O campo científico do
Terceiro Setor:
correntes e autores
Carolina Andion
A Corrente do “Terceiro Setor”
 Uma das mais influentes no Brasil
 Termo utilizado na acepção dos países anglo-saxões
 Caráter de complementaridade em relação ao Estado e
ao mercado
 Pouco espaço para o conflito
 Perspectiva da eficácia operacional x mudança social
 Inspiração na ideologia neoliberal (confluência perversa)
Autores representativos: Bresser Pereira, Geremy Rifkin,
Lester Salamon, Ruth Cardoso
A Corrente Neo-marxista
 Utilização do termo economia solidária (com um
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sentido próprio)
Economia solidária surge com o capitalismo
Constitui um modo de produção
Recuperação de conceitos marxistas
Foco na autogestão
Arquitetura da argumentação – antagonismos
Autores representativos: Armando Lisboa, David Cattani,
Genauto França
A Corrente Pluralista
 Utiliza o conceito de sociedade civil e de ONG
 Se interessa pelos processos de mobilização social
 Tranformações em curso – redefinição da prática
democrática, tendo a sociedade civil como protagonista
 Levantam as virtudes dos processos de participação
 Sociedade civil como espaço de múltiplas identidades e
a política é vista como lócus de embate entre esses
interesses
 Estado perde a força e sociedade civil é colocada como
espaço onde ocorre as principais inovações na esfera
política
Autores representativos: Ilse Scherer-Warren, Ana Cláudia
Chaves Teixeira, Boaventura Souza Santos
Corrente da Economia Plural
 Utilização do termo economia social ou solidária.
 Interpretação dessas iniciativas enquanto “formas de ação
coletiva que visam empreender de outra forma”
 Essa definição considera três dimensões:
- Social: projeto coletivo à partir de uma demanda socioambiental
- Econômica: empreendimentos que vão além da lógica do mercado
formal
- Política: partem de múltiplos projetos sociopolíticos
Autores representativos: Louis Favreau, Benoît Lévesque (Québec)
Jean-Louis Laville, Bernard Eme e Guy Roustang (França), Carolina
Andion e Maurício Serva (Brasil)
Corrente Crítica
 Pouco representativa no Brasil
 Denuncia que a defesa de uma “democracia de
proximidade” mascara a privatização dos
espaços públicos
 Fortalecimento da sociedade civil leva a uma
democracia setorial
 Decisões são fruto da negociação entre atores
(cooptação)
 ONGs como instrumentos da agenda neoliberal
Autores representativos: Gaudin, Hermet, Kazancigil e
Prud’homme (França), Maria Célia Paoli (Brasil)
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O Terceiro Setor no mundo e no Brasil: panorama e desafios