Instruções para coleta de Sangue de Cordão Umbilical e
Placentário
Doação Não-Aparentada
Objetivo: Orientar o procedimento para a coleta de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário –
SCUP.
Clientela: Profissionais envolvidos no processo – Médicos (Hematologistas, Oncologistas ou
Obstetras) e Enfermeiros.
Material Necessário
Material Fornecido (kit de coleta)
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Bolsa de coleta de SCUP. Modelo atual: Baxter, tripla, com 63mL de CPDA-1 como
anticoagulante - 1 unidade;
Tubos para análise sorológica materna:
o Tubos de coleta de sangue tampa roxa (lilás) contendo EDTA, de 4,5mL – 2
unidades;
o Tubos de coleta de sangue tampa amarelos com gel, sendo 1 unidade de 8,5mL e
2 unidades de 4,5mL;
Questionário (instrumento de informação de coleta) para coleta de SCUP (modelo nãoaparentado) – 1 questionário;
Termo de consentimento livre e esclarecido – 2 unidades (1 termo de consentimento deve
retornar ao BSCUP do INCa devidamente assinado; a segunda cópia é dos
pais/responsáveis);
Material não fornecido
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Agulhas 40 x 12 - 2 unidades
Luva de procedimento – 2 unidades;
Luva Estéril - 3 pares;
Pacotes de gazes – 2 unidades com aproximadamente 4 gazes;
Scalp Nº 21 ou 23 - 2 unidades;
Seringa 20 mL – 1 unidade;
Seringa 10 mL- 1 unidade;
Seringa 5 mL – 1 unidade;
Caixa térmica – 1 unidade que comporte a bolsa de coleta e documentos;
Frasco – Álcool 70 % - 100 mL - 1 unidade ou equivalente de acordo com as normas
locais de desinfecção e controle de infecção hospitalar;
Frasco clorohexidina (gluconato de) alcoólica 0,5% - 100 mL - 1 unidade ou equivalente de
acordo com as normas locais de desinfecção e controle de infecção hospitalar.
Informações Úteis
O Sangue de cordão Umbilical e Placentário (SCUP) representa mais uma fonte
alternativa na obtenção de Células Tronco e Progenitoras Hematopoiéticas (CTPHs) para o
Transplante de Medula Óssea (TMO). Além de ser considerado até pouco tempo lixo hospitalar, o
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SCUP apresenta algumas vantagens frente à outras fontes de CTPH. Como o sangue decordão é
imunologicamente mais imaturo, ocasionando uma menor freqüência de doença enxerto contra
hospedeiro (DECH), principal complicação pós-TMO. Contudo, o SCUP encontra como limitações
um menor número de células-tronco disponíveis, e a possibilidade de uma única coleta.
A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA RDC 153 de 14 de
junho de 2004, que regulamenta os Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário
(BSCUPs) estabelecem critérios na seleção da doadora voluntária, tais como:
• Idade – 18 a 36 anos;
• Pré–natal documentado com pelo menos 2 consultas;
• Parto normal ou cesárea;
Assim como fatores de exclusão, à saber:
• Comportamento de Risco – Uso de drogas, Promiscuidade sexual, doenças infecto
contagiosas como: Hepatite, DST, Doença de Chagas, Malária, etc.;
• Doenças que possam interferir na vitalidade da placenta, como: Diabete Mellitus,
Hipertensão arterial, etc.;
• Uso de medicamentos anti-depressivos, corticóides, ansiolíticos, hormônios de modo
geral, etc.
• Tempo de bolsa rota mais de 18hs;
• Prematuridade – abaixo de 32 sem.;
• Peso fetal do RN – abaixo de 1,500 grs.;
• História familiar para doenças hematológicas e metabólicas.
A unidade coletada será processada, analisada pelo laboratório do Banco de Sangue de
Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) – INCA e se congelada, permanecerá em uma
“quarentena“, (2 a 6 meses) aguardando pelo retorno da mãe.
Após o retorno, se liberado, o SCUP será disponibilizado no REDOME - Registro de
Doadores de Medula Óssea, para uso de qualquer pessoa que não tenha um doador familiar
compatível.
Método da Coleta
1) Preencha o formulário (instrumento de coleta) com os dados fornecidos pela mãe ou
responsável. O preenchimento desse formulário pode ser feito tanto antes quanto depois do
parto. O termo de consentimento também deverá ser assinado, antes do parto, sendo a 2ª via
da mãe.
2) Após o nascimento, pince o cordão umbilical o mais próximo possível ao recém nascido. Não
tracione o cordão, nem realize ordenha do mesmo. Depois de seccionado, manter uma pinça
clampeada (prendendo o fluxo) do segmento que leva a placenta (semelhante ao que ocorre
com o segmento que leva ao recém nascido). Comunique ao obstetra que será retirada uma
amostra de sangue do cordão ao final do procedimento para eventuais necessidades da
maternidade.
3) A coleta poderá ser realizada com a placenta ainda in útero ou após a sua dequitação (exútero). Se optar pela coleta ex-útero, a placenta deverá ser suspensa por um membro da
equipe, com auxílio de compressas de gaze, favorecendo a drenagem do SCUP por ação da
gravidade. A retirada da placenta quando manual deverá ser cuidadosa, visto que a
fragmentação da mesma acarreta em perdas significativas de sangue de cordão.
4) Realize a assepsia do segmento de cordão umbilical com álcool 70 % e clorohexidina
alcoólica, promovendo a limpeza no sentido distal para proximal (subindo em direção a
inserção do cordão). Utilize 1 (uma) luva estéril para o recebimento da placenta, outra para a
limpeza do cordão e em seguida para a coleta propriamente dita.
5) Realize a punção do cordão em aproximadamente 2 a 3 min, após a suspensão da placenta.
Caso a coleta seja In útero não será necessário tempo para o ingurgitamento do cordão.
Puncione o cordão na parte distal mais próximo à pinça, caso o fluxo seja diminuído ou
cessado, pince novamente acima da antiga punção e realizar nova assepsia e punção no
cordão na tentativa de aumentar o volume coletado. Repita o procedimento o quanto for
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necessário, sempre fechando o sistema de coleta (bolsa) com grampo (clip) azul próximo à
agulha, mantendo o sistema fechado. A bolsa de coleta deverá estar abaixo da mesa (ex útero)
ou da mesa de parto (in útero), facilitando a drenagem do SCUP. O volume coletado é o
principal critério para uma coleta bem sucedida, seguido da esterilidade. Quanto maior o
volume, maior o número de células tronco, possibilitando atender pacientes com maior
idade.
Após a coleta, o segmento da bolsa terá que ser selado ou fechado com 2 (dois) nós fortes
para garantir esterilidade do material e impedir perdas por vazamento da bolsa. A mesma
deverá ser identificada com as iniciais da mãe, a data, o horário, o local da coleta e o
responsável pela coleta. Ao término de todo o procedimento deverá ser coletado a amostra do
recém nascido. Essa amostra deverá conter cerca de 2 a 3 mL de SCUP, em tubo apropriado e
devidamente identificado (de acordo com a instituição) e entregue a enfermagem do setor,
para que a mesma possa ser identificada e encaminhada ao laboratório da instituição.
Colete os dados do recém nascido e complete o questionário (Instrumento de Coleta).
Colete as amostras maternas para sorologias de rotina utilizando os 5 (cinco) tubos enviados e
consequentemente, identifique-los, com as iniciais da mãe, data e hora. Opcionalmente, podese aproveitar o acesso venoso obtido pelo anestesista para essa coleta.
Acondicionar a unidade coletada em caixa/maleta térmica, devidamente identificada para
material biológico e com gelo reciclável (mantenha o gelo reciclável no congelador até esse
momento). A unidade coletada deverá ser encaminhada ao Banco de Sangue de Cordão
Umbilical e Placentário – BSCUP do INCa nas primeiras 24 h após a coleta e até ao envio
mantê-la sob a refrigeração de 4° C e 24° C.
Ao envio da unidade relacionar os seguintes itens:
1. Caixa Térmica : Bolsa de SCUP e amostras materna( 05 tubos), todas identificadas;
2. Instrumento devidamente preenchido e assinado:
3. Termo de Consentimento assinado – 1ª via.
Obs.: Solicitamos aos profissionais envolvidos no processo, tais como: médicos e enfermeiros a
assinatura no Termo de Consentimento como testemunhas.
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COLETA AMOSTRA MATERNA PÓS NATAL - 3M
Objetivo: Receber amostra materna para follow up de três meses (3M) da Doação Voluntária, para
disponibilização das Células Tronco e Progenitoras Hematopoiéticas – CTPHs no Registro de
Doadores de Medula Óssea. (REDOME), conforme resolução ANVISA RDC 153 de 14 de junho de
2004.
Clientela: Profissionais envolvidos no processo – Médicos (Hematologistas, Oncologistas ou
Obstetras) e Enfermeiros
Material Necessário
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Agulhas 40 x 12 – 1 unidade;
Luva de procedimento - 1 par;
Questionário de Retorno – Follow Up 3M - 2 vias;
Scalp Nº 21 e 23 - 1 unidade;
Seringa 10 ml – 1 unidade;
Tubo de coleta de sangue tampa amarelos com gel, sendo 1 unidade de 8,5mL;
caixa térmica;
Sachê de Álcool;
Curativo – band-aid para punção;
Equipamento de proteção individual (EPI): óculos, avental ou jaleco, etc...
Informações Úteis
No Follow up das doadoras se investiga enfermidades congênitas ou infecciosas não
detectadas anteriormente. Lembrando, que a unidade coletada uma vez congelada, permanecerá
em uma “quarentena” de 2 a 6 meses até o retorno da doadora para a coleta da 2ª amostra
materna.
Os resultados positivos obtidos na amostra materna ou na unidade serão registradas,
comunicadas ao médico da doadora e a mesma será excluída do inventário.
O follow up assegurará a qualidade das CPHs, as quais serão disponibilizadas no Registro
de Doadores de Medula Óssea, REDOME para uso de qualquer pessoa que não tenha um doador
familiar compatível.
Método da Coleta
1) A coleta da amostra materna poderá ser realizada durante a entrevista.
2) Utilizando equipamento de proteção individual (EPI), realize a assepsia no local da punção
venosa com álcool 70 % e colete 10mL de sangue periférico.
3) Após a coleta a amostra deverá ser identificada com as iniciais da mãe, a data, o horário, o
local da coleta e o responsável pela coleta.
4) Acondicionar a amostra coletada em caixa térmica devidamente identificada para material
biológico com gelo reciclável e encaminhar ao Banco de Sangue de Cordão Umbilical e
Placentário – BSCUP nas primeiras 24 h após a coleta e até ao envio, mantê-la sob a
refrigeração de 4° C e 24° C.
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Ao envio da amostra relacionar os seguintes itens:
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Caixa Térmica : Amostra materna - 1 tubo amarelo identificado;
Questionário (Instrumento de informação follow up 3M) devidamente preenchido – 2 vias;
Endereço para remessa:
Quando chegada em horário comercial
2ª a 6ª Feira, de 8 às 17horas.
Banco de Sangue de Cordão Umbilical
Centro de Transplante de Medula Óssea
Praça da Cruz Vermelha, 23 2º Andar Centro
CEP 20230-130 Rio de Janeiro – RJ
Tel: 0 xx 21 2506-6390
Fax: 0 xx 21 2506-6564
e-mail: [email protected]
Quando fora do horário comercial
Plantão da Unidade de Internação
Centro de Transplante de Medula Óssea
Centro de Transplante de Medula Óssea
Praça da Cruz Vermelha, 23 7º Andar Centro
CEP 20230-130 Rio de Janeiro – RJ
Tel: 0 xx 21 2506-6219
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