Tribuna Liberal TRIBUNA MEMÓRIA Domingo | 19 de Dezembro | 2010 | PG 05 Sidney Rohwedder Sidney Rohwedder foi outro grande músico da nossa cidade. Conheci ele na década de cinqüenta, ainda menino, com mais ou menos dez anos de idade. Seu pai, Joaquim Rohwedder que também era músico, já o levava para tocar sanfona nos bailes da região. Na ocasião houve uma festa de casamento de uma das filhas do Sr. Afonso Orlando, que morava no começo da Rua Antonio George Chebabi, bifurcação com a Avenida Júlia Vasconcelos Bufarah. Foram convidados para tocar no baile dessa festa os seguintes músicos: meu Pai, Antonio Martins, Joaquim Rohwedder, Antonio (Toninho) Barejan e o José (Zé) Barejan, sanfoneiro famoso da época. De repente, quando eu olho para o tablado, que era uma espécie de palco naquele tempo, quem eu vejo? Lá estava um menino, sentado em uma cadeira em cima do tablado com uma sanfona, quase do seu mesmo tamanho, tocando como gente grande. Era o Sidney Rohwedder. Eu fiquei tão encantado e admirado, que só sai da frente do palco, quando ele parou de tocar. A partir daquele instante me tornei seu fã incondicional, mal sabendo que estava diante daquele que viria a ser um dos melhores músicos de Sumaré e região. Passaram-se alguns anos, já no final da nossa adolescência, eu e o Sidney nos encontramos novamente. Foi durante a realização da FEAPIS - a Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Sumaré, que se não me falha a memória foi a primeira e única. Foi em 1968, na comemoração do Centenário de Sumaré. Em cena, novamente, a nossa querida e gloriosa professora de música, Mildred de Souza Lara, a “Neguita”, que nos convenceu a formarmos um grupo regional, para tocarmos na tal feira. Na época não existia na cidade nenhuma banda de jovens tocando músicas regionais, pois os jovens, só se interessavam, pelo iê-iê-iê que era a febre nacional. Com o argumento de que seriamos o destaque da feira, a “Neguita” nos convenceu e ganhou essa parada. Estava formado o nosso regional jovem que ficou assim: Falecimentos (Sepultados no Cemitério da Saudade) De 6 a 14 de Dezembro de 2010 Dia 6 de Dezembro de 2010 José Roberto Neves dos Santos, com 54 anos. José Carlos Donizete Moreira, com 52 anos. Paulo Pereira Macedo, com 70 anos. Dia 8 de Dezembro de 2010 Maria Nazaré da Silva, com 90 anos. Ismael Martins e Sidney Rohwedder no teclado Ismael Martins - No Centro de Memória * Sidney Rohwedder, sanfona, * Jaime Alves Soares, violão, * Hercílio Alves Soares, cavaquinho, * Ismael Martins, cantor e pandeiro, * Sérgio, conhecido com Rita, afoxé. Nem sempre nos destacamos por sermos melhores, mas sim por sermos diferentes. E foi o que aconteceu durante a nossa apresentação na feira: fizemos sucesso por sermos diferentes de outras bandas de jovens, da era do iê-iê-iê. Mas não ficou só nisso; nosso comandante, Sidnei se empolgou com a idéia de sermos um regional, e passou a aceitar convites para tocarmos em casamentos, batizados aniversários, festas juninas etc., em toda a região. Durante algum tempo mantivemos o regional, que foi bom enquanto durou. Mas a minha amizade e respeito pelo grande músico continuaram, e no final da década de setenta, o Sidney Rohwedder agora com sua banda bem mais atualizada, inclusive com bateria, contra baixo, teclado, guitarra, sax e vocal, foi contratado para fazer uma temporada no famoso restaurante “Galpão de Americana” onde ele e a banda se apresentavam nos finais de semana. Durante apresentações o Sidney foi incluindo na banda, músicos da sua própria família: sua esposa Cleuza passou a ser a cantora e seu filho Rodrigo ficou sendo o saxofonista. E aí o Sidney e banda passaram a ser uma banda cinqüenta por cento em família. Num daqueles finais de semana, eu resolvi ir ao restaurante galpão para curtir uma noitada ao som da banda do meu amigo. Mas, como conhecia muito bem o jeitão do Sidney, sabia que ele não me deixaria sair sem cantar ao menos algumas músicas com sua banda, como era sua atitude em todas as vezes que, em sua platéia se encontrava algum músico amigo. Não deu outra. À certa altura da noite, ele me fez o convite para adentrar ao palco e relembrar com ele algumas canções do repertório, já meio esquecido, mas que em nossa memória ainda estavam gravadas boa parte das canções. E no improviso, que no linguajar dos músicos, é aquele que diz: “Me dá o tom que eu começo e vocês correm atrás” fizemos uma rodada de oito ou dez músicas, que agradou em cheio ao público presente. Daquele dia em diante eu passei a me apresentar no Restaurante Galpão, esporadicamente a convite do Sidney e do proprietário que era o Sr. Vitório Lorenzato. E meu novo envolvimento musical, com o Sidney Rohwedder e banda embora fossem de vez em quando, durou por mais dez anos. Ou seja, mais de uma década, que foi o período em que o Sidney e banda permaneceram tocando no Galpão. Dificilmente uma banda permaneceria se apresentando tanto tempo em uma mesma casa, se não fosse pra lá de ótima. O Sidney e Banda, continuam fazendo sucesso até os dias de hoje, e talvez seja o grupo da cidade e região em maior tempo em atividade, da nossa cidade. A vocês, Sidney Rohwedder e Banda, meus parabéns e que Deus os abençoe. Quero dizer ainda que estou muito feliz por Deus ter me iluminado para que eu pudesse escrever esta parte da sua história, querido amigão. Ismael Martins NOSSO ACERVO Temos à disposição da comunidade para consulta documentos, jornais, vídeos e fotografias antigas. Além disso, recuperamos o acervo público de vídeos que estão agora disponibilizados para a venda em DVDs. Venha fazer um passeio pela nossa cidade por meio desse material. Caro leitor: Se você tem alguma foto antiga de Sumaré-Rebouças, e tenha disposição em publicá-la nesta coluna, ou incluí-la no acervo do Pró-Memória Sumaré, entre em contato com o funcionário da entidade, no endereço acima, ou com um dos diretores do Pró-Memória, através do telefone: (019) 3883.8829 ASSOCIADOS – Tornando-se sócio do Pró-Memória você estará ajudando a manter a entidade. A cada pagamento de mensalidade, você receberá um DVD com matérias e fotos da entidade publicadas em jornais, de acordo com a descrição correspondente. PRÓ-MEMÓRIA SUMARÉ – Rua Antonio Carvalho 44 – sala 14 Dia 9 de Dezembro de 2010 Malvina dos Reis Boraschi, com 88 anos. Fausta Luiza Dias Picasso, com 63 anos. Catarina Anastácio da Silva, com 63 anos. Luiza Alves Pereira, com 70 anos. Elzita Faria Paulino do Nascimento, com 42 anos. Cláudio Donizete Leo, com 41 anos. Dia 10 de Dezembro de 2010 Maria de Lourdes Vicente Correa, com 85 anos. Dia 11 de Dezembro de 2010 Vanda Aparecida Veloso, com 49 anos. João Gomes Pereira, com 84 anos. Estelita Joana do Nascimento Santos, com 54 anos. Dia 12 de Dezembro de 2010 Aparecida Malar Fernandes, com 84 anos. Elton Mangueira Costa, com 28 anos. Mauri Justino França, com 76 anos. * Neto do imigrante português Antonio Alexandre França, um dos primeiros moradores de Sumaré. Filho do comerciante Justino França, um dos fundadores da indústria têxtil Gifran. Era dentista, radicado em Campinas. Aristides Pinto dos Santos, com 64 anos. Douglas Willian Magalhães, com 23 anos. Dia 14 de Dezembro de 2010 Luis Carlos Damatrize, com 30 anos. Wilson Pereira Rangel, com 48 anos. Lazara Julio Madeira Martins, com 79 anos. Colaboração: Cemitério Municipal de Sumaré