Indicadores CNI
ISSN 1983-621X • Ano 16 • Número 11 • Novembro de 2014
INDICADORES
INDUSTRIAIS
Faturamento da indústria cai 4,9%
O desempenho da indústria foi negativo em novembro, quando o faturamento
real diminuiu 4,9% na comparação com outubro – feito os ajustes sazonais. A
queda interrompeu uma sequência positiva de quatro meses, o que aponta dificuldades para a recuperação da atividade industrial.
Os indicadores (dessazonalizados) de horas trabalhadas na produção e de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) também sinalizaram desaquecimento, embora tenham variado positivamente no mês. As horas trabalhadas cresceram 0,1%
frente a outubro, mas estão 6,6% abaixo do nível registrado em novembro de
2013. Com a UCI não é diferente: subiu 0,1 ponto percentual (p.p.) em novembro,
mas está 1,1 p.p. abaixo do valor apurado há 12 meses. As altas dos dois indicadores são modestas, dado o baixo patamar em que já se encontravam em outubro, e
devem ser interpretadas como estabilidade.
Como reflexo da fraca atividade, a indústria manteve a trajetória de cortes de
trabalhadores. O indicador de emprego caiu em novembro pelo nono mês seguido,
o que torna quase certa a retração no número de trabalhadores industriais em 2014.
Faturamento real
NOVEMBRO 2014
Variação frente a outubro – com ajuste sazonal
Faturamento real
Queda de 4,9%
Horas trabalhadas
na produção
Crescimento de 0,1%
Utilização da
capacidade instalada
Crescimento de 0,1 p.p.
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
132
Deflator: IPA/OG-FGV
137
Valor atual é 4,8% inferior ao
apurado em novembro de 2013
Após quatro
meses seguidos
de crescimento,
o faturamento
real caiu 4,9%
em novembro
Massa salarial real
Crescimento de 0,2%
127
Nos 11 primeiros
meses de 2014,
o fauramento
real acumula
queda de 2,0%
122
nov/11
Emprego
Queda de 0,1%
mai/12
nov/12
mai/13
nov/13
Rendimento médio real
Queda de 0,1%
mai/14
nov/14
Indicadores Industriais
ISSN 1983-621X • Ano 16 • Número 11 • Novembro de 2014
Horas trabalhadas na produção
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Estabilidade do indicador aponta
desaquecimento da atividade
112
As horas trabalhadas na produção
subiram 0,1% em novembro frente a
outubro — feitos os ajustes sazonais —, o
que sugere estabilidade do indicador e,
consequentemente, desaquecimento da
atividade industrial.
108
104
100
nov/11
mai/12
nov/12
mai/13
nov/13
mai/14
nov/14
Utilização da Capacidade Instalada
Ociosidade do parque fabril
permanece
Dessazonalizado (percentual médio)
85
83
80,9%
81
79
nov/11
mai/12
nov/12
mai/13
nov/13
Na comparação com 2013 o baixo ritmo da
atividade fica mais evidente. O resultado
atual é 6,6% inferior ao apurado há 12
meses. Com isso, o acumulado do ano até
novembro registra queda de 3,5%.
mai/14
nov/14
A indústria operou, em média, com 80,9%
da capacidade instalada em novembro
— segundo o dado dessazonalizado —,
ante 80,8% registrado em outubro. O
ligeiro avanço de 0,1 ponto percentual na
comparação mensal deve ser interpretado
como um indicativo de estabilidade da UCI.
Como consequência, a UCI segue mostrando
ociosidade das instalações industriais. Isso
fica claro quando observamos o indicador
original, ou seja, sem dessazonalização. O
seu resultado de novembro de 2014 (82,1%)
é inferior aos apurados para o mesmo mês
desde 2010.
Emprego
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Nona queda seguida
O emprego (indicador dessazonalizado)
registrou baixa de 0,1% na passagem de
outubro para setembro, marcando a nona
queda consecutiva.
117
115
Com esse resultado, o indicador atual
situou-se em nível 3,0% inferior ao
levantado em novembro de 2013. Ao se
comparar os 11 primeiros meses de 2014
com os mesmos meses de 2013, também
observa-se queda (de 0,6%).
113
111
109
nov/11
mai/12
nov/12
mai/13
nov/13
mai/14
nov/14
Indicadores Industriais
ISSN 1983-621X • Ano 16 • Número 11 • Novembro de 2014
Massa salarial real
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
132
A massa salarial real avançou 0,2% entre
novembro e outubro — na série livre
influências sazonais —, depois de dois meses
seguidos de baixa.
Deflator: INPC-IBGE
137
Retração é interrompida
Na comparação com novembro do ano
anterior, entretanto, nota-se queda de 1,2%.
No acumulado do ano a variação é positiva, da
ordem de 2,1% — média de janeiro a novembro
de 2014 comparada com a média do mesmo
período de 2013.
127
122
117
nov/11
mai/12
nov/12
mai/13
nov/13
mai/14
nov/14
Rendimento médio real
Leve recuo no mês não altera a
trajetória ascendente do ano
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
103
nov/11
Mesmo com as oscilações recentes,
o resultado anual — acumulado até
novembro — ainda mostra significativo
crescimento, de 2,7%
113
Deflator: INPC-IBGE
108
Após cair em setembro e crescer em
outubro, o rendimento médio real,
dessazonalizado, caiu 0,1% em novembro
— todos na comparação com o mês
imediatamente anterior. O comportamento
volátil apresentado nos últimos três meses
é resultado do ajuste, ainda em curso, no
quadro de trabalhadores.
118
mai/12
nov/12
mai/13
nov/13
mai/14
nov/14
INDICADORES INDUSTRIAIS - NOVEMBRO 2014
Variação percentual
Nov14/
Out14
Dessaz.
Nov14/
Nov13
Jan-Nov14/
Jan-Nov13
Faturamento real1
-4,9
-4,8
-2,0
Horas trabalhadas
0,1
-6,6
-3,5
Emprego
-0,1
-3,0
-0,6
Massa salarial real2
0,2
-1,2
2,1
-0,1
1,9
2,7
Indústria de
Transformação
Rendimento médio real
2
1 Deflator: IPA/OG-FGV - 2 Deflator: INPC-IBGE
Percentual médio
Indústria de
Transformação
Nov14
Out14
Nov13
Utilização da capacidade
instalada - Dessazonalizada
80,9
80,8
82,0
Utilização da capacidade
instalada
82,1
82,6
83,2
i
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Mais informações como série histórica
e metodologia da pesquisa em:
www.cni.org.br/indindustriais
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