(Texto Comp.) Movimento Retilíneo 1 Aula 04. RETAS TANGENTE E NORMAL, TAXA DE VARIAÇÕES E DERIVADAS DE FUNÇÕES Texto Compl. - MOVIMENTO RETILÍNEO Este texto tem como objetivo tratar de um problema físico, cuja finalidade é estabelecer os conceitos de velocidade e aceleração de uma partícula em movimento retilíneo num determinado instante. O limite da definição de m Po também ocorre no movimento retilíneo de uma partícula, isto é, uma partícula se deslocando ao longo de uma reta. Considere um eixo coordenado na horizontal, convencione que a distância seja negativa se a partícula está à esquerda da origem e positiva se a partícula está à direita da origem. O eixo coordenado pode estar em qualquer outra posição, contudo é indispensável convencionar o sentido de crescimento. Seja f uma função que dá a distância orientada s da partícula no instante t, então s é uma função de t definida por s = f ( t ). A equação s = f ( t ), chama-se uma equação de movimento da partícula. Se ∆s = f ( t + ∆t ) − f ( t ) é o espaço percorrido pela partícula do instante t ao instante t + ∆t , então a velocidade média v m da partícula no intervalo de tempo ∆t é definida por v m = ∆s . ∆t A velocidade média de uma partícula num período de tempo ∆t, não dá uma informação precisa da velocidade que a partícula está desenvolvendo exatamente no tempo t 0 ou em qualquer outro instante entre t o e t o + ∆t, mas apenas uma média das velocidades nos instantes de t o a t o + ∆t. Assim é natural pensar que quanto menor for ∆t, melhor será a aproximação da velocidade da partícula em t o com a velocidade média no intervalo de tempo ∆t. Isto sugere que se defina a velocidade da partícula em t o, como a seguir. Sendo s = f ( t ) a equação de movimento de uma partícula que se desloca em movimento retilíneo, a velocidade da partícula no tempo t o é chamada de velocidade instantânea (ou simplesmente, velocidade) da partícula em t o, é indicada e definida por f ( t o + ∆t ) − f ( t o ) , ∆t → 0 ∆t v I ( t o ) = lim desde que este limite exista. 2 (Aula 04) Exemplo Resolvido. Se s = t 2 − 2t + 2 é a distãncia percorrida por uma partícula no tempo t, supondo que o deslocamento é retilíneo e o tempo começa a ser medido de zero, mostrar que a partícula no instante: (a) t = 1 está em repouso; (b) t = 0,5 se desloca para esquerda. Solução. Nos instantes em que a partícula está em repouso, a velocidade instantânea é zero. Assim entre esses instantes a velocidade é menor ou maior que zero e a partícula estará se movendo para esquerda ou para direita. Para verificar tal fato, suponha que f ( t o + ∆t ) − f ( t o ) < 0, ∆t ∆ t →0 v I ( t o ) = lim então (pelo corolário 1b do teorema 6 do tópico 1 da aula 03), f ( t o + ∆t ) − f ( t o ) <0 ∆t para valores de ∆t em algum intervalo aberto contendo zero, exceto ∆t = 0 ; mas ∆t > 0, logo f ( t o + ∆t ) − f ( t o ) < 0, ou seja, f ( t o + ∆t ) < f ( t o ) . Portanto se vI ( t o ) < 0, em t o a partícula estará se movendo para esquerda. Analogamente, prova-se que se vI ( t o ) > 0, em t o a partícula estará se movendo para direita. (a) Seja s = f ( t ) = t 2 − 2t + 2, calculando vI no tempo t = 1, tem-se (1 + ∆t)2 − 2(1 + ∆t) + 2 − (12 − 2.1 + 2) ∆t →0 ∆t v I (1) = lim 1 + 2(∆t) + (∆t)2 − 2 − 2(∆t) + 2 − 1 ∆t →0 ∆t = lim (∆t) 2 ∆t →0 ∆t = lim (∆t) = 0. = lim ∆t →0 Como a velocidade da partícula em t = 1, isto prova que a partícula está em repouso no tempo t = 1. (b) Calculando vI no tempo t = 0,5 = 12 , obtém-se (Texto Comp.) Movimento Retilíneo 3 ( 12 + ∆t ) 1 v I = lim 2 ∆t →0 1 4 = lim 2 − 2( 12 + ∆t) + 2 − ∆t ( 12 ) 2 − 2 12 + 2 + (∆t) + (∆t) 2 − 1 − 2(∆t) + 2 − 54 ∆t ∆t →0 −(∆t) + (∆t)2 ∆t →0 ∆t ∆t ( −1 + ∆t ) = lim ∆t →0 ∆t = lim (−1 + ∆t) = −1. = lim ∆t →0 Como v I < 0 em t = 0,5 , a partícula nesse instante se move para esquerda. Exemplo Proposto. Se s = t 3 − 12t + 1 é a distância percorrida por uma partícula no tempo t ao longo de uma reta e o tempo começa a ser medido de zero, provar que a partícula no instante: (a) t = 2 está em repouso; (b) t = 3 se desloca para direita. Se uma partícula se desloca em movimento retilíneo, com velocidade instantânea v ( t ) num tempo t qualquer, define-se: (a) A aceleração média da partícula no intervalo de tempo ∆t, por a m = ∆v ; ∆t (b) A aceleração instantânea da partícula no tempo t, por v(t + ∆t) − v(t) ∆t → 0 ∆t aI (t) = lim desde que este limite exista. No exemplo resolvido 5 do tópico 1 da aula 05, será feito um exemplo envolvendo aceleração de uma partícula em movimento retilíneo.