UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ
Ciência Política e Teoria do Estado
Luís Felipe Neves Moreira
Dejalma Cremonese
A CIDADE DO SOL
Santa Rosa, RS, 25 de setembro de 2007
• Texto mais popular de
Tommaso Campanella, que
descreve aqui sua visão de
uma cidade ideal. Nesse
exercício, ele projeta uma
sociedade utópica, naturalista
e guiada por princípios divinos,
onde propriedade privada e
família não poderiam existir, os
bens individuais deveriam
estar a serviço da coletividade.
• Para Campanella e sua visão
astrológica do mundo e da
religião, o sol representa
Deus,
o Deus cristão do sol. A cidade é
uma criação racional,
ordenada, cada coisa em seu
lugar. O chefe, um “Vigário do
Sol” ou Metafísico. O apelido
de Rei-Sol dado a Luiz XIV, da
França, teria relação com o
projeto de Campanella de um
Estado-Sol, ultra-ordenado e
hierarquizado.
• Para Campanella, caberia à Igreja assegurar os
•
elos entre os diferentes elementos para que se
instale a ordem mais completa e geral;
O Estado-Sol manteria funcionários para prever
momento e lugar mais propício para todos os
atos dos cidadãos, inclusive momento e lugar
para a prática do sexo. A liberdade ficaria
abolida, não poderia existir vida propriamente
individual.
• O Estado-Sol buscará a ordem extrema e
a estrita forma hierárquica, onde tudo terá
lugar previsto, não sendo tolerada
nenhuma perturbação pela contingência
ou o acaso;
• Embora tão valorizada a agricultura, há
consciência do caráter de esforço contido
no labor do campo, que por isto exigiria
acompanhamento militar e motivação
patriótica. Junto com os cultivadores vão
os soldados;
Questões sobre a Ótima República
• Essa república só pode subsistir numa
cidade e não num reino, pois não se podem
encontrar lugares inteiramente
semelhantes. Dessa forma, será corrompida
pelos povos sujeitos, pelo comércio ou
pelas sedições que irromperem contra tão
austera maneira de viver.
• Ninguém desejaria viver submetido a leis
e observâncias tão severas e sob a tutela
dos pedagogos. Essa república seria
derrubada pelos próprios cidadãos, como
acontece em muitas ordens religiosas que
vivem em comunidade.
• Essa república foi imaginada ótima e
perene. Não poderá ser perene, porque
necessariamente acabará se corrompendo
ou sendo invadida pela peste proveniente
do longo domicilio, e não podendo
escapar à tirania interna, ou, finalmente,
pelo excessivo número de cidadãos. Em
segundo lugar, não poderá ser ótima, pois
necessariamente haverá delitos.
• A comunidade destrói a liberalidade e a
faculdade de praticar a hospitalidade, de
socorrer os pobres, porque quem nada
possui de seu de nada pode dispor.
BIBLIOGRAFIA
• ____http://www.planetanews.com/produt
o/L/60370/cidade-do-sol--a-tommasocampanella.html, pesquisado em 23/09/07
às 22h20mim.
• ____http://www.cobra.pages.nom.br/fmpcampan.html, pesquisado em 23/09/07 às
22h40min.
• ____http://it.wikipedia.org/wiki/Tommaso
_Campanella, pesquisado em 23/09/07 às
23h.
• CAMPANELLA, Tommaso(1980). A Cidade
do Sol, Lisboa: Guimarães Editores.
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