Santa 2 C. 42:Layout 1 6/7/10 5:51 PM Page 1 Santa 2 C. 42:Layout 1 6/7/10 5:51 PM Page 2 AEASC Expediente A Revista AEASC é uma publicação bimestral da Associação dos Ex-alunos da F.C.M. da Santa Casa de São Paulo. Endereço: Rua Dr. Cesário Mota Júnior, 112 CEP 01221-020 Tel. / Fax.: (11) 3362-1869 E-mail: [email protected] Visite nosso site: www.aeasc.org.br DIRETORIA EXECUTIVA Presidente Carlos Alberto H. de Campos Vice-Presidente Andraus kehde Secretário Paulo Ramires Santa’nna Filho Diretor Administrativo Nelson Gonçalves Diretor Social Oswaldo Cudizio Filho Diretor Científico José Maria de Sales Editorial O nosso CEMA (Centro Esportivo Manoel de Abreu) continua na mesma situação, embora, há cerca de dois meses, tenhamos participado de uma reunião com o Prefeito Kassab e vários de seus Secretários Municipais, juntamente com o nosso Provedor, Dr. Kalil e o nosso superintendente, Dr. Forte. Nessa reunião, o Dr. Kalil deixou claro que a Santa Casa apoia seus exalunos e alunos e quer ajudar a resolver a situação. O Dr. Forte sugeriu e o Prefeito gostou da ideia de criar uma Organização Social (OS) que seria dirigida pela Irmandade, abrangendo um Clube Escola da Prefeitura e um Centro de Medicina Esportiva, entre outros. Só falta um espaço disponível que possa ser trocado pelo CEMA. Segundo o Secretário Municipal de Esportes, Dr. Feldman, até dezembro deste ano o Clube Tietê estará disponível, mas o Dr. Kalil e o nosso advogado, Dr. Fraga, duvidam que a diretoria do Tietê não recorra à Justiça e crie um impasse como o nosso. Outro assunto importante é o apoio que nossas instituições estão tendo do CREMESP. No próximo dia 20/05/2010, às 9h00, haverá uma reunião da Santa Casa (Irmandade, Faculdade, Comissão de Ética Médica, AEASC) e o CREMESP, que será representado pelo vice-presidente da entidade e ex-alu no da nossa XI turma, o colega Renato Azevedo Jr.. Será discutido o Novo Código de Ética Médica. Esperamos lotar o Anfiteatro Emílio Athiê. Caso o espaço físico seja insuficiente para acomodar todos os interessados, faremos quantas reuniões forem necessárias para esclarecimento dos nossos colegas e alunos. DEPARTAMENTOS Cultura Roberto Mitiake Endo Eventos Vagner Lapate Vanessa Ribeiro de Resende Comunicação Lister de Macedo Lendro Patrimônio Bento de Toledo Rodovalho Nós, que somos Conselheiros do CREMESP e ex-alunos da Santa, estamos à disposição dos médicos do n osso Estado e especialmente dos nossos co-irmãos da Santa Casa, no que for da alçada do CREMESP e possamos auxiliar. Editor da Revista AEASC Celso De Oliveira A idéia de uma exposição de artes vem sendo discutida com carinho dentro da AEASC, conforme diz o diretor de eventos Dr. Vagner Lapate. “Temos vários médicos que exercem alguma atividade artística. Temos pintores, escultores, desenhistas e outros. A nossa idéia é reunir esse pessoal para uma exposição aqui mesmo na Santa Casa. Ainda não foram definidos local e data. “Estamos estudando o melhor local e vamos definir quais serão os colegas que deverão se apresentar. Temos boas expectativas de que neste ano teremos inúmeros eventos”, informa ele. Jornalista Responsável José Menino de Miranda MTB nº 16.637 Diagramação e Editoração Sérgio Adamo Coordenação Nelson Nascimento Edição, Produção e Comercialização Talentus Comunicação e Mkt. Tel.: 11 3884-9489 Areguá! Carlos Alberto Herrerias de Campos - 5ª turma - Presidente da AEASC e do CEMA Artistas Médicos poderão apresentar seus trabalhos na Santa Casa. Anuidade A.E.A.S.C. Lembramos os Ex-Alunos que não tiveram a oportunidade de efetuar o pagamento da taxa anual da entidade, vencida em abril, que podem fazê-lo normalmente, pois não há cobrança de multa ou juros. Quem tiver o boleto bancário pode fazer o depósito normalmente. Quem não tiver, solicitamos que faça um depósito identificado para a conta da Associação: Banco Real - Ag. 0565 - Conta 6716259. O valor é de R$ 100,00. 2 Santa 2 C. 42:Layout 1 6/7/10 5:51 PM Page 3 AEASC CONVITE A ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS E PROFESSORES DA SANTA CASA, COM O APOIO DAS SEGUINTES ENTIDADES: • IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO; • FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO; • COMISSÃO DE ÉTICA MÉDICA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO; • CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO; CONVIDA OS PROFESSORES, OS EX-ALUNOS E OS ALUNOS DA NOSSA FACULDADE PARA ASSISTIREM À REUNIÃO SOBRE: “O NOVO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA” HAVERÁ PALESTRA DO DR. RENATO AZEVEDO JR., (VICE-PRESIDENTE DO CREMESP E EX-ALUNO DA XI TURMA), SEGUIDA DE DEBATE COM A PLATÉIA. DATA: 20 DE MAIO DE 2010. HORÁRIO: 9:h00 LOCAL: ANFITEATRO EMÍLIO ATHIÊ HAVERÁ CERTIFICADOS FORNECIDOS PELO CREMESP AOS PARTICIPANTES. Informações com Denise na AEASC: 11 3362-1869 ou pelo PABX da Santa Casa: 11 2176-7000, ramal 7655, das 8h00 às 14h00. Diálogos entre ginecologista e psicanalista desvendam alma feminina Alexandre Faisal (16ª turma) e Rubens Volich conversam sobre dificuldades, angústias e prazeres vividos pelas mulheres. Apresentado pela atriz Maria Fernanda Cândido, autora do prefácio, como um trabalho que trata da “imprescindível aproximação entre médico e paciente” e que ao tentar compreender “as questões reais que levam seus pacientes a o sofrimento, confronta-se com suas próprias dúvidas e angústias”. A conversa entre os autores ocorre em linguagem simples, clara e facilmente acessível a qualquer leitor e as referências médicas e psicanalíticas podem ainda ser melhor compreendidas por meio de um glossário e sugestões de leituras específicas sobre cada tema. Como os autores destacam na intro- 3 dução do livro, os profissionais de saúde são frequentemente os destinatários privileg iados de seg redos silenciados por anos a fio por pacientes que, no fundo, buscam na clínica médica, psicológ ica e nos serviços de saúde, um espaço para expor seus medos, desejos, dúvidas e inseguranças. É assim que, ao intercalar os relatos de Luana, Laura, Tarsila, Arlete, Irene, Cristina e Mitsumo, para citar só algumas das personagens do livro, que chegam ao consu ltório pelas fortes cólicas menstruais, pelo sangramento insuportável associado ao mioma, pela dificuldade de eng ravidar ou pela g ravidez indesejada, pela falta de desejo ou pelo excesso dele, pela impotência do marido, pelo desejo sexual na terceira idade, ou ainda pelo amor entre parceiras do mesmo sexo, “Segredos de Mulher” compõe um rico mosaico da alma feminina, que, se tem como ponto de partida históri as individuais, toca no universal pelo que todas carregam em comum. Santa 2 C. 42:Layout 1 6/7/10 5:51 PM Page 4 AEASC As Artes Plásticas Dra. Vanda Variane. A arte em corpo e alma. Quando o assunto são seus quadros ela até revela uma certa modéstia, embora admita que os amigos e as pessoas de bom gosto os considerem ótimos. A Dra. Vanda Maria Todeschi Variane também faz parte dos ex-alunos da Santa Casa, onde integrou a 12ª Turma. Hoje é ginecologista e obstetra e reside e trabalha na cidade de São Paulo. O trabalho com os pincéis teve início há uns sete ou oito anos atrás. Com predileção às obras impressionistas, a Dra. confessase uma apaixonada pela natureza. “Gosto muito da natureza. Gosto da parte holística, de fitoterapia”, diz. Na natureza tudo a encanta, principalmente os campos e as flores. Segundo ela, a essência do seu trabalho artístico também está ligado ao universo da mulher. 4 A revelação da sensibilidade e habilidade com os pincéis começou de forma até despretensiosa, como ela nos conta. “Tudo começou na verdade quando ganhei um kit com todo aquele material. Depois fui evoluindo, passei a colocar em molduras”, diz ela, divertindo-se na sequência, quando revela que o objetivo não é a venda. “Eu não pinto quadros para vender. Normalmente presenteio os parentes e amigos”. Como é comum em alguns artistas, o melhor horário para se entreter com as pinturas é durante a madrugada. “Minha inspiração vem das fotos que vejo, das paisagens e viagens que faço”, conclui ela. Santa 2 C. 42:Layout 1 6/7/10 5:51 PM Page 5 AEASC as e os Médicos. Dr. Ricardo Pelosi. A magia da escultura Ele é médico, especializado em endocrinologia e psicanálise. E como se não bastasse é também escultor, afora o tempo livre em que se dedica a escrever. Assim é o Dr. Ricardo Maximiliano Pelosi, que fala dos tempos de Santa Casa. “Tenho orgulho de pertencer à 4ª turma da querida Santa Casa, que marcou, indelével a vida de todos nós. É comum rever o pessoal da 4ª turma num Jantar ou almoço, pouco antes das festas de fim de ano”. Em 1999 decidiu fincar raízes em Mococa, no interior de São Paulo, onde está até hoje e onde conseguiu conciliar suas especializa- ções em endocrinologia e psicanálise. Lá, faz atendimento clínico e também a grupos terapêuticos. E o ingresso ao mundo das artes, como teria acontecido? “Quando era pequeno, chamavamme de "arteiro", acho que confundi o sentido da palavra”, diz bem humorado, completando. “Desde então comecei a praticar artes, em especial escultura. Minha atividade médica é exercida dentro da endocrinologia e da psicanálise, práticas que envolvem a dependência dos pacientes. Depois de um dia de trabalho, saio do consultório e me encaminho para a Oficina D'Arte, onde vou mexer nas minhas esculturas. Ali eu sou o dependente. Escrever é algo que também me encanta, tenho dois livros publicados e um terceiro está indo para o prelo, diz. Os livros já publicados são: “Analista ma non troppo” e “Dá pra ir embora – uma visão psicossomática das fugas”. Sobre a divulgação do trabalho artístico 5 ele fala. “Já fiz uma exposição aqui em Mococa e à frente de minha Oficina tenho uma vitrine, onde minhas peças, em rodízio, ficam expostas”. Sobre o médico e sobre o artista, afirma: “São dois atores que se revezam no palco da minha vida”. Como a nossa revista é dirigida a classe médica, o Dr. Ricardo deixa um recadinho aos ex alunos e companheiros da 4ª turma: “Ai que saudade gostosa eu tenho de vocês!!!!!!” Santa 2 C. 42:Layout 1 6/7/10 5:51 PM Page 6 AEASC Dr. Vagner Lapate. Sem deixar a arte de lado. Na hora de escolher a profissão a medicina falou mais alto. Formado e com especialização em pediatria social, o Dr. Vagner Lapate já escreveu oito livros. É docente na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Mas ele tem também uma outra paixão, que o acompanha desde a infância: a pintura. Aos 10 ou 12 anos de idade já dava os primeiros passos, pintando sobre vidro, conforme aprendera com a mãe. A rigor não frequentou nenhuma escola que agora pudesse definir sua arte. “Sou um autodidata”, define-se ele. Em 1974, já formado, teve uma professora que tentou moldá-lo. “Briguei com ela logo no primeiro dia. Eu queria pintar óleo sobre tela, e ela era irredutível e eu então só podia pintar carvão no papel”. E foi assim, de 1974 até o ano 2000 o carvão no papel imperou em sua pintura, mas a vontade, a volúpia do óleo sobre tela não se desfez. “De uns oito anos para cá eu consegui finalmente realizar o meu grande sonho, pintar óleo sobre tela”. Hoje já conta 420 quadros em sua vasta coleção. “Desses, 150 estão emoldurados”, diz Lapate, que tem entre os 6 grandes nomes da pintura uma reverência especial por Dario Mercatti. Pode-se notar, tanto na obra de um quanto de outro, o gosto pelas cenas árabes e de cidades européias. O Dr. Vagner faz uma revelação muito interessante, pois é comum ouvir de alguns artistas que os momentos de tristeza e até de alguma depressão acabam favorecendo a inspiração. “Eu estou sempre bem para os meus trabalhos de pintura. Não sinto a menor falta de fatos depressivos. Normalmente quanto melhor estou melhor fica o trabalho”, completa. Santa 2 C. 42:Layout 1 6/7/10 5:51 PM Page 7 AEASC Dr. Filipe Doutel. A arte como aliada. Integrante da 23ª Turma, o Dr. Filipe Doutel, hoje especializado em psiquiatria, ainda mantém um vínculo muito forte com a Santa Casa. “Ser um exaluno da Santa Casa é um orgulho e um prazer que sigo compartilhando com boa parte dos meus colegas de turma e alguns outros exalunos e professores. Frequentar os encontros de turma, torneios esportivos, bailes de gala da Faculdade e eventos científicos são outras tantas oportunidades de reencontro e convívio; mas, sem dúvida, o CEMA ainda é um elemento fundamental da minha ligação com a 23ª turma e com a Faculdade”, comenta. O Dr. Filipe também está entre os médicos que se renderam a arte. “As liga ções com a arte vêm de antiga paixão e também da necessidade, porque, na psiquiatria, muitas vezes as estratégias de reabilitação lançam mão de recursos criativos para exprimir sentimentos e conflitos que, sem outra válvula de escape, causariam sintomas e angústia. Além disso, acredito que há elementos indissociáveis de arte na prática clínica da maioria dos médicos: a necessidade de atualização tecnológ ica constante e o fato de que a profissão nos torna depositários do lado mais íntimo da vida dos nossos pacientes. Diria que nisto a arte e a medicina se aproximam bastante: de um lado exigem um compromisso firme com a contemporaneidade e de outro, ambas nos chamam a conhecer dimensões do humano em sua 7 beleza e sofrimento mais extremos”, atesta ele. “A verdade é que aprendo muito com os meus pacientes e é justamente deste aprendizado sem fim que extraio poesias, contos, roteiros, ensaios e crônicas que publico regularmente em alguns blogs, ou que reúno em livro de vez em quando”. O Dr. Filipe sabe que há um movimento no sentido de reunir obras dos principais artistas médicos da Santa Casa e assim ele deixa um recado: “Gostaria de pedir que os colegas ex-alunos não se acanhem e levem suas contribuições ao colega Vagner Lapate. Tenho a certeza que há muita (e boa) produção de vídeos, fotos, pinturas, esculturas e outras obras por aí, esperando por um círculo mais abrangente de apreciadores. Aliás, a edição anterior desta revista, sobre médicos-músicos, mostrou bem a quantidade de talentos que passaram e passam pela nossa querida Santa. Apareçam então, colegas artistas e entusiastas, vamos fazer da programação cultural uma forma de convívio e entrosamento. Areguá!”.