.0%
Os preços dos bônus e seus rendimentos
estão relacionados de forma inversa
50.0%
0.0%
-5%
-4%
-3%
-2%
-1%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
Pontos percentuais de mudança
na taxa de rendimento
-50.0%
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Risco de taxa de juros
Mudança no preço de um bônus em função da mudança da taxa
de rendimento
% mudança no preço do
bônus
Taxa
cupom
Maturação
Taxa rend.
Inicial
bônus A
12%
5 anos
10%
bônus B
12%
30 anos
10%
bônus C
3%
30 anos
10%
bônus D
3%
30 anos
6%
200.0%
bônus
150.0%
100.0%
Os preços dos bônus de longo prazo tendem
a ser mais sensíveis a mudanças nas taxas
de juros que os bônus de curto prazo
50.0%
0.0%
-5%
-4%
-3%
-2%
-1%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
Pontos percentuais de mudança
na taxa de rendimento
-50.0%
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Risco de taxa de juros
Mudança no preço de um bônus em função da mudança da taxa
de rendimento
% mudança no preço do
bônus
Taxa
cupom
Maturação
Taxa rend.
Inicial
bônus A
12%
5 anos
10%
bônus B
12%
30 anos
10%
bônus C
3%
30 anos
10%
bônus D
3%
30 anos
6%
200.0%
bônus
150.0%
100.0%
O risco da taxa de juros está relacionado
inversamente com a taxa do cupom do
bônus. Os preços de bônus com taxa de
cupom alta são menos sensíveis a mudanças
nas taxas de juros que os de taxa de cupom
baixa (B e C)
50.0%
0.0%
-5%
-4%
-3%
-2%
-1%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
Pontos percentuais de mudança
na taxa de rendimento
-50.0%
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Risco de taxa de juros
Mudança no preço de um bônus em função da mudança na taxa
de rendimento
% mudança no preço do
bônus
Taxa
cupom
Maturação
Taxa rend.
inicial
bônus A
12%
5 anos
10%
bônus B
12%
30 anos
10%
bônus C
3%
30 anos
10%
bônus D
3%
30 anos
6%
200.0%
bônus
150.0%
100.0%
As propriedades gerais anteriores foram
descritas por Burton G. Malkiel (1962)
50.0%
0.0%
-5%
-4%
-3%
-2%
-1%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
Pontos percentuais de mudança
na taxa de rendimento
-50.0%
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Risco de taxa de juros
Técnicas de mensuração: Duration
 As propriedades enunciadas por Malkiel consideram elementos que
determinam a sensibilidade das taxas de juros.
 Maturação
 Taxa de cupom
 Taxa de rendimento
 No entanto, é necessário quantificar essa sensibilidade.
 Por isto se cobra relevância ao conceito de duration.
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Risco de taxa de juros
Técnicas de mensuração: Duration
 É uma medida da exposição, ou sensibilidade do preço de um bônus a
movimentos nas taxas de juros.
 A duration é a mudança no valor de um bônus ou instrumento no
mercado de capital quando registrada uma mudança nas taxas de juros
do mercado.
 Matematicamente é a derivada do preço do bônus em relação à taxa de
juros.
P
c3
cn
c1
c2
VN



...


1  r (1  r ) 2 (1  r ) 3
(1  r ) n (1  r ) n
3c3
ncn
c
2c2
n  VN
dP
  1 2 


....


dr
(1  r ) (1  r ) 3 (1  r ) 4
(1  r ) n1 (1  r ) n1
1 dP
1

P dr 1  r
Duration de Macaulay
 c1
3c3
ncn
2c2
n  VN  1



...




2
(1  r ) 3
(1  r ) n (1  r ) n  P
1  r (1  r )
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Risco de taxas de juros
Técnicas de mensuração: Duration
Tasa rend
10%
Cupón
9%
Maduración 8 años
Valor nominal 1000
1,200
Fluxo de capital
1,000
800
600
400
Duration do bônus = 5.97 anos
200
0
1
2
3
4
5
6
7
8
anos
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Risco de taxas de juros
Técnicas de mensuração: Duration
Duration (anos)
Bono cupón cero
30
25
20
15
15% tasa cupón, r=6%
3% tasa cupón, r=15%
10
15% tasa cupón,
r=15%
5
Maturação
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
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Risco de mercado
Técnicas de mensuração: Convexidade
 É uma propriedade dos instrumentos de dívida
 A duration é uma mudança no valor de um bônus ou instrumento no
mercado de capital quando registrada uma mudança nas taxas de juros
do mercado.
 Matematicamente é a segunda derivada do preço do bônus em relação
à taxa de juros.
 Mostra a curvatura do perfil do preço do instrumento.
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Risco de mercado
Técnicas de mensuração: VaR
 Mediante a técnica do VaR (valor em risco) é possível quantificar a
exposição ao risco de mercado.
 Através dela estima-se a perda máxima que poderia registrar um
portfolio num intervalo de tempo sob um certo nível de probabilidade.
 Esta estimativa é válida sob condições normais de mercado, em razão
de que em momentos de crise e turbulência se recomenda que a perda
esperada se obtenha a partir de teste de stress.
 Exemplo:
 Investidor com portfolio de ativos de 10,000,000 UM. Seu VaR é de
200,000 UM com uma probabilidade de 95%.
 Isto significa que a perda máxima esperada em um dia é de 200,000 UM
em 19 de cada 20 dias, quer dizer, só um dia de cada 20 dias de operação
de mercado, em condições normais, a perda que ocorrerá será maior de
200,000 UM.
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Risco de mercado
Técnicas de mensuração: VaR
Distribuição de probabilidade
5%
Nível de confiança: 95%
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242
234
226
218
210
202
194
186
178
170
162
154
146
138
130
122
114
106
98
90
82
74
66
58
50
42
34
26
18
10
2
Volatilidade
0.15
0.1
0.05
0
-0.05
-0.1
-0.15
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Risco de mercado
Técnicas de mensuração: VaR
 O VaR aporta uma expectativa de resultados baseados em dados
históricos e em parâmetros prefixados como o horizonte de tempo e o
nível de confiança (probabilidade).
 A adoção desta metodologia deve estar de acordo com análise de
stress, regulação prudencial, controles internos e o tipo de portfolio de
investimentos.
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Risco de mercado
Técnicas de mensuração: VaR
 Considerações
 VaR não estima a pior perda esperada.
 VaR não estima o montante das perdas da cauda esquerda da distribuição.
 VaR não é uma medida determinística, está sujeita a uma margem de erro
em função da adoção dos períodos de observação.
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Risco de mercado
Técnicas de mensuração: VaR
 Ativo individual
 Pressuposto de normalidade; média dos rendimentos é igual a zero
VaR  F  S    t
F= fator que determina o nível de confiança do cálculo
S= montante total do investimento ou exposição total ao Risco
σ= desvio padrão dos rendimentos do ativo
t= horizonte de tempo em que se deseja calcular o VaR
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Risco de mercado
Técnicas de mensuração: VaR
 Exemplo prático
 O portfolio de uma empresa consiste de ações cujo valor de mercado é de
$635,000 com uma volatilidade anualizada de 30%. Calcular o VaR
correspondente a 10 dias supondo que os rendimentos se distribuem de
acordo com a distribuição Normal, empregando um intervalo de confiança
de 99%. (Um ano se constitui de 252 dias de operação no mercado)
VaR  F  S    t
VaR  2.33  635000 0.30  10/ 252
VaR  $88,420.02
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Risco de mercado
Técnicas de mensuração: VaR
 No mundo real, o portfolio do segurador não se constitui só de um
investimento.
 O VaR deste tipo de portfolio se calcula considerando:
 O vetor de pesos das posições do portfolio
 A matriz de variância-covariância que incorpora as correlações entre os
valores do portfolio.
 A matriz de correlações dos rendimentos dos ativos do portfolio.
 A volatilidade do portfolio.
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Risco de mercado
Recomendações para limitá-lo: Imunização
 As medidas de duration e convexidade são utilizadas para «imunizar»
um portfolio de ativos e passivos de flutuações nas taxas de juros.
 Para imunizar um portfolio, devem ser satisfeitos os seguintes
critérios:
1. O valor presente dos ativos deve ser igual ao valor presente dos ativos
(casamento no fluxo de caixa)
2. A duration dos ativos e passivos deve ser igual (casamento de duration)
3. A convexidade dos ativos deve ser maior que a dos passivos.
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Risco de mercado
Recomendações para limitá-lo: Uso de projeções de cenários
 Para administrar fluxos de caixa incertos, é necessário modelar
cenários.
 Os modelos de projeções podem ser:
1. Determinísticos: Efetuam-se projeções de fluxos de caixa futuros sob
condições pré-estabelecidas. Os resultados obtidos são válidos sob os
pressupostos adotados.
2. Estocásticos: Efetuam-se simulações para estimar fluxos de caixa futuros
sob vários cenários. Os resultados mensuram a exposição ao risco em
portfolios do segurador. Em função da série de resultados, o segurador
pode avaliar diferentes estratégias de ALM.
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Risco de subscrição
Generalidades
 Alguns produtos de seguros podem oferecer aos contratantes de
seguros opções de aposentadoria de fundos acumulados em reservas,
políticas de empréstimos e privilégios no momento da renovação na
medida em que flexibilizam opções para o contratante.
 Se não são administrados adequadamente, podem resultar em custos
adicionais para o segurador durante a vigência do contrato e
potencialmente um custo de liquidez.
 Este risco não pode ser diversificado.
 Alguns eventos externos podem resultar em detonadores que
provocam cancelamentos dos contratos, especialmente de contratantes
institucionais (Diminuição do perfil do solvência)
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Risco de subscrição
Generalidades
 Em função do contínuo redesenho, introdução, substituição ou
atualização dos seguros e dos produtos de investimento, o processo de
ALM dos seguradores deve garantir que os departamentos de desenho
de produtos, de tarifação e de investimentos trabalhem de forma
coordenada.
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Risco de liquidez
Generalidades
 Refere-se ao grau de exposição à perda financeira no evento em que
haja insuficiência de ativos líquidos dentro do portfolio de
investimentos acessíveis à cobertura das reservas técnicas quando
existe necessidade de satisfazer requerimentos de fluxo de capital.
 O perfil de liquidez de uma seguradora está em função dos ativos e dos
passivos e varia de acordo com as condições de mercado.
 Geralmente é visto como um componente do risco de mercado.
 A falta de liquidez pode causar a quebra de uma instituição de seguros,
ainda quando tecnicamente solvente.
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Risco de liquidez
Algumas causas de problemas de liquidez
 Estratégia deliberada de descasamento.
 Risco de investimento em conglomerados
 Risco de que um investimento de uma companhia pertencente a um
conglomerado seja difícil de vender.
 Risco de financiamento
 Segurador não pode acessar a financiamento externo suficiente, em razão
de que não conta com suficientes ativos líquidos no momento em que os
necessita.
 Publicidade negativa
 Pode ocasionar um incremento inesperado na taxa de cancelamento das
apólices.
 Atraso no pagamento de resseguradores
 Risco político e legal
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Risco de liquidez
Recomendações para limitá-lo
 O segurador deve estruturar seus ativos para satisfazer os
requerimientos de caixa a curto prazo por conceito de suas obrigações.
 Contar com ferramentas apropriadas para modelar este risco, tais
como taxas de liquidez por tipo de produto e ferramentas de análise
dos fluxos de caixa.
 Seguradores devem contemplar ou poder acessar a fundos de liquidez
de emergência em caso de catástrofe através de resseguro ou através
de outros meios.
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Agenda
1. ALM
2. Riscos identificados em ALM e técnicas para sua
mensuração
3. Padrão elaborado pela IAIS em matéria de ALM
4. ALM por tipo de linhas de produtos
5. Conclusões
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Padrão ALM
 O padrão em ALM foi elaborado pela IAIS descreve as melhores
práticas no contexto do ALM cujo seguimento se espera dos
seguradores.
 Identifica 11 requerimentos mínimos.
 Os supervisores de seguros deven verificar que os seguradores de sua
jurisdição cumpram com estes requerimentos.
 Sua aplicação é para negócios de seguros em general (vida e seu
complemento)
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Padrão ALM
Requerimento I
 O supervisor requer que os seguradores tenham implementados
procedimentos efetivos para o monitoramento e administração de suas
posições de ativo e passivo para garantir que seus ativos e seus
investimentos sejam adequados aos seus passivos e perfil de riscos e
suas posições de solvência.
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Padrão ALM
Requerimento II
 ALM deve basear-se no valor econômico e deve considerar as
mudanças no valor econômico derivado de uma série de cenários
possíveis.
 As técnicas de ALM não devem se limitar a determinar a posição atual do
ativo em relação com as obrigações do segurador, mas devem orientar-se
para identificar os riscos a que estão expostos tanto o passivo como o
portfolio de investimentos que o respalda.
 Por isso os seguradores deven implementar cenários prospectivos com
objetivo de manter seu perfil de riscos ou, se for o caso, adotar as ações
pertinentes.
 O segurador deve dar a conhecer os resultados dos exercícios prospectivos
ao seu Conselho de Administração.
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Padrão ALM
Requerimento III
 As ferramentas de ALM para mensuração da exposição aos diferentes
riscos devem ser adequadas à natureza e ao entorno do segurador e às
características de risco de sua linha de negócios.
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Padrão ALM
Requerimento IV
 O segurador deve examinar todos os riscos requerendo a coordenação
de seus ativos e passivos. Aqueles que sejam significativos em termos
de seu impacto potencial no valor econômico devem ser considerados
dentro do contexto de ALM.
Estes devem incluir, total ou parcialmente:
i.
Risco de mercado
 Risco de taxa de juros
 Risco no valor de ações, imóveis e outros ativos
 Risco no tipo de câmbio
 Risco de crédito relacionado
ii. Risco de subscrição
iii. Risco de liquidez
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Padrão ALM
Requerimento V
 O segurador deve utilizar medidas apropriadas para quantificar sua
exposição ao risco de mercado e ao risco de crédito respectivo.
Modelos mais sofisticados devem ser utilizados para portfolios mais
complexos de produtos e investimentos com o objetivo de modelar o
portfolio de maneira fidedigna.
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Padrão ALM
Requerimento VI
 O segurador deve levar em conta os riscos derivados das opções
consideradas tanto nas apólices em vigor como nas novas. Deve
identificar maneiras para mitigar o impacto de tais opções e deve
garantir que os contratantes de apólices sejam tratados de forma
justa. ALM deve avaliar os possíveis efeitos que essas opções possam
ter ao longo da vigência das apólices.
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Padrão ALM
Requerimento VII
 O segurador deve estruturar seus ativos de tal forma que tenha
suficientes ativos líquidos e valores diversificados acessíveis de
transação no mercado para fazer frente às obrigações que se
apresentem.
O segurador deve ter um plano para enfrentar fluxos de caixa
inesperados.
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Padrão ALM
Requerimento VIII
 O Conselho de Administração deve aprovar a política estratégica de
ALM do segurador, levando em conta as relações ativos-passivos, a
tolerância ao risco geral do segurador, sua margem de solvência e seus
requerimentos de liquidez.
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Padrão ALM
Requerimento IX
 Ao desenhar sua estratégia geral, o segurador deve considerar as
estratégias de ALM apropriadas em função das características de cada
linha de negócios e sua própria interação.
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Padrão ALM
Requerimento X
 O segurador deve estar organizado de tal forma que exista uma relação
próxima e contínua entre as diferentes áreas que necessitam estar
envolvidas com o ALM. A estrutura organizacional dependerá da
natureza, tamanho e complexidade do segurador, e deve permitir que a
organização mantenha um ALM efetivo.
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Padrão ALM
Requerimento XI
 O segurador deve desenvolver e implementar controles e
procedimentos de reporte para as políticas de ALM que sejam
apropriadas para seus negócios e os riscos aos que estejam expostos.
Estes devem ser monitorados e revisados de maneira regular.
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Agenda
1. ALM
2. Riscos identificados em ALM e técnicas para sua
mensuração
3. Padrão elaborado pela IAIS em matéria de ALM
4. ALM por tipo de linhas de produtos
5. Conclusões
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ALM por tipo de linhas de produtos
Anualidades cumulativas, anualidades diferidas
 Sua utilidade depende do excedente “spread” entre a taxa a que se
acede e a taxa com que se tarifa o produto.
 Geralmente a duração destes contratos é de curto prazo (5 a 10 anos) e
com uma data de maturação pré-fixada.
 Portanto, os riscos são relativamente fáceis de administrar.
 A administração se complica na medida em que o produto oferece
diferentes alternativas para cancelamento antecipado sem um valor de
mercado ajustado, taxas de juros garantidas no caso de pagamentos
futuros ou valores garantidos na aposentadoria.
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ALM por tipo de linhas de produtos
Fundos de depósito
 Fundos que podem ser retirados a qualquer momento durante a
vigência da apólice.
 No caso de mudanças nas taxas de juros dos mercados, debe-se ajustar
as tarifas e as taxas de juros garantidas com prontidão.
 Taxas não atualizadas nos productos provocarão perdas se as taxas dos
mercados são mais altas ou vendas reduzidas se as taxas são
demasiado baixas.
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ALM por tipo de linhas de produtos
Anualidades antecipadas, anualidades vitalícias
 Sua utilidade depende do excedente “spread” entre a taxa a que se
acede e a taxa com que se tarifa o produto.
 Estes produtos normalmente são contratados a prêmio único e não
tem uma data de maturação pré-estabelecida.
 Contratos de longo prazo que apresentam um descasamento na
duração do passivo com respeito a do ativo.
 ALM deve considerar tanto o potencial risco de reinvestimento, como
o de sobrevivência.
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ALM por tipo de linhas de produtos
Seguros de vida pagamentos limitados
 Incluem seguros de vida comuns, dotais de longo prazo, assim como
seguros universais.
 ALM deve incluir pressupostos na relação de pagamento de prêmios
futuros e nas taxas futuras de reinvestimentos.
 Seguros universais podem incluir uma seleção importante de
alternativas que dificultam a previsão nos fluxos de capital, como as
opções que tem os contratantes para suspender o pagamento de
prêmios durante alguns períodos ou efetuar pagamentos excedentes de
prêmios de forma irregular.
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ALM por tipo de linhas de produtos
Seguros que incorporam a participação do contratante
 Produtos desenhados nos quais o contratante compartilha o risco e
participa nos ganhos do negócio.
 ALM deve incorporar pressupostos referentes aos bônus ou dividendos
para o contratante baseados em expectativas razoáveis.
 Neste tipo de linhas de produtos, há maior possibilidade de gestão
referente aos investimentos em razão de que os bônus ou dividendos
se podem alterar para levar em consideração mudanças nas taxas de
juros ou nos fluxos de capital.
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ALM por tipo de linhas de produtos
Anualidades variáveis e produtos Unit-Link
 Linhas de produtos com um elo entre os fundos do contratante e
mercados bursáteis, mercados de bônus e índices.
 ALM deve examinar a relação entre as obrigações contratuais e os
ativos que as cobrem.
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ALM por tipo de linhas de produtos
Seguros temporais
 Contratos de seguros de vida temporais.
 Geralmente não outorgam um valor de resgate.
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ALM por tipo de linhas de produtos
Seguros de acidentes e doenças e de danos
 Seguros de acidentes multi-anuais requerem de ALM.
 A maioria destes seguros por ser de curto prazo enfrentam um maior
risco de liquidez.
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Agenda
1. ALM
2. Riscos identificados em ALM e técnicas para sua
mensuração
3. Padrão elaborado pela IAIS em matéria de ALM
4. ALM por tipo de linhas de produtos
5. Conclusões
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Conclusões
 O ALM é um processo contínuo que evoluiu de maneira paralela ao
desenho dos produtos de seguros.
 Abarca a estratégia geral de manejo de ativos e passivos em forma
conjunta.
 O objetivo do ALM não é eliminar o risco, mas administrá-lo dentro de
um contexto que inclua limites em função do perfil de tolerância ao
risco e da posição de solvência do segurador.
 O segurador deve apegar-se aos requerimentos estabelecidos no
Padrão sobre ALM elaborado pela IAIS e o supervisor deve verificar o
anterior.
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ALM Administração de ativos e passivos
Seminário regional sobre adequação de capital e supervisão
baseada em risco
Rio de Janeiro, Brasil
11 de maio de 2007
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