Accuracy of Combined GDx‐VCC and Matrix FDT in a Glaucoma Screening Trial Autores: Marta Toth, MD, Peter Kothy, MD, PhD, Peter Vargha, and Gabor Hollo, MD, PhD, DSc Artigo Comentado pelo Dr. Thomaz Fracon de Oliveira* As campanhas de triagem para o diagnóstico e tratamento de pacientes com glaucoma vêm aumentando nos últimos anos. As dificuldades na detecção desses pacientes vão desde o baixo índice de prevalência da doença na população em geral até à desinformação, exames oftalmológicos incompletos e custos elevados no estudo propedêutico. Pelo difícil reconhecimento da doença em suas fases iniciais, muitos pacientes também deixam de ser tratados. Para a detecção precoce do glaucoma, algumas tecnologias foram criadas visando estudar a estrutura da camada de fibras nervosas e o estado de funcionamento das células ganglionares. Pelo lado do estudo estrutural foram desenvolvidas, por exemplo, a polarimetria de varredura a laser com compensador de córnea variável (GDx‐VCC), a tomografia de coerência ótica (OCT) e a tomografia de retina Heidelberg (HRT). No lado do estudo funcional, encontramos principalmente a tecnologia de dupla freqüência (FDT) e a perimetria automatizada de ondas curtas (SWAP), também conhecida como azul‐amarelo. O presente estudo buscou avaliar a acurácia da combinação do GDx‐VCC com o Matrix FDT (M‐FDT) no diagnóstico de glaucoma em uma triagem populacional. Portanto, foram combinados estudos estrutural e funcional. Essa triagem constou de duas etapas. Na primeira etapa foram avaliados 233 pacientes, sendo realizadas medidas da acuidade visual com e sem correção, biomicroscopia de segmento anterior e de papila, tonometria de aplanação e a realização do GDx‐VCC e do M‐FDT (esses últimos realizados com sucesso em 181 destes pacientes). Uma segunda etapa de estudo foi realizada em 24 do total de pacientes, por apresentarem suspeita de glaucoma, seja pelo aspecto da papila ou pela pressão intraocular acima de 21 mmHg. Essa segunda etapa compreendeu gonioscopia, paquimetria central de córnea, curva diária de pressão e campo visual computadorizado branco‐branco. A idade média estuda dos pacientes foi de 61,5±11,4 anos, sendo todos brancos, com 64% dos pacientes do sexo feminino e 36% do sexo masculino. Dos 181 pacientes que participaram do estudo, 24 tiveram diagnóstico de glaucoma em 39 dos seus olhos. Quinze desses 39 olhos glaucomatosos não apresentaram alterações no campo visual branco‐branco. A combinação do GDx‐VCC com o M‐FDT apresentou 99.6% de especifidade, 91.3% de acurácia e 28.6 de razão de verossimilhança positiva. Esta combinação foi superior quando comparada com qualquer um destes métodos avaliados isoladamente. Apesar desses dados positivos, os exames mostraram certa limitação para seu uso em uma escala global. Cerca de 10% dos olhos estudados não foram avaliados pelo GDx‐VCC devido a lesões retinianas, sendo excluídos do estudo e 3% dos pacientes foram excluídos por não compreenderem
algum dos exames. Já nos olhos avaliados pelo GDx‐VCC, 11% não apresentaram imagem com qualidade satisfatória para análise e cerca de 18% dos exames M‐FDT foram considerados não confiáveis, mesmo após repetição. Assim, a união de rápidos métodos de estudo funcional e estrutural pode ser incorporada como método complementar às triagens populacionais, mas ainda não conseguem ser independentes dos dados originados do exame oftalmológico, uma vez que poderiam excluir pacientes portadores de glaucoma. Fonte: J Glaucoma 2007;16:462–470 * Dr. Thomaz Fracon de Oliveira Médico do Serviço de Glaucoma do Centro Oftalmológico de Minas Gerais Médico da BH Oftalmo ‐ Belo Horizonte ‐ Minas Gerais
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