UNIVERSIDADE FACULDADE TUIUTI DE CIENCIAS CURSO DO PARANA EXATAS E DE TECNOLOGIA DE GEOGRAFIA APTIDAO AGRiCOLA DO MUNICiPIO DE PONTA GROSSA-PR CURITIBA 2001 CLEBER APTIDAO AGRiCOLA CAMPOS FERREIRA DO MUNICiPIO DE PONTA GROSSA-PR Monografia apresentada it Disciplina de Metodologia Cientifica como requisito parcial conclusao do Cursa de Geografia, Faculdade de Ciencias Exatas e de Tccnologia, Universidade Tuiuti do Parana. a Orientadora: CURITlBA 2001 Jocelyn Lopes de Souza. TERMO APTIDAO AGRiCOLA DE APROVACAO DO MUNiCiPIO DE PONTA GROSSA - PR por ClEBER Monografia aprovada com de titulo de bacharel CAMPOS FERREIRA mentyao!l em Geografia como requisito parcial para obtenc;:8.o com enfase em Geoprocessamento, Banca Examinadora formada pelos professores: L.'"-. JL PROFA. -Lt1;,1Up- JOq'ITWLOPEs DE'SciUZA Orientadora -hlcWYv.---d,L ~"--~ PROFA. ELAINE &00. ' DE CACIA DE LIMA PROFA. DIRCE di~i~IAZ Curitiba, de SANTIS de 2001 pela DEDICATORIA Dedico essa monografia a minha familia e arnigos, principalmellte a minim mae Loide Alves Ferreira e noiva Cleide Machioni por todos os incentivDs e apoio rccebido. AGRADECrMENTOS Em prirneiro lugar agradcyo a Deus, pois tudo que consigo e por sua misericordia, em segundo a professora Jocelyn Lopes de Souza pela sua comprecnsao, motiv3yao, sabedoria e principalmente amizade BaO tendo impecHios que naa fossem suplantados para que essa mOllografia se conciuisse, deixando de lade ate mesmo Slla familia. A todos os mCllS companheiros de curso que conviveram nestes quatro anos de curso, minha elema gratidao. Agradc<;:oa todos os professores do Curso de Geografia da Universidade Tuiuti do Parana pelos ensinamentos e colaborayao. IV SUMARIO LISTAS DE FIGURAs... .................................... LISTAS DE GRAFICOS ... LISTAS DE QUADROS .. viii . ix LISTAS DE TABELAS .. . I INTRODUc;:Ao ... I . 2.1 Vias de acesso e Localizay:lo .. 2 . 3 . .. 2.3 Solos .. 2.4 x . 2 DESCRlc;:Ao GERAL DA AREA ... 2.2 Hidrografia vii . 4 . Geologia .. .4 . 5 2.5 Relevo .. . 2.6 Hist6rico .. 2.7 Agricultura 2.8c1ima ..6 ... . ... 15 E METODOS .. . 3.1 Materiais .. 3.1.1 Base Cartogritfica 3.1.2 3.2 ... . 16 16 . 16 . 16 3.2.2 Geoprocessamcnto.. . 4. EMBASAMENTO TEORICO... 4.1.2 16 Software de geoprocessamento 3.2.1 ESClit6rio.. 4.1.1 16 . Metodos.... 4.1 11 .. 3 MATERIAlS 5 16 . 18 Plantio Direto e Sistema de Plalltio Direto.. . Plalltio Direto.. Sistema de Plantio Direto.. . . 18 18 19 4.1.3 4.2 Finalidade do SPD ... Aptidao . 20 4.2.1 Defini~ao ... 5. RESULTAOOS 19 . Agricola ..... . E OISCUSSAO ... 6. PRINCIPAlS CONCLUSOES ... BIBLIOGRAI'IA ... .20 ................... . . ?' _J 29 30 vi L1STAS o DE FIGURAS 1- PRINCIPAlS VIAS DE ACESSO .... . 2 02- MUNIC[PlOS UMLTROFES .3 03-ENTRONCAMENTO 10 RODO-FERROVIAruo 04- SLMBOLOGIA DAS CLASSES DE APTIDAO AGRiCOLA 21 05- LEGENDA DAS SUBCLASSES DE APTIDAO AGRiCOLA .22 06- MAPA DE APTIDAO AGRiCOLA .26 vii LlSTAS DE GRAFICOS 01- AREA DE SOJA DAS SAFRAS DE 80/81 A 98/99 12 02- PRODU<;:AO DE SOJA DAS SAFRAS DE 80/81 A 98/99 12 03- AREA DE MILHO DAS SAFR.AS DE 80/81 A 98/99 13 04- PRODU<;:AO DE MILHODAS SAFRAS DE 80/81 A 98/99... . .. 14 05- PRODUTIVIDADE DE TRIGO NO MUNICiPIO DE PONTA GROSSA 06- AREA DA APTIDAO AGRiCOLA 07- PERCENTUAL DE SUBCLASSES DA AREA DE ESTUDO 15 27 28 LISTAS DE QUADROS 0\- Al'TlDAO AGRiCOLA DAS TERRAS 23 02- CALCULO DE AREA DA Al'TlDAO AGRicOLA .27 ix LlSTAS DE TABELAS 01- AREA, PRODU<;:AO E RENDlMENTO DA SOJA NOS PRINCIPAlS MUN1CjplOS DO PARANA (SAFRA 99/00) 02- GRUPOS DE APTlDAO AGRiCOLA. .. 03- CLASSES DE APTlDAO AGRiCOLA 11 . 20 21 1 INTRODU(:A.O A presente Monografia refere-se a urn estudo da Aptidao Agricola do Municipio de Ponta Grossa. A citada area situa-se na rcgiao dos Campos Gerais, Segundo Planalto Paranaensc. Aprcsenta como caractetistica agricola-econ6mica maiores produtores de c1ima, geologia. entre QUlros) municipios 0 fato de estar entre as dez do Estado. Por apresentar caracleristicas SOjel HaD tao favonlvcis que fazem parte deste ranking quanta fisicas (solos, as ocorridas de prodU(;ao no Estado, com as teve-se a Ilccessidade de estudar a sua apridao agrfcola, situando 0 pri.ncipal objetivo da presente pesquisa. Assim, neste trabalho, dentrc as objctivos especificos, pode-se citar: Um eshldo sabre Levantamcntos de Aptidao Agricola; Caracteliza~ao ou descric;ao dos aspectos fisicos (Solos, Geologia, Hidrografia, Relevo, Clima) e hist6ricos; Resgate e analise de dados agricolas (cultivo da soja), do municipio com relayao aos oulros produtores; Revisao litenlria sobre Elnbora,iio 0 Sistema de Plantio Direto (SPD), predominante na area; em ambiente SIG (SPRfNG) do mapa de Aptidao Agricola do Municipio. A organizayao da Monografia, segue uma descriyiio da area de estudo (capintlo 2) abordando-se os aspectos fisicos, hist6ricos e agricolas do municipio; Metodos (Capitulo 3), que mostl'a Embasamento Te6rico (capitulo 0 4) que aborda detiniyoes Sistema de Plantio Direto e Aptidao Agricola e por fim, Discllssoes (Capitulo Materiais e caminho percolTido da elaborayao do trabalho; 5) onde descreve-se 0 as subclasses sobre Plantio Direto, Capitulo de Resultados e de aptidao agricola do municipio, bem como discute-se as principais oCOlTencias atraves de dados obtidas via Geoprocessamento; Capitulo 6, que apresenta as principais conclusoes. 2 DESCR1cAo GERAL DA AREA 2.1 VIAS DE ACESSO E LOCALTZACAO Penta Grassa estil localizada na regiao dos Campos Gerais, que situa-se entre 0 Primciro e Segundo pianaito. 110 Centro-SuI do Estado do Parana. Segundo Mapa Rodoviario e Politico da Sccretaria dos Transportes (1998), as principais vias de acesso do municipio sao: BR 376, BR 373, PR 151, PR 513, PR 151, PR 438 (Figura I). a Municipio esta a 114 km da capital Curitiba e a 217 Km de Paranagua. Como l11ostTado Ita Figura 2, 0 municipio de Ponta Grossa faz limite ao norle com os ll1unicipios de Carambei e CastTo, a leste com 0 municipio de Campo Largo, ao Sui com Palmcira, ao sudocste com 0 municipio de Teixeira Soares, a oeste com Ipiranga e a noroeste com Tibagi. FIGURA I - PRINCIPAlS VIAS DE ACESSO t.nh:l,1RI't'~, lJ."lG Fonte: Mapa Rodoviario e Politico - Secreta ria dos Transportes do Estado do Parana (1998) 2.2 I-UDROGRAFIA as principais rios que localizam-se Tibagi no municipio de Ponta Grossa sao os Rios e Pil8ngui. o Rio Tibagi, segundo EMBRAPA (1984) e considerado 0 principal afluente do Rio Paranapanema. Nasce nos Campos Gerais, municipio de Palmeira, a oeste da escarpa Devoniana. Sell percurso aproximadamente abrange 550 KIll, sendo 78 Km navegaveis, desde a Slia foz ate a cidade de Jata! do SuI. Apresenta Jargura variavel de 100 a 900 111. o retiHnea curso do Rio Tibagi, do arenito a principio, acompanha lima Furnas, parando na regiao dos folhelhos fenda estll1turai vert"ieal Grossa e pode de Ponta cxibir varzcas e mcandros sinuosos. Apresenta, em scguida, calmo e n"anqUilo ate a junvao com o 0 Rio Pitangui. Rio Pitangui e um afluente da margem direita do Rio Tibagi, que cruza 0 arenite das fumas da Escarpa Devoniana. 2.3 SOLOS Dc acordo com Parana Grossa (EMBRAPA, sao: Podz61icos 0 Levantamento de Reconhccimento 1984), as priJ1cipais Latossolos Vennelhos classes de VelTIlelhos Amarelos, Amarelos,Terras Brunas solos Latossolos de Solos do Estado do do municipio Vcnnelhos Estruturadas, de Ponta Escuros, Cambissolo Afloramemos de Rochas. Os Latossolos Vellnelhos Amarelos caracteriz3m-se por serem mais evoluidos e ocorrerem em relevos suaves ondulados. Ocorrem no municipio proximo a Represa dos Alagados, ao NOlie da area de estudo. Os Latossolos Vermelhos Escuros, sao tambem solos profundos ocorrendo em rclevo suavcs ondulados. Os Podzolicos e Ten·a Bruna Estruturada sao os solos que possllem horizonte B textural, ou seja, acumulos marcantes de argila, no honzonte B em relayao ao horizonte A. A Terra Bruna Estruturada ocorre em rclevos fortemente ondulados, na regiao de Itaiacoca, e urn solo que possui contribuiyao geologica de rocha basic3. Os Cambissolos sao os solos menos evoluidos, mais sllscetiveis a erosao. Hit ocorrencia tambem de afloramentos de rocha e de solos Litolicos e tambem de solos Hidromorficos. sA (1993), cita que a fertilidade natural dos solos da regiao dos Campos Gerais e limitada, apresentando elevada acidez, carencia em bases trocaveis e pobreza elll fosforos. 0 teor de materia organica C medio a alto, favorecido pelas condiyoes clinuiticas que proporcionam maior acllllluio. Sob a ponto de vista fisico, em flU1yaO da classe tcxtualmcdia a arenosa e do relevo, sao altamcnte suscetiveis it erosiio. 2.4 GEOLOGIA De acordo com sA (1993), nas regioes dos Campos Gerais onde localiza-se Pont a Grossa, as rochas que denvaram as solos, sao sedimentares, originadas na Era Paleoz6ica, no Periodo Devoniano e sao constituidas por arenitos tipo Furnas, Itarare e par Folhelhos. 2.5 RELEVO o municipio de Ponta Grossa esta situado na regiao dos Campos Gerais, Segundo Planalto Paranaense, 0 110 qual recebe algumas outras dcnominayoes. Confonne WONS (1994), a Planalto de Ponta Grossa tambem ehamado de Scgundo Planalto au ainda Planalto dos Campos Gerais, posslli sellS limites natura.is representados a leste pela Escarpa Devoniana, a oeste peJa Escarpa da EsperaIH;a (F0J111acaOSerra Gcral). MAACK (1968 aplld Sa 1993), cita que a relevo da regiao dos Campos Gerais em geral e sU(lveondulado, com pendentes iongas, cOitadas pela Escarpa Devoniana. E relevo onduiHdo, com dcc1ives acentuados em palte dos tnunicipios de Castro, Pirai do Sui e Ponta Grossa. Assim, 0 municipio de Ponta Grossa. apresenta regi6es com relevo suave ondulado, como tambelll ondulado. o referido autor cila que a altitude valia entre 840 a 980 metl·os, podendo alingir 1002 metros em pontos mais elevados. 2.6 HISTORICO DO MUNICiP[O o Municipio de Ponta Grossa aprcscnta [47 anos c segundo IPARDES (2000), roi criado pela Lei Provincial nO 34 de 07 de abril de 1855, como telTit6rio desmembrado de CastTo, passando a ser vigorada esta lei em 06 de dezembro de 1855. o livro Parana c sells Municipios cita que Ponta Grossa teve sell territ6rio pcrcorrido a partir do seclilo XVI, quando os Campos Gerais foram cruzados por expedic;5es cspanholas que saiam do litoral catannense ate Assunc;ao (Paraguai), sen do succssivamcntc mais tarde movimentada por bandeirantes. A posse efetiva da teITa, deu-se a partir de 1800, represcntada pcla ocupac;iio e coionizac;ao. Cabe ressaltar que os Campos Gerais cstavam sob ajutisdic;ao da Vila Nova de Castro. Atmidos pelos pastagens naturais e da propria beleza dos Campos Gerais, fixaraI11-se paulistas, na imediac;oes do Rio Verde Pit'angui, dando inicio ao processd de povOiH;:ao.Posteliollncntc, beneditinos do Mosteiro de Santos, obtiveram concessad destes campos e passaram a chamar de Fazcnda Santa Barbara. Entretanto, 0 govemador da Provincia de Sao Paulo (Dom Matheus Abreu Pcreira), doou as mesmas telTas para um bandeirante paranaense, conflito com os beneditinos. 0 alferes Atanagildo Pinto Martins, 0 que geroll Estes alegaram direitos adquiridos • mas nada valeu. ficando esta imensa area de posse do alferes. Nao dC1110roumuito, 0 capitao-mor Jose Goes e Moraes, 0 Senhor dos Campos Gerais, dool! aos jesuitas parte de suas tcn·as, localizada nas proximidades do Ribeirao Sao M.iguel (afluente do Rio Pitangui). La ergueram a capela Santa Bilrbara e neste lugar ergucram 0 Curato da Compahia de Jesus, que em pouco tempo adquiriu extraordil1l1rio progresso. ocupadas, dando 0 Assim, paralelamente os redores da capel a iam sendo surgimento de grandes fazendas de gado, como a Fazenda Bom Sucesso do sargento-mor Miguel da Rocha Ferreira Carvalhaes, cujo limite abrangia area que hoje constitui 0 perimetro urbano de Ponta Grossa. Na atual catedral metropolitan a, antigamcnte existia um rancho de pousada, erguido por tropeiros, junto a uma centcml.ria figueira, sob a qual plantaram uma cruz. Este era 0 ponto de parada de tropas e viajantes, um ponto de referencia. Um outro pall to de referencia naquela epoca era a Casa de Telha, construida pOI'padrcsjesu.itas, com 0 objet-iva de aproximar 0 povo habitante das fazendas atraves da celebracao de festas religiosas e casamcntos. Em POliCOtempo aparcccram as plimeiras cabanas (choupollos) 00 redor. o sargento-mor Miguel da Rocha Ferreira Carvalhaes, procurando incentivar 0 progresso da regiao, convocou seus vizinhos e fazendeiros, como Domingos Ferreira Pinto, Domingos Teixeira Lobo, Antonio da Rocha Carvalhes e Benedito Mariano FClllades Ribas, expondo a neccssidade de se efetivar uma povoaCao para se resolver as diftculdades das questoes eclesiasticas e de litigio (areas de conflito), pois estavam ainda sob a jutisdicao de Vila Nova de Castro. 0 sargento-mor Miguel da Rocha ordenoll a seu capataz, Francisco Mulato, que procurasse na invelllada (local onde descansavam os cavalos e bois) Boa Vista, de sua proptiedade, um local para iniciar uma povoacao. 0 local escolhido par Mulato roi no bairro denominado ahlalmente de Nova Russia. Assim, a seguinte Frase dita por Mulato ao seu Sen hoI' "...Sinha sobe bem pOl'que que e eneas/ado naquele captio que (em a panta gro.\'so...", dcu inspiracao ao nome atuai, pois pont'a grossa c011stitui-se uma refcrencia a um capao de mato. Apcsar do grupo de fazcndeiros gostarcIll da ideia do nomc, 11aOaprovaram 0 lugar. Assim, para a resoiucao do impasse, soltaram urn pombo branco com um la90 velmelho 3marrado no pescoyo nas pradarias. on de 0 seu pouso representaria a lugar escolhido. A ave pousou exatamente na cruz do rancho dos tropeiros, debaixo da figlleira. Surgiu assirn, a efetiva povoacao de Ponta Grossa. Cabe ressaltar que no livro Parana c seus Municipios. estao situadas algumas fontes literarias dao 0 nome de Estrela como primeiro nome de Pont a Grossa, devido a cidade poder ser vista 11a epoca, hft lIluitas Icguas de distancia, situada no meio dos campos. A p3Itir de entao progrediu 0 processo de povoamento. Em 15 de setcmbro de 1823, atravcs de alvan't imperial, foi criada a Freguesia de Estrela. Sendo Ronda e doada primeiro vigario cia localidade, 0 Fonseca. Em 1840, 0 Padre Joaquim Pereira da patrimcmio foi aumentado pOl' area denominada de Rindio da 0 par anterionnente, foi criado Domingos 0 FelTeira Pinto. Pel a lei nO 34, como citado ll11Ulicipiode Ponta Grossa no ana de 1855. Em 1878, pOl' iniciativa de Algusto Ribas, principiou-se a colaniza~ao russoalema no municipio. Apos 2 anos, ill1igra~oes fez uma visita a 0 Tmperador D. Pedro n, objetivando incentivar as Provincia do Parana, parando em Ponta Grossa, quando em visita aos Campos Gerais, hospedando-se Ferreira Pinto. Este foi agraciado com 0 na rcsidencia do major Domingos titulo de Bariia de Guarauna. A partir de 02 de maryo de 1894, Ponta Grossa conheceu grande progresso devido a inaugurayao da estrada de fCITOCuritiba-Ponta Grossa. Dais anos depois, iniciou-se a construyao da ferrovia Sao Paulo-Rio Grande, sendo a cidade na epoca caractcrizada como sede de grandes oficinas e escrit6rios da companllia rodoviaria. Em 1904, 0 prefeito Emesto Guimaraes Vilela, inaugurou iluminayao eh~trica, fOlllccido pel a cmpresa de Guimaraee, 0 sistema de Ericksen & Filho. 0 sistema de agua e esgoto tambem foi iniciado atraves de empn:stimos realizado pelo Governo do Estado e, concluido peJo prefeito Teodoro Batista Rosas. Em 1930, 0 presidente do Brasil, que ficou quinze anos no governo, fomece a estayao fenovituia ao povo pontagrosscnsc. 0 populisll1o de Gerulio Vargas rcflctia-se quando nas ruas da cidade de Ponta Grossa, 0 povo aclamava com lenc;os e bandeiras venllclhas, simbolo da rcvoluc;:aoquando em sua passagem. Ponta Grossa roi beryo de grandcs nomes da politica paranaense, inspirando a deJlomina~iio de Capital Civica do Parana. Assim, pode-se concluir que a sua participa~ao atual expol1a~5es, devido a possuir um centro de entroncamento no corredor rodofelToviario, de rem considcnlvel inHuencia de natureza hist6rica quanta a origem do municipio. Situando assim, 0 aspccto hist6rico como sendo de suma impOlt3ncia no desenvolvimento InLUlicipio. Esta obselva~ao pode ainda SCI' reforyada com a citac;:ao de lim do folder encontTado nas pastas de recorte de Jomal (Divisi'io de Documentayao Paranaense), fla Biblioteca Publica da Secretatia de Industria e Cornercio de Ponta Grossa, que aborda os aspectos histolicos e fisicos do municipio: « 0 antigo ponto de parada dos tropeiros que faziam 0 trajeto entre Viamao (RS) e Sorocaba (SI'), 0 local on de hoje esta instalada Ponta Grossa nao foi escolhido par acaso: tratava-se de area de campos bem selvida pOl'rios, terras ferteis e clima agradilvel durante todo 0 ano". A Figura 3, mostra lim desenho esquematico do enn·oncamento rodo-ferroviario a que se serve Ponta Grossa. Constitui-se nllin dos maiores da America Latina, oferecendo acesso facil e nipido, par rodovia, a grandes centros produtores como Sao Paulo, Rio de Janeiro, P0I10 AlebTfe,Paraguai, etc. Por ferrovia, esta ligado ao municipio de Curitiba, Porto de Paranagua, ao Norte do Parana (com ramifica~ao ate Ourinhos - SI') e a todo sui do pais. Atualmente, destaca-se entre os municipios mais industrializados no Estado, com agncultura desenvolvida, contando tambem com atrativos turisticos como Fumas, Lagoa Dourada e Vila Velha. 10 FIGURA 3 - ENTRONCAMENTO RODO-FERROVlARIO Fonte: Folder do acelV'o HlstOlico da Biblioteca Publica do Parana. II 2.7 AGRlCULTURA A soja e a cultura de maior representayao no municipio de Ponta GrosseL Dados da Tabela I mostram que 0 municipio, quando comparado com Dull"os relacionados a esta cultura de abastecimento extemo, a!can90u nas safras 1999/20000 oitavo lugar CIllarea plantada e em produyao. TABELA 1- AREA, PRODUc;:Ao E RENDIMENTO DA SOJA NOS PRINCIPAlS MUNICiPIOS DO PARANA (SAFRA 99/00) Em Prodw;ao Munici io 72000 Toledo 68100 Cascavel 30 Em Area Munici io Cascavel Assis Chatobriand Toledo 40 Mambore 53000 Tibagi 50 60 Tibagi Castro r Ubirata Ponta Grossa Guarapuava 47500 Castro 47000 Assis Chatobriand 46000 Ubirata 41000 Penta Grossa 40200 Sao Miguel do Igual;u 39000 Luiziana Posi'Yao 10 20 ha 64000 Mambore 182400 Medianeira 180000 Ivatuba 3150 3150 148000 Boa Esperan~a 143450 Serranopolis. 3100 3100 do Igua<;:u 80 9" 100 Palotina FONTE: SEAB (2000) Os gn\ficos I e 2 mostram infonna,oes 141000 Guarania<;:u 135042 CorbtHia 3100 3050 124200 Tibagi 120950 Castro 114000 Sao Miguel 3020 3000 3000 102600 Ventania 3000 de dados interprctados da SEAB (2000) da area e prodw;;ao da soja no municipio das safras dos anos de 1980 ate 1999. No grillico 1 observa-se que ate a safra de 93/94 as areas plantadas de soja no municipio de Ponta Grossa nao chegavam a 35.000ha. Entretanto, segundo dados da SEAB(2000), a safIa de 80/81 ocupav. lima area de 29600 ha; a de 88/89 um. area de 29000 ha e a de 89/90 com 28400 Ita. 0 grafico tam hem mostra que a partir das safras de 89/90, houve dUllinui'rao considenivel de area plantada, tendo como marco de aUl11entocrescente a partir das safras de 94/95, chegando a valores superiores a 35000 ha. No grafico 2 vetifica-se que a produ'rao, como na area plantada, apresentou um comportamenlo semelhante, havendo considenlvel aumento a partir da sarra 94/95. 12 GRAFICO 1- AREA DE SOJA DAS SAFRAS DE 80/81 A 98/99 hea de Soja no Municipio de Ponta Grossa 47500.0 42500.0 37500,0 32500,0 27500,0 "', 22500,0 17500,0 D';;l-~~ 12500,0 7500,0 ~~~ I 2500.0 Or.e-·:,c- Safras ______ FONTE: SEAS (2000) GRAFICO 2 - PRODUCAO DE SOJA DAS SAFRAS DE 80/81 A 98/99 Producao de Soja no Municipio de 130000.0 110000.0 i------~o.... 50000.0 30000,0 10000.0 SatT ••s FONTE: SEAS (2000) Ponta Grossa C'Ji-':';' n::.-.o..'-" 13 Entretanto, existem Dutras culturas que Qcorrem no citado municipio como: milho, lTigo, centeio, aveia preta e branca, cevada, fcijao, arroz, amendoim, hatata, tomate, alho, echola, fumo e mandioca. Cabe ressaltar que h"igo, centeio, aveia e ccvada sao as culturas de invemo das propriedades que cultivam soja e miUlOno verao, au seja, dos grandes aglicultores. as pequenos e medias agricultores reservan- se ao cultivo de hOlialiy3s como batala, alllo, echola e tornate. Os graficos 3 e 4 Illostram a area plantada e a produc;ao da cultura do millio no Illunicipio de Pont a Grossa, 0 qual tambc1l1 possui grande expressividade !las atividades agricoJas de grande prodw;ao e elevada tccnologia GRAFICO 3 - AREA DE MlLHO DAS SAFRAS DE 80/81 A 98/99 Area da Cultura do Mllho no Municipio de Ponta Grossa a~ 27500,0 EI '.1_~:: \ a------" ~~~:~Ii .'4'05! o,'··~·· 17500,0 I Q';'.v.; I ~~~~;!i ~·:'::.'II .32·';l C~~ ~::~Ii 2500.0 Silfras o "-.K> _D%'';~I) FONTE: SEAB (2000) Comparando-se ao gnifico I, nota-se que a area plantada de miLho(Grafico 3), apresentou comp0l1amcnto semelhante a oCOITidana cultura da soja tla sarra 94/95. Contudo observou-se que a cireaplantada para a cultura do milho diminuiu a partir desta safra. GRAFICO 4 - PRODU<;AO DE MlLHO DAS SAFRAS DE 80/81 A 98/99 QS0-81 ProdUl;ao da Cultura do Milho 1181-821 082-83 08:).$4 170000.0 .84-8, 085-86 150000,0 aS6-S71 130000,0 087-S8 110000.0 .""". 089-90 090-91 ~ 90000.0 091..92 1192..93 70000.0 .93-94 094-9,j 50000.0 095-96 30000,0 096-97 097-98 098-99 Safras FONTE: SEAB (2000) Como pode ser vista no Grafieo 5, para a cultura do triga a produrividade ao lango das safras de 80/81 a 98/99, apresentou LIma media de 1.97 kg/ha. A produtividade da safi'a 80/81 fei de 1.36 kgllla e a de 88/89 alean<;eu 2.72 kg/ha, sendo esta a maior produtividade de todo perfodo abordado. Observa-se tambcm que a sarra de 98/99 apresentou 2.66 kg/ha, proxima a produtividade ocolTida elll 88/89. 15 GR;\FICO 5- PRODUTIVIDADE DE TRIGO NO MUNiCiPIO DE PONTA GROSSA !O~J·81 Produtividade do Trigo no Municipio de Ponta Grossa Da1~B'':: O~:-83 IOi';;-SJ I 3.2 .• ~ 1.7 884-" ll~;: 2.7 I--~~~- l::~~:: •• D90·~1 CllJl+3~ I1II'it2·f.:: 1.2 .9::--~ 0,7 i 0.2 I~:: 0905-':0, 10";7+"'"-:> safras ~~ __ D"8-'lf, FONTE: SEAB (2000) 2.8 CLiMA Segundo Maack (1981), a clima de Ponta Grossa estit inserido na Zona de Clima Quente- Temperado Subtropical, apresentando as seguintes caracteristicas: Nas zonas de campo Iimpo (estepe de gramineas baixas) com capoes de mato de Aratlcaria a temperatura media anual temperatura na casa de 21,2°C e senda janeiro 0 0 e iguaJ a 17,6°C. 0 mes mais quente possui a mais frio com 13,3°e. A maxima media mes mais rico em chuvas com precipita~ao pluviometrica 164,4 mm. 0 mes de agosto e0 e de 24,3°C, flU ordem de mais pobre em chuvas (71,2 mm). ReslITllidamente, os 12 meses do ano sao lunidos, com precipita<;3o anual de 1422,8 mill. Cita que de acordo com a c1assificm;ao de W. Koeppen, 0 clima e representado como Cfb, Oll seja. sempre umido, quente temperado, onde 0 mes mais quente possui temperatura inferior a 22°C, onzc meses com temperatura superior a I Qoe, com geadas severas. 16 3 MATERIALS E METODOS 3.1 MATERIAlS 3.1.1 Base Cm10gdifica A presente Levantamento 1980), em escala Estado do Parana do Estado Monografia de Aptidao utilizou Agricola I : 600.000; Mapa (ElVlBRAPA, do Parana, escala como das TelTas materiais caltograticos rnapas do do Parana (EMHRAPA, Estado do Levantamento 1981), escala 1 : 1.000.000 de Reconhecimenlo 1 :600.000; (Secretaria Mapa de Solos Rodoviario dos Transportes, do do e Politico 1998). 3.1.2 So.liwCll'e de Geoprocessamento o sistema utilizado foi a versao 3.4. SPRING 3.2 METODOS 3.2.1 Escrit6rio Foram histOlicos, realizadas fisicos Visitas agricolas a Secretaria (produyclO, quais connibuiram it bibliotecas pesquisas e economicos com objetivo 0 de resgatar dadas do municipio. da Agricultura produtividade, (DERAL), area, plantada), para a dissertaC;30 da pennitiu bem como 0 acervo resgate de dados bibliohrrafico, os serrao 2.7 (Agricultura). 3.2.2 Gcoprocessamento ESla atividade, o plano envolveu de infonna~ao ocolTcncias dos subgrupos Aptidao a constru~ao Agricola. de aptidao de um projeto Neste agricola. Banco no STG SPRJNG, contcndo de Dados, foi digitalizada as 17 Foi tambem rcalizado 0 calculo de areas neste ambicntc, corn postclior processamento no software de planilha eletronjca Excel para gera9ao de gnUicos. Mediante calibra<;iio da mesa digitalizadora, foi passive! averiguar as plincipais classes de solos do municipio de Ponta Grossa. As imagens de satelite geo-referenciadas foram cedidas pelo Laborat6rio de Geoproccssamento do Cursa de Geografia da Univcrsidade Tuiuri do Parana. 18 4 EMBASAMENTO TEORICO Uma vez que a presente Monografia esta relacionada a discussao no Municipio de Ponta Grossa da ocorrencia de lima cultura de expressividade expOitayoes, com intima relacionamento no mercado de a atividade agricola tccnificada (Sistema Plantio Direto), cabe expor no presente capitulo, sCyocs sabre 0 tipo de atividade cncontrada 118area de estudo, bern como uma sCyao sucinta sabre como interpretar um Mapa de Aptidao Agricola. Cabe 8iTlda relembrar que a amilise, 0 qual cnvolvc a Geof,'TafiaRural do municipio, sera mostrado no Capitulo Resultados e Discussoes. 4.1 PLANTlO D1RETO E SISTEMA PLAl'lTlO D1RETO Antes de definir Plantio Direto c Sistema Plantio Direto. faz-se necessaria ressaltar que as citados fazem parte de um sistema conservacionista de manejo de solo. Este sistema conservacionista, segundo Salton (1998) refere-se ao conjunto de tecnicas embasadas em pnlticas vegetativas (cobettura verde, cobcrtura mOlta, adubayao verde, rotayao de culturas, entre oun-os) e em prilticas mecanicas de revolvimento minimo ou Bulo do solo e telTaceamento. 4.1.1 Plantio Direto Segundo Salton (1998), Plantio Direto (PO) e a semeadura de culturas sem preparo do solo e com presenya de cobertura mOIta au palha. Esta cobeltura morta (palha) e constituida dos restos vegetais originados de cultura anterior especificamente selecianados. Geralmente, 0 PO envolve cultiva do tipo sucessao simples par varios aIlOS, como soja (veriio)/ttigo (invemo); soja (verao)/aveia (preta) nao se utilizando de um sistema de rotayao de culturas. Nonnalmente sao utilizados implement os agricolas para inCOTlJarar as sementes, adubos e ainda implementos compactadas (cscarificadores). para romper camadas 19 4.1.2 Sistema Plantio Dircto Salton (1998), cita conscrvacionista que produtividade, conservando sc na ausencia rotayao que de rcvolvimcnto do solo, sistema Oireto tecnicas continuamente hem incenriva e (SPO) como para ambiente. 0 ua presen9a conscientiz3<;:ao a a fonna recomendadas de manejo aumentar de utiliz3Y3.o dos a Fundamenta- agticultores de com ambicntais. 4.1.3 Fina1idade de Penta Grossa, As principais .-azoes para adotar cantrolar gatas da agua da chuva, a erosao Icvando de maior agilidade e utilizayao equilibrio dando (mjnhocas, solo fica protegido 0 mellor depcndencia a uma do impacto das cHmatica; maquinas e equipamentos; do tempo; biodinamico nutrientes illstalar, do SPD. sao: esse sistema do solo, uma vez que mellor desgaste fomecem faz uso tanto do PD quanta do SPO pader maior !'Iantio as mclhorando Este o municipio melhor todas au de culturas. prcocupa90es Sistema 0 envolve do solo, uma vez que a palhada ao solo e consequentemente tambcll1 bacterias, margem ao para a cultura aparecimento de uma e a aduba~ao posterior rica vida verde que lit se ao solo fllngos); produtividade das cliituras, devido a elevayao dos nutrientes e diminuiC;<lo da perda de solo; maior qualidade ambiental. A necessidade atividade degradayao «6%). do tradicional solo Isto implica mancjo de solo, tropical, com erosivos, de crescimento agricola bastante intensos, na necessidade como elevados somados deste com mais as 0 SPD, no Brasil e muito de dez anos, sistema tcnde a levar mesmo de se adotar pois indices variac;ocs 0 Brasil em sistemas com clima que podem temperatura Uma dcclividade de baixa mais conservacionistas aprescnta pluviometricos de areas grande. a processos elevadas de predominantemente levar que a processos levam a lima 20 dcgradayao natural dos solos cultivados sc estes naD estiverem protegidos e adequadamente manejados. 4.2 Aptidao Agricola 4.2.1 Definiyao Aptidao segundo agricola nada mais e que 0 dicion<lrio Aurelio signifiea habilidade. Assim, aptidao habilidade do solo para detemlinaclas atividades agricoias, 0 que podemos culrivar, protegeI', etc .. De acol'do com lima taTefa RamaU]o (1994),a interpretayao de ievantamcnlos do solo de mais alta relevancia para utilizay30 racional desse recurso e natural. Um mapa de aptida.o agricola rcvcla interprcta<;:oes realizadas no solo, classi ficando areas para diversas culturas, sob diferentes condiyoes mclhoramento, de manejo e viabilidade de atraves de tccnoiogias. Considera tres niveis de rnanejo: A, B e C. 0 nlvel de manejo A representa uma atividade primitiva de utiliz3y3.0, onde envolve trabalhos brayais e baixo nivel tccnico cultural. 0 nivel de Manejo B, e pouco desenvolvido. podendo ser brayal com envolvimento de lr3y3o animal. Pode ser utilizada tray30 motorizada quando almeja-se desbravar e preparar 0 solo. 0 nive! C, e 0 que represcnta 0 elevado nivel tecnologico e qualificado. Possui grupos, rcpresentados pelos nluneros de I a 6. A Tabela 2, mostra a caracteristica destes grupos. T ABELA 2 - GRUPOS DE APTIDAO AGRiCOLA Grupo Indicay80 para utiHzay30 1,2 e 3 Aptos para lavoura Aptos para pastagcm plantada Aptos para silvicultura e pastagem natural Terras scm aptidao 21 Tambelll par BOA, de aptidao. sao considerados os subgrupos, representados BUill mapa REGULAR, RESTRIT A e INAPT A. A Tabela 3, mastra estas caracteristicas. TABELA 3 - CLASSES DE APTI DAO AGRiCOLA Classe lndica~ao BOA Ten'as sem limitay5es significativas. um REGULAR minimo A de restri¥oes compromctem a produrividade Limit8¥oes moderadas, iimitayoes RESTRIT Simboliz8(j'ao Fortes reduzem limita,i'ies que on de Ha MaitlSCulo nao estas Minusculo a produtividade Minusculo para a produ,iia enLTe parenteses INAPTA Observa-se pelos clados da tabcla anterionnente citada que quando os niveis de manejo neste estivercm minuscula em tetra entre parenteses, Para a interpreta<;ao na Figura 4. FIGURA 4 - SIMBOLOGIA TABEL·\ 2. SiullJolul;ia da Bon correspolldenll~ LavoUTa Nivei lmptll. R:llllalho(199-1) ilel1l.1fL<'jn A B C A D C b R~£Ular RI!S!nl;1 legenda, faz·se DAS CLASSES Clnsscdl! O1ptid~oa£l';co!a apresentam letra minitscula, sera um nivel de manejo Illostrada Fonte: maiuscu]a, nive!. Se tiverem meSl110 (al (b) !I:-;d!i ••.•• ,~<,1 cle ";IS1agcm 1,larlllhl,1 ~Iwld~ mancJoB (pI de boa indicay80 c1asse regular. Se tiverem tetra restrito. necessario DE APTlDAO I' fd a caracteristica :tluidiio a utiliz3<;ao AGRiCOLA 3grKOla Sil"i(:uhum Nin'lde nr:uto.!jl,13 S (,, daJl lceras. Pa>.;nlj'em mHura} Nivcl de: II':mt'!o A " (:l) da Tabela 22 AJem da simbologia mostrada anterionnente, urn mapa de aptidao agricola pode apresentar dados adicionais represenladas por hachuras 113 vertical, horizontal, pontiUlados, "v" minusculo. tra~os diagonais, aspas, Iravessao (continuo e tracejado). Quando a area mapeada possui hachuras vetticais, significa que sao ten'as aptas para culturas de cicio curto. Quando a area mapeada apresenta pontilhados, refere-se its tCtTas com aptidao para culturas especiais de cicio 10ngo. A ocolTencia de aspas significa que sao terms aptas para dais cultivos par ano. Travessoes continuos, sao ('treas que pode ocon'er na area regioes com aptidao superior a apresent"ada no mapa. 0 travessao tracejado, significa que pode oconer areas com aptidao inferior. Assim, devido a variabilidade de subclasses com dados adicionais, 0 presente trabalho considerou aigarisl110s romanos para as variavoes de subglUpos, como pode SCI' visto na Figura 5. FIGURA 5 - LEGENDA DAS SUBCLASSES DE APTlDAO AGRiCOLA XI XU 5(,) XIII XIV XV XVI 5S XVII 5, XVIlI 6 23 5 RESULTADOS E DISCUSSOES Uma vez que um dos objetivos da presente monogratia reside em averiguar qual scriam os principais fatores que levaram 0 municipio de Pont a Grossa participar do cOITedor de eXp0I1ayaO(soja), a confecyao e discussao do mapa de aptidao agricola tomaram-sc imprescindivcis para a analise dcstcs fatores. Urn dos resultados provenientes da digitalizayao do mapa de aptidao da area de cstudo e mostrado no Quadro 1 e Figura 6. Este quadro mostra os subgrupos de aptidao agricola e suas caracteriza~6es encontradas no municipio. Cabe ressaltar que a Figura 5, [omece a legenda explicativa dos subgrupos. QUADRO Subgrupo I II III IV V VI VlI VIII IX X 1- APTIDAO AGRiCOLA DAS TERRAS Caracteriz~o Terras pertencentes a c1asse de aptidao boa para lavoura /lOS niveis de manejo B e C e rest rita no nivel A. Com aptid5.o para dois cultivos por ano. Terras pertencentes a dasse de aptidao restrita nos niveis de manejo Bee e inaptos no nive! de manejo A. Com aptidao para dois cultivos por ano indicado para cicio lonoo Terras pertencentes a cia sse de aptidao regular no nivel de ll1anejo C, restrito no B para lavoura e inapta no nive! A, indicadas para somente culturas de cicio curto Terras pertencentes a c1asse de aptidao regular no nivel de mal1ejo C, restrito no B para lavoura e inapta no nivel A, indicadas para culturas especiais (cicio longo), podem ser indicadas para dais cultivos por ano. Terras pertencentes a classe de aptidao regular no nive! de manejo C, regular no B para lavoura e inapta no nivel A. indicadas para culturas especiais (cicio longo), podem ser indicadas para dois cultivos por ano. Terras penencentes a classe de aptidao restrita nos niveis de manejo Bee para lavoura e inaptos no nivel de manejo A, indicadas para culturas especiais (cicio 10I1go), podendo existir na area regioes com aptidao superior a representada no mapa. Terras penencentes a classe de aplidao restrita nos niveis de manejo Bee para lavoura e inaptos no nive! de manejo A, indicadas para culturas especiais cicio Ion '0), com aptidao inferior a represenlada no mapa. Terras pertencentes a classe de aptidiio restrita nos niveis de manejo Bee e inaptos no nive! de manejo A, indicadas para culturas especiais (cicio !ongo). Terras pertcncentes a classe de aplidiio boa para pastagem plant ada no nivel de manejo B, indicadas para culturas especiais (cicio longo), podendo ter na area rc[d6es com aptidao superior a representada no mapa. Terras pertencentes it classe de aptidao regular para pastagem plantada no nlvel de manejo B, podendo ter na area regi6es com aptidiio superior a represcntada no mapa. Terras pertencentes it c1asse de aplidiio regular para pastagem natural no !livel de mane·o A. podendo lef na area reoioes com aplidao inferior a eSla Terras penencentes c1asse de aptidao restrita no nivel de manejo B para silvicultura TetTaS pertencentes classe de aptidao reslrita no nivel de manejo B para silvicultura, podendo tel' na area regioes com aptidao superior a mostrada no mapa Terras pertencentes it c1asse de aplidiio regular para pastagem natural no !livel superior a de manejo A, podendo ler na areas regioes com aptidao representada no mapa. Terras pertencentes 11 classe de aptidilo boa para silvicultura no nive! de manejo B, podcndo tel' na areas regioes com aptidl10 inferior a representada no XI a Xli a XIII XlV XV mapa. XVI Terras mane'o Terras manejo Terras XVII XVIII a no nlvel de a no !livel de pertencentes c1asse de aptidao boa para silvicultura B penencentes classe de aptidao regular para silvicultura B sem aptidao agricola Uma analise dos subgrupos do Mapa de Aptidao agricola caractelizados no quadm citado, pennite obscrvar que existe pouca ocomSncia de subgrupos do Grupo I. Para os grupos 2 e 3 a ocom!ncia e: de quatm subgrupos para 0 Grupo 2 e tres para 0 Grupo 3. Tambem obscrva-se que inaptos para 0 as subgrupas destes grupas (2 e 3), sao nivel de manejo A, apresentando em sua maioria restTi((oes, sejam !livel de manejo B ou C. Isto leva a pensar que 0 110 municipio nao teria aptidao agricola suficientemente comparavel aos dos municipios citados na sc((ao 2.7, do capitulo 2, os quais mediante analise do mapa de aptidao do Estado, observou-se que situam-se em sua maioria no grupo 1 de aptidao agricola. Raras sao as oconencias de Gropos 2 (Cascavel e Guarapuava) e infeliores a este. Inclusive, uma analise do mapa de aptidao de todo 0 estado, obselvou-se que os Grupos methores para lavoura (I) situam-se a oeste do Estado, diminuindo em sentido Leste do estada esta aptidiia. Samado a este fato, os dadas da Tabela I (se<;ao 2.7) revelam que Palotina que e ltltima colocada 110 ranking de produyao e rendimento de soja no Parana, e dcntre os lTlunicipios aquele que possui integralmente nos leva a pensar que 0 0 GntpO 1. ISIO municipio nao esta sendo tao aproveitado quanto deveria, 25 quando comparado com Panta Grossa e Castro que aprescntam Grupos inferiores e diversificados a este. Legenda dos dados do Quadro I: II III IV V 5S 5, 6 27 o Quadro 2, mostra 0 resultado do ca\Culo de area (km') dos subgmpos de aptidao agricola, mediante comando de caJcuio de area, realizado apos da digitaliza~ao no SIG SPRING. QUADRO 2 - CALCULO I: 1 "(a)8C (pontilhado) IV: (ponlilhado) 2"(b)c II: 2"(bc) DE AREA DA APnDAo AGRiCOLA 56.76 720.67 31.06 (ponlilhado) 21.17 36.38 11.58 602.18 14.46 23.51 109.14 1.46 26.25 31.24 31.46 V: 2"bc (pontilhado) 111:2(b)c (vertical) VII: 3(bel (pontilhado travessao tracejado) VI: 3(be} (pontilhado Iravessao) VIII: 3(bc) (pontilhado) IX: 4P (travessao X: 4p (travessao) pontilhado) XII: S(5) XI: 5n (com travessao tracejado) XIV: 5n (travessao) XVII: 5s XIII: 55 (minusculo XVI: travessao) 11.81 89.08 54.05 142.46 2014.72 5S (sem travessao) XV: 5S (Travessao pontilhado) Cia sse 6 Total das Classes XVIII: A representa~ao destes clados e Ttlostrada no GrcHico 6. GRAFlCO 6 - AREA DA APTIDAO AGRiCOLA Calculo de Area de Aptidao Agricnl~ 800 700 1 720,67 ~Il--~----c---------~ __--i Q. 600 E SOD '" x E '" 01 a Qi iJ ..11 Qi, .-1/ • C '<II 1 • X 400 300· 200 '100 Classe de Solos II C ,,·ill 28 Obscrva-se que a subclassc de maiO!" distribuiyao espaciaJ e representada [2"(b)c ponliU,ado). Esta no mapa ocupa a parte central do municipio, pOl' IV oesle e Noroeste. A segunda em distribui<;ao Ii a VI [3 (be) pontilhado travessao], oconendo junto a anteri0I111ente citada. A subclasse de menor area e a 5(s) au XII, situada a sudeste do municipio, fazendo limite com as areas scm aptidao agricola, que de veri am scr destinadas a prcservayao. Represcntantes de areas de presclvac;:ao (6 au XVIII) ocuparn lima area de 142,23 km2, aD leste, sudocste e sudocste e sui do municipio. o Gnlfico 7, Illostra 0 percentual destas subclasses. GRAFtCO 7 - PERCENTUAL DE SUBCLASSES Percentual das subclasses 4% 3% l%l \ ' DA AREA DE ESTUDO aptidao de 2% 1% VI 30% /' 2% agricola 29 6 PRINCIPAlS CONCLUSOES As principais conclusoes da presente Monografia sao: o municipio de Ponta Grossa quando comparado aos dez (10) maiores produtores de soja do Parana, apresenta subgrupos de aptidao agricola pertencentes a grupos menos favoraveis as atividades agricolas, como as do grupo 2 e 3, possuindo ate mesmos oconencia de areas que deveriarn segundo 0 Mapa de Aptidao Agricola serem destinadas a pastagcm, silvicultura e prescrvayao. As classes municipios de solo de Ponta do ranking Grossa, de soja, sao menos tambem quando favoraveis, cornparadas aos corn caracteristicas de apresentar baixa fertilidade natural. Jft os municipios que situam-se a oeste do estado (Palotina, Toledo, Assis Chateaubriand), sao privi legiados com solos origil1ados de rochas basicas ( basaltos), caracterizando-os como solos naturalmentc ferteis. A malha viftria do municipio abrange duas estradas federais e duas estTadas estaduais, que 0 cortam nas direr;oes nOlie, suI, leste, oeste. Esta riqueza de malha viaria favorece 0 escoamento de soja para de insumos agricolas para o fato 0 0 porto de Paranagml e tambem, a entTada cultivo da soja e demais atividades. hist6rico de herdar 0 titulo de Capilal Civica, canegou grande incentivo a criayao destas estradas. o sistema de Plantio direto (SPD), urna prittica eonservacionista, mUllicipio e minimiza a baixa aptidao natural do solo, contribuindo prcdomina no para que 0 municipio se situe no 8° lugar em produr;i'io de soja do Estado. A utilizayao desta prftlica envolve um reduzido revolvimento de solo, proporciona cfeito eficaz no combate a processos erosivos, uma vez que a palhada deixada pela cultura anterior exerce proteyao aos impactos das gotas de agua de chuva, propicia a retenyao de umidade ao solo eleva materia organjca. ao aurnento da fertilidade proveniente da decomposiyao da 30 7 REFERENCIAS BlBILOGRAFTCAS FERREIRA, J. C. V. Parana Brasileira, 1996. MAACK, R. Geogralia e sellS MuniciJlios. Maringa: Editora Memoria Fisica do Pamna. Livrana Jose Olympio Editora SA, 1981. RAMALHO, FA Sistema de Avaiiaciio da Aptid,io Agricola das Terras 3. Ed rev,Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1994. sA, J.e. de M. Manejo Editora, 1993. de Fertilidade do Solo no Plantio Direto. Aldeia Norte SALTON, J.e. 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