ASSESSORIA PARLAMENTAR INFORMATIVO 12/08/2013 SENADO FEDERAL Projetos de reforma do Código do Consumidor recebem 106 emendas A comissão temporária de modernização do Código de Defesa do Consumidor (CDC) recebeu 106 emendas aos projetos sob sua análise, anunciou nesta segunda-feira (12), em Plenário, o senador Humberto Costa (PT-PE). Os textos serão publicados no Diário do Senado e retornarão à comissão para exame dos projetos e das emendas. O PLS 281/2012, que atualiza os dispositivos do Código de Defesa do Consumidor sobre comércio eletrônico, recebeu 31 emendas, o PLS 282/2013, que disciplina as ações coletivas, recebeu 33 emendas, e o PLS 283/2012, que trata de crédito ao consumidor e prevenção do superendividamento, 42 emendas. Os três projetos, assinados pelo então presidente do Senado, José Sarney, derivam do trabalho de uma comissão especial de juristas criada em dezembro de 2010 e presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Herman Benjamin. A comissão especial realizou 37 audiências públicas com senadores, procuradores da República e organismos de defesa do consumidor. Os especialistas apresentaram propostas nas áreas de comércio eletrônico, ações coletivas e superendividamento do consumidor, transformadas em três projetos de lei. As novas regras do PLS 281/2012 tratam da divulgação dos dados do fornecedor, da proibição de spams, do direito de arrependimento da compra e das penas para práticas abusivas contra o consumidor. O PLS 282/2012 disciplina as ações coletivas, assegurando agilidade em seu andamento na Justiça e prioridade para seu julgamento, além de garantir eficácia nacional para a decisão dos casos, quando tiverem alcance em todo o território brasileiro.Já o PLS 283/2012 regulamenta o crédito ao consumidor e previne o superendividamento. Entre as medidas propostas no texto estão a proibição de publicidade de crédito com referência a “crédito gratuito”, “sem juros”, “sem acréscimo” e expressões semelhantes. 1 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Liminar suspende inclusão de condenado em regime disciplinar diferenciado O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a inclusão do condenado L.H.S. em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). A solicitação foi feita no Habeas Corpus (HC) 118494, impetrado pela Defensoria Pública de São Paulo, com pedido de liminar, contra decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que determinou que o condenado fosse incluído no RDD, pelo prazo de 60 dias, por ter iniciado tumulto generalizado ocorrido no interior da unidade prisional em que cumpria pena. Ele foi condenado a cumprir cinco anos de reclusão em regime inicial fechado pela prática de tráfico de entorpecentes (artigo 33, caput, Lei 11.343/2006), além de seis meses de detenção em regime semiaberto pela prática do crime previsto no artigo 33, parágrafo 3º, da mesma norma. Conforme os autos, o secretário de Administração Penitenciária de São Paulo requereu, em junho de 2011, a inclusão de L.H.S. no regime disciplinar diferenciado. O juízo da 5ª Vara das Execuções Criminais de São Paulo (SP) indeferiu o pedido de inserção do apenado no RDD, por entender que apesar de as provas apresentadas na sindicância confirmarem postura indisciplinar voltada à provocação de tumulto, não ficou demonstrado que tais condutas “tenham gerado risco efetivo de subversão da ordem ou da disciplina locais, ou mesmo instabilidade de difícil controle”. Contra essa decisão, o Ministério Público de São Paulo interpôs agravo em execução, provido em 24 de abril de 2013 a fim de que fosse imposto o RDD ao acusado, tendo em vista a alegação de que durante o tumulto, iniciado por ele, houve apologia a uma facção criminosa e agressão a servidores. A Defensoria Pública de São Paulo alega que, entre a ocorrência da falta grave e o julgamento do agravo em execução, o comportamento prisional do condenado foi avaliado positivamente em duas oportunidades. Uma em outubro de 2011, quando houve a promoção para o regime prisional semiaberto, e a outra em abril de 2013, quando o juízo da execução concedeu ao condenado o livramento condicional. A autora do HC sustenta, ainda, que a inclusão do condenado no RDD é incompatível com o livramento condicional e que os fatos 2 apreciados pelo TJ-SP, quando do julgamento do agravo em execução, foram superados pelas posteriores avaliações positivas do comportamento carcerário. Como pedido de liminar em habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi negado, a Defensoria Pública pediu superação da Súmula 691, do STF, e a concessão da cautelar para suspender, até o julgamento do mérito deste habeas corpus, a execução da ordem de inclusão do condenado no regime disciplinar diferenciado. Concessão Inicialmente, conforme o ministro Luís Roberto Barroso, o Supremo consolidou o entendimento no sentido de ser inadmissível a impetração de habeas corpus contra decisão de relator que, em HC requerido a tribunal superior, indefere pedido de liminar (Súmula 691/STF). No entanto, ele ressaltou que o rigor na aplicação deste enunciado tem sido atenuado nas hipóteses de manifesta ilegalidade ou abuso de poder, bem como nos casos de decisões manifestamente contrárias à jurisprudência desta Corte ou ainda carentes de fundamentação. “No caso, a situação inusitada de aplicação de RDD por falta disciplinar anterior à decisão concessiva de livramento condicional autoriza a superação da Súmula 691/STF, notadamente quando se considera que o paciente, em 03/07/2013, compareceu à Vara de Execução Penal para justificar as suas atividades”, afirmou o relator, ao salientar que o condenado “vem cumprindo, portanto, as condições da liberdade condicional”. Assim, o ministro deferiu a medida cautelar para suspender os efeitos da decisão do TJ-SP no agravo em execução penal tratado nos autos, tendo em vista as informações prestadas pelo juízo da 5ª Vara das Execuções Criminais de São Paulo/SP, assim como em razão da proximidade da expiração da pena. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Oito conselheiros tomam posse para o biênio 2013-2015 Oito conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público tomaram posse nesta segunda-feira, 12/8, para o biênio 2013-2015. A 3 solenidade aconteceu no auditório da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, com a presença do presidente do CNMP, Roberto Gurgel. Mais de 300 pessoas acompanharam o evento. Tomaram posse, em recondução, os conselheiros Jeferson Coelho, subprocurador-geral do Trabalho, na vaga do Ministério Público do Trabalho; Jarbas Soares, procurador de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, e Alessandro Tramujas Assad, procurador de Justiça do Ministério Público de Roraima, em duas das três vagas destinadas aos MPs Estaduais. Para primeiro mandato, foram empossados o procurador de Justiça Militar Antonio Pereira Duarte, representando o Ministério Público Militar; o promotor de Justiça do Ministério Público do Mato Grosso Marcelo Ferra de Carvalho, na terceira vaga dos MPs Estaduais; o promotor de Justiça no DF Cláudio Henrique Portela do Rego, representante do MP do Distrito Federal e Territórios; o juiz federal Alexandre Berzosa Saliba, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ); e o advogado Esdras Dantas de Souza, em uma das duas vagas destinadas à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também participaram da posse os conselheiros Adilson Gurgel, representante da OAB; Mario Bonsaglia, que ocupa vaga do Ministério Público Federal; Luiz Moreira, indicado pela Câmara dos Deputados; e Fabiano Silveira, representante do Senado Federal; além do secretário-geral do CNMP, José Adércio Leite Sampaio. Roberto Gurgel afirmou que o CNMP, apesar de ser uma instituição ainda jovem, tem prestado serviços relevantes ao Ministério Público e à sociedade brasileira. Segundo ele, um dos grandes desafios do MP e do próprio Conselho é promover a união do Ministério Público brasileiro. "Já temos adversários externos suficientes. Por isso, devemos trabalhar permanentemente pela união de todo o Ministério Público brasileiro, devemos superar as diferenças, valorizar os pontos de convergência e trabalhar unidos pelo aprimoramento e pela construção de um MP em condições cada vez melhores de atender à sociedade brasileira". O presidente lembrou conquistas e contribuições das composições anteriores do CNMP e desejou sucesso aos conselheiros empossados hoje. Adilson Gurgel discursou na solenidade, como conselheiro mais antigo. Ele agradeceu aos conselheiros que deixaram o CNMP no último dia 10/8 e deu as boas vindas aos indicados para biênio 20132015. "O Conselho que os senhores hoje assumem é bem diferente daquele que encontrei em 2009, quando cheguei aqui". Ele citou como exemplo o orçamento do CNMP, que passou de cerca de R$ 7 milhões de reais em 2009 para mais de R$ 113 milhões em 2014, conforme proposta orçamentária elaborada. Além da estruturação, ele afirmou que houve mudança no perfil do órgão. "O CNMP deixou de ser visto apenas como órgão de controle externo, para se tornar órgão de melhoria permanente do Ministério Público", disse. Citou o trabalho das comissões e projetos como o 4 Planejamento Estratégico Nacional e o Portal da Transparência, entre outras iniciativas de integração e aperfeiçoamento. "Os senhores hoje assumem com a responsabilidade de tornar ainda melhor o Conselho que hoje estão recebendo". Presidente Dilma nomeia mais dois conselheiros para o CNMP no biênio 2013-2015 A presidente da República, Dilma Roussef, nomeou para compôr o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no biênio 2013-2015 Leonardo de Farias Duarte e Leonardo Henrique de Cavalcante Carvalho. Eles substituem, respectivamente, Taís Ferraz e Fabiano Silveira. O decreto foi publicado nesta segunda-feira, 12/8, na seção 2 do Diário Oficial da União. Leonardo Carvalho é advogado e foi indicado à vaga pelo Senado Federal. Nascido e criado no Ceará, o advogado graduou-se em Direito pela Universidade de Fortaleza, em 1999. Realizou pósgraduação em Processo Civil e desde 1998 atua na área do Direito Eleitoral no estado e na capital federal. Leonardo Duarte é juiz indicado pelo Supremo Tribunal Federal. Ele ingressou na magistratura há 11 anos. Começou a atuar na carreira em 2002, quando foi empossado como juiz do estado do Pará. De agosto de 2008 a julho de 2010, foi juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal. Entre 2010 e 2012, atuou como juiz instrutor também no STF. E desde agosto do ano passado, trabalha como juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). CNPG Eunice Carvalhido assume a presidência do CNPG A nova diretoria do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG) tomou posse na tarde desta segunda-feira (12/08) em cerimônia realizada no auditório do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) em Brasília. A entidade será presidida pela procuradorageral de Justiça do DF e Territórios, Eunice Pereira Amorim Carvalhido, no anuênio 2013-2014. Em seu discurso de posse, Eunice Carvalhido agradeceu a confiança de seus pares, lembrou o trabalho desenvolvido por seus antecessores e ressaltou a importância que o CNPG tem para o Ministério Público. "Muitos foram e são os 5 resultados obtidos, de modo a fazer do CNPG um marco que permite a divisar um antes e um depois na história do Ministério Público", afirmou. Ela ressaltou, ainda, as possibilidades de novos espaços para a atuação do Conselho. "Temos nas mãos a oportunidade de elaborar projetos institucionais, a serem desenvolvidos e executados em todos os estados da Federação, a partir de experiências já exitosas. Seja na área da educação, ou em tantas outras como saúde, segurança, direitos humanos, é chegada a hora de lutar para que importantes questões, consideradas de governo, passem a ser tratadas como questões de estado, ensejando a participação constitutiva do Ministério Público", conclamou. A nova presidente do CNPG também convocou os colegas procuradores e promotores de Justiça a continuarem a luta por um Ministério Público melhor e por uma sociedade mais justa. "Os desafios são muitos e as barreiras a serem vencidas são íngremes. No entanto, não há que se falar em desânimo, nem em descrença, que não combinam com o agir do Ministério Público. Exatamente por isso, e por tantas outras situações que possam surgir e surpreender, a Diretoria que hoje toma posse prosseguirá na luta e na firme convicção de que tudo fará para vencer cada batalha que se apresentar, independentemente do espaço em que se realizará o embate", concluiu. A solenidade Ao abrir os discursos, o presidente da Associação Nacional do Membros do Ministério Público (CONAMP), César Bechara Nader Mattar Júnior, demonstrou entusiasmo com a possibilidade de fortalecimento da parceria entre as entidades. Já o presidente da Associação dos Membros do Ministério Público do DF e Territórios (AMPDFT), Antonio Marcos Dezan, lembrou os ataques que o Ministério Público vem sofrendo, no âmbito político-institucional, e ressaltou a importância da união entre todas as instituições ligadas ao MP para que seus membros possam cumprir com a missão que lhes foi confiada pelo constituinte de 1988. "Juntos e, portanto, mais fortes, alcançaremos o objetivo comum que não se resume à defesa de nossa Instituição, mas se estende aos mais nobres temas que permeiam as necessidades de nossa sociedade", afirmou Dezan. O procurador-geral de Justiça da Paraíba, Oswaldo Trigueiro, despediuse da Presidência do CNPG fazendo um balanço de seu mandato. Ele destacou algumas iniciativas, como o protocolo firmado com o Banco do Brasil para a cessão de uso gratuito de espaço do CCBB de 700 metros para realização de reuniões do CNPG; a tentativa de aprovar a alteração da Lei 11.372/06, para reconhecimento no Legislativo do Conselho; e a luta contra a PEC 37. Por fim, destacou as qualidades da nova presidente como um exemplo de "trabalho, vontade e resolutividade". Na solenidade, ele foi homenageado pelos serviços prestados ao CNPG. 6 A nova diretoria do CNPG Foram ainda empossados nos cargos de vice-presidentes regionais: o procurador-geral de Justiça do Mato Grosso, Paulo Roberto Jorge do Prado (para a região Centro-Oeste); a procuradora-geral de Justiça do Maranhão, Regina Lúcia de Almeida Rocha (para a região Nordeste); o procurador-geral de Justiça de Roraima, Fabio Bastos Stica (para a região Norte); o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Carlos André Adriani Bittencourt (para a região Sudeste); o procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia, (para a região Sul); e o procurador-geral de Justiça Militar, Marcelo Weitzel Rabello de Souza (para o Ministério Público da União). A SecretariaExecutiva do CNPG será conduzida pela procuradora de Justiça do MPDFT Maria de Lourdes Abreu. Também tomou posse como Assessora Especial do CNPG a promotora de Justiça do MPDFT Ana Luiza Lobo Leão Osório. O Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) será presidido pelo procurador-geral de Justiça de Sergipe, Orlando Rochadel Moreira. 7