PROJECTO AGRO 728 & PEDIZA II INSTITUIÇÕES INTERVENIENTES UE - Universidade de Évora - Dep. de Eng. Rural. COTR - Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio. ESAB - Escola Superior Agrária de Beja. ATOM - Associação Técnica de Olivicultores de Moura. AGRO 728 - “Influência da rega e do controlo fitossanitário na produtividade e qualidade do azeite de olivais tradicionais da margem esquerda do Guadiana” PEDIZA II - “Estudo da influência da densidade e da rega na precocidade das variedades principais de oliveira da margem esquerda do Guadiana” Folha Informativa nº 3 Protecção contra a traça da oliveira Prays oleae (Bern) A traça da oliveira A traça da oliveira ( Prays oleae Bern.) é uma borboleta, com cerca de 6-7 mm de comprimento, que coloca os ovos em diversos orgãos da oliveira (folhas, flores e frutos) consoante a geração. O ovo é de cor branco leitoso, quando recentemente posto e depois adquire a cor amarelada. Depois da eclosão da lagarta, apresenta uma mancha castanha escura, devido à acumulação de excrementos da larva. Ovo de Prays oleae (Bern.) DRAAL -Direcção Regional de Agricultura do Alentejo. INIA-ENMP -Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas -Estação Nacional de Melhoramento de Plantas. ICAM - Instituto de Ciências Agrárias Mediterrânicas A pupa possui coloração castanha escura, cerca de 6 mm de comprimento e 2mm de largura, forma cilindrocónica, arredondada na região anterior e está encerrada num casulo muito ténue. Biologia Adultos da traça da oliveira Ao eclodir a lagarta apresenta uma coloração castanha clara, por vezes esverdeada, mede cerca de 0,6mm de comprimento, quando recentemente eclodida e 7-8 mm no final do desenvolvimento larvar. A praga desenvolve três gerações anuais, cada uma das quais se encontra associada a diferentes orgãos da oliveira. A geração filófaga alimenta-se das folhas, nas quais escavam galerias inicialmente, para mais tarde saírem da galeria e roerem a página inferior da folha. A geração antófaga alimenta-se dos botões florais e a geração carpófaga alimenta-se do caroço da azeitona. Os adultos provenientes das larvas hibernantes surgem na Primavera e a partir de finais de Março no Baixo Alentejo, iniciam as posturas nos botões florais preferencialmente no cálice deste. Depois da eclosão as lagartas penetram no interior do botão floral alimentando-se inicialmente das anteras e depois dos restantes orgãos da flor. Completado o seu desenvolvimento dão origem a adultos, que surgem em meados de Maio, no Baixo Alentejo. Estes fazem as posturas sobre o cálice dos frutos recém-formados e imediatamente após a eclosão as larvas penetram o fruto e atingem o interior do caroço, onde se alimentam da amêndoa. Os adultos resultantes, que surgem a partir de meados de Setembro no Baixo Alentejo, efectuam as posturas sobre as folhas e as lagartas logo que eclodem fazem galerias, mais tarde, consomem toda a página inferior da folha e nas árvores jovens também os gomos. Estragos e Prejuízos A gravidade dos prejuízos varia de ano para ano e de local para local, para além de depender do tipo de orgão atacado. Os ataques da geração filófaga raramente têm importância económica, excepto se atingirem plantações jovens, situação em que a destruição dos gomos terminais atrasa o desenvolvimento da árvore. As gerações antófaga e carpófaga causam geralmente prejuízos, de maior ou menor gravidade, dependendo da densidade populacional da praga e da carga produtiva da árvore. Protecção contra a praga Os tratamentos recomendam-se para o combate da geração antófaga e carpófaga. No caso da primeira só é aconselhável quando existem mais de 15 adultos / armadilha /dia e mais de 10 % de cachos florais com ovos e larvas. Este tratamento deve ser efectuado com um bio-insecticida à base de Bacillus thuringiensis, este actua exclusivamente por ingestão, pelo que deve ser depositado no local de alimentação do insecto e aconselha-se molhar bem os cachos florais, adicionar açúcar à calda (1 Kg/100 l) para melhorar a eficácia e repetir o tratamento se chover. É também recomendável fazer o tratamento ao fim da tarde, para reduzir a inactivação do bio-insecticida pela radiação UV e por temperaturas elevadas. Para protecção do olival contra a geração carpófaga deve ser utilizado um insecticida sistémico, depois de se ter verificado o pico de voo dos adultos e desde que mais de 10% dos frutos tenham ovos ou orifícios de entrada da larva. Para mais informações contactar: Doutora Isabel Patanita Escola Superior Agrária de Beja Área Departamental de Ciências do Ambiente R. Pedro Soares , s/n 7800-295 BEJA http://www.esab.ipbeja.pt/ Telef:284314300 Email:[email protected] C e n t r o O p e r a t i v o e d e TTee c n o l oogg i a d e R eegadio gadio Quinta da Saúde, Apartado 354, 7801-904 Beja Tel: 284 321 582 Fax: 284 321 583 Programa AGRO Medida 8 - Desenvolvimento Tecnológico e Experimentação Acção 8.1 - Desenvolvimento Experimental e Demonstração PEDIZA II - Desenvolvimento Integrado da Zona de Alqueva www.cotr.pt Folha Informativa do Projecto AGRO 728 e PEDIZA II Editor: COTR