Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Director-Adjunto: Carlos Fernandes • Sub-Director (USA): Eliane Brick www.jornaldeoleiros.com · Ano 4, Nº 25, Março/Abril de 2013 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bi-Mensal Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira Correspondentes fixos em todas as sedes de Concelho do Distrito de Castelo Branco e Freguesias de Oleiros Jornal de Oleiros na BTL VI Passeio da Pinhal Total foi enorme êxito Editorial Paulino B. Fernandes página 2 “De olho na Educação” Dra. Manuela Marques página 3 O Farol António Graça página 6 Estivemos em força na BTL e no interior daremos conta das nossas impressões. Saudamos a PINHAL MAIOR por de novo ter junto os 5 Municípios que já havia estado em conjunto na Fitur. página 10 www.charon.pt Prestamos homenagem à indispensável equipa de Logística, sem a qual nada era possível, mais de 300 participantes não deixa dúvidas. Os comentadores do litoral contra o povo do interior Paulo Campos página 7 página 11 Página Proença-a-Nova AUGUSTO de MATOS voltou a expor, agora no Hotel de Santa Margarida “A metáfora do tempo ou um percurso de sensações” foi um sucesso página 8 Página Castelo Branco página 9 Página Vila de Rei página 10 Pobre interior Fernando Serrasqueiro página 11 página 2 2 Jornal de OLEIROS 2013 MARÇO / ABRIL “AXIS MUNDI” EDITORIAL Carlos Fernandes “Turismo, turistas e outras coisas…..” A verdadeira viagem do descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, mas em ver com novos olhos. Marcel Proust . 2 de Março, dia marcante Março de 2013 fica marcado pela maior manifestação popular de descontentamento de sempre. Os números impressionam e, num novo record de participação, Lisboa com mais de 800 000 pessoas a desfilar deixou o sinal claro que a política seguida pelo governo ultraliberal e sem sensibilidade social, tem de mudar imediatamente. Os portugueses, exibindo-se com tranquilidade, mas de forma firme e com números esmagadores, disseram um basta significativo que não pode ser escamoteado sob pena de as coisas virem a descambar com culpa total para o governo. Manter homens como Miguel Relvas no governo, tornou-se há muito ofensivo. Chegou a hora de mudar, tardia, deixando sequelas irrecuperáveis para muitos, bandeira negra que será a marca distintiva deste inenarrável governo que arruinou o país. O Jornal de Oleiros cresce no país e na região A poucos passos de estarmos instalados em todo o Distrito de Castelo Branco, assinalamos agora a colocação de nova bandeira em Idanha-a-Nova que saudamos efusivamente. Contamos já com o apoio da Dra. Carmo Barroso, uma socióloga dedicada à Protecção de crianças e jovens em risco, matérias que sempre nos preocuparam e, hoje ainda mais. Saudamos esta Amiga que se junta ao esforço colectivo. A região na BTL Sob a organização da PINHAL MAIOR, Oleiros, Mação, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei estiveram na BTL. Reconhecendo as economias que esta junção proporcionou, não estamos no entanto seguros da validade da opção. Algumas marcas distintivas dos Concelhos ficaram invisíveis e não aproveitaram o momento para se evidenciarem. Não criticamos agora, anotamos apenas e pedimos reflexão para o futuro.■ Paulino B. Fernandes Director Email: [email protected] Na minha opinião, a missão de quem escreve não será só a de informar a opinião pública do que se vai passando em seu redor, mas também de opinar ou transmitir conhecimentos adquiridos através da sua própria vivência, sobretudo aqueles que de algum modo possam esclarecer ou mesmo facilitar uma outra visão das coisas que por vezes passam despercebidas á maioria das pessoas. Todos sabemos que o turismo tem uma importância verdadeiramente estratégica para a economia nacional pela sua capacidade de criar riqueza e emprego. Trata-se de um sector em que temos vantagens competitivas claríssimas, como sucede em poucos outros. O turismo é um dos principais sectores da economia portuguesa, tendo o seu peso na economia vindo a crescer nos últimos anos, contribui com cerca de 11% do PIB (produto interno bruto). No entanto Portugal perdeu quota de mercado a nível internacional, e está demasiado dependente não só de quatro mercados emissores como também do desempenho de três regiões (Algarve, Lisboa e Madeira), sendo ainda condicionado por uma elevada sazonalidade e limitações nas ligações aéreas .. Existe capacidade instalada de excelente qualidade quer em termos de infraestruturas quer de recursos humanos. Estão a surgir novos destinos de grande qualidade onde a inovação e criatividade se afirmam dia a dia, por exemplo o litoral Alentejano, a zona Oeste, Porto Santo e o fantástico Douro, fruto da iniciativa empresarial e da agilização de processos por parte da tutela . Já muito foi feito, desde o desbloqueamento de processos que se encontravam paradas há anos, como a ligação a rede Inftur ás melhores escolas e universidades estrangeiras para elevar o nível do ensino, foi criado o Turismo de Portugal. Mas ainda há muito para fazer. Desde segmentar melhor as propostas de valor a aumentar a oferta de qualidade. Melhorar as acessibilidades, segurança, mais e melhores investimentos, promover as iniciativas privadas. Criar uma imagem mais forte junto dos clientes exigentes. Facilitar o licenciamento baseado em critérios de qualidade e desempenho, apostar fortemente na qualidade dos recursos humanos e reduzir a burocracia, que a adhocracia se implante. A visão para o Turismo de Portugal terá que ser uma visão estratégica assente em três pilares, Portugal deverá ser um dos destinos de maior crescimento da Europa, através do desenvolvimento baseado na qualificação e competitividade da oferta. A proposta de valor de Portugal deverá apostar nos factores que mais nos diferenciam de outros destinos concorrentes, clima e luz, história, cultura e tradição, hospitalidade e diversidade concertada, e em elementos que qualificam Portugal; Autenticidade moderna, segurança e qualidade competitiva. No que ao turista se refere, o seu novo perfil baseado na sua maior exigência conhecimento e menor disponibilidade financeira, onde nestes tempos o turista deixou de querer consumir, mas sim fruir ser o actor principal, num tempo em que as shorts trips se afirmam, cabe a todos essa observação intensa para cada vez mais a oferta ir ao encontro da procura. Hoje o turista além, da hospitalidade, paisagem procura vivencias, animação, autenticidade, segurança e acrescentar conhecimento ás suas experiências, no fundo momentos únicos e marcantes é esta magia que todos teremos que fazer acontecer. Outras coisas … Analisando com algum cuidado, sem ter acesso a qualquer conta satélite ou dados estatísticos, a nossa região constato a proliferação como cogumelos de alojamentos de turismo rural, sem estratégia, sem planeamento, sinceramente ás vezes o meu cérebro não aguenta, a maioria abre no Verão ou ao fim de semana, será isto desenvolvimento sustentável ou outra coisa…. A maioria restaurou casas rusticas com dinheiro de todos, sem oferecer postos de trabalho a maioria faz destes espaços verdadeiras casas de veraneio e fim de semana para os amigos será isto correcto ? Ou outra coisa ….. Não contentes com estes desempenhos , investe-se em unidades hoteleiras com dinheiro de todos sem qualquer visão estratégica, para tapar o sol com a peneira fazem-se umas rotas uns festivais gastronómicos umas feiritas, uns batizados e casamentos, será isto turismo ou outra coisa…. Sem uma visão global baseada em sinergias de todos os agentes turísticos da região, sem o devido acompanhamento de quem sabe de turismo e não ande a fazer turismo, não será fácil, urge apostar em parques temáticos, museus, na realização de um ou dois meg eventos que por si só sejam diferenciadores dos nossos concorrentes, urge a certificação de festas e romarias, de produtos regionais, apostar na promoção e divulgação daquilo que nos distingue, é essencial construir a marca Pinhal. Com tudo isto, com todos, com o trabalho e a palavra de todos, se afirme a o poder da palavra, em vez da palavra do poder . Por ora, apetece-me apenas dizer; desventurados os ignorantes que por falta de motivação superior, não se apercebem do bom e do belo, que nunca chegarão a usufruir, simplesmente por desconhecimento da sua existência! Contudo nos tempos que correm, só é ignorante quem quer, digo eu!! BEM HAJAM ■ Horas do Conto destinadas à primeira infância e terceira idade Nos passados dias 20 e 27 de fevereiro, a Biblioteca Municipal de Oleiros promoveu mais duas edições da Hora do Conto Infantil e Sénior, respetivamente. Destinadas às crianças do ensino pré-escolar do concelho e aos idosos do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Oleiros, as iniciativas consistiram na recriação dos contos “Casamento dos Melros”, da autoria de Tony Wolf (Infantil) e “Histórias de Entrudo”, da autoria de Ilda Nogueira, os quais fizeram as delícias do seu público-alvo. Recorde-se que esta é uma iniciativa que ocorre mensalmente, com o intuito de proporcionar hábitos de leitura entre as crianças na primeira infância e momentos de entretenimento e animação na terceira idade. A equipa da Biblioteca Municipal de Oleiros está já a preparar as Horas do Conto referentes ao mês de março, as quais terão lugar nos dias 13 e 21 com “As Montarias de Oleiros”, numa recolha de Jaime Lopes Dias (Sénior) e “O Jardim Curioso”, da autoria de Peter Brown (Infantil), respetivamente. ■ Exposição de pintura de Vale do Souto no Posto de Turismo Esteve patente, durante o mês de fevereiro, no Posto de Turismo de Oleiros, uma exposição de pintura promovida pela Associação Recreativa e Cultural de Vale do Souto (ARCVASO) contendo obras que derivaram de um curso de pintura lecionado pela professora Ermelinda Carmo. As obras, de grande qualidade, são da autoria de Maria Conceição Antunes, Sandra Luís, Carminda Alves, Ermelinda Rodrigues, Gracinda António, Celine e Ermelinda Carmo e podem ser vistas diariamente, de terça-feira a sábado, durante o horário de funcionamento daquela infraestrutura. ■ 2013 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS 3 CRÓNICAS DE LISBOA A Ganância dos Homens Serafim Marques Economista O que é o dinheiro, poderia perguntar-se, mas que a maioria das pessoas não daria uma resposta cabal, embora não possa viver sem ele. Pois é um meio usado na troca de bens e serviços e que emergiu quando o homem sentiu que as trocas directas eram de difícil execução, pelo que haveria necessidade de usar um símbolo (moedas, notas, etc) que fossem aceites por todos e tivessem um padrão monetário específico e demais garantias oficiais. O aumento das transacções na humanidade, levou à criação dos bancos, pelo que o dinheiro passou a ser, essencialmente, um símbolo ou uma abstracção, assentando a maioria das transacções na moeda escritural e na criação de moeda assente no crédito. As “leis globais” e a evolução tecnológica tornou ainda mais virtual o dinheiro e facilitou as transacções financeiras locais, nacionais e mundiais e a imaginação dos “banqueiros” deixou de ter limites, pelo que as autoridades fiscalizadoras come- çaram a sentir sérias dificuldades de controlo do sistema financeiro e bancário, de vital importância para a sociedade moderna, mas ele próprio potenciador e gerador de crises, que não são apenas de agora. Assim, os erros, os riscos de negócio e, acima de tudo, a ganância dos homens, tem gerado situações cujas consequências não têm sido mais sérias porque, apesar de tudo, poderemos considerar que a “mundialização” do sistema financeiro e bancário se auto sustenta , se ajuda e se equilibra, pelo que as crises geradas têm sido debeladas com mais ou menos sacrifícios locais- países. No caso de Portugal, já destituído do seu poder de emissor de moeda, não só sofremos os efeitos das crises financeiras vindas de fora, por força da tal interligação do sistema financeiro, mas também porque o nosso sistema bancário continha em si mesmo “duas maçãs podres”, isto é, o BPN (Banco Português de Negócios) e o BPP (Banco Privado Português), sendo dois bancos bem diferentes um do outro, isto é, o BNP como banco universal e o BPP como pequeno banco “gestor de fortunas”. Porque estes dois casos têm feito correr muita tinta e “suga- do” os bolsos dos contribuintes, considerando-se o maior “buraco de sempre” no nosso sistema bancário, vale a pena relatar aqui três factos de que fui “testemunha”: i) O autor destas linhas, que nunca teve qualquer ligação com o BPN, foi contactado, por parte de dois quadros duma agência local do banco, a aliciarem-nos (à empresa) para a abertura de conta e o início de transacções. Isto aconteceu em 2003 e, nessa abordagem e face às condições que o banco oferecia, a nossa percepção era de que algo de estranho se poderia passar naquele banco, tipo Dona Branca de má memória para muitos portugueses. Não aderimos às ofertas e à pergunta de como poderia o BPN oferecer aquelas altas taxas de juros nos depósitos, responderam que também o banco cobravam taxas altas dos empréstimos aos seus clientes. Insistimos, perguntando, que tipo de clientes eram e a resposta foi de que eram aqueles que (já) não conseguiam obter empréstimos nas outras instituições bancárias, pelo que aceitavam pagar essa taxas de juro mais altas. Sabemos agora que não era apenas isto, pois, pelos vistos, os fundos dos seus clientes seriam utilizados com outros fins. ii) No inicio de 1988 era o Dr. José Oliveira Costa, considerado o grande obreiro do nascimento e crescimento do BPN, então Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e, na qualidade do cargo, foi proceder ao encerramento dum seminário sobre fiscalidade no qual o autor destas linhas participou, a título pessoal e profissional. O seu discurso foi empolgante e deixou todos os presentes estupefactos com o teor. Nele fazia duras criticas aos incumpridores do seu dever de cidadãos, leia-se pagador dos seus impostos, e de ética, e dando como exemplo a sua própria vida pessoal, isto é, uma “origem simples”, blá, blá. iii) João Rendeiro, que foi o “líder” e presidente do BPP e foi considerado como um banqueiro exemplar pela nossa imprensa da especialidade, e chegou mesmo a editar um livro (João Rendeiro, Testemunhos de um Banqueiro: A história de quem venceu nos mercados”, foi acusado pelo Ministério Público, juntamente com outros antigos administradores do BPP, do crime de burla qualificada. Se o Governo de José Sócrates deixou cair na falência o BPP, este um pequeno banco, já não fez o mesmo com o BNP, com receios dos efeitos de contágio, nacionalizando-o, pelo que os custos para nós, contribuintes portugueses, tem sido enormes e sem fim à vista, pois não se conhece o tamanho do buraco. A história destes dois casos terá ainda muito para contar, mas tem revelado que a ganância dos homens, pelo dinheiro e pelo poder que ele representa, pode não ter limites e as consequências, se as entidades fiscalizadoras não agirem e em tempo útil, estão exemplificadas nestes dois buracos financeiros. Neste “pecado” que é a ganância, podem incluir-se também muitos daqueles que aplicaram ali as suas poupanças (fortunas), porque terão visto nos dois casos uma”moderna Dona Branca”. Muitos desses clientes, que perderam ali as suas economias, choram agora, mas exigem que seja o Estado a ressarci-los! “Inteligente é o homem que sabe valorizar o que tem, sem perder a ambição, e sem adquirir a ganância.” Maldito dinheiro, mas do qual não podemos abdicar, que não tem culpa da ambição cega e violadora de valores de que os homens deveriam cumprir. ■ O FAROL Refundar?... é preciso Nota: O autor de “O Farol” não reconhece as regras do novo acordo ortográfico António Graça Refundar é um termo que o dissimulado primeiro-ministro, lançou, para, de uma forma disfarçada, como é seu hábito, comunicar a intenção do seu governo de, uma vez mais com a desculpa das exigências da troika, se preparar para continuar a roubar os portugueses. A ideia mereceu, desde logo, a repulsa de largos sectores, entre os quais nos incluímos. Contudo, se meditarmos um pouco sobre esta ideia, somos forçados a concluir que se torna absolutamente necessária uma refundação, ou melhor, uma reestruturação do estado. Acontece porém que, o meu entendimento de reestruturação do Estado é muito diferente daquele que parece ser o do primeiro-ministro e dos seus apaniguados. Enquanto que, para eles, a refundação do estado se traduz numa simples operação de aritmética, na sequência da qual o estado passará, cada vez mais, a ser uma entidade meramente confiscatória dos rendimentos dos cidadãos, sobre- tudo dos que vivem do produto do seu trabalho ou das suas reformas, confisco esse que tem como valor objectivo 4.000 milhões de euros (valor ainda não justificado). A meu ver, a refundação, ou reestruturação do Estado deverá ter como objectivo fundamental o seu redimensionamento funcional e económico, para que deixe de sugar sofregamente, sem nexo e sem escrúpulos, grande parte da riqueza produzida no país. Esta tarefa, pelas implicações, positivas e negativas que terá no futuro dos portugueses deverá resultar de um consenso alargado da sociedade, e não pode ser resultado de uma decisão unilateral, tomada às escondidas por um governo apoiado numa maioria que ocupam, transitoriamente, os centros de decisão, por muito significativa que seja essa maioria. Entendo mesmo que, dadas as características desta tarefa, deverá ser elaborado e aprovado, por uma maioria parlamentar idêntica à necessária para as revisões constitucionais, um documento orientador, o qual deverá ser submetido à aprovação dos portugueses mediante a realização de um referendo. É um trabalho que não pode ser feito à pressa para satisfazer a opinião de, parafraseando as palavras do Senhor Presidente do Tribunal de Contas, economistas visitantes, de cuja integridade e independência relativamente aos agiotas que dominam os mercados me permito duvidar. É fundamental que a “máquina” do Estado seja reduzida à sua dimensão essencial, tendo em vista uma relação eficiência-custo mais adequada às possibilidades do país É uma tarefa difícil, porque em Portugal toda a gente está de acordo com a implementação de reformas, desde que não se mexa nos seus interesses. Por outro lado exige bom senso e capacidade técnica que não existe no actual quadro político, onde cada qual só cuida dos seus interesses. O actual governo já deu provas suficientes da sua incapacidade para conduzir este processo, tendo recorrido a vários números de malabarismo para o tentar conseguir, o primeiro dos quais foi a “encomenda” ao FMI de um estudo sobre a refundação. É a mesma coisa que um criador de galinhas encomendar à raposa o sistema de segurança do galinheiro. Existem em Portugal entidades muito mais competentes e preparadas para fazer esse trabalho. Mas, assim, lá vem a eterna desculpa das imposições da troika. A propósito deste estudo, aconselhamos a leitura do excelente artigo da autoria do Doutor António Capucho publicado nas edições on-line e papel do nosso jornal. Tentou também o governo fazer passar como sendo a participação da denominada sociedade civil no processo, uma reunião de duas dezenas de convidados, realizada no Palácio Foz, sede do antigo secretariado nacional da informação, uma espécie de ministério da propaganda do antigo regime. O objectivo dessa reunião foi meramente propagandístico, e teve o seu ponto alto, como não podia deixar de ser, no discurso de encerramento, proferido por Passos Coelho. A sociedade civil não pode ser reduzida àquele punhado de amigos do governo, quase todos gente bem instalada na vida, por muito bemfalantes ou pensantes que sejam. Este tipo de reforma não pode ser feita a começar pelo fim, ou seja, a começar pelo objectivo de cortar os tais 4mil milhões de euros. Deve ser feita com base numa análise exaustiva da estrutura de custos do Estado, a partir da qual se determinará o montante economizavel, que, até poderá ser superior àquele valor. O que nunca poderá acontecer é a redução do Estado a uma organização de cobrança de impostos. Para cobrança de dívidas existem no mercado empresas cuja contratação sairia muito mais barata aos portugueses do que o sustentar da burocrática máquina administrativa actual. Os estados e, consequentemente, os governos, existem para assumir deveres sociais para com os seus cidadãos, para melhorarem as suas condições de vida, para lhes assegurarem a justiça, a defesa, a educação e a saúde. Não existem para sacar aos cidadãos os seus rendimentos em favor de um grupo de privilegiados os quais estão, na prática, isentos de colaborar nos sacrifícios exigidos aos demais. Até breve ■ 4 Jornal de OLEIROS 2013 MARÇO / ABRIL Os desafios da intermunicipalidade (Este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico) Alda Barata Salgueiro Na última edição do Jornal foi publicado um artigo da autoria de Eduardo Lyon de Castro - “As Autárquicas no Pinhal – 1 , o qual faz uma criteriosa análise sobre as Autarquias e aproveita o momento para sugerir uma estratégia futura que dê notoriedade e força ao Interior: A inter-municipalidade. Diz o autor do artigo ….” O sentimento da minha terra terá de dar lugar ao sentimento da minha região….”. Trata-se de um diagnóstico conciso e pragmático do desempenho das Autarquias no passado e na necessidade de terem de encontrar uma outra estratégia para enfrentar o futuro imprevisível, estratégia essa que deverá passar por uma união de esforços tendo em conta os mesmos fins – o progresso do Zona Interior do País. Os tempos mudaram as mentalidades e as rivalidades do foro hereditário rural já não fazem qualquer sentido. Hoje, com a informação ao minuto e á escala mundial, exigese paz e garantia de bem-estar não interessando tanto o lugar onde se vive mas sim como se vive. A ideia de intermunicipalidade regional com os mesmos ideais de realização em zonas mais despovoadas, será a via mais natural e por ventura a mais eficaz no sentido de os municípios conseguirem ver satisfeitas as suas reivindicações. Além disso, o associativismo intermunicipal poderá trazer um valor acrescentado em diversas áreas, em especial na divulgação e na valorização do património da região, como é o caso particular da Zona do Pinhal Interior, que só agora começa a apresentar condições fiáveis para o investimento de projectos adequados à sua particularidade geográfica. Seria um desafio interessante para os vários intervenientes, principalmente para a população jovem dos municípios desta Zona apostarem na investigação, na pesquisa e na conservação do património local em termos de visibilidade turística e em particular de valorização nacional. A riqueza e a particularidade da história, da etnografia, da gastronomia, da enologia, do turis- mo rural, da religiosidade popular, das inúmeras “Alminhas,”à beira dos caminhos, das festas populares, da pirotecnia e muitas outras áreas que fazem parte exclusivamente do património regional, ficarão no esquecimento, esvaindo-se na frivolidade dos tempos, se ninguém se lembrar de que a solidez do futuro dependerá muito do valor que se der ao passado. Este poderá ser um pequeno passo em situação de intermunicipalidade, outros de mais envergadura poderiam surgir no mesmo contexto. Um exemplo de associativismo deste tipo, com sucesso e visibilidade, é a Associação Al-Baiaz sediada em Alvaiázere. Nasceu em 1997 por iniciativa de um grupo de pessoas que se propôs estudar, cuidar e promover o património do seu município e também o de outros municípios com características históricas comuns: Alvaiázere, Figueiró do Vinhos, Ansião, Pedrógão Grande e Castanheira de Pêra. Trata-se de um exemplo de dedicação, altruísmo e de amor à região, e é bonito ver o excelente Doçaria Fina Caseira e Regional Regional - Snack-Bar . Restaurante Praça do Município, 6160 Oleiros Tel. 272 682 309 Edifício Sta. Margarida, Lt 1, Lj 2, 6160-404 Oleiros Telefone 272 681 011. Fax 272 681 012 email: [email protected] (A minha saudação ao autor do artigo mencionado). ■ * Maria Alda Barata Salgueiro, Colabora com o Jornal de Oleiros, desde a fundação. Membro do Grupo de Amigos do JO. É um bom exemplo a seguir. Protecionismo TAU CETI Rua Tristão vaz, 8-C (ao Restelo) 1400-351 LISBOA Telem.. 936 747 384 trabalho de pesquisa levado a cabo por jovens historiadores, engenheiros, arqueólogos, designers, que orgulhosamente disponibilizam o seu tempo na divulgação não só da história humanizada, mas também da geologia e da biodiversidade de toda uma Região. Joaquim Vitorino O Presidente Obama, reconheceu recentemente, que os Estados Unidos e a União Europeia, ainda são no seu conjunto, o maior bloco económico do planeta, e apelou a que o protecionismo fosse aliviado de ambas as partes; eu direi mesmo que salvaguardando a questão da imigração por parte dos EUA, o que se compreende, tendo em conta o desemprego na União, as portas do Comércio, entre estas duas potências económicas, deveriam ser amplamente abertas; os Estados Unidos, desde a recessão dos anos 30, que não atravessa um período tão grave como nos dias de hoje; em que 45 milhões de famílias vivem no limiar da pobreza, é um terço da população deste fantástico país; que mesmo em dificuldades, muitos são aqueles que para ali, querem emigrar. Obama não tem dúvidas, que na origem da crise, não está só a deslocalização das grandes Empresas para a Ásia, mas também o protecionismo exercido, contra o seu maior parceiro, a União Europeia; ele sabe muito bem, que tanto nós como eles, não conseguimos ultrapassar esta crise, uns sem os outros. Para além das vicissitudes financeiras, que estiveram no seu epicentro, e que levou a um estado total de pobreza, dezenas de milhões de americanos, que ficaram na impossibilidade de pagarem as suas dívidas, a exemplo as casas, que levaram bancos à falência, como o Lehman Brothers e outros, em que trabalhavam num sistema de bolha; os EUA e também a União Europeia, ao colocarem-se numa situação de simples mercadores de produtos asiáticos, abriram as suas portas ao desemprego, e consequentemente agravaram a sua situação económica, e também a de todos os seus parceiros de longa data. Obama que tem ascendência Europeia, e também Africana; sabe que uma saída para esta crise, também passa, pelo Eixo Atlântico Sul, dada a ligação que a Europa tem com África, e com os países membros do Mercosul, tendo Portugal e Brasil, um papel preponderante a desempenhar; nós em África, e Brasil nos seus parceiros do Mercosul. Ironicamente iriamos, reeditar a era quinhentista, em que os Europeus, com os Portugueses na vanguarda, dominavam o Atlântico Norte e Sul até ao Índico; a Ásia tem crescido ao mesmo ritmo, que a Europa e os Estados Unidos empobrecem; os efeitos deste boom de crescimento, foi descuidado e mal avaliado pelos Americanos e Europeus, que inicialmente só pensaram na mão de obra barata, os Asiáticos e Indianos, rapidamente criaram raízes e dependências, nos dois lados do Atlântico, onde alteraram em seu favor, uma hegemonia sem precedentes desde há 500 anos. Ninguém vai tirar o valor a estes países, a China em menos de 20 anos, tirou de uma pobreza ancestral, 1.350 milhões chineses, a Índia não obstante o avanço tecnológico, mantém em pobreza extrema, um terço da população, 400 milhões de pessoas. Se os EUA e a União Europeia, não tomarem medidas urgentes, acabando com o protecionismo, como referiu o Presidente Obama, acabamos como a Índia; só que não será, um terço da população, mais de metade dos Americanos e também Europeus, ficarão à mercê, daqueles a quem entregámos, a nossa tecnologia e saber, em nome da produção barata. Não houve equilíbrio e ponderação, quando da transferência da produção em larga escala para a Ásia, temos que aceitar, que é difícil para nós, impor os nossos produtos, porque eles produzem muito mais quantidade, e com custo inferior; mas este paradigma vai mudar, os Asiáticos estão a adoptar os nossos estilos de vida, e nós forçados a tomar o deles; só que o reverso da medalha vem a seguir; os EUA e a Europa têm sido o grande destino dos seus produtos, terá que haver algum equilíbrio; ou nunca mais sairemos da crise. A China tem a maior reserva do mundo em divisas, mas não durará para sempre; o seu maior mercado são os Europeus e Americanos. Obama lançou a alerta; as comissões de ambos os lados do Atlântico, vão certamente entrar em negociações; Portugal terá a representar a Europa, nos dois mais altos cargos, dois Portugueses; o Dr. Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, e o Dr. João Vale de Almeida, representante da União Europeia nos EUA, para o Comércio Livre. ■ 2013 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS 5 Islão - Um Desafio à Cultura ocidental e à Religião Diálogo - Uma Estrada de Sentido único António Justo [email protected] www.antonio-justo.eu A forte emigração muçulmana para a Europa, as maiores taxas de natalidade dos muçulmanos e as condições do casamento de muçulmanos com mulheres doutras religiões são factores que conduzem a um grande avanço do Islão. A expansão, que não pode fazer através das armas, consegue-a através da procriação, da discriminação de minorias nos próprios países, da política de gueto no exterior, de leis de casamento e da severidade da religião. Por outro lado, a política ocidental aceita, sem contrapartidas, a sua autoafirmação dentro dos próprios Estados pelo facto da religião islâmica fazer parte do poder político e estatal dos países muçulmanos e também devido à dependência dos Estados ocidentais do petróleo árabe, e à possibilidade de investimento neles. A linguagem das Estatísticas Um estudo realizado nos finais de 2011 e publicado pelo US- Pew Research Center e seu foro Religion & Public Life, sobre o futuro global dos muçulmanos nos próximos 20 anos, revela que a população mundial muçulmana aumentará de 35%, isto é, passará de 1,6 mil milhões para 2,2 mil milhões. Nos países muçulmanos com menor formação escolar das mulheres, cada mulher dá à luz, em média, 5 filhos, enquanto nos países muçulmanos com maior formação escolar, a média por muçulmana é de 2,3 crianças. O estudo prevê para a Europa de 2030 um aumento de, actualmente, 44,1 milhões de muçulmanos para 58,2 milhões; nos USA de 2,6 milhões para 6,2 milhões. Nas nações europeias, os muçulmanos sofrerão grande aumento: na Inglaterra passarão de 2.869.000 para 5.567.000; na Bélgica de 638.000 para 1.149.000; na Alemanha de 4.119.000 para 5.545.000; na França de 4.704.000 para 6.860.000; os Países Baixos também aumentarão de 914.000 em 2010 para 1.365.000 em 2030. Mundivisões diferentes O que está em questão entre a sociedade ocidental e a sociedade islâmica é o encontro de duas concepções de Deus-HomemSociedade totalmente diferentes e secundadas por práticas e estratégias contrárias de auto-afirmação. A sociedade islâmica caracterizase pela autoafirmação pela defensiva cultural (monocultura) pela acentuação do grupo e a sociedade ocidental (cristã) afirma-se pela abertura (interculturalismo), pela acentuação do indivíduo. Assim não se proporciona um diálogo intelectual sério entre maometanos e o ocidente. A política está interessada numa opinião pública de nivelamento das religiões; não está interessada em diferenciações que tornem inquietas as maiorias. Sem discussão, a sociedade acolhedora vai cedendo às exigências dos guetos muçulmanos, procurando, por outro lado, fomentar oportunidades da sua integração indirecta através de aulas de religião islâmica nas escolas e através da criação de cursos da religião maometana (“Centros islâmicos”) nas universidades. Estes esforços dão-se na espectativa de fomentar entre os muçulmanos o espírito científico e o diálogo interdisciplinar, no intuito de levar os muçulmanos a fomentar o espírito académico teológico na sua discussão interna e a não se limitar ao âmbito moral (leis) e de costumes. Na Alemanha há 900 mesquitas com os seus Imames (orientadores religiosos) normalmente, enviados pela Turquia em sistema rotativo; estes têm, geralmente, pouca formação geral, o que se tem revelado como um dos factores fomentadores do espírito de gueto. Cerca de 70% dos muçulmanos alemães são sunitas; os alevitas (mais democráticos) são 12%, os xiitas 7% e os Ahmadiyya 1,7%. Dentro da comunidade maometana há também a pequena minoria dos salafistas – grupo extremamente radical – muitas vezes envolvidos em ataques à sociedade não islâmica. Entre maometanos alemães, levantam-se vozes raras, como a da deputada Lale Akgün, que considera a crescente “islamização desastrosa para muitas áreas da vida em que a religião não tem lugar”. De facto, esta civilização que não conheceu o renascimento não aceita uma sociedade laica a rivalizar com ela e para quem o ser humano é concebido apenas em parâmetros culturais religiosos (homo religiosus). A propaganda contra os judeus tem aumentado substancialmente entre os imigrantes turcos bem como na etnia árabe e norte-africana. 90% da imigração para a Europa, desde os anos 90, é muçulmana. O fomento político desta imigração foi considerado como um erro por Helmut Schmidt, antigo chanceler alemão. A estratégia muçulmana de auto-afirmação pelo gueto e a negação do modernismo em contraposição com o relativismo de valores ocidentais tem-se revelado vantajosa para a afirmação da religião muçulmana. Na França há mais de 1.000 mesquitas. No sul da França, já há mais mesquitas do que igrejas. O diálogo intercultural urge e não pode continuar tabu O tema da imigração muçulmana tem sido considerado tabu pela maioria dos intelectuais europeus e dos políticos. Não se dá uma discussão séria entre a cultura árabe e a cultura ocidental devido aos interesses das elites económicas, políticas e ideológicas. Nunca é tematizado o caracter da relação totalitária da religião a nível concepcional, social e humano. Qualquer análise mais crítica relativamente ao islão e às atitudes dos imigrados islâmicos é abafada de início com o carimbo de islamofobia e de extremismo. Do islão ou se fala bem ou não se fala. O ditado do politicamente correcto da informação conduz a uma verdadeira desinformação e as pessoas, mesmo no convívio privado têm medo de se expressarem sobre o assunto. Devido à grande quantidade de muçulmanos os políticos estão interessados neles como votantes, com as consequências que daí derivam. É verdade que uma discussão aberta poderia, por um lado, ajudar os imigrantes maometanos a compreender melhor os parâmetros por que se orienta a sociedade civil ocidental, mas por outro criaria inquietação na sociedade acolhedora, correndo o perigo de se fomentar a xenofobia. O comportamento exigente das comunidades islâmicas e a sua política de gueto na sociedade europeia aberta, que lhes permite liberdade total, fomenta muitos medos nos povos ocidentais. Na discussão pública alemã procura-se branquear a praxis agressiva islâmica actual com argumentos de tolerância islâmica em eras passadas e sente-se a necessidade de enxovalhar o cristianismo de hoje com argumentos desfavoráveis do passado (cruzadas, inquisição, etc.) na esperança de que o maometanismo também se mude. Um irracionalismo de último grau ao denegrirse o cristianismo portador no seu seio dos valore individuais e da democracia. A hipersensibilidade muçulmana com as suas reacções públicas imediatas, atemoriza os políticos e muitos membros da sociedade contribui assim para uma hipocrisia nas relações. A opinião publicada e o politicamente correcto paralisam qualquer opinião crítica em relação às comunidades islâmicas e ao islão. O desenvolvimento da economia ocidental criou a necessidade de mão-de-obra; nesse sentido, os políticos abriram as portas à imigração contando apenas com mão-de-obra mas, depois de algum tempo, depararam com pessoas que traziam com elas, como é natural, os seus costumes. Quando os políticos se viram confrontados pela afirmação de costumes e éticas culturais questionadores da harmonia social meteram a cabeça na areia, tal como faz a avestruz, quando se encontra em perigo. Agora a política (União Europeia) aceita as crenças sem contar que com elas vêm as religiões e os conflitos interculturais. O direito à imigração é um direito inalienável; o que se precisa é responsabilidade e respeito pela dignidade humana da parte dos acolhedores e dos acolhidos. Dificuldades no Diálogo interreligioso e intercultural Na Europa, a religião encontra-se enquadrada por um pano de fundo de tendência liberal capitalista e socialista; estas são orientações aparentemente contraditórias, mas complementares na instrumentalização da pessoa e do seu modo de sentir e viver. O que conta é a matéria e o produto que se faz dela. Uma filoso- fia relativista suporte, justifica o consequente individualismo consumista e a massificação duma sociedade, cada vez mais incapaz de distinguir e analisar. Neste panorama, o cristianismo, fundamento da civilização ocidental, encontra-se de retirada. É sentido como demasiado complicado e exigente para uma sociedade que se quer consumista e proletária. Vão-se sucedendo ondas da moda a nível de ideias e de consumo, numa espiral de desresponsabilização individual e institucional. Assim, na Europa dos anos 70 esteve em moda o induísmo que ainda acreditava em Deus. Depois seguiu-se-lhe a onda ateísta com o budismo. O Budismo (novo budismo), como é percebido e espalhado no Ocidente, vem mais de encontro às necessidades de pessoas que se satisfazem com um budismo de tipo coquetel espiritual à la carte, virado para o momento do agora e aqui. Procura-se o prático e o útil. Não se trata de crer mas de experimentar. As pessoas sentem-se bem num budismo que junta o útil ao agradável, ensinando técnicas de vivências pessoais e criando espaços para se descansar dum pensar esforçado e duma vida estressada. Muitos ocidentais aprendem a aprofundar-se no cristianismo através do desvio do budismo. Um cristianismo, por vezes demasiadamente intelectual e fixado no além recebe assim uma rectificação intuitiva. Um outro desafio, não só à religião cristã mas à cultura ocidental em geral constitui o aumento crescente e militante do islão que com uma doutrina simples (subjugação) e uma ética fácil se vai espalhando na Europa. Duas concepções de Homem e sociedade diferentes têm a oportunidade de se encontrarem na responsabilidade e respeito pela dignidade humana. Para isso o politicamente correcto não deve adiar uma discussão séria que ajudaria acolhedores e acolhidos a melhor compreender os parâmetros por que se orienta a sociedade árabe e a sociedade ocidental e ambos trabalharem no sentido de um progresso comum. ■ Gonçalves Real & Associado, Lda. Engenheiros Dispomos de uma equipa profissional apta a apoiá-lo, quer se trate do projecto de alterações de legalização ou de uma construção nova, poderá contar com todo o acompanhamento, desde: • Projecto de Arquitectura • Projecto de Especialidades • Legalizações • Topografia • Planos de Segurança e Saúde • Direcção Técnica de Obra • Direcção de Fiscalização • Coordenação de Segurança • Ficha Técnica de Habitação • Processo IMI • Peritagens Estamos ao seu dispor através dos contactos: 929172442 – Nuno Real (Engº) 938804793 – Maria Clara Real (Engª) [email protected] - Rua Monteiro de Lima, 7 – 2200 Abrantes 6 Jornal de OLEIROS 2013 MARÇO / ABRIL Comendador José dos Santos Marques na homenagem a Joaquim Mateus “A Casa da Comarca da Sertã foi palco de um recital de piano em homenagem a Joaquim Mateus, a que se dignou assistir o Presidente da Câmara Municipal de Oleiros , Comendador José dos Santos Marques, tendo entregue a medalha do município à família do homenageado. Através da referida iniciativa, ocorrida no dia 21 de Janeiro, foi prestada uma singela homenagem a Joaquim Mateus, antigo dirigente da Casa da Comarca da Sertã, falecido a 4 de Julho de 1995, dando nota pública do restauro do piano por si oferecido à Casa da Comarca da Sertã e que foi recentemente restaurado com o apoio da Câmara Municipal de Oleiros. Joaquim Mateus nasceu a 8 de Janeiro de 1908 na Gaspalha, lo- calidade da freguesia de Álvaro, no concelho de Oleiros. Foi sóciofundador e dirigente da Casa da Comarca da Sertã, tendo desempenhado, nomeadamente, o cargo de representante de Oleiros no Conselho Regional e de Vice-Presidente da Direcção. Joe Coronado, da Orquestra Gulbenkian, interpretou magistralmente as seguintes peças musicais: “1èreArabesque”, de Claude Debussy, “Samba de Uma Nota Só”, de António Carlos Jobim, “Bésame Mucho”, de Consuelo Velazquez, e “I’ve Got You Under My Skin”, de Cole Porter. No final foi servido um beberete com o apoio da Pastelaria Suiça, propriedade do sócio Fausto Roxo, natural da freguesia de Mosteiro, município de Oleiros.” ■ OLEIROS ANTIGAMENTE Concurso Páginas de Motivação, Editora de Jornais, Unipessoal, Lda . Editamos livros, revistas e E-Books . Apoiamos novos autores . Promoção de eventos culturais Iniciamos nesta edição a publicação de fotos de Oleiros solicitando aos nossos Leitores que nos indiquem por escrito os locais e eventos a que se referem as fotos. Embora não conte para o Concurso, podem identificar também a época a que se referem. Devem enviar por escrito para o Jornal de Oleiros, Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros as indicações solicitadas ou, para o email: [email protected] Entre os vencedores que anunciaremos, serão sorteadas duas assinaturas anuais do jornal. A presente acção tem a ajuda e apoio da nossa Amiga Cristina Matos que cedeu as fotos, a quem muito agradecemos. ■ Vende-se casa em Oleiros Consulte-nos Rua Dr. Barata Lima, 29, 6100 Oleiros Telemóvel: (00351) 922 013 273 email: [email protected] email: [email protected] PRETENDE COMERCIAIS (Concelho de Oleiros) PRETENDE COMERCIAIS (Concelho de(M/F) Oleiros) Informações e pormenores através de: Manuel Mateus Alves email: [email protected] Telefone: 0041-76-3476787 (M/F) Requisitos: Requisitos: • • COMUNICATIVO, GOSTO POR RELAÇÕES COMUNICATIVO, GOSTO POR RELAÇÕES HUMANAS HUMAN CARTA CONDUÇÃO, VEÍCULO PRÓPRIOPRÓPRIO • • CARTA CONDUÇÃO, VEÍCULO • EXPERIENCIA NO RAMO COMERCIAL • EXPERIENCIA NO RAMO COMERCIAL • DISPONIBILIDADE DE HORÁRIO • • DISPONIBILIDADE DE HORÁRIO VONTADE DE TRABALHAR ESPÍRITO DEDE EQUIPA • • VONTADE TRABALHAR • Enviar ESPÍRITO EQUIPA curriculumDE vitae + foto em resposta ao anúncio nº 222 Enviar curriculum vitae + foto em resposta ao anúncio nº 222 deste jornal Enviar curriculum vitae + foto em resposta ao anúncio nº 222 2013 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS 7 Os comentadores do litoral contra o povo do interior Paulo Campos Nunca como hoje, os comentadores políticos foram tão contestados nas redes sociais, nas conversas de café, no dia-a-dia dos portugueses. Porquê? Porque o povo se fartou de uma “narrativa” que falhou em toda a linha e se veio a comprovar falsa. Ao contrário do dito, a mentira repetida não se torna verdade! Mais cedo que tarde torna-se perceptível e ninguém perdoa. Não foi totalmente inovador: durante meses, ainda antes das últimas eleições, a actual maioria preparou a sua entrada em cena. Um conjunto de “comentadores”, apresentados como “altamente especializados” nas matérias económicas, com grande “independência” e “total desapego”, explicava várias vezes por dia ao povo, nos jornais, nas rádios e nas televisões, os “erros” do governo Sócrates, a responsabilidade pela crise e o espírito “despesista” e “faraónico” de então. Falaram, falaram, falaram. Venderam o que quiseram, durante o tempo que lhes apeteceu, sem contraditório, nem equilíbrio. Esses comentadores criaram a doutrina teórica travestida de grande exercício democrático, que veio servir de sustentação para a actual política vigente e que resultou, afinal, na desgraça que o país está a viver. No fundo, não é só o Dr. Gaspar que falhou todas as suas previsões, como foi agora demonstrado pela União Europeia. Os comentadores de ser- viço, também eles não acertaram uma! Óbvio: porque falharam no diagnóstico, falharam na solução. O diagnóstico falhado era “simples”: malandros governantes, irresponsável povo. Os políticos e o governo tinham a culpa, gastavam de mais e em projectos desnecessários. O povo também. Havia pessoas que iam de férias, outras tinham casa e outras duas televisões. Foi uma récita repetida vezes sem conta que se instalou no subconsciente dos portugueses. No fundo, a crise internacional não existiu, ou a existir, em nada influenciava o nosso “mau comportamento” colectivo. Estado, empresas e pessoas, em Portugal, um cocktail explosivo de inconsciência despesista. Parece absurdo que um estado que não deixou depagar um tostão a qualquer credor não pudesse investir nas necessidades do país, ou, que um cidadão trabalhador e produtivo não pudesse disfrutar as suas férias, ou ter a melhoria da qualidade de vida que um automóvel e uma via condigna lhe permitem. Desse diagnóstico tiraram os comentadores ao serviço da maioria a conclusão: cortar. Cortar nas gorduras, cortar na despesa, cortar nas fundações, cortar no investimento. Ainda no último debate da campanha, José Sócrates tentou, durante mais de uma hora, explicar o óbvio. A coligação preparava-se para cortar na Saúde, na Educação e na Solidariedade Social. Qual quê, replicava Passos Coelho. Ele ia cortar nas gorduras, posteriormente “fundações” e “PPP”, sem aumentar impostos e sem cortar as funções essenciais do Estado. A quase dois anos de distância é incrível. José Sócrates falava a verdade, a maioria ia dissecar o país e Passos Coelho mentiu em todas as intervenções que fez. Na verdade, o discurso oficial da maioria, sustentado por Marques Mendes, Medina Carreira, José Gomes Ferreira e tantos, tantos outros (especialmente os que agora integram os altos gabinetes da esfera pública), veio a comprovar-se uma desgraça para Portugal, uma mentira sem paralelo na história da democracia e um truque muito feio para açambarcar o “pote” e dele fazer o que der jeito sem prestar contas a quem quer que seja. Como nenhuma previsão,deste governo, se revelou correta, seja macroeconómica, do desemprego, do PIB, da execução orçamental, da dívida pública, da receita ou da despesa, só há uma forma de aceitar as previsões da actual governação: entender o contrário do que diariamente nos dizem. E porquê? Porque é que nada vindo dos Drs. Coelho, Relvas ou Gaspar bate certo? Porque, ao contrário do que nos tentaram dizer, as políticas de promoção do desenvolvimento, da igualdade de oportunidades e da competitividade nomeadamente através do investimento, da inovação e da qualificação das pessoas, preconizadas por José Sócrates, fazem hoje ainda mais sentido e são necessárias para criar emprego e dar esperança aos portugueses. Chegámos ao ponto essencial: durante 6 anospromoveram-se políticas e projectos com base no mais elementar princípio de solidariedade e coesão territorial. Porque é que durante décadas e décadas a fio os Idanha-a-Nova recebeu visita do Batalhão de Caçadores 3866 O “3866” proveniente de Furancungo há 39 anos, celebrou o aniversário no “Espanhol” - excelente por sinal e o dia foi empolgante. Pode ver mais em www.jornaldeoleiros.com , mas, não podemos deixar de saudar o Sr. Padre Adelio Américo Louenço que nos ofereceu a Edição Especial editada a propósito das Suas Bodas de Ouro Sacerdotais (uma honra que destacamos e, evidentemente a foto de Família e o indispensável bolo. Para o ano, em 8 de março de 2014 (curiosamente dia da Mulher), será o Morais a receber-nos em Murça. Até lá. ■ cidadãos do interior ajudaram a pagar infra-estruturas no litoral e quando se resolve compensar essa desigualdade, aqui-del-rei que o estado é despesista? Porque é que ciclicamente se analisa e debate a desertificação do interior e a sua falta de competitividade e na altura de atacar o problema de frente, “que desgraça porque os projectos não são necessários”? Porque é que todos sabemos, inclusive os autarcas de todas as proveniências partidárias (que aliás, justamente exigiram condições de igualdade para as suas gentes) que a forma de fomentar o progresso e o pleno emprego é através do investimento na economia, sobretudo das regiões desprotegidas e abandonadas pelos interesses eleitoralistas e quando as medidas foram tomadas, toca a adjectivar o esforço nacionalde faraónico para cima? Nos últimos anos o país estava a retribuir o pesado e decano esforço que a população do interior fez no desenvolvimento do litoral. Investimos em estradas, em fibra óptica, no acesso à Banda Larga e aos conteúdos televisivos. Investimos nos recursos naturais, na produção de energias renováveis, nas escolas, nas universidades e nos seus pólos, na ciência e no conhecimento. Na rede nacional de saúde e no maior apoio social alguma vez existente na história do nosso país. Nos governos de José Sócrates, dizemos com orgulho, levámos à letra a máxima: ninguém ficou para trás. Nem pela sua idade, origem social ou étnica, pela sua ideia política, ou capacidade intelectual! Não é um “destino fatal” nascer, crescer e viver no Interior, não pode ser! Foi essa a nossa energia, o coração da política que desenvolvemos por Portugal. E foi tudo isso que foi falseado pela ambição desmedida pelo poder, servida pela maioria dos comentadores ideologicamente assalariados. Cada um que falou, não estava simplesmente a dizer mal dos governos de José Sócrates, não estava a “analisar” livremente a necessidade e sobretudo o verdadeiro impacto económico dos projectos. Não. Estava, antes de mais, a prestar um serviço. Um serviço que demonizava os reais valores em causa, do investimento à receita, da criação de postos de trabalho directos e indirectos à promoção das economias locais. O que Marques Mendes, Medina Carreira, José Gomes Ferreira e outros fizeram durante tempo demais e sem contraditório foi subjugar uma população inteira ao pensamento único, que não há vida para além da austeridade e que o investimento no interior foi um acto “despesista” e “faraónico”. Falharam. Falharam. Falharam. E quem saiu prejudicado? Mais uma vez, a população do interior de Portugal que se vê de novo abandonada à sua sorte. Para cúmulo dos cúmulos, ironia das ironias, a actual governação lá apresentou com pompa e circunstância o seu primeiro investimento. A primeira PPP deste tipo de governo. Mil milhões de euros, um porto, no litoral claro, junto a Lisboa! Ainda dizem que não se preocupam com eleições. Pois, pois. Enquanto no interior houver menos votos, o investimento aí realizado será sempre “despesismo”… ■ Jornal de Oleiros em Idanha-a-Nova Dra. Carmo Barroso é a nossa Correspondente Licenciada em Sociologia, exerce funções no Gabinete de Inserção Profissional da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e integra a Coissão de Protecção de crianças e jovens em risco (Coordenadora de Casos), alargando as suas intervenções nas àreas de competência, mesmo além fronteiras dada a proximidade com Espanha por exemplo. Carmo Barroso que se junta à Equipa e muito nos vem ajudar, proporciona com esforço pessoal a nossa maior proximidade a todas as Comunidades do Distrito, compreensivelmente, neste caso, centrado em Idanha-a-Nova e, isso é motivo de grande alegria para nós. Bom trabalho Carmo Barroso. Director 8 Jornal de OLEIROS 2013 MARÇO / ABRIL PROENÇA-A-NOVA Espaço Ribeiro Farinha reúne 75 peças Núcleo museológico inaugurado na Sobreira Formosa Magda Ribeiro No local onde aprendeu a ler e escrever, nasceu o “ponto de retorno” de Ribeiro Farinha às suas origens. Assim definiu o pintor o espaço inaugurado sábado na Sobreira Formosa, no Centro de Artes e Ofícios. Recordando os tempos em que o edifício era ainda escola primária, Ribeiro Farinha evocou o percurso que o levou até Lisboa e “a dureza da voragem da cidade”, explicações de vida que ajudam a desvendar um pouco da sua carreira e das várias fases criativas espelhadas no novo núcleo museológico. Com um total de 75 peças, entre pintura, escultura e cerâmica, o Espaço Ribeiro Farinha resulta do encontro de vontades entre o autor, que cedeu as obras, e o Município, interessado em criar um núcleo dedicado “a um dos melhores artistas do concelho”, como definiu o presidente da Câmara, João Paulo Catarino. Perante uma sala cheia de público, o autarca considerou a “presença de todos um sinal claro da importância deste projeto”. Lembrando que as obras expostas “não serão as mais significativas” do seu trajeto, mas “as que foi possível reunir”, José Ribeiro Farinha formulou o desejo de ter ainda força para trabalhar “e quem sabe mudar algumas das peças”. A mais antiga da exposição é de 1966, ano de lançamento da carreira do pintor, com a escolha de dois trabalhos para o Salão de Outono do Estoril. A par da abertura do espaço, foi lançado o catálogo que reconstitui cronologicamente a atividade do pintor, sintetizando as várias fases e técnicas que foi experimentando ao longo do tempo. Poetas e amigos contribuíram com poemas e testemunhos que enriquecem a publicação, tendo Ribeiro Farinha deixado “o reconhecimento sincero” por essa mais-valia. A cerimónia incluiu um apon- tamento musical de piano e canto lírico, protagonizado por uma jovem natural da Sobreira Formosa, Sofia Ventura, acompanhada de dois colegas. Para marcações e mais informações sobre o espaço, o Posto de Turismo é o ponto de apoio disponível para esclarecer os interessados. ■ Aprovada venda da Proençatur Canil alargado a cinco novos concelhos Alienação do Hotel das Amoras decorre do novo quadro legal das empresas municipais Rentabilização das infraestruturas eredução dos custos para as autarquias são as principais vantagens A Assembleia Municipal aprovou hoje a alienação da empresa municipal Proençatur, estando fixado em 700 mil euros o valor base de licitação. A decisão decorre da imposição prevista no novo regime jurídico da atividade empresarial local, que prevê a extinção de empresas que apresentem prejuízo em três anos consecutivos. Na mesma sessão, foi aprovado o relatório de liquidação e contas finais da PEPA EM, cuja extinção tinha sido aprovada na sessão de dezembro. A exploração e dinamização do parque serão feitas diretamente pelo Município. Para estudar os diferentes cenários possíveis face ao novo quadro legal, foi solicitado um estudo a umaempresa de consultoria, cujo relatório aponta a alienação como solução mais favorável. Está em causa não apenas o imóvel do Hotel das Amoras como a empresa no seu todo, ficando salvaguardados os direitos de antiguidade dos funcionários. Entre as obrigações contratuais de compra, prevê-se a manutenção da classificação do hotel pelo período mínimo de cinco anos. A proposta de alienação foi aprovada por unanimidade, com uma declaração de voto do deputado Jorge Tomé (PSD), que lamentou o desfecho do processo numa fase em que as condições de mercado e a lei não deixam margem para outras soluções. Na sessão foi também aprovada por unanimidade a aceitação da doação da parte do capital social da Santa Casa da Misericórdia de Proença-a-Nova, a favor do Município. Recordando que foi também por doação que a Misericórdia entrou na Proençatur, as duas bancadas foram unânimes em considerar que “com essa doação se faz justiça”. Referindo-se à atual conjuntura e à dificuldade de rentabilizar a unidade, o presidente da Câmara, João Paulo Catarino, lamentou o carácter impositivo da lei, que não permite atender a fatores como a capacidade financeira da autarquia e o interesse estratégico que o turismo tem para o concelho. Em 2011 foi feita uma hasta pública para alienação do imóvel, mas a operação acabou por não se concretizar por falta de interesse por parte de compradores. ■ Cinco novos municípios vão passar a estar associados ao Centro Intermunicipal de Recolha de Animais Errantes (CIRAE), localizado em Proença-a-Nova. O protocolo de colaboração foi assinado esta manhã nos Paços do Concelho de Proença e alarga para dez os concelhos que beneficiam dos serviços prestados pela infraestrutura, gerida pela Pinhal Maior, estando ainda em análise a adesão de mais um município. João Paulo Catarino, presidente da Câmara de Proença-a-Nova e na qualidade de presidente da Pinhal Maior, explica que o alargamento permite “rentabilizar uma estrutura que estava subaproveitada”, numa altura em que vários concelhos da região se viam obrigados a resolver os problemas de saúde pública decorrentes da existência de animais vadios. Havendo uma maior partilha dos custos de manutenção do CIRAE, acaba por baixar o custo do serviço. Cada Município passa a comparticipar a exploração com quatro mil euros por ano. “Com a adesão de novos parceiros, estão criadas as condições para fazer novos investimentos”, explica João Paulo Catarino. A possibilidade de introduzir novos serviços, como seja a disponibilização de um hotel de cães, é um dos cenários em estudo. “O poder local dá, uma vez mais, o exemplo de como se podem rentabilizar os recursos disponíveis, trabalhando em equipa.” Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Idanha-a-Nova, Pedrógão Grande e Penamacor são os cinco novos parceiros do CIRAE, que servia até agora, além de Proença-a-Nova, os concelhos de Mação, Oleiros, Sertã e Vila Velha de Ródão. O protocolo assinado vigora por cinco anos, podendo vir a ser renovado após aquele período. ■ 2013 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS 9 cASTELO BRANCO Desemprego leva cada vez mais jovens a sair do país Falta de oportunidades obrigou a optar pela emigração José Lagiosa A crise atinge cada vez mais os jovens portugueses. A taxa de desemprego jovem não para de aumentar pelo que obriga os jovens a procurar melhores condições de vida no exterior, nomeadamente os que têm melhores habilitações e formação. Uma dessas jovens é Joana Germano que se viu obrigada a emigrar para a Bélgica, porque pura e simplesmente não conseguiu mais do que encontrar alguns trabalhos precários no país que a viu nascer e crescer. Apesar de ter nascido em Lisboa, a jovem veio viver para Castelo Branco muito cedo e por cá fez toda a escolaridade, incluindo a formação superior, no Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), onde em 2010, concluiu a sua licenciatura em Enfermagem. Depois de alguns estágios, dois dos quais em Espanha, Joana Germano regressou a Portugal. Dos estágios e especialmente da sua passagem por Espanha, a jovem enfermeira diz que foram experiências muito interessantes e enriquecedoras. Contudo, uma vez em Portugal, a jovem começou à procura de emprego. E foi nesta altura que os sonhos começaram a chocar com a realidade. “Procurei emprego em Castelo Bran- co e depois em Lisboa e nada. Encontrei poucas ofertas de emprego e todas pediam dois anos de experiência, que eu não tinha”. Contudo, Joana Germano não deixou de continuar a procurar emprego na sua área de formação, a enfermagem, e sem oportunidades por Portugal, decidiu virar-se para o estrangeiro. Eis que surge então a oportunidade de emigrar para a Bélgica. Durante o período em que esteve à espera de rumar para Bruxelas, a jovem trabalhou ainda num Centro de Dia na zona de Castelo Branco. Em Agosto de 2011, vai então para Bruxelas, onde se encontra atualmente a trabalhar num hospital. “Até agora o balanço é positivo. Não estou arrependida, pelo contrário. Só tenho pena de não ter ido mais cedo”, diz Joana Germano. A adaptação a Bruxelas correu bem. No entanto, Joana Germano diz que tudo se tornou mais fácil, porque acabou por ir com uma colega de Castelo Branco que por uma feliz coincidência foi trabalhar precisamente para o mesmo hospital onde se encontra Joana Germano. “Foi muito bom”, diz. Tenciono voltar um dia. Hoje com 25 anos, Joana Germano diz que se tivesse tido uma oportunidade em Portugal, não teria saído. Isto apesar de gostar muito de estar em Bruxelas, mas o seu pensamento está sempre no regresso a Portugal. “Tenciono um dia voltar a Portugal, mas não nestas condições”, diz, acrescentando que foi a “falta de oportunidades que a obrigou optar pela emigração. “Esse foi o motivo maior”. Em relação a Portugal, Joana Germano diz que vê o País cada vez pior. “A situação do País é ridícula e degradante. Os cuidados de saúde estão a entrar numa pobreza chocante”, refere a jovem. Para já, Joana Germano tenciona continuar a trabalhar mais algum tempo no hospital em Bruxelas e “com calma, tentar outras coisas, nomeadamente ir para a Suíça, onde as condições de trabalho são mais favoráveis”. Contudo, Joana Germano diz que o futuro vai depender também da situação que se vive por toda a Europa. Para os jovens que tencionam emigrar, Joana Germano deixa algumas dicas que podem ser importantes. Em primeiro lugar certifiquei-me, junto do Centro de Emprego, que a Empresa de recrutamento era fiável. No entanto, deixa um conselho para que experimentem, Joana Germano diz mesmo que quando soube que ia para a Bélgica, passou um mau bocado. Porém, realisticamente diz que “temos que optar. Ou estamos na nossa terra e não temos trabalho, ou vamos para fora e temos trabalho”. Quando disse que ia sair do País, a minha mãe ficou muito preocupada. Já o meu pai apoiou desde o início”, refere Joana Germano. Aos 25 anos, esta jovem enfermeira não conseguiu arranjar em Portugal mais do que meia dúzia de trabalhos precários ou parttime. Passou pelo Call Center da Segurança Social de Castelo Branco, trabalhou no Boom Festival de Idanha-a-Nova, andou por estágios, trabalhou num caférestaurante e num Centro de Dia. Durante todo este tempo em que continuou sempre à procura de trabalho na sua área de formação, aproveitou também para aprofundar os seus conhecimentos em línguas estrangeiras, nomeadamente francês e inglês. ■ Centro Coordenador de Transportes avança em bom ritmo Prosseguem, em bom ritmo, as obras de construção do Centro Coordenador de Transportes, junto à estação de caminho-de-ferro, nos antigos terrenos da Prazol, hoje propriedade do município albicastrense. As movimentações de terras estão praticamente terminadas, foram já demolidas duas casas situadas na área de intervenção, faltando o edifício da Casa das Bifanas, que aguarda que o espaço destinado à casa de restauração que o vai substituir, esteja pronta. Simultaneamente já começou a ser demolida a ponte da Carapalha que dava acesso ao bairro com o mesmo nome, sendo que vai nascer uma nova travessia, com caraterísticas mais adequadas às normas arquitetónicas atuais e novas condições quer para veículos, quer para peões. Até lá existem alternativas que estão devidamente sinalizadas para que os transtornos de automobilistas e transeuntes sejam o menos possível. A duração das obras está prevista para cerca de seis meses, sendo espetável que possam dilatar-se um pouco mais, face às condições climatéricas adversas que se têm feito sentir. ■ 10 Jornal de OLEIROS 2013 MARÇO / ABRIL Vila de Rei é o concelho com menos divórcios por 100 casamentos Uma peça jornalística intitulada “O destino já não passa pelo casamento e não se rompe com o divórcio”, presente na Revista 2, da edição de 17 de Fevereiro do Jornal Público, destaca Vila de Rei como o Concelho português com menos divórcios por 100 casamentos. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), durante o ano de 2011 foram registados, em Vila de Rei, 15 casamentos e 1 divórcio. A reportagem sublinha ainda os apoios dados pela Autarquia em prol da fixação das pessoas em Vila de Rei, que actualmente estão fixados em 750€ de apoio ao casamento e em 750€ pelo primeiro filho, 1.000 pelo segundo e 1.250 pelo terceiro e seguintes filhos. Entrevistado para esta peça jornalística, o vereador Paulo César salienta que “os dados transmitidos nesta reportagem mostram uma nova vertente das vantagens dos apoios à fixação da população atribuídos pela Câmara Municipal. A Autarquia olha para o casamento como a base fundamental da família e como parte importante no processo de fixação destas no nosso Concelho. Em 2011 mudámos o paradigma dos incentivos à fixação da população. O apoio à natalidade é de 750 euros pelo primeiro filho, 1.000 pelo segundo e 1.250 pelo terceiro e seguintes, incluindo para casais que optem pela adopção ou que estejam em união de facto. ■ Vila de Rei com nova viatura para os serviços de Água A Autarquia de Vila de Rei tem ao seu dispor, desde o dia 26 de Fevereiro, um novo veículo que será utilizado para os serviços de piquete de água, nomeadamente na resolução de problemas relacionados com possíveis roturas nas redes de água e na construção de novos ramais de abastecimento de água e de saneamento. Este serviço estava, até ao momento, a ser realizado pelo antigo veículo da presidência, que não se encontrava já em condições de assegurar a tarefa por todo o Concelho. Para Ricardo Aires, Vice-Presidente da Câmara Municipal, “através da aquisição desta nova viatura, a Autarquia de Vila de Rei vai certamente prestar um melhor serviço a todos os munícipes, garantindo uma mais rápida e eficiente resolução de anomalias nas redes de água e de saneamento.” ■ O Pinhal na FITUR A FITUR é uma das maiores feiras de turismo da Europa e realizou-se em Madrid, este ano no final de Janeiro e princípios de Março. Durante cinco dias - os dois últimos reservados a visitantes - o tema turismo é abordado com enorme profissionalismo numa demonstração do quanto representa este sector de actividade tão fundamental para tantas economias. Por tudo isto deslocámo-nos à FITUR que decorre numa área cerca de três vezes a nossa FIL e a que acorrem centenas de milhar de visitantes e milhares de profissionais desta verdadeira “indústria de serviços”. Para além das inúmeras possibilidades que se oferecem no plano dos negócios a FITUR é também uma excelente oportunidade para aprender. Pela primeira vez e numa iniciativa da Pinhal Maior foi possível a cinco municípios (Mação, Oleiros, Proença a Nova Sertã e Vila de Rei) estarem agregados num único stand dando a conhecer o seu território e respectivas potencialidades em diversos domínios nomeadamente paisagem, cultura, gastronomia artesanato etc. Há fartos motivos de felicitação por esta iniciativa que revela, para além do mais uma tomada de consciência de que só há condições para o Pinhal Sul se assumir como ver- dadeiro pólo turístico se for possível consertar as politicas turísticas dos vários concelhos, trabalhando em conjunto, acordando projectos e agindo de forma profissional sem o que não será possível ir longe. Este é um desígnio que gostaríamos de ver implementado e para o qual, todos, autarquias e privados se devem empenhar. Sobre esta presença da Pinhal Maior na FITUR gostaríamos de tecer algumas considerações no sentido de contribuir para a necessária discussão sobre os seus resultados práticos. Abstraindo o facto de a localização não ser a melhor (ao fundo e a um canto), de estar distante do pavilhão de Portugal, de que praticamente não recebeu qualquer apoio, os cinco municípios ocuparam um espaço que dignificou a região oferecendo profusa informação integrada numa decoração apelativa. Posto isto e salvaguardando o facto de ser “a primeira vez” e não haver experiência de participação em eventos de carácter internacional verificaram-se alguns lapsos e lacunas bem como uma atitude menos conseguida na função receptivo que deve ser mais proactiva. Salientamos por exemplo que mesmo sendo a Pinhal Maior a promotora, esta denominação não é a mais conveniente sendo certo que a sua existência não ultrapassa muito para além da sua área de intervenção, acrescendo que sendo os potenciais interessados estrangeiros e neste caso espanhóis a sua origem se perde tanto mais que a palavra Portugal não lhe está associada. Relativamente à documentação disponível seria interessante que fosse maioritariamente abrangente dando mais força à região como um todo. Balanço final positivo a obrigar a pensar desde já nas futuras participações em eventos desta natureza. ■ Eduardo Lyon de Castro * Colaborador Especializado do Jornal de Oleiros Férias Desportivas da Páscoa em Vila de Rei O Município de Vila de Rei volta a organizar, uma vez mais, as Férias Desportivas da Páscoa, iniciativa destinada a jovens dos 6 aos 14 anos, que terá lugar entre os dias 18 de Março e 1 de Abril. A actividade, que pretende ocupar os tempos livres dos jovens durante o período das férias escolares da Páscoa, vai decorrer no espaço da Escola Fixa de Trânsito e inclui diversas acções de cariz educativo, desportivo e cultural. Os interessados poderão realizar a sua inscrição, a partir do dia 4 de Março, na Recepção ou no Gabinete de Educação da Câmara Municipal de Vila de Rei, ou ainda através dos números 274 890 010 e 912 514 347. ■ 2013 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS Exposição de Desenho e Pintura de Augusto de Matos Esteve patente no Hotel de Santa Margarida uma Exposição de Augusto de Matos (nosso Colaborador) que se revestiu de enorme sucesso. Com efeito, Augusto de Matos exprime nestas disciplinas toda a Sua sensibilidade e amor à terra. Nascido em 3 de Dezembro de 1931, Augusto de Matos após a aposentação dos CTT em 1992 quando chefiava o Gabinete de Desenho no momento da criação da Portugal Telecom, passa então a estar disponível para abraçar a tempo inteiro as artes em que brilha. Isabel Bessa Garcia, Mestre em História de Arte e Especialista em Assuntos Culturais Autárquicos, editou a propósito desta Exposição um guia orientativo e interpretativo de grande valor e mérito que muito nos ajuda a conhecer melhor Augusto de Matos a quem saudamos gratificados por o ter entre os nossos Amigos e Colaboradores. ■ VI Passeio da Pinhal Total foi enorme êxito Como habitualmente, as organizações da Pinhal Total ultrapassam largamente o Concelho. Foi o caso deste VI Passeio que envolveu mais de 300 participantes. Incrível, mas já habitual. Pode ver reportagem desenvolvida em www.jornaldeoleiros.com ■ 11 vai acontecer em oleiros É na verdade um acontecimento de grande importância. O Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade e a Câmara Municipal de Oleiros, de ano para ano vão subindo a fasquia que se coloca seguramente já ao nível da grande exigência e qualidade. Por isso, esta nota ainda distanciada no tempo, é importante para estimular as importantes equipas envolvidas, especialmente a Directora do Agrupamento, a Amiga Isabel Gonçalves a quem saudamos efusivamente. Força e contem com o Vosso Jornal no papel e no online. ■ PLYMOUTH Chapa dourada do CPAA, isento de Inspecções, com seguro anual de apenas 32 euros. 6 cilindros flat, 3600 CC e 120 CV. Motor reparado, interior excelente, pequenos toques na carroçaria sem significado. Preço à vista. Contacto telemóvel: (00351) 960 338 001 12 Jornal de OLEIROS 2013 MARÇO / ABRIL Agricultura competitiva? Que fantasia… Dr. António Moreira É hoje público e notório que a nossa Agricultura e as nossas Pescas, a seguir à nossa entrada na então C.E.E. (Comunidade Económica Europeia), no dia 01.01.1986, foram sacrificadas até ao estado miserável em que hoje se encontram. No entanto vários responsáveis políticos e associativos têm vindo a fazer crer à opinião pública, por razões que não conseguimos vislumbrar, que a nossa Agricultura e as nossas Pescas, se encontram em boa forma, isto é, que têm vindo a conquistar um bom nível de competitividade. É certo que em relação a alguns produtos, como o vinho, o azeite, o leite, o tomate e os produtos hortofrutícolas, estão no bom caminho, sendo o nosso Pais já excedentário em relação a alguns deles, alcançando até, pontualmente, um bom nível de exportações, o que é positivo e de aplaudir. Todavia o saldo líquido, é ainda, escandalosamente deficitário, como está à vista de todos. Com efeito importamos cerca de 80% dos produtos alimentares de que carecemos, sendo certo que, em relação ao trigo para fazer pão, base da nossa alimentação, importamos mais de 90% deste cereal, e mais de 60% do pescado, apesar de termos a maior Zona Económica Exclusiva (Z.E.E.), isto é, um imenso mar. Chegamos ao cúmulo de importar peixe a empresas estrangeiras que o vêm capturar nas nossas águas. Como também é do domínio público, mais de metade da nossa frota pesqueira foi abatida a seguir à nossa estrada na C.E.E., tendo os proprietários de barcos de pesca recebido dinheiro para os abater, quando toda a lógica impunha que os subsídios recebidos se destinassem ao seu aperfeiçoamento, modernização e dinamização, e não para a sua destruição. Chegamos à actual situação em que mais de 220.000 agricultores recebem dinheiro para abandonar as suas terras numa área total que ultrapassa os 2.000.000 (dois milhões) de hectares, deixando-os sem cultivo e sem exploração, o que tem como consequência imediata, para além da desertificação e despovoamento de todo o interior, a proliferação de incêndios florestais, que consomem anualmente mais de 100.000 hectares em cuja prevenção e combate se gastam mais de 100.000.000,00 (cem milhões) de euros anualmente. Em muitas terras abandonadas, outrora cheias de cereais, produtos hortofrutícolas, milho, feijão, batatas, etc. etc, hoje só se vêm lagartos, borboletas e passarinhos… É certo que a nossa Agricultura e as nossas Pescas estavam muito atrasadas em relação às dos nossos parceiros a quem nos vínhamos juntar, e a vida dos nossos agricultores, porque baseada em métodos rudimentares e artesanais era extremamente dura e de reduzida rentabilidade. Todavia, impunha o bom senso e uma gestão racional e adequada dos nossos recursos naturais, que tivessem sido dotados com formação profissional adequada todos quantos aí trabalhavam, e com mais a moderna tecnologia e equipamentos adequados e eficazes e nunca “matar” estes sectores produtivos, isto é, a base da nossa economia. Paralelamente ocorreu ainda outro crime gravíssimo contra a nossa Sociedade. É que em vez de se promover a chamada transição geracional, isto é, transmitir os conhecimentos, nestas actividades, dos Pais para filhos e para os netos, pura e simplesmente se promoveu o seu corte e afastamento destas gerações, levando-as a abandonar os campos e os mares em busca de melhor sorte para o seu futuro e das suas famílias, nas grandes cidades e em todo o litoral. Nesta fase do campeonato temos cerca de 1.000.000 (um milhão) de desempregados que podiam e deviam, aqueles que o desejassem, trabalhar neste sector primário da economia, isto é, a agricultura e as pescas, mas que, nestas circunstâncias, as mais que legítimas aspirações da sua maioria consistem na busca desesperada de um posto de trabalho no estrangeiro com intenções de não mais voltarem à sua terra, como se estivessem nas décadas de 1960/70. ■ P.S. António Martins Moreira escreve ao abrigo da antiga Ortografia. Pobre interior Fernando Serrasqueiro Deputado Um país é uma comunidade alicerçada numa história que cimentou uma cultura num espaço que se foi consolidando ao longo de anos. Qualquer país só terá futuro se conseguir uma coesão territorial e que proporcione um bem-estar àqueles que formam a nação. Um país distribui-se por um espaço com potencialidades naturais diferenciadas e com possibilidades de valorização distintas. Compete a cada governo promover formas de reequilibrar o país de maneira a não se constituírem bolsas deprimidas que criem insatisfações e conflitos que ponham em causa a harmonia e orgulho de ser cidadãos de cada nação. O que se passa em Portugal é algo inusitado e excecional, que a pretexto da consolidação das finanças públicas faz cessar toda discriminação positiva que as zonas mais deprimidas eram justamente beneficiadas. Eram apoios diferentes a níveis, social, económico, organizacional, investimento, e que visavam a aproximação às áreas com maior desenvolvimento e sobretudo fixar população nas zonas com menores possibilidades. O atual governo continua a exigir apoios comunitários, incluindo fundo de coesão, com argumento que Portugal um país pobre e por isso é mais carente. Se concordamos com esta ideia de exigência relativa à União Europeia, discordamos que os mesmos se comportem diferentemente face às zonas deprimidas do país. Exigimos mais por sermos menos desenvolvidos, mas distribuímos esses recursos sem atender ao mesmo princípio no interior do país. O nosso distrito teve nos últimos anos uma atenção especial por parte dos governos de António Guterres e José Sócrates. Se olharmos com atenção, para o que foi feito, percebemos que foram opções estratégicas que vão marcar o futuro da nossa região. Refiro-me só a título de exemplo à A23, Faculdade de Medicina, Escolas do politécnica de Castelo Branco, gás natural, regadio da Cova da beira, energias renováveis, eletrificação da ferrovia, melhoria dos princi- pais eixos rodoviários, atribuição de apoios à fixação de grandes empresas, fixação de toda a logística da ASAE em Castelo Branco, estímulos a criação call centers, etc. Tudo isto é marcante e teve os seus efeitos em todos os concelhos e veja que o desemprego fica muito abaixo da média nacional sendo o caso mais relevante o de Vila Velha de Ródão. Foram também criadas condições para que outros investimentos se fizessem e só não se concretizaram porque o atual governo os impediu. Posso referir, entre outros investimentos, pelo impacto que iriam ter, a barragem do Alvito, não só na fase de construção com mais de mil trabalhadores, mas também posteriormente pelas valências que proporcionaria. Suspendeu-se o plano das renováveis, que potenciavam receitas muito importantes para os concelhos que usufruem das suas condições. Veja-se o caso de Oleiros e o que significa para o orçamento da autarquia, e atenda-se à forma como o governo não soube criar condições que evitasse a deslocalização da fábrica de bonecos de peluche. A maioria das freguesias que acabaram localizam-se nas Carne de qualidade Praça do Município . Oleiros Telefone 962567362 zonas mais pobres ficando as populações mais afastadas dos seus serviços Hoje, há um olhar diferente sobre o interior e a tese governamental do modelo utilizadorpagador coloca-nos sempre em inferioridade. Se houver poucos utilizadores, por termos menos população, teremos menos pagadores e por isso, não podemos ter acessos aquilo que outra zonas mais desenvolvidas podem usufruir. Um país tem de ser solidário, tem de promover um desenvolvimento harmonioso e não pode aceitar que alguns se considerem filhos e outros enteados. A aposta na floresta (pasta, papel, mobiliário, paletes, bioenergia), no agroalimentar, no turismo, nos lanifícios e confeção, nas energias renováveis, na indústria ligada à terceira idade, etc., iria favorecer as nossas terras, mas sobretudo ajudaria o país a desenvolver-se e a reequilibrar a nossa balança de pagamentos. Compreendo mal que tudo o que seja suspenso, adiado, transferido, tenha como principal destinatário o interior do país. Atravessamos um período negro, mas espero que sejam nuvens passageiras. A não ser assim não teremos país.■ e-mail: [email protected] Telef.: 272 688 058 Agora com pagamento de facturas domésticas e carregamento de telemóveis Sobre Seguros, Mediação de Seguros, Lda Portela, nº 6, 6160-401 Oleiros email: [email protected] Telefone 272 682 090 - Fax 272 682 088 leia, assine e divulgue o Jornal de Oleiros 2013 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS 13 De “Olho” na Educação Mulheres, Mães, Educadoras Manuela Marques E porque em março se fala muito da Mulher (uma vez que no dia oito se comemora o Dia Internacional da Mulher e também porque a vinte e um se inicia a Primavera, altura em que segundo a mitologia grega, Perséfone volta ao convívio da mãe Deméter, após ter passado os meses longos de Outono e Inverno com seu marido, o frio e violento Hades, o que deixa a mãe feliz, começando a mostrar essa felicidade cobrindo os campos de verde e fazendo florir a natureza!) este título é sugestivo para abordar uma questão muito importante social e educacional. Não se pretende aqui abordar a questão da importância da mulher na sociedade de hoje, ou talvez se aflore ligeiramente, mas essencialmente o papel das mulheres na educação dos filhos. Ao longo dos séculos este papel foi crucial, diria eu que foi, pois parece já não ser…E mais, crucial, também o afirmo, pois que a sua importância na construção do Ser é deveras capital. Se avaliarmos o papel da mãe como a primeira educadora, mesmo desde as primeiras sociedades humanas, em que as fêmeas se ocupavam dos filhos a tempo inteiro, ensinando, educando, até à idade da passagem para a fase adulta, na qual intervinham, então, os pais com elaborados rituais de passagem (rapazinhos apresentavam a sua força e coragem com atos, por vezes extremos). Estes rituais, ainda hoje perduram em algumas sociedades, ou pelo menos vestígios deles. Porém, centremos a nossa atenção nas mamãs e na forma como ao longo da história humana, este vocábulo tão pequenino (mãe) quer exatamente referir tanto! Na antiguidade, a mãe, (prefiro chamar-lhe assim, por tudo o que o vocábulo encerra e não progenitora como efetivamente também o é) como já referi, tinha um papel bem diferente daquele que tem agora. As mães ocupavam-se dos filhos, da casa e das coisas próprias do sexo feminino, conceito minimalista quando toca a pronunciarmo-nos a estas condições femininas. Nos dias que correm, tudo anda às avessas, julgo eu, por vezes… As mães parecem ser mais progenitoras que mães, contudo existe uma razão muito válida para esta tendência se acentuar cada vez mais. A vida das mulheres mudou, quando um grupo delas considerou que deviam e bem lutar pelos seus direitos fundamentais, perante os seus semelhantes, os homens, que exageradamente as manipularam e subjugaram a seu belo prazer du- rante muitos séculos. Ora, a partir do momento em que as mulheres encontram um motivo para lutar, dedicam-se de tal forma a essa luta que conseguem igualar esses direitos, ou quase, quase, e por isso hoje vivemos na sociedade tal como ela é, com papéis femininos e masculinos não muito bem delineados, como antigamente, porque o que é apanágio do homem ou da mulher, acaba por ser dos dois. Se um faz a cama, o outro lava a loiça. Se um gere uma grande empresa, o outro é ministro, embora na questão profissional, a sociedade ainda não parcelou corretamente a capacidade feminina e masculina… (ficará este tema não esquecido!). E na lida da casa, se os homens fazem tudo ou não fazem nada, a cada cabeça sua sentença! Todavia, as mulheres continuam a ter de lidar com essas questões práticas de limpeza e arrumação, de almoço e jantar, de ocupação dos filhos… Enfim, digamos que a maioria de nós o faz porque é tão natural que o fazemos rápido e bem, e por vezes se queremos partilhar essas questões, arrependemo-nos, visto que Eles só atrapalham em vez de ajudarem. No que toca à ocupação que deve o casal ter com os filhos a situação é semelhante, mas não devia ser e são ainda bem raros os casos em que o pai tem um papel ativo na vida da sua prole. E conheço alguns que têm e levam muito a sério o papel dos dois (pai e mãe, se isso é possível) quando um está, por qualquer motivo, ausente. O amor pelos filhos é algo que julgo deve ser primordial em qualquer situação, assim uma mãe ama tão fortemente o seu filho, quanto um pai. É claro que ficam aqui de parte casos da sociedade extraordinários, ou mais ordinários (pela frequência que têm) porque aqui se fala da estrutura familiar pai, mãe e filhos e não de famílias monoparentais, porque essas acarretam outras problemáticas (morte, divórcio, abandono, etc), em que geralmente a criança sofre! Então, as mulheres, atingiram hoje um estatuto muito diferente daquele que tinham e por isso a evolução social, até porque a partir de certa altura tornou-se necessário, permitiu-lhes trabalhar, mas trabalhar fora de casa, não como faziam até aí, e receber um salário (mais empobrecido que o dos homens, apesar de trabalharem as mesmas horas). Deste modo, ao longo dos anos, estes mais próximos de nós, que correram e correm como um rio procura o mar desenfreadamente, as mulheres passaram a trabalhar mais, embora com mais direitos, mas também a não conseguirem prestar a educação aos seus descendentes tal como a que os nossos antepassados usufruíram. O tempo não permite…não há tempo suficiente para trabalhar, preparar o trabalho, cuidar da casa e das coisas próprias das mulheres e dos filhos, que apenas fruem de breves momentos com a mamã, à noite…para tomar banho, a papa, e ler uma história…ou então porque a mãe trabalha longe de casa e não está todas as noites da semana, só ao fim de semana. Dizemos nós que a evolução é maravilhosa e traz conforto, prolonga a vida. Sim, é verdade, mas a que custo? A custo de coisas que vamos apelidando de pormenores…Será que os problemas afetivos que a maioria das crianças apresenta na escola não são fruto desta característica evolutiva? Ainda bem que temos telefone e telemóvel e todas as mães podem dar assistência remota aos seus filhos. Será isso suficiente? Onde aprenderão eles as “skills” que precisam para enfrentar a vida? Terá de ser na creche, com os outros meninos e com as educadoras, e refiro educadoras propositadamente no feminino porque a questão das profissões também tem o seu busílis, pois embora haja homens educadores e professores, neste “clube” jogam muito mais mulheres. O porquê, está relacionado com as questões abordados superficialmente no início deste artigo: coisas de homens e coisas de mulheres… Oxalá os nossos tempos fossem diferentes ou a evolução dos homens, seja ela tecnológica ou científica, tivesse um método para operar as falhas que a humanidade vai tecendo! ■ CERTIFICO _____ Para efeitos de publicação, que por escritura lavrada hoje neste Cartório a folhas sessenta e um, do livro número trezentos e vinte e três-A, de escrituras diversas, que: ____________________________ _____ AMÉLIA DE JESUS BARATA DE ALMEIDA DE LIMA QUEIROZ, viúva, natural de Madeirã, Oleiros, e residente na Rua Viriato, 14, 5º. Esqº. em Lisboa, NIF 103 420 827. ________________________________ ____ DECLAROU que é dona e legítima possuidora dos seguintes prédios: _____ ____ Prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão com uma divisão e primeiro andar com cinco divisões, um terraço e um logradouro, sito em Vilarejo, na freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, com a área de cento e vinte e um metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 348, com o valor patrimonial de 6.560,00 €, confrontando a norte, sul e poente com terrenos da própria outorgante, e a nascente com Rua, ao qual atribui o valor de seis mil quinhentos e sessenta euros; _________ ____ Prédio urbano, composto por casa de rés-do-chão com seis divisões e logradouro, sito em Vilarejo, na freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, com a área de mil setecentos e trinta e três metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 447, com o valor patrimonial de 2.930 €, confrontando a norte, sul e nascente com terrenos da própria outorgante, e a poente com a Rua, ao qual atribui o valor de dois mil novecentos e trinta euros; _____ MAIS CERTIFICO SEGUNDO ALEGA: _______________________ ____ Que os referidos imóveis foram por si adquiridos por contrato de partilha efectuado no ano de mil novecentos e cinquenta, em data que não consegue precisar, com os herdeiros de Maria de Jesus, casada que foi com António Barata de Almeida, a qual por dificuldades registrais nunca foi reduzida a escrito (formalizada) e, como tal, nunca foram as citadas aquisições registadas. ________ ____ Que, a partir de então, possui os citados prédios, sem interrupção, desde o seu início, e, portanto, há mais de vinte anos, pagando por eles os impostos devidos, fazendo as necessárias, úteis e voluptuárias benfeitorias e arranjos sobre os mesmos, explorando-os, e praticando todos estes actos, com a convicção de ser proprietária dos mesmos, comportando-se, como tal, à vista de toda a gente, sem a menor oposição de quem quer que seja, tratando-se, portanto, de uma posse pacífica, contínua, pública, e de boa fé, pelo que os adquiriu por USUCAPIÃO, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, e por dificuldades registrais, documento que lhe permita fazer prova do seu direito de propriedade perfeita. _ _____ Lisboa e Cartório Notarial do Notário Lic. Rui Manuel Justino Januário, aos vinte e um de Dezembro de dois mil e doze. A Colaboradora, no uso da respectiva delegação publicada em 30/1/2012, inscrito sob o nº. 51/7. May de Figueiredo Bordadágua Conta registada sob o nº. PA 3040/12. Rua Dr.º Barata Lima, 39 - 6160 - Oleiros Telefone 272 682 250 Contabilidade . Salários . IRS/IRC . Pocal Rua Cabo da Devesa, 6160-412 Oleiros email: [email protected] • Telefone 272 682 795 14 Jornal de OLEIROS Amigos Assinantes do Jornal de Oleiros Por razões várias, muitos dos nossos assinantes não regularizam atempadamente as suas assinaturas. O Jornal de Oleiros, como todos os jornais que desejam ser INDEPENDENTES e LIVRES, carecem do apoio dos seus assinantes. Se o não fizerem, ou “morremos” ou, por cedência (que nunca será o nosso), ficaremos à mercê de interesses, muitas vezes indefensáveis. Por isso, apelo aos que o possam fazer e até angariar novos assinantes, para não deixarem de o fazer. Podem renovar com as transferências que se indicam na ficha apropriado publicada em todos os jornais, ou enviando para a Sede, na Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros os valôres das renovações em cheque ou Vale dos CTT’s ou por transferência indicando-nos que o fizeram. Bom Ano para todos Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra Rua dos Bombeiros Voluntários - Oleiros Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016 PERFUMARIA PRESTÍGIO Rua Dr José de Carvalho, 3, 6160 Oleiros Telemóvel 963 259 827 2013 MARÇO / ABRIL 2013 MARÇO / ABRIL Jornal de OLEIROS O FUTURO AGORA! “Ultrapasse o presente, chegue ao sucesso e seja feliz.” Taróloga Cartomante Margarida Fernandes Contacto: 961 093 788 [email protected] Siga-me no facebook: https://www.facebook.com/TCEMF Visite o meu blog: http://tarologamargaridafernandes.blogspot.pt/ Carneiro 21/3 a 20/4 Carta Dominante: O Julgamento: Juízo, renascimento. Amor: Inicia uma batalha, neste sector. Poderá ver resolvidas situações do passado. Terá um mês de análise sentimental e poderá sofrer alguns desgostos, no entanto conseguirá ter forças para avançar ao encontro das suas ambições. Trabalho: Mês negativado. Poderão querer “passar-lhe a perna. Perspectiva-se mudança de sector ou de tarefas. Situação financeira estável. Saúde: Especial atenção com a garganta. Conselho: Esclareça os seus temores. Nada deverá ser deixado por dizer, este mês. Seja claro quanto às suas intenções. Pode encontrar o Jornal de Oleiros Oleiros Vila de Rei • Papelaria JARDIM • Papelaria Tertúlia Estreito • Café O LAPACHEIRO Lisboa Estreito - 6100 Oleiros • Papelaria Tabacaria Sampaio Rua Reinaldo dos Santos, 12-C Proença-a-Nova 1500-505 Lisboa • A/C Da Idalina de Jesus Avenida do Colégio , nº 1 Jardins da Parede 6150-410 Proença-a-Nova • Papelaria Tabacaria Resumos Diários • Tabacaria do centro Avª das Tílias, nº 136, Lj B - Largo do Rossio Parede 6150-410 Proença-a-Nova • Jornal de Oleiros - 922 013 273 • Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110 Oleiros – 272 680 170 • Centro de Saúde – 272 680 160 • Correios – 272 680 180 • G.N.R – 272 682 311 Farmácias • Estreito – 272 654 265 • Oleiros – 272 681 015 • Orvalho – 272 746 136 Cambas (OLR) Ponte de Cambas Postos de Abastecimento Loja nº 4, Edifício Intermarché Cadaval (Vermelha) 6000 Castelo Branco • Junta de Freguesia da Ver- • Galp (Oleiros) – 272 682 832 • Restaurante Café Slide • Quiosque da Cláudia Zona Industrial, lote P-6 C melha Ameixoeira Rua Eng. Duarte Pacheco, 13 • BIG Bar 2550-552 - Vermelha Estação de Serviço Rua Dr. José de Carvalho, 5 - 6160-421 Oleiros Telefone 272 681 052 CONTACTOS ÚTEIS • Bombeiros Voluntários de Castelo Branco PAPELARIA JARDIM 15 Estª Nacional 238 Sertã Ameixoeira - 6100 Oleiros A indicar em breve. Covilhã Idanha-a-Nova Exmo Senhor Pedro Luz A indicar em breve Rua General Humberto Delgado Penamacor Quiosque - 6200-014 Covilhã a indicar em breve, • Galp (Ameixoeira) – 272 654 037 • Galp (Oleiros) – 272 682 274 • António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157 Infra-Estruturas • Câmara Municipal – 272 680 130 • Piscinas Municipais/ /Ginásio – 272 681 062 • Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008 • Casa da Cultura/ APOIE Cupão de Assinatura /Biblioteca – 272 680 230 • Campo de Futebol – 272 681 026 • Pavilhão Gimnodesportivo OS (Oleiros) – 272 682 890 BOMBEIROS DE OLEIROS q Nacional q Europa 15,00€ 25,00€ q Apoio (valor livre) Nome................................................................................................. Morda.................................................................................................... Localidade..................................Código Postal .......... - ..................... Contr. nº. ...................................... Novo ...... Renovação............. Nº. Assinante................................... Sócio Ficha técnica Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira www.jornaldeoleiros.com E DIVULGUE Cheque q para o endereço abaixo Transferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643 Faça-se ASSINE Telefone ................................... Data ......./............./................... Quero pagar por: Numerário q LEIA para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643 Ass..................................................................................................... ___________________________________________________________ Enviar para: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril E-mail: [email protected] Telefone: (00351) 922 013 273 O JORNAL DE OLEIROS Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. 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Santos Ramos*, Maria Alda Barata Salgueiro , Vânia Ramos, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA, Eliane Brick, Estados Unidos da América • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral), Sakarya (Turquia, Soraya Tomaz • Carla Rodrigues Mendes Chamiça Reboucinhas de Cima (Cambas-OLR), Álvaro (Oleiros), Ana Silva, email: [email protected] • Correspondente em Castelo Branco: José Lagiosa, email:[email protected]; Proença-a-Nova: Magda Ribeiro, email:[email protected]; Zona Oeste: Joaquim Vitorino, email: [email protected] • Catarina Fernandes (Lisboa) • Idanha-a-Nova: Carmo Barroso, email: [email protected] • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: [email protected] * João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros. 16 Jornal de OLEIROS 2013 MARÇO / ABRIL PINHAL MAIOR agrupou Concelhos da região na “BTL” PUBLICIDADE 06/2012 A BTL é um momento soberano para exibir potencialidades a hipotéticos visitantes que a região tanto precisa. O modelo oferece economias, mas “castra” notoriedades de cada um dos Concelhos ali agrupados, diria “encerrados num espaço”... Não pretendemos oferecer crítica vulgar e fácil como já destacamos em EDITORIAL do Director na página 2, mas, simplesmente, exigir reflexão alargada que deve incluir a participação de especialistas na matéria. O que designamos de “prata da casa” já não é aceitável nos dias de hoje, nem de ontem e menos ainda de amanhã. A região possui Quadros muito qualificados. Aproveitemos então essa capacidade para construir um futuro mais promissor. Nesta “vulgaridade agrupada”, algumas experiências e serviços que deviam ter sido exibidos, ficaram invisíveis. Há res- www.charon.pt Semáforo Nelson Matos é o novo presidente da Comissão Política de Oleiros do CDS-PP. Foi eleito no passado dia 22 de Fevereiro. É licenciado em Relações Internacionais e, atualmente, desempenha as funções de consultor financeiro numa multinacional britânica. Acompanham o novo presidente da comissão política os militantes José Libério Alves (Vice-Presidente), Joaquim Farinha Alves (Secretário), Anabela Figueiredo Alves (Vogal) e José Rodrigues de Jesus (Vogal). ponsabilidades a atribuir. Preparemo-nos então para as POR MUITAS VOLTAS QUE A VIDA DÊ, ESTAMOS SEMPRE AO SEU LADO. www.creditoagricola.pt oportunidades do futuro, de forma decisiva e inteligente. ■ A Assembleia Concelhia é presidida por composta por Floriano Jesus Alves e tem António Farinha Luís, como Vice-Presidente, e Manuel Fernandes enquanto Secretário. O militante Joaquim Farinha Alves foi eleito delegado da concelhia à Assembleia Distrital de Castelo Branco. ■