Sociedade Brasileira de Química (SBQ) Estudo dos potenciais antibacteriano e antifúngico de extratos brutos de caule e folhas de Mabea angustifolia e Mabea pohliana Tatiani da L. Silva1 (PG)*; Giselle Mª. S. P. Guilhon (PQ)1; Lourivaldo S. Santos (PQ)1; Alberdan S. Santos 1 1 1 (PQ) ; Mara Arruda (PQ) ; Alberto Arruda (PQ) . *[email protected] 1 Departamento de Química, Universidade Federal do Pará, 66075 – 010, Belém – PA. Palavras Chave: Mabea, potencial antifúngico, potencial antibacteriano. Introdução O uso de plantas na medicina popular é bastante difundido, em especial no tratamento de infecções microbianas1,2, inflamações3,4, dores5,6, eczemas7,8, etc. Entre as atividades farmacológicas encontradas em plantas estão às atividades antibacteriana9,10,11,12,13,14,15, antifúngica16,17,18,19,20,21, inseticida22,23, anti-inflamatória24,25, analgésica26,27, antioxidante28,29,30,31, etc. Mabea pohliana, encontrada nos estados do Acre, Goiás, Maranhão, Pará e Rondônia, e Mabea angust if olia, encontrada nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Goiás, Maranhão, Pará e Rondônia, pert encent es a f am í l i a Euphorbi aceae, apresent am , com o rel at ado em com uni cação ant eri or, at i v i dade al el opát i ca f rent e as i nv asoras de past agens Mimosa pudica L. (m al í ci a) e Senna obt usif olia (m at a-past o). Em out ras com uni cações, rel at am os a ocorrênci a no ex t rat o m et anól i co das f ol has de Mabea angust if olia de: α-am i ri na, β-am i ri na, l upeol e f i t ol , al ém de i socori l agi na, áci dos grax os e ést eres m et í l i cos 3 2 ; e do extrato hexânico das folhas de Mabea pohliana: uma mistura de α-amirina, β-amirina, lupeol e fitol, ésteres metílicos e ácidos graxos33. O projeto continua em andamento e o presente trabalho teve o objetivo de dar continuidade ao estudo das atividades farmacológicas das duas espécies de Mabea. EHF apresentou 31% de inibição e o EHC apresentou 26% de inibição. TABELA 1: Resultados dos ensaios para determinação do potencial antifúngico dos extratos brutos de Mabea angustifolia e Mabea pohliana. Dados expressos em percentual de inibição. a 36 Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química C. albicans C. guilliermondii A. flavus 0 77% 0 EHF Mabea 02 0 0 0 EMF Mabea 01 0 0 0 EMF Mabea 02 0 0 0 EHC Mabea 01 80% 0 0 EHC Mabea 02 0 0 0 EMC Mabea 01 0 0 0 EMC Mabea 02 0 0 0 DMSO 0 0 0 *Mabea angustifolia = Mabea 01 / Mabea pohliana = Mabea 02 TABELA 2: Resultados dos ensaios para determinação do potencial antibacteriano dos extratos brutos de Mabea angustifolia e Mabea pohliana. Dados expressos em percentual de inibição. P. aeruginosa S. aureus EXTRATOS EHF Mabea 01 0 26% EHF Mabea 02 0 0 EMF Mabea 01 0 0 EMF Mabea 02 0 0 EHC Mabea 01 0 31% EHC Mabea 02 0 0 EMC Mabea 01 0 0 EMC Mabea 02 0 0 Azitromicina 0 0 *Mabea angustifolia = Mabea 01 / Mabea pohliana = Mabea 02 Resultados e Discussão Os testes antimicrobianos e antifúngicos foram realizados no laboratório no Laboratório de Investigação Sistemática em Biotecnologia e Biodiversidade Molecular do Instituto de Química da UFPA. As linhagens de Candida albicans (IOC 3770), Candida guilliermondii (IOC 2889) e Aspergillus flavus (IOC 3974) e as bactérias P. aeruginosa CCBH 3856 (ATCC 27853), S. aureus CCBH 4395 (ATCC 33591) empregados neste estudo foram cedidos por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O método de avaliação da atividade antimicrobiana e antifúngica empregado neste estudo foi o disco difusão, que consiste na aplicação de alíquotas dos extratos sobre um disco de papel de filtro qualitativo dispostos em placas de Petri contendo meio de cultivo GPY e microrganismos em teste. O antibiótico azitromicina, utilizado como controle positivo nos testes não foi eficiente para inibir o crescimento da bactéria Pseudomonas aeruginosa, não sendo possível avaliar a atividade antibacteriana dos extratos para esta espécie. Apenas os extratos hexânicos de Mabea angustifolia apresentaram efeito inibitório para a bactéria Staphylococcus aureus, o EXTRATOS EHF Mabea 01 O EMC de Mabea pohliana apresentou apenas atividade fungistática para Candida albicans. O EHC de Mabea angustifolia apresentou 80% de inibição de crescimento de Candida albicans. Os demais extratos não apresentaram efeito inibitório para esta levedura. O EHF de Mabea angustifolia apresentou 77% de inibição para Candida guilliermongii. Os demais extratos não apresentaram efeito inibitório para esta levedura. Conclusões A avaliação da atividade antibacteriana dos extratos brutos do caule e das folhas de Mabea pohliana e Mabea angustifolia apresentaram resultados satisfatórios para os extratos hexânicos de Mabea angustifolia: 77% (EHF) C. guiliermondii, 80% (EHC) C. albicans; 26% (EHF) e 31% (EHC) para a bactéria S. aureus. Referências 32 Silva, Tatiani da L.; et al. Estudo fitoquímico do extrato metanólico das folhas de Mabea angustifolia.35ª Reunião anual da Sociedade Brasileira de Química. 2012. CDROOM. Sociedade Brasileira de Química (SBQ) 33 Silva, Tatiani da L.; et al. Estudo fitoquímico do extrato hexânico das folhas de Mabea pohliana. 52º Congresso Brasileiro de Química. 2012. CDROOM. 25a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - SBQ 2