55º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009 Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2 11 Determinação do Número Cromossômico de Quesnelia humilis Mez (Bromeliaceae) Santos, KCC¹; Rodrigues, LJ1; Baldisseri JR, FA¹ Laboratório de Biologia – IPECI, Universidade Católica de Santos, Santos, SP, Brasil [email protected] 1 A Mata Atlântica abriga um total de 31 gêneros e 803 espécies de bromeliáceas, sendo 653 endêmicas. A família Bromeliaceae Jussieu compreende 3086 espécies agrupadas em 57 gêneros, encontradas principalmente na região Neotropical, com maior concentração na América do Sul. Há estudos quanto ao número cromossômico de aproximadamente 224 espécies dentro das três subfamílias: Pitcairnioideae Harms, Tillandsioideae Burnett e Bromelioideae Burnett. Esses estudos apontam a predominância do número cromossômico 2n=50, determinando o número cromossômico básico para a família de x=25. Este número teria surgido a partir de eventos de hibridação e poliploidização nos ancestrais comuns da família. O gênero Quesnelia Gaudich. possui estudos citogenéticos de apenas duas espécies, Q. arvensis (Vellozo) Mez e Q. liboniana (De jonghe) Mez. O objetivo deste trabalho foi a descrição citogenética da espécie Quesnelia humilis Mez, sendo o primeiro registro citogenético para a espécie. O gênero é endêmico da Floresta Atlântica e pouco estudado, por isso, o conhecimento e a devida caracterização das espécies deste gênero é essencial para a conservação de sua biodiversidade. Foi utilizado o pré-tratamento com 8-hidroxiquinoleína (8-HQ) e utilizada a técnica de coloração convencional com Giemsa. Utilizou-se raízes como fonte de células meristemáticas. A planta ficou em hidroponia, para obtenção de raízes, em sistema NFT (Fluxo Laminar de Nutrientes). Resultados obtidos no pré-tratamento com 8-HQ apontaram o número de x=50 para a espécie Q. humilis Mez, sendo analisados apenas os cromossomos mitóticos da espécie estudada. Esse número foi observado nas duas espécies descritas para o gênero e retoma o que a maioria dos estudos demonstra como sendo o número mais encontrado para a família. A maioria dos estudos apresenta somente números mitóticos, para várias espécies. Isso ocorre devido a muitos fatores ambientais serem necessários para que os exemplares floresçam e disponibilizem material (botões florais) para os estudos meióticos. Os dados obtidos devem ser confirmados em estudos posteriores com um número maior de indivíduos, já que neste estudo foi analisado apenas um exemplar da espécie que foi recebido em doação do Instituto de Botânica de São Paulo na figura do Doutor Armando Reis Tavares, sendo que o local e a data de coleta não foram informados.