Governo Regional e tutela recuam mas não é suficiente O novo modelo de gestão representa uma marcha atrás do Governo Regional ao alterar o decreto-lei chumbado (reconhece que estava mal) e ao conferir mais peso ao Conselho da Comunidade Educativa, um passo ténue na democraticidade, apesar de modo enviesado e armadilhado. É, claramente, insuficiente porque não resolve a questão de base, isto é, continua a não ter lugar a eleição democrática do órgão de gestão que decide e manda na escola. Facto é que a luta, de vários anos, pela democraticidade do modelo de gestão e administração das escolas, empreendida pelo Sindicato dos Professores da Madeira e os seus sócios, começa a dar resultados, embora ainda escassos. A nossa luta continua porque não prescindimos da democracia inteira. Nesse âmbito, elaborámos um parecer com propostas de melhoramento, numa aposta, como sempre, no diálogo construtivo e na convergência, tendo em vista uma escola pública democrática, inclusiva, de qualidade e rigor. À priori, sem mais análise, achamos que o novo modelo continua a violar os princípios da Constituição da República e da Lei de Bases do Sistema Educativo, lei esta que é enquadradora e à qual a Região Autónoma da Madeira está subordinada aos seus princípios gerais, à semelhança do resto do país. Assim, não sabemos até que ponto se irá sanar a instabilidade, a incerteza e indefinição que se tem verificado na vida das escolas, com as consequências daí resultantes para a tarefa educativa, nos últimos anos. Funchal, 6 de Julho de 2005 A Direcção do SPM