USO DE TOURO CURRALEIRO PÉ-DURO
PÉ DURO EM CRUZAMENTO PARA PRODUÇÃO DE CARNE DE
QUALIDADE NOS TRÓPICOS
Geraldo Magela Cortes Carvalho
Embrapa Meio-Norte
[email protected]
[email protected]
As condições climáticas prevalentes em áreas tropicais e subtropicais do requerem o uso de raças adaptadas ao
calor, doenças, parasitas e pastagens diversas para produzir carne, caso contrário haverá a necessidade de aumentar os
insumos (input) que podem acarretar despesas financeiras. Como resultado, a produção de carne nesses locais pode ser
ineficiente ou não competitiva. Exceto em áreas com clima fresco de altitude, é possível e vantajoso criar raças bovinas
já melhoradas (Bos taurus taurus)) nos trópicos. Todavia, a maioria dos programas de melhoramento genético em bovinos
de corte em países tropicais e subtropicais são essencialmente dedicados à criação de zebuínos (Bos
(
taurus indicus). Pela
expansão dos zebuínos, especialmente em ambientes tropicais, desde meados do século 20, sistemas produtivos em
condições naturais de pastagem começaram a oferecer carne em quantidade e preços competitivos. A necessidade global
crescente de proteína de origem animal, principalmente em países tropicais emergentes, provocou uma substituição de
taurinos tropicalmente adaptados, levando à erosão genética
gen
e à extinção de populações locais. De outro lado, alguns
fatores limitantes, como os aspectos de qualidade da carne (maciez), têm impedido a entrada desses novos produtos nos
mercados mais exigentes.
Entre os fatores que compõem a qualidade da carne, existem vários elementos sensoriais, destacando-se
destacando a maciez,
muito valorizada pelos consumidores (KOOHMARAIE et al., 1995; SCHROEDER e MARK, 1999; TATUM et al.,
1999). Alguns aspectos ante-mortem que podem influenciar a maciez da carne são a nutrição, idade,
ida
gordura e o
genótipo. Carne de origem zebuína apresenta níveis mais baixos de marmoreio e maciez, quando comparada com o gado
taurino, conforme indicado por diversas pesquisas (KOOHMARAIE et al., 1995; MOLETTE e RESTLE, 1996; VAZ et
al., 2002). Vários estudos mostram que a maciez da carne diminui com o aumento da proporção de B. indicus e muitos
autores afirmam que bovinos para produzirem carne macia não deveriam ter mais de 25% de genes zebuínos em sua
constituição (DIKEMAN, 1995; RUBENSAN et al., 1998;
1998 RESTLE et al., 1999). Cruzamentos rotacionais envolvendo
Brahman, nos Estados Unidos, com Hereford e Angus, foram estudados exaustivamente tendo gerado animais
competitivos em relação à qualidade da carne produzida. Todavia os bezerros que apresentam características
car
zebuínas
(orelha grande, excesso de pele e temperamento bravio), alcançavam
alcança m menor preço no mercado norte-americano.
norte
Esse fato
também tem colaborado para que o uso de zebuíno não ultrapasse ¼ no produto terminal (THRIFT e THRIFT, 2005;
OLSON, 2011). Esse objetivo tem sido alcançado na América do Norte com o uso de sistemas rotativos de cruzamentos,
utilizando-se touros mestiços F1 (B.
B. taurus + B. indicus),
), raças sintéticas, e como nova opção, touros (B.
( taurus)
tropicalmente adaptados, como o Senepol,
enepol, Romosinuano, Tuli e Texas Longhorn (O’CONNOR et al., 1997).
O uso de ferramentas do melhoramento genético, tais como a seleção e o cruzamento, podem alterar a composição
genética de uma população, manipulando-se
manipulando
a variabilidade biológica dentro e entre as raças para se obter a melhor
combinação aditiva e não aditiva em sistemas de produção (CUNDIFF, 1970). Esses métodos podem levar a uma
produção de carne em ambientes tropicais de acordo com a preferência de mercados-alvo,
mercados alvo, como gosto, sensibilidade e
preços acessíveis. Em razão da disponibilidade de um grande número de raças, biologicamente diferentes, diversas
estratégias de cruzamentos podem ser usadas, a fim de se adaptar o tipo de animal ao ambiente, elevar a produtividade e
melhorar a maciez da carne (ARANGO et al., 2002). Entre as estratégias, deve ser mencionada a formação de raças
compostas ou sintéticas pelo cruzamento de duas ou mais raças (B.
( taurus e B. Indicus).
). Em muitos casos, os resultados
foram produtos com bom rendimento de carne em ambientes tropicais e subtropicais, como consequência do vigor
híbrido entre os genótipos. Várias raças foram testadas, a fim de explorar a complementaridade e heterose, por meio de
cruzamentos para coincidir o potencial genético com necessidades mercadológicas
mercadológicas divergentes, recursos alimentares e
climas distintos (CHASE et al., 1997; CUNDIFF e GREGORY, 1999; CHASE et al., 2005; PLASSE et al., 2005;
WHEELER et al., 2010).
Para alguns sistemas de produção, é possível aumentar a proporção de B. taurus na descendência
des
a ser produzida
em até 50% para melhorar a qualidade da carne. Mas para a maioria dos sistemas de produção em regiões tropicais
quentes, que envolvem crescimento e terminação em pastagem, aumentar a participação de taurinos em 50% levará a
uma diminuição
minuição da adaptabilidade e eficiência. No entanto, com a existência e utilização de taurinos tropicalmente
adaptados, como as raças locais de origem ibérica, pode-se
pode se evitar a questão da adaptabilidade das raças europeias em
ambientes mais agressivos. Mesmo
mo que algumas raças locais apresentem níveis de produção menores quando
comparadas às comerciais, são extremamente
amente bem adaptadas aos trópicos onde foram naturalmente selecionadas ao
longo dos séculos (MARIANTE, 1990). Os bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro
Duro foram moldados em áreas tropicais do
Brasil desde o século 16, quando os colonizadores trouxeram bovinos de Portugal. Após quatro séculos de seleção
natural, a raça Curraleiro Pé-Duro
Duro surgiu enfrentando muitas dificuldades
dificuldades na adaptação. Essa raça reinou soberanamente
nas pastagens nativas,, fornecendo carne, leite, couro e trabalho em todas as regiões do País, fazendo parte de nossa
história (SANTIAGO, 1975). Entretanto, para ser uma raça alternativa no agronegócio, é necessário
ne
uma avaliação
prévia.
desmama, características de carcaça e avaliação da qualidade da carne são essenciais ao
Crescimento pós-desmama,
estabelecimento do valor potencial de uma alternativa de germoplasma a ser utilizada pela indústria de carne (CASAS et
al., 2006). Assim, além da conservação in situ e ex situ de bovinos Curraleiro Pé-Duro,
Duro, a Embrapa Meio-Norte
Meio
vem
realizando pesquisas com o intuiíto de dar uso e integrar essa raça local ao rentável agronegócio brasileiro. Pesquisas
relacionadas à adaptabilidade, ao desempenho do crescimento, características da carcaça e qualidade da carne vem sendo
realizados na raça desde 2008 e em produtos de cruzamentos envolvendo o uso de touros Curraleiro Pé-Duro e raças
comerciais especializadas como Nelore, Angus e Senepol em diversos sistemas de produção.
Metodologia de análise
Os dados foram coletados dos rebanhos Curraleiro Pé-Duro,
Pé
Nelore e mestiços F1 (Nel + CPD) pertencentes à
Embrapa, no Centro de Pesquisa Agropecuária do Meio-Norte
Meio Norte (CPAMN), em seu campo experimental localizado no
município de Campo Maior, no Estado do Piauí (04° 49’ 40” Sul e 42° 10’ 08” Oeste), na região Nordeste do Brasil. O
clima local é tropical seco, com uma temporada irregular de chuvas no verão, de dezembro a março, com precipitação de
aproximadamente 800 mm, sem chuva no resto do ano (abril a novembro). A fonte predominante de nutrição vem de
pastagens nativas de crescimento sazonal, naturalmente enriquecidas com folhas e vagens de leguminosas arbóreas e
arbustos. Os animais avaliados foram mantidos em sistema extensivo de criação, com água fresca e suplementação
mineral, A Tabela 1 mostra a composição da amostra dos animais avaliados.
Tabela 1. Caracterização da amostra avaliada, por ano e grupamento genético, entre machos e fêmeas
Ano
Grupo Genético
Curraleiro Pé-Duro
Nelore
½ CPD + ½ Nelore
¼ CPD + ¼ Nelore + ½ Angus
¼ CPD + ¼ Nelore + ½
Senepol
Total
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Total
41
14
39
-
33
14
32
-
25
16
38
-
52
16
41
-
54
15
39
-
51
14
38
-
46
15
42
12
14
54
14
44
12
22
356
118
313
24
36
94
79
79
109
108
103
129
146
847
Ao nascer, todos os bezerros foram tatuados na orelha e pesados (PV). No final de setembro de cada ano, foram
desmamados (P210) e o peso avaliado. Durante o período pré-desmame,
pré desmame, os bezerros foram amamentados pelas
respectivas mães sem suplementação alimentar (concentrados). Ao
Ao desmame, os bezerros foram separados das vacas,
classificados por sexo e colocados em pastagens nativas com suplementação mineral em cochos e água fresca em
tanques.
Ass bezerras, novilhas e vacas foram mantidas em pastagens melhores com suplementação alimentar
al
nos períodos
secos do ano, o que pode ter gerado algum confundimento com os efeitos ambientais de sexo no período pós-desmame.
pós
Após o desmame, os bezerros foram pesados ao ano (P365), ao sobreano (P18) e 24 meses (P24). Os animais foram
mantidos em jejum durante 16 horas antes das pesagens. O ganho de peso médio diário (GMD) foi analisado do
nascimento até o P24; o peso vivo antes do abate (PA), aos 28 meses de idade. O período entre P24 e PA foi de 132 dias
e durante esse tempo os novilhos foram colocados
colocados em uma pastagem com maior teor de proteína que no período anterior.
Os produtos machos Curraleiro Pé-Duro,
Pé
Nelore e F1 foram abatidos para avaliação da carcaça e da qualidade da
carne. Nessa etapa, as variáveis coletadas foram o peso vivo antes do abate (PV), circunferência torácica (CT), altura da
garupa (AG) e altura da cernelha (AC). Após o abate, foram coletados o peso da carcaça quente (CQ), o peso da carcaça
fria (24 horas após o resfriamento) (CF), área de olho-de-lombo (AOL) e rendimento de carcaça (RC). Os animais foram
abatidos em frigorífico comercial fiscalizado pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento (MAPA) e observados todos os princípios éticos recomendados à experimentação animal.
O pH da carne foi verificado no músculo Longissimus dorsi,, após 24 horas de acondicionamento em câmara fria,
na região entre a 12ª e 13ª costela, utilizando-se
utilizando se medidor de pH “Ana Lion Mod. PM 602”. Ao mesmo tempo, foram
coletadas amostras do mesmo músculo resfriado para avaliação da maciez, coloração, perda por cocção (PC) e
capacidade de retenção de água (CRA) no laboratório de avaliação de qualidade de carnes da Embrapa Pecuária Sudeste
(CPPSE), em São Carlos, SP. A perda por cocção foi determinada pela diferença
diferença entre os pesos do bife antes e depois do
cozimento até a amostra atingir em seu interior 70 ºC. Foram realizados análise de variância e teste de médias, utilizandoutilizando
se o programa SAS.
O período de nascimento foi dividido em dois: o Período 1 (P1) compreendeu os meses de janeiro, fevereiro e
março e o Período 2 (P2), abril, maio e junho, para avaliar os efeitos do mês de nascimento em épocas posteriores
(desmama, ao ano, sobreano, 24 meses e abate).
O modelo estatístico para o desempenho do crescimento
crescimento incluiu o efeito de raça, sexo do bezerro, período de
nascimento, ano de nascimento e interação entre mês e ano de nascimento em P210, P365, P18, P24 e ao abate. Nas
pesagens à desmama e nas subseqüentes, foram incluídos a idade do bezerro no modelo como
como covariável. Para análise
das características de carcaça, foram incluídos no modelo o efeito de raça, peso ao abate e idade do animal como
covariável. Efeitos de sexo não se mostraram significativos e foram excluídos do modelo final. Carcaça e qualidade da
carne foram analisados por procedimentos contidos no SAS. O teste de Tukey foi utilizado para estimar diferenças
significativas entre os resultados médios de cada avaliação. Os níveis de heterose individual (%) foram calculados
usando-se os contrastes lineares entre quadrados mínimos das médias dos produtos puros (NEL e CPD) e dos mestiços
(F1).
Resultados
O resumo da análise de variância dos efeitos ambientais sobre NEL, CPD e F1 encontra-se
encontra na Tabela 2. Não houve
diferença significativa entre os sexos, embora tenha havido uma tendência favorecendo as fêmeas, que foram mais
pesadas que os machos em P24. A raça teve efeitos significativos em todos os pesos, quando NEL e F1 foram mais
pesados que o CPD, no entanto nenhum efeito significativo foi observado
obse
entre NEL e F1 em P365, P18 e P24.
Tabela 2. Análise
nálise de variância de alguns efeitos ambientais sobre o desempenho de NEL, CPD e F1.
Características
PN
P210
P365
P18
P24
P28
Sexo dos bezerros
NS
NS
NS
NS
NS
-
Raça
**
**
**
**
**
**
Período de nascimento
**
*
**
NS
NS
NS
Ano de nascimento
NS
**
**
*
**
-
Interação Período/ano de nacimento
NS
-
Idade em dias
*
**
**
NS
**
*
NS
NS
NS
NS
NS: não significativo; *: P<0,05; **: P<0,01
O desempenho ponderal, por mês e período de nascimento, do NEL, CPD e F1 é apresentado nas Tabelas 3 e 4.
Bezerros Curraleiro Pé-Duro
Duro que nasceram no P1 foram significativamente mais pesados em todas as ocasiões. Bezerros
Nelore que nasceram no P1 também foram significativamente mais pesados em P210 e P18 e mostraram uma tendência a
serem mais pesados em outras
ras ocasiões.
Tabela 3.. Desempenho ponderal, por mês de nascimento, do Nelore, Curraleiro Pé-Duro
Pé Duro e mestiços F1
Nascimento
PN
P210
d
109.63
P365
a
128.71
P18
de
175.05
P24
a
204.73 c
Janeiro
22.67
Fevereiro
22.93 d
98.78 b
122.09 e
166.51 a
195.54 c
Março
25.05 d c
108.93 a
149.48 c
180.16 a
230.00 b
Abril
28.15 b a
115.46 a
161.89 b
179.39 a
237.39 a b
Maio
26.39 b c
84.68 c
138.39 d c
137.08 b
181.92 c
Junho
30.67 a
108.20 b a
174.33 a
180.13 a
257.88 a
abcde
: Médias com letras iguais na mesma coluna não são significativamente diferentes.
Bezerros mestiços que nasceram em P1 foram significativamente mais pesados em P210, P365 e P18, quando
comparados com aqueles nascidos em P2, expressando uma tendência a serem mais pesados em outras pesagens.
pesag
A
covariável idade do bezerro foi significativa em P210, P365 e P18.
Tabela 4.. Desempenho ponderal por período de nascimento
Grupamento
Curraleiro Pé-Duro
Nelore
Cruzado F1
Período
PN
P210
a
72.22
a
P365
96.63
a
P18
138.15
P24
a
165.98a
P1
21.73
P2
20.05b
42.33b
67.27b
107.53b
138.80b
P1
29.71a
166.41a
180.89a
216.76a *
272.33a *
P2
31.33a
135.83b
183.00a
191.17b *
264.18a *
P1
27.58a
135.04a
153.08a
210.46a *
239.04a *
P2
30.00a
90.69b
140.15b
184.46b *
223.46a *
P: período de nascimento; P1: bezerros nascidos em janeiro, fevereiro e março; P2: bezerros nascidos em abril, maio e junho; a b:
médias com mesma letra na mesma coluna em período de nascimento não são diferentes; *: não significativo entre grupos genéticos.
genétic
Na avaliação de carcaças quentes e comprimento do corpo, o F1 foi mais pesado e teve o corpo maior,
aproximando-se
se do Nelore em tamanho. Não houve diferença no rendimento de carcaça entre NEL e F1. A área de olhode-lombo do Curraleiro Pé-Duro,
Duro, mesmo sendo bem menor, foi igual à do Nelore. O INDEX do CPD foi igual ao do F1,
indicando melhor rendimento de carcaças que o Nelore puro. Quanto à cor da carne, CPD e F1 foram mais escuras que a
Nelore. Quanto à AOL, esta foi expressivamente maior no F1 que nass raças puras, seguida do CPD e Nelore. Nenhum
nível significativo de heterose foi encontrado para características de carne, exceto para a cor da carne (3,8%) no F1. A
Tabela 5 mostra resultados de várias avaliações fenotípicas em grupamentos Nelore, CPD e mestiços, além da heterose
nos mestiços (F1).
Tabela 5. Média dos quadrados mínimos para crescimento (e heterose), carcaça e carne dos grupamentos avaliados.
Característica
Nelore
Mestiço (F1)
CPD
Heterose (%)
Peso ao nascer
30,43a
28,81b
20,16c
12,20
c
16,67
95,54c
20,86
128,46
b
Peso ao desmame
147,57
Peso ao ano
182,20a
175,48b
a
b
202,62
66,53
15,60
16,52
210,09
Peso aos 24 meses
266,30a
255,62b
160,47c
a
b
c
Peso abate
330,42
Ganho de peso diário
0,323a
0,318b
0,234c
12,42
Carcaça quente
155,92a
141,42b
93,20c
12,02
a
b
91,08
c
11,94
44,26
c
5,53
42,64
c
17,69
46,32
a
8,36
19,32
a
-
Rendimento de carcaça (%)
Área de-olho-de-lombo (cm2)
INDEX carcaça
INDEX peso vivo
Força de cisalhamento
Capacidade de retenção de água
Luminosidade da carne (LC)
Intensidade de vermelho na carne (aC)
Intensidade de amarelo na carne (bC)
Ph
Perda por cocção
152,83
48,94
52,50
b
33,75
16,08
6,99
a
c
b
a
297,21
131,95
c
Peso ao sobreano
Comprimento do corpo
1
a
138,33
49,33
a
57,76
a
41,03
b
19,48
a
8,78
a
77,6
a
76,10
a
38,60
a
11,70
a
11,20
a
11,10
a
a
6,03
25,00
a
36,50
12,90
5,77
a
b
27,00
a
a
220,60
6,87
a
7,92
21,07
78,40
a
0,45
36,60
a
- 3,01
b
3,88
a
0,00
13,10
11,00
5,86
a
23,00
a
- 3,03
12,68
: Kg; 2 : cm; INDEXcar : AOL / 100 kg de carcaça; INDEXpv : AOL / 100 de peso vivo.
: médias com mesma letra na mesma linh não são diferentes.
abc
A maciez da carne será objetivo de melhoramento na continuação do trabalho, no cruzamento F2 (CPD + Nelore +
Angus ou Senepol) terminal, quando as fêmeas F1 (NEL + CPD) serão inseminadas com Angus e/ou Hereford, e os
produtos, machos e fêmeas, encaminhados ao abate. Esse sistema proporcionará um uso excepcional para a raça CPD,
uma vez que será necessário a manutenção de rebanhos puros para produção de touros, visando
visan cruzamentos e coleta de
sêmen. Pode-se
se vir a ter uma raça especializada para enfrentar um cenário de aquecimento global e explorar um sistema
sustentável de pecuária integrada ao meio ambiente. Os taurinos Curraleiro Pé-Duro,
Pé Duro, tropicalmente adaptados, podem
po
ser
uma alternativa muito interessante para o agronegócio brasileiro, considerando-se
considerando se a redução do uso de insumos em geral
e a preservação do meio ambiente. A Tabela 6 apresenta as correlações fenotípicas (%) entre as medidas corporais e
característicass de carcaça entre produtos NEL, CPD e F1.
Tabela 6.. Correlações fenotípicas (%) entre pesos e características de carcaça nos grupamentos avaliados conjuntamente
Variável
P210
P365
P18
P24
Abate
CQ
RC
AOL
PN
35 ± 3.22
47 ± 0.31
53 ± 0.60
53 ± 0.07
56 ± 0.02
53 ± 0.07
34 ± 3.53
24 ± 14.7
P210
P365
91 ± 0.01
92 ± 0.01
80 ± 0.01
80 ± 0.01
76 ± 0.01
52 ± 0.08
38 ± 1.83
94 ± 0.01
83 ± 0.01
87 ± 0.01
84 ± 0.01
60 ± 0.01
47 ± 2.90
P18
83 ± 0.01
88 ± 0.01
84 ± 0.01
58 ± 0.02
44 ± 0.06
P24
Abate
CQ
RC
87 ± 0.01
85 ± 0.01 98 ± 0.01
66 ± 0.01 76 ± 0.01 87 ± 0.01
44 ± 0.58 50 ± 0.15 56 ± 0.03 59 ± 0.01
O ganho de peso somente em heterose seria igual a uma arroba por animal, mas esse ganho é maior em produção
de bezerros desmamados, ao ano, ao sobreano, aos dois anos de idade e na carcaça quente (Figura 01). Avaliação com
terminação em confinamento encontra-se
se em fase final.
Figura 01. Ganho de peso devido à heterose
het
no produto F1
Discussão
A oportunidade de exportação também influencia a demanda, particularmente o acesso aos principais mercados
internacionais em crescimento e também influencia a demanda interna. De acordo com o USDA (2011), as taxas de
crescimento das exportações de carne bovina
bovina dos principais países exportadores, incluindo Estados Unidos, será de 1,7
por cento anualmente durante o período de projecção de 2011 a 2020. O aumento crescente da renda per capita,
combinadas com o crescimento da população em vários países são os fatores
fatores decisivos para o crescimento na demanda
mundial por carne bovina. O consumo mundial de carnes deverá continuar crescendo, principalmente nos países
emergentes e os fornecedores históricos como Austrália, Argentina, Nova Zelândia, Uruguai e EUA, não têm a
capacidade física para produzir mais.
Os EUA, México e Canadá também aparecem como potencial para elevar o consumo mas suas produções não
deverão aumentar consideravelmente. Para aumentar a produção de carne, a fim de atender a demanda atual e futura
futur
existem duas alternativas: produzir em clima temperado com engorda baseada em grãos, ou o uso pastagens naturais por
meio de Germoplasma tropical adaptado. Sistemas de pastejo cobrem a maior área da terra e são estimados atualmente
por ocupar 26 % da superfície
erfície terrestre livre de gelo (Steinfeld et al., 2006). Opção futura é a produção de carne em
sistemas in vitro,, que ainda estão em fase inicial com resultados duvidosos (DATAR
(
e BETTI 2010).
A utilização de zebuínos e taurinos adaptados para produção de carne são bem estudados em regiões subtropicais
e mesmo temperadas (FRANKE,, 1980; CUNDIFF e GREGORY 1989; CHASE et al, 1997;. ARTHUR et al, 1999;
CUNDIFF e GREGORY, 1999; TEIXEIRA e ALBUQUERQUE 2005; CHASE et al, 2005).. Avaliação das
características de carcaça, desempenho e qualidade da carne é imprescindível para se determinar o valor potencial de um
recurso de Germoplasma alternativo para produção de carne. A seleção tem enfatizado o crescimento rápido favorecendo
animais mais gordos, o que levou ao aumento
aumento do peso maduro de muitas raças. Tamanho ideal dos animais está
relacionado com a nutrição e oferta alimentar em cada ecossistema, tamanho pequeno pode ser um benefício de acordo
com o ambiente (CARTWRIGTH e BLACKBURN,
BLACKBURN 1989). Para se produzir carne em
m um sistema de baixo input em
ambiente semi-árido,
árido, a adaptação da raça, incluindo o tamanho maduro, é um pré-requisito
pré requisito crucial.
Blackburn e Colling (2008) assinalaram que para que a introdução de uma nova raça seja bem sucedida, nos
Estados Unidos, se baseian
eian em várias característica produtivas e ter interesse e aceitação pelo setor privado. Introdução
baseada em apenas um carácter não se mostraram sustentáveis, especialmente quando outras características importantes
economicamente são comprometidas. Portanto,
Portanto, outras características além de adaptabilidade devem estar presentes como
a reprodução, crescimento, peso maduro e desempenho comportamental do ponto de vista do produtor. Por outro lado, as
necessidades do consumidor requerem a mesma importância: carne
carne saudável e macia a um preço satisfatório.
Diferenças na eficiência entre raças irá influenciar a proporção de raças comerciais, e zebuínas versus ou
adcionada às rças locais. Enquanto algumas características das raças tropicais talvez se tornem interessantes,
interessa
as
mudanças climáticas poderão terminar em uma reavaliação do valor das raças taurinas locais (FAO, 2009). Não apenas
se as mudanças climáticas ultrapassarem a capacidade produtiva das raças comerciais que estão em uso hoje, mas
também o requerimento de uso em regiões tropicais para produção de carne a partir recursos genéticos melhor adaptados
para melhorar os sistemas locais de produção. Nesse caso, conforme McManus et al. (2008) cruzamentos estratégicos
com raças mais bem adaptadas poderão ocorrer. Todavia, a produção em diferentes modelos ou situações implicam
emdisponibilidade de espécies ou raças diferentes. Em qualquer situação, espera-se
espera se que apenas as raças bem
caracterizadas serão usadas em cruzamentos específicos ou inserção de genes para elevar
elevar a adaptação ao calor em raças
mais produtivas (FAO, 2009).
Na avaliação dos efeitos ambientais que influenciaram os desempenho dos animais estudados, o efeito de raça foi
significativo no peso vivo em todas as idades sendo o NEL o mais pesado quando comparado
comparado ao CPD, mas não foi
observado diferença significativa ao sobreano, e P24 quando comparado com os mestiços F1. Apesar de serem um pouco
mais leve do que o NEL, o F1 exibiu um rendimento de carcaça semelhante, porém uma área de-olho-lombo
de
significativamente
vamente maior (13%). Os Curraleiro Pé-Duro
Pé Duro apresentaram Index (19%) e AOL (3%) por 100 kg de carcaça
produzida que o Nelore, respectivamente. Estes resultados sugerem que o Curraleiro Pé-Duro
Pé Duro ou mestiços F1 podem ser
mais vantajosos do que NEL para produção de carne em regiões de ambiente mais exigente, quando se utiliza este
indicador específico de produtividade (RC, AOL ou INDEX).
De acordo com Cundiff et al. (1986) o efeito da heterose em gado de corte, normalmente
normalmente varia de 1 a 11% para
peso ao nascer, de 3 a 16% para peso ao desmame, sendo os cruzamentos entre zebuínos e taurinos os que atingem os
valores mais elevados na escala. Em geral os produtos Zebu x Taurus apresentam altos níveis de heterose devido
devid ao
maior número de locus heterozigóticos do que os cruzamentos entre raças próximas. Tanto a raça Nelore quanto a CPD
são adaptados a ambientes tropicais; o peso corporal e o tamanho tão distintos entre as raças em avaliação; e as grandes
diferenças no desempenho
esempenho podem explicar em parte os altos níveis de heterose nos produtos F1. Além disso, a
complementariedade no heterozigoto agregando genes capazes de gerir melhor as ofertas reduzidas de ambientes
desfavoráveis também deve ter ocorrido. O desempenho de
d NEL, CPD e F1 são mostrados na Figura 02.
Figura 02.. Desenvolvimento ponderal de bovinos Nelore, CPD e F1, do nascimento ao abate
Gregory et al., 1993, com base nos resultados do Programa de Avaliação de Germoplasma no Centro de Pesquisa
Animal dos EUA mostraram que a variação dentro de raças muita vezes é maior que a variação entre raças em algumas
características bioeconômicas. Conforme Koohmaraie
Koohmaraie (2003) em um estudo realizado entre raças diferentes,
aproximadamente 46% da variação na maciez da carne é devido a raça genótipo enquanto que 54% das variações são
explicadas pelo efeito de ambiente. Quando a análise foi feita dentro da mesma raça variação genética individual
explicou apenas 30% das diferenças de sensibilidade, enquanto 70% mostraram-se
mostraram se efeito ambiente dependente. A grande
amplitude entre as medidas mínimas e máximas nos genótipos analisados nesta pesquisa indica que existe um grande
gra
campo de melhoramento genético para identificar e selecionar animais superiores para melhorar o desempenho, o ganho
de peso diário, a área de olho-de-lombo
lombo e o rendimento de carcaçae e maciez (Tabela
(
4.6).
Existe grande correlação entre os pesos vivos e medições do corpo (tabela 4.7) após o desmame o que indica que
a selecção baseada em idade precoce pode influenciar o peso adulto. Mas o aumento de peso à maturidade,
especialmente em vacas, pode não ser o objetivo em lugares onde recursos forrageiros é caracterizado pela variabilidade
sazonal na qualidade e quantidade. Peso vivo em diferentes idades apresentaram altas correlações com peso de carcaça
quente, mas de baixa a moderada com rendimento de carcaá e área de-olho-de-lombo.
de
lombo. A relação entre AOL e peso
pe de
carcaça (INDEX) pode ser mais eficiente para melhorar a produção de carne na raça CPD do que apenas o desmpenho
ponderal. A média do índice encontrado na presente pesquisa para NEL, CPD e F1 foi de 16,48; 21,02 e 20,46,
respectivamente, em média, aos 28 meses de idade.
A AOL é um componente chave na determinação do grau do rendimento de carcaça e valor da carcaça. De acordo
com Olson (2011) o aumento da AOL não é proporcional ao aumento do ganho de peso do corpo. O autor citado
recomenda um índice padrão
drão de 6,77 cm2 de AOL por 100 kg de peso de carcaça ao sobreano tomadas pelo ultrasom.
Drake e Chapman (2008) sugeriram que um valor mínimo para o Index por 100 kg de peso vivo é de no 5,5 cm2 como
critério de selecção no sobreano. Mais pesquisas para determinar um índice de seleção eficaz para melhorar componentes
da carcaça do CPD em idades mais precoces deve ser realizado.
Por muito tempo o objetivo principal do melhoramento genético foi avaliar o ganho de peso em cruzamentos
usando-se raças exóticas nas raças locais (DICKERSON,
(
1993). Agora visa-se
se o contrário, usar touros taurinos
tropicalmente adaptados e testados para produção de carne macia em clima tropical que por sua vez seriam utilizados em
cruzamentos terminais com raças melhoradas taurina como
c
Angus vermelho e Senepol para conseguir produtos
compostos F2 (25% Nelore, B. indicus + 25% Curraleiro Pé-Duro,
Pé
B. taurus + 50% “top” Angus ou Senepol, B. Taurus)
para produzir carne bem macia. Esse cruzamento estratégico pode melhorar a produção e a qualidade da carne, reduzindo
a porcentagem de B. indicus,, ampliar a produtividade, retenção de heterose e adaptabilidade mantida
mantid para os ambientes
tropicais.
Conclusões
•
Os Curraleiros Pé-Duro
Duro apresentaram maior relação (Index) AOL por 100 kg de carcaça em relação ao Nelore e
F1.
•
Fêmeas cruzadas F1 apresentaram desempenho ponderal favorável, quando comparado ao Nelore e Curraleiro
Pé-Duro.
•
A grande amplitude entre os resultados mínimos e máximos em desempenho de crescimento, características de
carcaça e qualidade
ualidade da carne são um indicativo da possibilidade de utilização de ferramentas de melhoramento
genético para melhorar esses índices bioeconômicos.
•
Investigação em curso para determinar a contribuição máxima de Curaleiro Pé-Duro
Pé Duro para elevar a produção de
carne na Caatinga e no Cerrado.
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Uso de taurinos tropicalmente adaptados em cruzamento industrial