TUDO O QUE VOCÊ
QUERIA SABER SOBRE
PANORAMAS
MAS NÃO TINHA
PARA QUEM PERGUNTAR
VERSÃO 5
OLEGARIO SCHMITT
Versão 5 – Revisado e alterado em 31/08/2009.
Conheça também o vídeo complementar a esse e-book:
http://www.youtube.com/watch?v=Nr9F3pNlnxo
Copyright © 2009 by Olegario Schmitt. Todos os direitos reservados.
Distribuição livremente permitida. Edição terminantemente vetada.
www.oleschmitt.com.br
Ao Antonio Saggese
Obrigado pelas dicas de hardware,
de software, referências de imagens
e, sobretudo, pela troca de idéias.
ÍNDICE
1.
2.
Introdução ...................................................................................................................... 1
Sóftiuér e Rarduér .......................................................................................................... 3
2.1.
Sóftiuér .................................................................................................................. 3
2.2.
Rarduér .................................................................................................................. 3
3. Captura das imagens - passo a passo............................................................................. 4
3.1.
Por que overlapping? ............................................................................................ 5
3.2.
Como fotografar .................................................................................................... 6
3.3.
Resolução das imagens ......................................................................................... 6
3.4.
Mas... maior não é melhor? .................................................................................. 6
3.5.
30.000 ou 8.000 Pixels? ......................................................................................... 6
3.6.
Mas... e se eu quiser usar a resolução máxima mesmo assim? ............................ 7
4. Um bicho de sete cabeças (de tripé).............................................................................. 8
4.1.
Gigapan.................................................................................................................. 8
4.2.
Cabeça de tripé panorâmica ................................................................................. 9
4.3.
The Perfect Pano ................................................................................................... 9
4.4.
The Level Camera Cube ......................................................................................... 9
4.5.
Câmeras especiais ................................................................................................. 9
4.6.
Quem não tem cão... ........................................................................................... 10
5. Softwares ..................................................................................................................... 11
5.1.
AutoPano Pro ...................................................................................................... 11
5.2.
AutoPano Giga e AutoPano Tour ........................................................................ 11
5.3.
PTGui ................................................................................................................... 11
5.4.
PanoramaStudio .................................................................................................. 11
5.5.
GigaPan Stitcher .................................................................................................. 11
6. Como renderizar - Usando o Autopano Pro ................................................................. 12
6.1.
Settings (botão 4) ................................................................................................ 13
6.2.
E agora? ............................................................................................................... 14
6.3.
E agora, José? ...................................................................................................... 14
6.3.1. Numerical Transform – Yaw, Pitch, Roll ......................................................... 15
6.4.
E quando é que eu tenho essa porra de panorama? .......................................... 16
7. Nossa, como essa porcaria demora! ............................................................................ 17
8. Truques avançados: colocar a imagem na web ........................................................... 18
8.1.
Autopano Tour .................................................................................................... 18
8.1.1. O Autopano Tour e o krpano.license .............................................................. 19
8.1.2. Interface.......................................................................................................... 19
8.1.2.1 Hotspot Editor.............................................................................................. 20
8.1.2.2 Panorama Properties ................................................................................... 20
8.1.2.3 Project Properties ........................................................................................ 21
8.1.3. Concluíndo com o Autopano Tour .................................................................. 22
8.2.
Tosco Method: Pizza no Photoshop .................................................................... 23
8.2.1. Como fatiar no Photoshop.............................................................................. 23
8.2.2. E agora, eu posso comer as fatias? ................................................................. 24
9. Little Planets................................................................................................................. 25
10. QuickTime VR ............................................................................................................... 27
11. Conclusão ..................................................................................................................... 28
1
1. INTRODUÇÃO
Há algum tempo atrás me deparei com um tipo de imagens bastante incomum: eram
como que pequenos planetas arredondados... fotografias esféricas. Imediatamente fui consumido
pela curiosidade de saber o que era aquilo e, sobretudo, saber como é que se fazia.
Depois de descobrir o nome da técnica — Stereographic Projection — acabei indo parar
no Flickr, em um grupo dedicado a isso. Os tutoriais eram mínimos, lacônicos. Os softwares e
fórmulas praticamente impossíveis de serem encontrados. Os key-points entre as imagens tinham
de ser encontrados à mão, um por um, aproximadamente 30 pontos por par de imagem (num total
de mais ou menos 100 delas). Fazer um panorama, 3 anos atrás, era algo bastante incomum ainda.
Naquela época, era necessária a utilização do Linux pois o Gimp, que é originalmente o
“Photoshop do Linux”, só funcionava naquele sistema. Por que o Gimp? Porque é o único software
que aceita o plugin MathMap, o qual era complicadíssimo de instalar e fazer funcionar. Por que o
MathMap? Porque é o único software que conheço que permite que você aplique fórmulas
matemáticas numa imagem, transformando-as em planetóides.
Levei exatamente 7 dias, pesquisando e fazendo testes 8 horas por dia, para dominar essa
técnica. Mas atualmente você não passará por nada disso: depois de algum tempo tudo vira
macete, tudo fica déjà vu, déjà connu 1 e, depois de absorvido pelo sistema, se torna automático 2.
A vantagem das versões novas do Gimp é que elas já existem para Windows e vêm com a
fórmula da Projeção Estereográfica embutida. Nada de digitar e corrigir fórmulas erradas à mão:
basta renderizar o panorama, abri-lo no Gimp, apertar meia dúzia de botões e está pronto o seu
Little Planet.
A própria criação de panoramas, obviamente, também é muito fácil agora: basta arrastar
as imagens para dentro do Autopano Pro, apertar um botão, esperar algum tempo e voilá! o seu
panorama perfeito. Teoricamente, claro.
Aprendi a criar panoramas unicamente para poder transformá-los em Little Planets 3.
Aproveitando como pretexto a disciplina Laboratório Experimental, ministrada pelo Prof. Antonio
Saggese 4 no Bacharelado em Fotografia do SENAC, me aprofundei um pouco mais nos panoramas,
mas sempre com intenção em transformá-los mais tarde em projeções estereográficas.
Foi, no entanto, após ver na internet uma imagem da posse do presidente Barack Obama 5
que percebi haverem muitas outras possibilidades nessa técnica.
1
Já vi, já conheço.
FLUSSER, Vilém. A filosofia da caixa preta. São Paulo: Hucitec, 1985.
3
www.flickr.com/photos/oleschmitt/sets/72157619243996693
ou no site www.oleschmitt.com.br escolha no menu: Fotografia/Petits Mondes
4
http://www.saggese.com
5
http://gigapan.org/viewGigapan.php?id=15374
2
2
Aproveitando mais uma vez a disciplina do Prof. Saggese, dessa vez chamada Visualização
Científica, resolvi ir um pouco além dos “simples” panoramas: dessa vez eu queria gigapixels.
Mal sabia eu do inferno que me aguardava: centenas de imagens — capturadas durante
horas nas noites frias desse inverno incomum para São Paulo — levavam quase meio dia para
serem renderizadas, para então, finalmente, ser descoberto um buraco imenso bem no meio do
panorama. Os panoramas, quando renderizados com sucesso, eram grandes demais, os
softwares/hardwares não davam conta de processá-los. Não possuindo equipamento adequado
para captura, tive de desenvolver maneiras de burlar o sistema dos softwares, fazendo-lhes
comprar gato por lebre... e nem sempre eles engoliam a minha proposta.
Enfim, após dias inteiros em torno dos gigapans e testando mil idéias mirabolantes sem
obter resultados satisfatórios, com quase uma semana de atraso e contando com a compreensão e
boa vontade do professor, consegui 6. Era quarta-feira, 22h. Até hoje me lembro porque naquela
hora todos os meus colegas já estavam em férias havia vários dias.
Tenho consciência que em breve tudo isso será coisa do passado: já há câmeras cujos
sistemas montam panoramas internamente — você visualiza o overlapping das imagens on the go.
Por enquanto apenas com poucas imagens, mas certamente dentro de poucos anos o sistema terá
também assimilado o gigapixel, fornecendo essa possibilidade dentro do próprio equipamento.
Confesso que não é sem esforço que divido tudo isso que me tomou tantas horas de dor
de cabeça: a maioria das coisas sobre as quais discorro aqui aprendi sozinho, pois não tinha para
quem perguntar — é impossível a um professor saber tudo, principalmente nessa área. O Oráculo 7
nunca não me retornou nenhum tutorial como esse, cobrindo todos os passos e reunindo todas as
informações em um único lugar — tutoriais sobre isso na internet são raros, a ajuda dos programas
ridícula. Além do mais, esse tipo de documento geralmente cobre apenas aquilo que deu certo, não
contam os erros todos ocorridos no processo.
Portanto esse é um documento que, antes de fornecer fórmulas, tem a intenção de dividir
as dificuldades enfrentadas, os percalços e os erros de julgamento. Aqui está tudo o que eu sei
sobre esse assunto — e também o que não sei: depois de conhecermos os perigos do caminho, fica
mais fácil percorrê-lo novamente.
6
7
http://www.oleschmitt.com.br/gigapan
Google
3
2. SÓFTIUÉR E RARDUÉR
2.1.
SÓFTIUÉR
Autopano Pro 1.3.0
Autopano Pro 1.4.2
Autopano Giga + Autopano Tour 2.0
Gigapan Stitcher 0.4.3864
PanoramaStudio 1.6
Adobe Photoshop CS4
Gimp 2.4.7 e 2.6.6
PTGui
µTorrent
IsoHunt
The Pirate Bay
Google
http://www.autopano.net
http://www.autopano.net
http://www.autopano.net
http://gc.cs.cmu.edu/stitcher
http://www.tshsoft.de/en
http://www.adobe.com
http://www.gimp.org
http://www.ptgui.com
http://www.utorrent.com
http:// isohunt.com
http://thepiratebay.org
http://www.google.com.br
Atenção: não me responsabilizo por qualquer dano que
por ventura possa ser causado ao seu equipamento
devido ao uso desses softwares, incluindo danos ao
hardware por exaustão e danos ao software por
contração de vírus. Também não recomendo a utilização
de softwares piratas: se você for utilizá-los, faça-o por
sua própria conta e risco. Os links para os sites das
empresas estão acima, onde você poderá adquiri-los.
2.2.
RARDUÉR
Câmeras
Tripé
Computadores
Nikon D70 e D300
Comum de R$ 90,00
Core 2 Duo 2.66 2Gb RAM
e Turion 64x2 1Gb RAM
Sistemas Operacionais Windows XP Professional SP3
e Windows 7 RC1
4
3. CAPTURA DAS IMAGENS - PASSO A PASSO
Coloquei um tutorial em vídeo em http://www.youtube.com/watch?v=Nr9F3pNlnxo 8
explicando passo a passo como fazer a captura das imagens. Recomendo que assista ao vídeo, mas
utilize o método descrito aqui, que é mais atualizado, fornece um resultado mais homogêneo e
agradável ao olhar e exige menos passos até a obtenção do panorama.
As imagens devem ser capturadas de preferência utilizando um tripé (não é estritamente
necessário, mas é muito importante), com overlapping (sobreposição de imagens) de
aproximadamente 30%.
Figura 1 – A segunda foto se sobrepõe à primeira (área em vermelho)
de forma que aproximadamente 30% da imagem seja comum às duas fotos.
8
Ou acesse http://youtube.com/sinaldostempos
5
3.1.
POR QUE OVERLAPPING?
Os softwares que renderizam os panoramas verificam quais pontos em uma foto são
correspondentes na outra. Dessa forma eles vão “grudando” uma foto na outra até ter o cenário
completo. Esses pontos são chamados de “keypoints” ou “pontos-chave”. Quanto maior o número
correspondente de pontos entre as duas imagens, melhor o resultado final.
Par de imagens com seus keypoints
Quanto maior o overlapping, maior a acuidade do resultado final, mas também maior
número de fotos e tempo de processamento. Quanto menor o overlapping, menor a acuidade do
resultado final e menor número de fotos/tempo de processamento.
Um par de imagens com poucos keypoints ocasionará uma transição brusca (sem
suavidade) entre uma imagem e outra:
Imagens com poucos keypoints entre si podem causar falhas no panorama
Geralmente esses problemas acontecem em áreas chapadas como o céu azul sem nuvens,
paredes escuras (totalmente pretas), etc.. Por isso certifique-se, na medida do possível, os mesmos
detalhes se repitam em grande quantidade nas duas imagens (uma janela na foto 1 aparece
novamente na foto 2, e assim por diante).
6
3.2.
COMO FOTOGRAFAR
Basicamente, você faz a foto, mexe um pouquinho, faz outra foto, mexe um pouquinho...
e assim por diante, até cobrir toda a cena na horizontal.
Então volta ao ponto de início, abaixa o ângulo da lente (não esqueça do overlapping, que
também deve existir na vertical), faz a foto, mexe um pouquinho... até cobrir toda a cena na
horizontal mais uma vez.
De novo: não esqueça o overlapping.
Você fará isso umas 7 ou 8 vezes, dependendo da lente (grande angular ou não) e da área
(paisagem) que será coberta pelo panorama.
Sim, é chato. É muuuuuuito chato.
Para uma ilustração mais detalhada do processo de captura, assista ao vídeo em
http://www.youtube.com/watch?v=Nr9F3pNlnxo.
3.3.
RESOLUÇÃO DAS IMAGENS
Utilize a menor possível (coloque o Image Size de sua câmera em Small, ou seja,
pequeno). Leve em conta que se você tiver duas imagens de 6 megapixels uma ao lado da outra, o
resultado final será uma imagem de 12 megapixels.
Um esquema, que pode ser variado à vontade, seria: panoramas de até 10 fotos,
resolução máxima (L); panoramas de até 40 fotos, resolução média (M); e panoramas de mais de 40
fotos: resolução baixa (S).
3.4.
MAS... MAIOR NÃO É MELHOR?
É melhor sim, muito melhor... se você ou eu tivéssemos acesso a algum supercomputador da NASA. Como esse não é o caso, MAIOR NÃO É MELHOR.
Não esqueça que o seu computador tem de processar todas essas imagens. E, por melhor
que ele seja 9, não irá dar conta por diversos motivos: a) o Windows XP detecta somente até 3Gb de
RAM, mesmo que você tenha 12Gb; b) os softwares não conseguem processar tantas imagens tão
grandes; c) você sabe quanto tempo leva para processar 720 imagens de 12 megapixels? Quase 1
dia num computador com as configurações do meu; d) o Photoshop só abre imagens de até 30.000
pixels (a não ser que você utilize o formato PSB: Large-Image File Format do Photoshop).
3.5.
30.000 OU 8.000 PIXELS?
Ao mandar renderizar o seu panorama, leve em conta que o Photoshop, a princípio, só
consegue lidar com imagens de até 30.000 pixels. Se você criar uma imagem maior do que isso, não
terá muito o que fazer com ela 10. Se você souber como lidar com imagens maiores do que isso no
Photoshop, ignore essa limitação.
9
Embora eu não tenha testado em um Sistema Operacional de 64 bits com 12Gb de RAM. Você
tem um desses?
10
Você entenderá mais tarde esse “muito o que fazer”. Poderá ser o seu caso ou não.
7
O Gimp consegue lidar, teoricamente, com imagens de qualquer tamanho, pois carrega o
que couber na memória RAM e o restante carrega na memória do disco. Mas uma tentativa de
abrir uma imagem de 49209x25762 pixels, 72 dpi, no Gimp 2.4.7 levou aproximadamente
1h30 apenas abrindo, e deu um erro não especificado no programa após isso.
Então eu tinha uma imagem de 1.2 gigapixels (é isso?) e não tinha o que fazer com ela,
pois nenhum programa conseguia lidar com um arquivo tão grande (em pixels).
Por outro lado, se você for gerar um panorama para ser exibido na internet utilizando o
AutoPano Tour (tratado mais adiante), esse software trabalha sobre o Adobe Flash, o que limita a
imagem a 8.000 pixels no lado maior. Então, se o seu destino final for o seu website, não adianta
gerar panoramas maiores do que 8.000 pixels.
Há uma mutreta para resolver essa limitação, mas acredite: você não quererá fazer isso
pois a) é muito complicado; b) um panorama com 8.000 pixels e qualidade da imagem em “8”
gerará arquivos que totalizam mais de 12Mb. Lembre que esses arquivos serão transferidos pela
internet quando o visitante for visualizar o panorama on-line.
3.6.
MAS... E SE EU QUISER USAR A RESOLUÇÃO MÁXIMA MESMO ASSIM?
Talvez você queira dar saída em um outdoor, ou algo que o valha.
Naturalmente fiquei tentado a usar a resolução máxima da câmera (12Mp) e a lente
também no zoom máximo (450mm), na intenção de construir um super-hiper-mega-gigapanorama.
Para produzir um gigapan 11, minha primeira captura, cobrindo aproximadamente 180° da
paisagem, produziu 720 fotos a 12Mp.
Esqueci de levar em conta que as resoluções se somam, que quanto maior o zoom, maior
o número de fotos necessárias 12 para cobrir a cena inteira, que qualquer mexidinha no tripé aqui
equivale a uma “mexidona” na imagem lá e que algumas partes da paisagem estavam no breu
completo 13, o que fez com que diversas imagens não tivessem pontos correspondentes entre si.
Resultado: meu conjunto de software e hardware não conseguiu lidar com imagens tão
grandes e acabei sem ter muito o que fazer com elas. Leve em conta, no entanto, que não utilizei
no processo nenhum sistema ou software de 64 bits. É provável que nessa plataforma as limitações
de memória e tamanho de arquivo sejam menores.
11
Imagem panorâmica com resolução superior a 1 gigapixel
Você sabe quanto tempo leva pra fazer 720 fotos? 2h30. Em pé, à noite, no frio.
13
Paredes de prédios na sombra, à noite.
12
8
4. UM BICHO DE SETE CABEÇAS (DE TRIPÉ)
Existem cabeças de tripé e outros acessórios especiais que auxiliam, e muito, na captura
de imagens panorâmicas.
4.1.
GIGAPAN
Você certamente já deve ter visto aquela imagem estonteante da posse do Obama 14, né?
Gigapan designa, na verdade, imagens produzidas utilizando o equipamento 15 da Gigapan
Systems (http://gigapansystems.com) que, segundo a descrição deles é
um suporte robótico único, que funciona com a maioria
das câmeras point and shoot (aponte e dispare),
permitindo a criação de panoramas com muitos
gigapixels.
O Gigapan Epic e o Epic 100 tornam fácil a captura de
imagens incrivelmente detalhadas e trabalham em
conjunto com o software GigaPan Stitcher e o site
GigaPan.org. O Epic permite que sua câmera capture
dezenas, centenas ou até mesmo milhares de fotos.
Essas imagens são combinadas em um único gigapixel
panorama pelo GigaPan Stitcher. Você poderá então
visualizar, compartilhar e explorar os incríveis detalhes
de seus panoramas no GigaPan.org.
Esse sistema foi desenvolvido por pesquisadores da NASA e da Carnegie Mellon
University, sendo que essa mesma tecnologia é utilizada pelos veículos de exploração em Marte,
Spirit e Opportunity 16.
Basicamente, você gasta algumas centenas de dólares, coloca a sua câmera compatível 17
no suporte utilizado pela NASA, aperta uns botões e o equipamento faz o resto sozinho.
O software GigaPan Stitcher é difícil (mas não impossível) de ser encontrado na internet. É
bastante mal-pensado (geralmente engenheiros são ótimos para terem idéias, mas não entendem
nada de usabilidade) e suscetível a bugs, principalmente porque as fotos que utilizei não foram
capturadas utilizando o hardware deles.
Como não tenho o Epic, iniciei uma jornada épica e consegui desenvolver um método de
trapacear o software, fazendo-o pensar que as imagens foram capturadas com esse equipamento,
o que será explicado mais tarde, no Capítulo 8.
14
http://gigapan.org/viewGigapan.php?id=15374
Gigapan Epic e Gigapan Epic 100
16
http://gigapansystems.com/about.html
17
http://gigapansystems.com/compatible-cameras.html
15
9
4.2.
CABEÇA DE TRIPÉ PANORÂMICA 18
Essa cabeça, montada num tripé, permite que seja fotografada uma seqüência de imagens
em torno do eixo da lente da câmera, para produzir um panorama. A função primária desse
equipamento é eliminar o erro de paralaxe 19.
Há inúmeras cabeças panorâmicas de tripé e nunca utilizei uma o suficiente para poder
discorrer sobre isso, mas é provável que imagens capturadas dessa maneira possam ser utilizadas
no Gigapan Stitcher ou no Autopano Giga sem resultar em erro do software.
A vantagem é que você terá todas as imagens capturadas de maneira mais precisa, com o
mesmo overlapping entre elas, reduzindo a possibilidade de ocorrência de erros durante a
detecção e renderização dos panoramas, além de diminuir o número de imagens capturadas (você
capturará apenas o estritamente necessário).
4.3.
THE PERFECT PANO
Trata-se de um acessório que é atarraxado à sapata do seu tripé,
permitindo um giro de 360°. A cada 30° o dispositivo faz um
“click” permitindo que você capture as imagens com o mesmo
overlapping. Como você pode notar, também traz embutido um
nível de bolha.
Esse equipamento está listado aqui porque custa US$ 17.00 na
20
loja da Photojojo .
4.4.
THE LEVEL CAMERA CUBE
É um cubo que se adapta à sapata do Flash, permitindo nivelar
as fotos perfeitamente. Pode ser usado tanto na horizontal
quanto na vertical. Custa US$ 25.00 na loja da Photojojo 21.
4.5.
CÂMERAS ESPECIAIS
Também existem alguns tipos de câmera que já possuem a função de captura de
panoramas embutida, como é o caso das Canon Powershot da linha G 22.
Note que não se trata daquelas câmeras mais antigas que faziam fotos em formato
panorâmico. Formato panorâmico é uma coisa, panorama é outra.
18
http://en.wikipedia.org/wiki/Panoramic_tripod_head
http://www.google.com.br/search?q=erro+de+paralaxe
20
http://photojojo.com/store/awesomeness/perfect-pano
21
http://photojojo.com/store/awesomeness/level-camera-cube
22
http://en.wikipedia.org/wiki/Canon_PowerShot_G
19
10
A Sony também acabou de lançar (em agosto de 2009) a Cybershot DSC-HX1 com a função
“Sweep Panorama”. Basicamente você “filma” a cena (é como se estivesse filmando), a câmera vai
capturando as imagens, e no final monta sozinha o panorama para você. Até onde entendi, faz
apenas panoramas horizontais de uma única “linha”, não sendo possível montar com ela
panoramas esféricos (360°x180°).
4.6.
QUEM NÃO TEM CÃO...
A imensa maioria dos problemas encontrados na produção do gigapan são decorrentes do
fato de eu não possuir nenhum desses equipamentos: com um tripé comum, o overlapping entre as
imagens não é padrão — às vezes uma imagem se sobrepõe mais à outra, às vezes menos — além
do que as imagens não são capturadas no eixo da lente, o que causa erro de paralax.
Os programas Autopano têm, obviamente, funções para corrigir esses erros via software
e, na maioria das vezes, funcionam muito bem.
Se você possuir uma cabeça de tripé panorâmica ou o Gigapan Epic, ótimo. Se não,
explicarei na seqüência como fazer.
11
5. SOFTWARES
5.1.
AUTOPANO PRO
O AutoPano Pro é um dos softwares mais recomendados devido à sua praticidade e,
sobretudo, à qualidade da renderização final imagem — esse softwares gera transições mais suaves
entre cada foto produzindo um resultado mais agradável. O Capítulo 6 é reservado unicamente
para a renderização utilizando esse software.
5.2.
AUTOPANO GIGA E AUTOPANO TOUR
Esses dois servem para gerar, além da imagem em jpg ou tiff, uma visualização em Flash
(swf+html) que pode ser publicada em sua página Web. Esse assunto será melhor abordado no
Capítulo 8.
5.3.
PTGUI
Sinceramente, as duas únicas vantagens que vejo no PTGui são: a) exporta para
QuickTime VR e b) exporta para Photoshop Large Format (psb).
Geralmente as transições entre as imagens são bruscas, sem suavidade, causando falhas
nos panoramas, e a autodetecção de keypoints é bastante fraca — sobretudo quando não foi
utilizado algum dos equipamentos especiais discorridos no Capítulo 4.
5.4.
PANORAMASTUDIO
O PanoramaStudio é muito bonzinho... para panoramas de uma linha só. Se o seu
panorama tiver 180° na vertical, só com muita reza mesmo. Enfim, se o seu panorama tiver 360° na
horizontal, e somente isso, vale a pena dar uma experimentada: o resultado final é bastante bom.
De qualquer forma, se você for escolher um software para fazer panoramas, é melhor
escolher logo um que faça tudo o que você precisa — no caso o Autopano Giga.
5.5.
GIGAPAN STITCHER
É um software meio exclusivo para ser utilizado com o GigaPan (abordado no Capítulo
4.1). Em conjunto com o GigaPan Uploader, permite que você monte e faça o upload do seu
panorama para a página do GigaPan.org. É um software ridículo que nunca consegui fazer funcionar
direito (também nunca utilizei a cabeça de tripé GigaPan). Além de ter sido desenvolvido por
engenheiros — e nós sabemos que engenheiros não têm a mínima noção de usabilidade de
softwares, apesar das idéias geniais — também limita a publicar o resultado unicamente no site
deles.
Por outro lado, até onde sei é a única opção para gerar realmente um gigapan, na
asserção correta do termo (imagens com mais de 1 gigapixel de resolução).
12
6. COMO RENDERIZAR - USANDO O AUTOPANO PRO
Para renderizar, utilizo o Autopano Pro. Em alguns casos ele dá “tilt”, então utilizo o
Autopano Giga. As opções dos dois programas são praticamente iguais, então não discorrerei sobre
este último: se você entender o primeiro, conseguirá utilizar o segundo sem problemas.
Ao abrir o Autopano Pro, você dá de cara com isso:
New Group: clique no botão 2 para criar um novo grupo de imagens (cada panorama deve estar em
um grupo diferente).
Images: adicione as imagens na área 3 (selecione todas as imagens e arraste para dentro do espaço
branco. Ele não aceita que se arraste o folder).
Settings: Verifique as opções do panorama no botão 4 (explicado de maneira mais detalhada
abaixo).
Detect All: clique no botão 1 para iniciar a detecção.
Save: após concluído, clique no botão 6 para salvar seu projeto.
Edit: clique no botão 5 para editar o panorama.
Render: NÃO CLIQUE NO BOTÃO 7 por enquanto.
Resumindo: crie um novo grupo, arraste as imagens, verifique as configurações, mande
detectar o panorama, edite, renderize.
13
6.1.
SETTINGS (BOTÃO 4)
As opções padrão que aparecem em Settings podem ser alteradas
no menu Edit/Settings. Tudo o que você colocar nessa opção do
menu se tornará padrão para todos os panoramas. Meus padrões
de Settings podem ser verificados na imagem ao lado. Note que
essas opções padrão podem ser alteradas para cada panorama a
qualquer momento, clicando no botão 4 (settings).
Quality of detection: Costumo deixar a qualidade da detecção
sempre em High, pois os resultados dessa forma são mais
satisfatórios, apesar de aumentar um pouco o tempo de detecção.
Key Points/Image Pair: quantidade de pontos-chave entre um par
de imagens. Sempre deixo em 90. Apesar de 50 já ser mais do que
suficiente, prefiro garantir do que remediar. Mais do que 90 é
desnecessário e consome muito tempo de processamento. Menos
de 50 poderá provocar falhas no panorama (imagens celibatárias,
ou seja, sem par dentro do panorama).
All in one: importante. Força todas as imagens a estarem no mesmo panorama. Se não estiver
selecionado, o programa poderá decidir por si mesmo que aquele grupo de imagens tem 2 ou 3
panoramas, sendo que não é verdade. Por outro lado, se ele não souber exatamente o que fazer
com uma determinada imagem, ele a coloca em qualquer lugar (por exemplo, um pedaço de céu
sem keypoints enfiado no meio do chão). Experiemente primeiro com essa opção ligada, se
acontecer algum erro na imagem gerada, desligue-a: é melhor ter um “furo no céu” que pode ser
consertado no Photoshop do que ter um pedaço do céu enfiado no meio do chão.
Strong algorithm: ele já avisa que é “slow for big panoramas”. O que ele não avisa é que é slow,
really, really slow. Mas se o panorama não for muito grande, o resultado compensa: as transições
ficam mais suaves e tudo fica mais natural. Eu sempre deixo ligado.
Lens distortion: ele calcula a distorção de sua lente (dã!). Leve em conta que ele também lê os
dados exif da sua foto, os quais contém a marca da sua câmera, a lente utilizada, qual foi o zoom,
etc.. Se esses dados não forem encontrados na sua imagem, ele tenta calcular um para você. Com
base nesses dados exif mais o lens distortion, ele consegue deixar a imagem bonitinha.
Template: é uma opção que você controla no menu Edit/Preferences. Basicamente é um padrão
para o nome do arquivo gerado. Para saber quais dados você pode colocar aí, aperte o botão “?”.
Auto crop: Corta o panorama automaticamente. Nunca utilizo, uma vez que isso significa: “o
programa pensará sozinho e tomará uma decisão sozinho”. Você confia nas máquinas?
Auto render: ele renderizará automaticamente o panorama depois de concluída a detecção. Deixe
desligado, pois você mandará renderizar o panorama manualmente apenas depois de ter editado
algumas de suas propriedades.
Auto color correction: deixe desligado, pois obviamente você já fotografou com o White-Balance
correto (todas as fotos com o mesmo WB). Você não fotografou com o White-Balance no
14
automático, né? Se você por extrema distração fotografou com tudo no automático, ligue essa
opção.
Auto save and close: é com você. Também deixo desligado porque gosto de ter controle sobre tudo
o que o programa irá fazer. Obviamente, após detectado o panorama, a primeira coisa que faço é
salvá-lo. Após mexer em suas propriedades também.
6.2.
E AGORA?
Você já ajustou os settings, então o próximo passo é clicar no botão 1 (Play All): ele
começará a detecção de todos os grupos de fotos (cada grupo é um panorama diferente) que você
tiver criado. Sim, você pode criar 3 panoramas, por exemplo, um em cada grupo separado, com
seus settings individuais e depois dar um “play” em tudo e ir dormir. Com sorte estará tudo pronto
pela manhã. Com mais sorte ainda, sem nenhum erro.
Atenção: a probabilidade de dar erro de falta de memória com o “play all” é grande. Não
me pergunte o porquê. Por via das dúvidas, se você não quiser acordar pela manhã e ver que deu
algo errado no software logo no primeiro panorama, faça um panorama de cada vez.
6.3.
E AGORA, JOSÉ?
Agora vem a parte divertida: clique no botão 5 (Edit), que abrirá a seguinte janela:
Projection: no botão 1, você escolhe o tipo de panorama que você quer, se Planar, Cilíndrico ou
Esférico. As imagens dos botões são auto-explicativas: Planar é achatado deixa a imagem mais reta
e é a melhor opção para produzir Little Planets ou imagens chatas (para serem vistas sem
interatividade); Cilíndrico nunca utilizei e não tenho nem idéia do que seja; Esférico deixa a imagem
arredondada e mais distorcida nas bordas, sendo mais recomendado em casos de imagens
360°x180° ou para utilizar em conjunto com o Autopano Tour (o APT corrige essas distorções na
hora de exibir o panorama).
Rotation: no grupo de botões (2), você pode girar o panorama (dã!). É bastante útil quando o
panorama surge montado meio em forma de 8: você gira tudo 90° e voilá! tudo entra nos eixos.
15
Auto-fit: o botão 4 faz com que o panorama caiba todo dentro da área da imagem (renderizada). É
útil deixá-lo sempre ligado, do contrário seu panorama poderá ter algum pedaço cortado.
Crop: o botão 5 corta a imagem. Raramente utilizo: é melhor cropar no Photoshop.
Center Point: o botão 6 é importante: é o Center Point. Clique no botão para ativá-lo, então clique
no ponto do seu panorama que você considera o ponto central. Note que, dependendo de onde
você clica, o panorama vai mais para cima ou para baixo, para a direita ou esquerda. É tudo muito
intuitivo, ok?
Auto Level: (7) às vezes acontece do horizonte do panorama ficar “ondulado”. Esse botão faz com
que ele fique reto horizontalmente. É útil principalmente com a projeção planar (não tem muito
efeito na projeção esférica).
Set Verticals: o botão 8 cria linhas verticais. Se por exemplo um prédio (que obviamente é reto)
apareceu no panorama como uma curva ou em diagonal, trace uma reta do seu topo até a parte de
baixo para instruir o Autopano a considerar aquilo uma reta (dã). Nem sempre ele obedece, mas
ajuda um pouco.
6.3.1. Numerical Transform – Yaw, Pitch, Roll
O botão 3, que eu deixei por último não por acaso, é muito importante e muito utilizado:
ele controla os Yaw, Pitch e Roll, que são os “Ângulos de Euler”. Não se preocupe, não importa o
que raios vem a ser “Ângulos de Euler”, desde que você saiba o que fazer com eles.
Yaw: para deixar aquela catedral lindona — assunto principal de sua foto — fique bem no
meio do panorama.
Pitch: se não estiver no ângulo correto, seu panorama ficará meio que ovalado, como a
borda de um planeta. E você não quer que o chão reto fique parecendo uma colina, ou quer?
Roll: no caso de seu panorama estar meio enviesado (levemente em diagonal), deixa seu
panorama nivelado horizontalmente.
Os valores digitados em Yaw, Pitch e Roll são somatórios: ele aplicará o valor numérico
digitado no campo toda vez que você pressionar “Enter” ou clicar “Ok”, uma vez sobre a outra. Por
exemplo, se você coloca 4 em Yaw e pressiona “Ok” 2 vezes, ele aplicará um Yaw de 8. Se você quer
diminuir 4 graus, coloque um Yaw de -4 e dê ok.
Você terá de intuir se os valores a serem digitados serão positivos ou negativos. Se você
passou do ponto, coloque um valor contrário e vá apertando “Ok” até dar certo.
16
Quando você tiver encontrado o Yaw, coloque zero nesse campo e passe para o Pitch (se
for necessário), e assim por diante.
6.4.
E QUANDO É QUE EU TENHO ESSA PORRA DE PANORAMA?
Clique no botão 9, que fará aparecer a seguinte janela abaixo. Lembre que os valores que
aparecem aqui por padrão são definidos no menu Edit/Settings.
Não esqueça que nem Width nem Height podem estar acima de
30.000 pixels, senão o Photoshop não abre. Igualmente se você for
utilizar o panorama para ser exibido na web através do Autopano
Tour, não há necessidade de imagens acima de 8.000 pixels.
DPI: mesmo que você vá exibir a imagem apenas no monitor do
computador (e sabemos que a resolução padrão dos monitores é
72dpi), recomendo utilizar 300dpi, pois o resultado final tem menos
artefatos jpg, ficando mais nítido. E leve em conta também que a
imagem será “recomprimida” no Autopano Tour.
O resto deixe tudo no padrão que está. Verifique o Folder onde o
panorama renderizado será gravado, o nome do arquivo, etc..
Clique em Render. E espere. E espere. E espere. Muito. Pode levar muitas horas.
17
7. NOSSA, COMO ESSA PORCARIA DEMORA!
É, demora mesmo!
18
8. TRUQUES AVANÇADOS: COLOCAR A IMAGEM NA WEB
Se a sua intenção é dar saída nessa imagem ou apenas exibi-la “flat” na internet, não
precisa ler esse capítulo: edite a imagem no Photoshop e seu trabalho está concluído.
Nessa parte serão explicados os métodos com e sem mutreta. Essa é de longe a pior
parte. Muita coisa pode dar errado 23 aqui e, pra variar, tudo demora muito tempo pra renderizar.
Se você utilizou o Epic é muito simples: leia o manual, aprenda como capturar as imagens,
jogue-as todas no GigaPan Stitcher, deixe o software pensando por algumas horas e faça o upload
das imagens para sua conta gratuita do site Gigapan.org. É tudo muito intuitivo, não havendo
portanto necessidade de discorrer sobre o passo a passo.
Outra opção de software é o Autopano Giga (ou Autopano Pro), em conjunto com o
Autopano Tour 24. O primeiro monta o seu panorama e o segundo oferece um método de
visualização (html+flash). A vantagem desse método é que você pode fazer o upload de suas
imagens para o seu próprio site. Com o Gigapan você pode fazer o upload apenas para o site deles.
Se você quer colocar a imagem no seu próprio website, utilize o método descrito no
Capítulo 8.1. Se você não tem o Epic e mesmo assim quer montar uma imagem com gigapixels,
utilize o método descrito no Capítulo 8.2.
8.1.
AUTOPANO TOUR
Esse software é bem intuitivo de ser utilizado. Há, porém, alguns truques e macetes que
só podem ser compreendidos com muita prática, ou lendo esse manual.
Para utilizar o Autopano Tour, você já deve ter o seu panorama gerado pelo Autopano Pro
ou Autopano Giga. Inclusive, você poderá ter aberto essa imagem no Photoshop e feito todos os
tratamentos (levels, clone, etc.) necessários antes.
É importante saber também que quando o Autopano renderiza a imagem final jpg (ou tiff,
etc.) grava dentro do arquivo um campo com metadados 25 que serão automaticamente importados
pelo Autopano Tour. Esses metadados serão mantidos mesmo após a imagem ter sido editada no
Photoshop (desde que você não desligue essa opção, é claro). Isso poupa bastante tempo e
trabalho.
Antes de discorrer sobre a interface do programa, são necessárias algumas notas sobre
licença.
23
Erro de paralax, erro de overlapping, erro de detecção, falta de memória, ...
Não deixe de ler também o capítulo 7.2.3
25
Campo de visão horizontal, vertical e offset vertical.
24
19
8.1.1. O Autopano Tour e o krpano.license
Ao instalar o Autopano Giga você deverá ter digitado o seu número de licença, o qual é
obtido quando você registra o programa. O Autopano Tour compartilha dessa mesma licença,
porém, para que exiba seus panoramas na maior resolução possível (8.000 pixels 26) e sem uma
mensagem sobre eles, da primeira vez em que é aberto, vá no menu Help/Register e localize o
arquivo “krpano.licence”. Isso só precisa ser feito uma única vez, depois disso a opção “register”
desaparece do menu.
Esse arquivo “krpano.license” também deve ser colocado na mesma pasta dos arquivos
html e swf de seu panorama 27.
Supondo que seu software foi adquirido por métodos alternativos 28, faça essa busca no
Google: http://www.google.com.br/search?q=intitle%3A%22index.of%22+%28krpano.license%29 29
ou, com outras palavras, procure no Google por intitle:"index.of" (krpano.license)
O que acontece é que muitos “designers” incautos não lembram de (ou não sabem)
desligar o índex das pastas de seus sites na internet, o que permite que possamos ver os arquivos
que estão armazenados dentro delas. Localizado o arquivo “krpano.license” de um dos resultados
da busca no Google, clique com o botão direito sobre ele e escolha “salvar arquivo como...”. Utilizeo para “registrar” o Autopano Tour e coloque esse arquivo na mesma pasta do seu panorama final
gerado para a internet.
8.1.2. Interface
Tudo o que é feito aqui não afeta a imagem em si, mas apenas a sua visualização.
Panoramas: (1) Arraste o arquivo jpg
do seu panorama renderizado para
dentro dessa área. Assim que você
clicar sobre ele, aparecerão as outras
opções todas. Você pode arrastar
diversos panoramas para dentro de
um único projeto, pois é possível
interligá-los uns com os outros através
de hotspots. Basicamente, você pode
ter uma imagem onde apareça uma
porta. Ao clicar nessa porta você abre
outro panorama mostrando a parte de
dentro desse cômodo e assim por
diante. Isso é utilizado para fazer “tours virtuais”.
26
Essa limitação deve-se ao Flash e não ao Autopano Tour, conforme já abordado no Capítulo 3.5
Não tenho muita certeza dessa necessidade. Por via das dúvidas, coloco e funciona.
28
Leia-se: Torrent!
29
Esses e outros métodos de busca avançada no Google podem ser aprendidos no livro Google
Hacking para Testes de Invasão, de J. Long.
27
20
Panorama Properties: (2) Aqui é onde toda a mágica acontece. Será discorrido com mais detalhes
no Capítulo 8.1.2.2.
Hotspot Editor: (3) Você utiliza esse painel para interligar um panorama a outro(s) e também para
posicionar um flare na sua imagem. Isso também será melhor explicado no Capítulo 8.1.2.1.
Project Properties: (4) controla opções de renderização final do panorama, conforme descrito no
Capítulo 8.1.2.3.
3-D Editor: (5) aqui basicamente você faz alguns testes de navegação, verifica se o horizonte da
imagem está realmente horizontal, etc..
Render: (6) após ter editado todas as opções necessárias, clicar nesse botão para gerar os arquivos
finais do seu panorama.
8.1.2.1 Hotspot Editor
Polygon: (1) se você quer definir, por exmeplo,
uma porta como hotspot (link) para outro
panorama, utilize essa opção para definir o
contorno da porta. Quanto o usuário clicar
nesse hotspot irá para o panorama definido.
Point: (2) o mesmo que o Polygon, só que
adiciona um ponto, o qual fica “piscando” no
seu panorama, indicando que ali é uma área clicável.
Lens flare: (3) uma delícia. Você adiciona um flare no seu panorama no ponto indicado (4).
Conforme o usuário vai navegando o flare vai se mexendo. Obviamente o flare deverá ser
adicionado exatamente no ponto central de onde se encontra o sol. Ele permite que mais de um
flare seja adicionado, mas apenas um funciona.
8.1.2.2 Panorama Properties
Name: não influi em nada. Ele escolhe o nome baseado no nome
do seu arquivo.
Field of view: controla o campo de visão em graus da sua
captura de imagens. Esses dados são importados
automaticamente, pois estão dentro de um campo de
metadados da imagem.
Horizontal: o campo de visão horizontal em graus. Nesse caso da imagem, 360° graus indicam um
giro completo em torno do eixo.
Vertical: campo de visão vertical em graus. Se a imagem tiver 180° significa que seu panorama
abrange desde a ponta dos seus pés até o topo da sua cabeça. Se “Vertical” estiver em 180,
21
diminua para 179, pois senão você não poderá editar “Partial Panorama Width” e terá de localizar
um “Nadir Path”, arquivo que não sei o que é nem para que serve.
Vertical offset: importantíssimo. Mesmo que esse valor tenha sido importado automaticamente,
você talvez tenha de fazer alguns ajustes. Basicamente, informa a quantos graus verticais está a
linha do horizonte. A intenção é deixar o horizonte... no horizonte, ou seja, exatamente no meio da
imagem. Você poderá ter de entrar valores negativos ou positivos, dependendo do caso. Um valor
correto de vertical offset determinará a visualização correta de seu panorama e nem sempre o
renderizador coloca um valor correto nesse campo.
Preview Width: se você for editar o arquivo HTML+Flash mais tarde, tanto faz, pois você pode
editar manualmente o tamanho que o flash ocupará na tela manualmente no arquivo HTML (se
gerar um arquivo HTML).
Partial Panorama Width: entre com o tamanho exato da largura de seu panorama em pixels. Esse
tamanho pode ser verificado através das propriedades do arquivo. Lembre de não utilizar nenhum
valor maior do que 8.000 pixels, pois o Flash tem dificuldades de exibir uma imagem desse
tamanho. Também, tornará o conjunto final de arquivos muito grande (acima de 20Mb).
Compute Optimal Size: você não utilizará esse botão, pois já entrou com o tamanho do panorama
manualmente. Houve vezes em que clicar nesse botão fazia o programa encerrar inesperadamente.
Jpeg Quality: deixo sempre em “8”. Mais do que isso a qualidade da visualização não melhora
perceptivelmente (e o tamanho dos arquivos aumenta bastante), menos do que isso e começam a
aparecer artefatos jpg no panorama, principalmente no zoom máximo.
Camera Parameters: Como já foi dito, isso não afeta a imagem em si, mas sua visualização. Toda
vez que você navega na imagem para cima e para baixo ou dá zoom in ou out, esses valores
mudam. Você pode definir aqui valores padrão para serem utilizados assim que a imagem é aberta
e para quando você clica no botão “Home” do visualizador em flash. Se você não entender
exatamente para que servem esses campos, mexa neles e renderize o panorama. Quando você
utilizar o visualizador em flash você entenderá melhor. Max é bastante importante, pois impedirá
que o usuário dê um “zoom out” maior do que você gostaria. Você define: quero que só possa ser
dado “zoom out” até esse ponto. Min define o máximo de “zoom in”, não podendo ser menor do
que 5.
8.1.2.3 Project Properties
Nessa parte você controla detalhes dos seus
arquivos flash e HTML.
Partirei do pressuposto que você entenda de HTML
e de como fazer para inserir um arquivo flash
apropriadamente dentro dele (object, embed, param name,
etc.) — esse é um livro sobre panoramas e não sobre design
para internet.
First Displayed Panorama: Utilizado apenas no caso de você ter interligado vários panoramas uns
com os outros.
22
Insert navigation menu: importantíssimo. Incluirá sobre o seu panorama botões semitransparentes
com opções de zoom in e out, girar em todas as direções e home (home leva para os valores
entrados em “camera parameters” na aba “panorama properties).
Add full screen button: muito importante, uma vez que grande parte da emoção se encontra em
visualizar seu panorama em tela cheia. Mas atenção: para que esse botão funcione, não esqueça de
incluir apropriadamente no código do flash dentro do html a tag <param name="allowFullScreen"
value="true" />.
Use auto rotation: fará o panorama ficar girando sozinho, o que poderá causar náusea no usuário.
É melhor deixar essa opção desligada para que ele mesmo decida para onde na imagem deseja
navegar.
Insert panoramas list: para o caso de diversos panoramas linkados entre si, exibe um menu com
uma lista deles.
Logo: insere uma logomarca sobre o seu panorama. Para isso utilizo um arquivo png com fundo
transparente. Essa imagem não é redimensionada quando em tela cheia.
Link: um link para onde o usuário é levado caso clique sobre a Logo.
Embed all data: enfia todo o panorama com todos os seus níveis de zoom, desde o mais aberto até
o mais fechado, tudo dentro do arquivo flash. O resultado final será um arquivo entre 10 e 20Mb
que terá de ser completamente transferido pela internet antes do usuário consiga visualizar o
panorama. Nesse caso, não é gerada a pasta “data”, a qual contém os arquivos jpg fatiados nos
diversos níveis de zoom. Acredite: você não quererá utilizar isso.
Embed XML files: não gera um arquivo XML em separado. Sempre deixo ligado e nunca me fez mal.
HTML template: não recomendo utilizar, pois gerará um arquivo HTML com o objeto flash
embedado dentro dele. O problema é que o arquivo HTML não tem nem headers, nem body nem
nada. Talvez seja possível entrar na pasta do Autopano Tour e criar/editar os templates à mão, mas
nunca experimentei isso, pois utilizo o Dreamweaver para inserir o flash dentro do HTML.
8.1.3. Concluíndo com o Autopano Tour
Após ter seguido os passos descritos no Capítulo anterior, clique no botão Render. Não
demora muito. Não esqueça de gravar o seu projeto.
Isso feito, faça o upload dos arquivos html, swf, krpano.license e da pasta panodata
(abaixo) para o seu site. O krpano.licence terá que ser copiado e colado à mão. O tamanho do seu
swf dentro do HTML pode ser qualquer um que você quiser: mude os valores de width e height à
mão com seu editor de HTML.
Pasta e arquivos que devem ser transferidos para o seu Servidor
23
8.2.
TOSCO METHOD: PIZZA NO PHOTOSHOP
Se você
a) não tem nenhum equipamento além da câmera e de um tripé tosco;
b) não tem seu próprio site e
c) vai fazer uma imagem com gigapixels para ser colocada no site do Gigapan
esse é o seu capítulo.
Seguindo os passos já descritos anteriormente, capture seu panorama utilizando o seu
tripé comum e renderize-o com tamanho menor do que 30.000 pixels 30.
Abra a imagem final no Photoshop e corte-a em pedaços, com overlap 31 entre eles.
Quanto mais pedaços, melhor. O GigaPan Stitcher, que oferece maior resolução final, não
conseguirá renderizar uma imagem de 30.000 pixels cortada em apenas 9 pedaços (eu tentei e deu
erro de falta de memória), mas é provável que dê certo se você fatiar a imagem em 30 pedaços.
8.2.1. Como fatiar no Photoshop
Eu gostaria que tivesse uma maneira mais fácil para cortar a imagem. Talvez exista, mas
desconheço. Procurei softwares que pudesse utilizar para isso, mas não encontrei nenhum
adequado. Também tentei com a ferramenta “slices” do Photoshop, mas não deu certo por causa
do overlapping.
Subentendo que você tenha um conhecimento mínimo de Photoshop, pois não entrarei
em muitos detalhes técnicos (tipo clica aqui, clica ali).
Como exemplo, uma imagem de 30.000 x 30.000 pixels será fatiada em 9 pedaços (3
linhas x 3 colunas). Como já foi dito, o Stitcher não consegue renderizar essa imagem com pedaços
desse tamanho. Para fazer mais pedaços, utilize esse mesmo método com 10 vezes mais paciência.
Então, se queremos 3 linhas e 3 colunas, fatiaremos a imagem em 9 pedaços de 10000 x
10000 pixels, correto? Errado! A imagem tem de ter overlapping. Então utilizaremos pedaços de
13000 x 13000 pixels.
1. Abra a imagem, aplique levels, dê uns ajustes;
2. Salve. Sempre salve. A probabilidade do Photoshop dar pau é imensa!
3. Crie uma nova imagem, em branco, de 13000x13000 pixels, na mesma resolução (dpi)
do panorama;
4. Copie esse layer (um quadrado branco) para a imagem do panorama. Esse layer será
utilizado para selecionar o que será cortado;
30
meta bala!
31
Mais uma vez: se você sabe como trabalhar com imagens maiores do que isso no Photoshop,
Eu tentei fazer sem overlap para ver o que acontecia: o GigaPan Stitcher simplesmente
renderizou uma cidade imaginária, resultado esse que também ficou muito interessante. Lembre, no entanto,
que assim você estará trabalhando na área de bug do programa.
24
5. Alinhe o layer branco ao canto superior esquerdo do panorama, selecione-o (ctrl+click
no layer), oculte-o, clique no Background (seu panorama), editar, copiar, arquivo,
novo, editar, colar, flatten, salvar (jpg), nome: 1-1.jpg
6. Exiba novamente o layer branco, alinhe-o ao centro superior, selecionar, ocultar, ...,
copiar, colar no arquivo novo (1-2.jpg)... e assim por diante.
Para imagens com mais de 9 pedaços, você pode utilizar guias para ajudar a alinhar o
layer branco. O método, obviamente, é sempre o mesmo: utilize esse layer para selecionar a área,
copie, cole num arquivo novo, salve esse arquivo.
8.2.2. E agora, eu posso comer as fatias?
Não, você não pode. Em vez disso abra o Gigapan Sticher, carregue as imagens (fatias) pra
dentro dele e mande renderizar o panorama 32. O programa é bem intuitivo. Utilize, portanto, a sua
intuição.
32
Se você não mandar renderizar o panorama de novo dentro do Autopano Giga, ela ficará
horrivelmente distorcida. Não sei direito o porquê. Ou melhor, eu sei, mas é muito comprido pra explicar.
25
9. LITTLE PLANETS
Para fazer um Little Planet ou planetóide ou
projeção estereográfica aplique a seguinte fórmula no seu
panorama:
Pronto. Fim da lição.
Calma, claro que eu estou brincando!
A projeção estereográfica (fórmula simplificada
acima) é um cálculo utilizado para transformar mapas
planares (mapas mundi, igual àqueles dos atlas da escola)
em globos terrestres (sim, aqueles de plástico mesmo, que
você pode girar).
Bem, a fórmula foi criada para isso, mas você sabe que o pessoal da fotografia é meio
maluquete e tratou de dar um jeito de usar isso nas imagens.
Há um método utilizando o Photoshop, mas acredite: ele é muuuuuuitoooo tosco! O
resultado final fica à altura.
Renderize o seu panorama Planar (é importante que seja Planar 33, do contrário ficará
horrivelmente distorcido, mas se o Autopano não deixar você utilizar essa opção, vá de Esférico
mesmo, fazer o que...). Mais importante ainda: o seu panorama deve cobrir 360° na horizontal e
em torno de 180° na vertical (incluindo TODO o chão).
Após feito isso, abra seu panorama gerado no Gimp, dê um flip horizontal (ele precisa
estar ao contrário horizontalmente), vá no menu Filtros/Genéricos/MathMap/MathMap. Na aba
Examples, em Extra Scripts, selecione stereographic projection-gargoyle_Vmoss.
Se essa opção não estiver disponível, insira manualmente na aba Expressions o script no
final desse capítulo. Mas atenção: SE VOCÊ ERRAR UMA VÍRGULA, obviamente não funcionará.
Você também pode tentar encontrar esse script na internet. Boa sorte.
Mexa na aba User Values à vontade. Você entenderá o que cada uma das opções faz
intuitivamente e dessa mesma maneira saberá qual a melhor configuração a ser utilizada.
Como curiosidade, dê uma olhada na aba Expression: essa é a fórmula que, ao ser
aplicada na sua imagem, fará com que ela tome a forma de um planeta.
Aperte Ok e pronto.
Quer dizer, pronto pronto mesmo não está, eu disse isso só para fins de efeito dramático.
33
Você já sabe, portanto, que a resolução não pode ser muito grande.
26
Você deve depois disso abrir a imagem no Photoshop e dar alguns retoques finais, como
apagar os vestígios do tripé que tiverem ficado bem no meio da imagem.
Ok. Agora sim está pronto.
## working stereo 1.13 inc zoom, twist, warp
## Original by Nathan de gargoyle, mangled by VMOS
filter StereoNdeG (image in, float turn: 0-1 (0.00), float zoom: 0-5
(1.00), float sc: 0-4 (1), float warp: 0-3.141592, color back)
zeta=-sin(warp)*1+cos(warp);
rho=sc*r;
radius=Y*zoom;
if r>radius then
back;
else
maxpi=2*atan(sc);
colat=2*atan(rho/radius);
long=(a+2*pi*turn)%(2*pi);
ny=((Y)*(2*colat/maxpi)-(Y));
nx=(X-1)*long/pi-X;
in(xy:[nx,ny*zeta]);
end
end
27
10. QUICKTIME VR
O PTGui exporta os panoramas como QuickTime VR 34, permitindo que você “viaje” dentro
da imagem em 360°.
A desvantagem desse programa é que ele não detecta direito os keypoints sozinho e o
resultado da renderização deixa muito a desejar (não fica com transições suaves como no
Autopano Pro).
Mas há uma solução para isso: detecte o seu panorama com o Autopano Pro, edite-o
(alinhe o horizonte, aplique Yaw, Pitch e Roll, etc.) então exporte-o para o Panotools. Há um botão
com essa opção ao lado do botão Salvar. Ele gravará um arquivo com extensão .pts, o qual poderá
ser importado pelo PTGui, utilizando este último apenas para a renderização.
É importante que você saiba que o QuickTime VR foi descontinuado pela Apple, não
podendo mais ser encontrado para dowload. Agora só é suportado através softwares de terceiros,
custando uma boa fortuna. O PTGui, no entanto, ainda tem essa opção dentro dele, que é visível na
hora de exportar (renderizar) o panorama: em vez de fazer jpg, faz qtvr.
Nunca utilizei essa opção. No entanto, é importante você saber que ela existe e é possível.
34
http://www.apple.com/quicktime/technologies/qtvr/
28
11. CONCLUSÃO
www.oleschmitt.com.br/gigapan
Muito se sofre
pelos caminhos
que levam à Roma
— os solavancos da carroça
maltratando o esqueleto —
até que enfim se chegue
à panorâmica Pasárgada,
onde todos são amigos do rei.
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