Director e Fundador: Paulino B. Fernandes
Director-Adjunto: Carlos Fernandes • Sub-Director (USA): Eliane Brick
www.jornaldeoleiros.com
·
Ano 4, Nº 25, Março/Abril de 2013 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bi-Mensal
Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira
Correspondentes fixos em todas as sedes de Concelho do Distrito de Castelo Branco e Freguesias de Oleiros
Jornal de
Oleiros na BTL
VI Passeio da Pinhal Total
foi enorme êxito
Editorial
Paulino B. Fernandes
página 2
“De olho na
Educação”
Dra. Manuela Marques
página 3
O Farol
António Graça
página 6
Estivemos em força
na BTL e no interior
daremos conta das
nossas impressões.
Saudamos a PINHAL
MAIOR por de novo ter
junto os 5 Municípios
que já havia estado em
conjunto na Fitur.
página 10
www.charon.pt
Prestamos homenagem à indispensável equipa de Logística, sem a
qual nada era possível, mais de 300 participantes não deixa dúvidas.
Os comentadores do litoral
contra o povo
do interior
Paulo Campos
página 7
página 11
Página
Proença-a-Nova
AUGUSTO
de MATOS
voltou a expor,
agora no
Hotel de Santa
Margarida
“A metáfora
do tempo ou
um percurso
de sensações”
foi um sucesso
página 8
Página Castelo
Branco
página 9
Página
Vila de Rei
página 10
Pobre interior
Fernando Serrasqueiro
página 11
página 2
2
Jornal de OLEIROS
2013 MARÇO / ABRIL
“AXIS MUNDI”
EDITORIAL
Carlos Fernandes
“Turismo, turistas e outras coisas…..”
A verdadeira viagem do descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, mas em ver com novos
olhos. Marcel Proust .
2 de Março, dia marcante
Março de 2013 fica marcado pela maior manifestação popular de descontentamento de sempre.
Os números impressionam e, num novo record de
participação, Lisboa com mais de 800 000 pessoas a
desfilar deixou o sinal claro que a política seguida
pelo governo ultraliberal e sem sensibilidade social,
tem de mudar imediatamente.
Os portugueses, exibindo-se com tranquilidade,
mas de forma firme e com números esmagadores,
disseram um basta significativo que não pode ser escamoteado sob pena de as coisas virem a descambar
com culpa total para o governo.
Manter homens como Miguel Relvas no governo,
tornou-se há muito ofensivo.
Chegou a hora de mudar, tardia, deixando sequelas irrecuperáveis para muitos, bandeira negra que
será a marca distintiva deste inenarrável governo que
arruinou o país.
O Jornal de Oleiros cresce no país
e na região
A poucos passos de estarmos instalados em todo
o Distrito de Castelo Branco, assinalamos agora a
colocação de nova bandeira em Idanha-a-Nova
que saudamos efusivamente.
Contamos já com o apoio da Dra. Carmo Barroso, uma socióloga dedicada à Protecção de crianças e jovens em risco, matérias que sempre nos
preocuparam e, hoje ainda mais. Saudamos esta
Amiga que se junta ao esforço colectivo.
A região na BTL
Sob a organização da PINHAL MAIOR, Oleiros,
Mação, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei estiveram na BTL. Reconhecendo as economias que esta
junção proporcionou, não estamos no entanto seguros da validade da opção.
Algumas marcas distintivas dos Concelhos ficaram invisíveis e não aproveitaram o momento para
se evidenciarem. Não criticamos agora, anotamos
apenas e pedimos reflexão para o futuro.■
Paulino B. Fernandes
Director
Email: [email protected]
Na minha opinião, a missão de quem
escreve não será só a de informar a opinião pública do que se vai passando em
seu redor, mas também de opinar ou
transmitir conhecimentos adquiridos
através da sua própria vivência, sobretudo aqueles que de algum modo possam
esclarecer ou mesmo facilitar uma outra
visão das coisas que por vezes passam
despercebidas á maioria das pessoas.
Todos sabemos que o turismo tem
uma importância verdadeiramente estratégica para a economia nacional pela
sua capacidade de criar riqueza e emprego. Trata-se de um sector em que temos vantagens competitivas claríssimas,
como sucede em poucos outros.
O turismo é um dos principais sectores da economia portuguesa, tendo o seu
peso na economia vindo a crescer nos últimos anos, contribui com cerca de 11%
do PIB (produto interno bruto). No entanto Portugal perdeu quota de mercado
a nível internacional, e está demasiado
dependente não só de quatro mercados
emissores como também do desempenho de três regiões (Algarve, Lisboa e
Madeira), sendo ainda condicionado por
uma elevada sazonalidade e limitações
nas ligações aéreas ..
Existe capacidade instalada de excelente qualidade quer em termos de infraestruturas quer de recursos humanos.
Estão a surgir novos destinos de grande
qualidade onde a inovação e criatividade
se afirmam dia a dia, por exemplo o litoral Alentejano, a zona Oeste, Porto Santo
e o fantástico Douro, fruto da iniciativa
empresarial e da agilização de processos
por parte da tutela .
Já muito foi feito, desde o desbloqueamento de processos que se encontravam
paradas há anos, como a ligação a rede
Inftur ás melhores escolas e universidades estrangeiras para elevar o nível do
ensino, foi criado o Turismo de Portugal.
Mas ainda há muito para fazer. Desde segmentar melhor as propostas de
valor a aumentar a oferta de qualidade.
Melhorar as acessibilidades, segurança,
mais e melhores investimentos, promover as iniciativas privadas. Criar uma
imagem mais forte junto dos clientes exigentes. Facilitar o licenciamento baseado
em critérios de qualidade e desempenho,
apostar fortemente na qualidade dos recursos humanos e reduzir a burocracia,
que a adhocracia se implante.
A visão para o Turismo de Portugal
terá que ser uma visão estratégica assente em três pilares, Portugal deverá ser
um dos destinos de maior crescimento
da Europa, através do desenvolvimento
baseado na qualificação e competitividade da oferta. A proposta de valor de
Portugal deverá apostar nos factores que
mais nos diferenciam de outros destinos
concorrentes, clima e luz, história, cultura e tradição, hospitalidade e diversidade concertada, e em elementos que qualificam Portugal; Autenticidade moderna,
segurança e qualidade competitiva.
No que ao turista se refere, o seu novo
perfil baseado na sua maior exigência
conhecimento e menor disponibilidade
financeira, onde nestes tempos o turista deixou de querer consumir, mas sim
fruir ser o actor principal, num tempo
em que as shorts trips se afirmam, cabe a
todos essa observação intensa para cada
vez mais a oferta ir ao encontro da procura.
Hoje o turista além, da hospitalidade,
paisagem procura vivencias, animação,
autenticidade, segurança e acrescentar
conhecimento ás suas experiências, no
fundo momentos únicos e marcantes é
esta magia que todos teremos que fazer
acontecer.
Outras coisas …
Analisando com algum cuidado, sem
ter acesso a qualquer conta satélite ou dados estatísticos, a nossa região constato
a proliferação como cogumelos de alojamentos de turismo rural, sem estratégia,
sem planeamento, sinceramente ás vezes
o meu cérebro não aguenta, a maioria
abre no Verão ou ao fim de semana, será
isto desenvolvimento sustentável ou outra coisa….
A maioria restaurou casas rusticas com
dinheiro de todos, sem oferecer postos
de trabalho a maioria faz destes espaços
verdadeiras casas de veraneio e fim de
semana para os amigos será isto correcto
? Ou outra coisa …..
Não contentes com estes desempenhos
, investe-se em unidades hoteleiras com
dinheiro de todos sem qualquer visão estratégica, para tapar o sol com a peneira
fazem-se umas rotas uns festivais gastronómicos umas feiritas, uns batizados
e casamentos, será isto turismo ou outra
coisa….
Sem uma visão global baseada em sinergias de todos os agentes turísticos da
região, sem o devido acompanhamento
de quem sabe de turismo e não ande a
fazer turismo, não será fácil, urge apostar em parques temáticos, museus, na
realização de um ou dois meg eventos
que por si só sejam diferenciadores dos
nossos concorrentes, urge a certificação
de festas e romarias, de produtos regionais, apostar na promoção e divulgação
daquilo que nos distingue, é essencial
construir a marca Pinhal.
Com tudo isto, com todos, com o trabalho e a palavra de todos, se afirme a
o poder da palavra, em vez da palavra
do poder .
Por ora, apetece-me apenas dizer; desventurados os ignorantes que por falta
de motivação superior, não se apercebem
do bom e do belo, que nunca chegarão a
usufruir, simplesmente por desconhecimento da sua existência!
Contudo nos tempos que correm, só é
ignorante quem quer, digo eu!!
BEM HAJAM ■
Horas do Conto destinadas à
primeira infância e terceira idade
Nos passados dias 20 e 27 de fevereiro,
a Biblioteca Municipal de Oleiros promoveu mais duas edições da Hora do
Conto Infantil e Sénior, respetivamente.
Destinadas às crianças do ensino pré-escolar do concelho e aos idosos do Lar da
Santa Casa da Misericórdia de Oleiros,
as iniciativas consistiram na recriação
dos contos “Casamento dos Melros”, da
autoria de Tony Wolf (Infantil) e “Histórias de Entrudo”, da autoria de Ilda
Nogueira, os quais fizeram as delícias do
seu público-alvo.
Recorde-se que esta é uma iniciativa
que ocorre mensalmente, com o intuito
de proporcionar hábitos de leitura entre
as crianças na primeira infância e momentos de entretenimento e animação
na terceira idade. A equipa da Biblioteca
Municipal de Oleiros está já a preparar
as Horas do Conto referentes ao mês de
março, as quais terão lugar nos dias 13 e
21 com “As Montarias de Oleiros”, numa
recolha de Jaime Lopes Dias (Sénior) e
“O Jardim Curioso”, da autoria de Peter
Brown (Infantil), respetivamente. ■
Exposição de pintura de Vale do
Souto no Posto de Turismo
Esteve patente, durante o
mês de fevereiro, no Posto de
Turismo de Oleiros, uma exposição de pintura promovida pela Associação Recreativa
e Cultural de Vale do Souto
(ARCVASO) contendo obras
que derivaram de um curso
de pintura lecionado pela professora Ermelinda Carmo. As
obras, de grande qualidade,
são da autoria de Maria Conceição Antunes, Sandra Luís,
Carminda Alves, Ermelinda
Rodrigues, Gracinda António,
Celine e Ermelinda Carmo e
podem ser vistas diariamente,
de terça-feira a sábado, durante o horário de funcionamento
daquela infraestrutura. ■
2013 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
3
CRÓNICAS DE LISBOA
A Ganância dos Homens
Serafim Marques
Economista
O que é o dinheiro, poderia perguntar-se, mas que a maioria das
pessoas não daria uma resposta
cabal, embora não possa viver
sem ele. Pois é um meio usado
na troca de bens e serviços e que
emergiu quando o homem sentiu
que as trocas directas eram de difícil execução, pelo que haveria
necessidade de usar um símbolo
(moedas, notas, etc) que fossem
aceites por todos e tivessem um
padrão monetário específico e
demais garantias oficiais. O aumento das transacções na humanidade, levou à criação dos bancos, pelo que o dinheiro passou a
ser, essencialmente, um símbolo
ou uma abstracção, assentando a
maioria das transacções na moeda escritural e na criação de moeda assente no crédito.
As “leis globais” e a evolução tecnológica tornou ainda mais virtual
o dinheiro e facilitou as transacções
financeiras locais, nacionais e mundiais e a imaginação dos “banqueiros” deixou de ter limites, pelo que
as autoridades fiscalizadoras come-
çaram a sentir sérias dificuldades
de controlo do sistema financeiro e
bancário, de vital importância para
a sociedade moderna, mas ele próprio potenciador e gerador de crises,
que não são apenas de agora. Assim,
os erros, os riscos de negócio e,
acima de tudo, a ganância dos
homens, tem gerado situações
cujas consequências não têm
sido mais sérias porque, apesar
de tudo, poderemos considerar
que a “mundialização” do sistema financeiro e bancário se auto
sustenta , se ajuda e se equilibra,
pelo que as crises geradas têm
sido debeladas com mais ou menos sacrifícios locais- países.
No caso de Portugal, já destituído do seu poder de emissor de
moeda, não só sofremos os efeitos das crises financeiras vindas
de fora, por força da tal interligação do sistema financeiro, mas
também porque o nosso sistema bancário continha em si mesmo “duas
maçãs podres”, isto é, o BPN (Banco Português de Negócios) e o BPP
(Banco Privado Português), sendo
dois bancos bem diferentes um do
outro, isto é, o BNP como banco universal e o BPP como pequeno banco
“gestor de fortunas”.
Porque estes dois casos têm
feito correr muita tinta e “suga-
do” os bolsos dos contribuintes,
considerando-se o maior “buraco de sempre” no nosso sistema
bancário, vale a pena relatar aqui
três factos de que fui “testemunha”:
i) O autor destas linhas, que
nunca teve qualquer ligação com
o BPN, foi contactado, por parte
de dois quadros duma agência
local do banco, a aliciarem-nos
(à empresa) para a abertura de
conta e o início de transacções.
Isto aconteceu em 2003 e, nessa
abordagem e face às condições
que o banco oferecia, a nossa
percepção era de que algo de estranho se poderia passar naquele
banco, tipo Dona Branca de má
memória para muitos portugueses. Não aderimos às ofertas e
à pergunta de como poderia o
BPN oferecer aquelas altas taxas de juros nos depósitos, responderam que também o banco
cobravam taxas altas dos empréstimos aos seus clientes. Insistimos, perguntando, que tipo
de clientes eram e a resposta foi
de que eram aqueles que (já) não
conseguiam obter empréstimos
nas outras instituições bancárias,
pelo que aceitavam pagar essa
taxas de juro mais altas. Sabemos
agora que não era apenas isto,
pois, pelos vistos, os fundos dos
seus clientes seriam utilizados
com outros fins. ii) No inicio de
1988 era o Dr. José Oliveira Costa, considerado o grande obreiro
do nascimento e crescimento do
BPN, então Secretário de Estado
dos Assuntos Fiscais e, na qualidade do cargo, foi proceder ao
encerramento dum seminário
sobre fiscalidade no qual o autor
destas linhas participou, a título
pessoal e profissional. O seu discurso foi empolgante e deixou
todos os presentes estupefactos
com o teor. Nele fazia duras criticas aos incumpridores do seu
dever de cidadãos, leia-se pagador dos seus impostos, e de ética, e dando como exemplo a sua
própria vida pessoal, isto é, uma
“origem simples”, blá, blá.
iii) João Rendeiro, que foi o
“líder” e presidente do BPP e foi
considerado como um banqueiro
exemplar pela nossa imprensa da
especialidade, e chegou mesmo
a editar um livro (João Rendeiro,
Testemunhos de um Banqueiro:
A história de quem venceu nos
mercados”, foi acusado pelo Ministério Público, juntamente com
outros antigos administradores
do BPP, do crime de burla qualificada.
Se o Governo de José Sócrates
deixou cair na falência o BPP, este
um pequeno banco, já não fez o
mesmo com o BNP, com receios
dos efeitos de contágio, nacionalizando-o, pelo que os custos para
nós, contribuintes portugueses,
tem sido enormes e sem fim à vista,
pois não se conhece o tamanho do
buraco.
A história destes dois casos terá ainda muito para contar, mas tem revelado que a ganância dos homens, pelo dinheiro e pelo poder que ele representa,
pode não ter limites e as consequências,
se as entidades fiscalizadoras não agirem e em tempo útil, estão exemplificadas nestes dois buracos financeiros.
Neste “pecado” que é a ganância,
podem incluir-se também muitos
daqueles que aplicaram ali as suas
poupanças (fortunas), porque terão
visto nos dois casos uma”moderna
Dona Branca”. Muitos desses clientes, que perderam ali as suas economias, choram agora, mas exigem
que seja o Estado a ressarci-los! “Inteligente é o homem que sabe valorizar
o que tem, sem perder a ambição, e sem
adquirir a ganância.”
Maldito dinheiro, mas do qual
não podemos abdicar, que não tem
culpa da ambição cega e violadora
de valores de que os homens deveriam cumprir. ■
O FAROL
Refundar?... é preciso
Nota: O autor de “O Farol” não reconhece as regras do novo acordo ortográfico
António Graça
Refundar é um termo que o dissimulado primeiro-ministro, lançou, para, de uma forma disfarçada, como é seu hábito, comunicar
a intenção do seu governo de, uma
vez mais com a desculpa das exigências da troika, se preparar para
continuar a roubar os portugueses.
A ideia mereceu, desde logo, a
repulsa de largos sectores, entre
os quais nos incluímos.
Contudo, se meditarmos um
pouco sobre esta ideia, somos
forçados a concluir que se torna
absolutamente necessária uma
refundação, ou melhor, uma reestruturação do estado.
Acontece porém que, o meu entendimento de reestruturação do
Estado é muito diferente daquele
que parece ser o do primeiro-ministro e dos seus apaniguados.
Enquanto que, para eles, a refundação do estado se traduz numa
simples operação de aritmética, na
sequência da qual o estado passará, cada vez mais, a ser uma entidade meramente confiscatória dos
rendimentos dos cidadãos, sobre-
tudo dos que vivem do produto do
seu trabalho ou das suas reformas,
confisco esse que tem como valor
objectivo 4.000 milhões de euros
(valor ainda não justificado).
A meu ver, a refundação, ou reestruturação do Estado deverá ter
como objectivo fundamental o seu
redimensionamento funcional e
económico, para que deixe de sugar sofregamente, sem nexo e sem
escrúpulos, grande parte da riqueza produzida no país.
Esta tarefa, pelas implicações,
positivas e negativas que terá no
futuro dos portugueses deverá
resultar de um consenso alargado da sociedade, e não pode ser
resultado de uma decisão unilateral, tomada às escondidas por um
governo apoiado numa maioria
que ocupam, transitoriamente, os
centros de decisão, por muito significativa que seja essa maioria.
Entendo mesmo que, dadas as
características desta tarefa, deverá ser elaborado e aprovado, por
uma maioria parlamentar idêntica à necessária para as revisões
constitucionais, um documento
orientador, o qual deverá ser submetido à aprovação dos portugueses mediante a realização de um
referendo.
É um trabalho que não pode ser
feito à pressa para satisfazer a opinião de, parafraseando as palavras
do Senhor Presidente do Tribunal
de Contas, economistas visitantes,
de cuja integridade e independência relativamente aos agiotas que
dominam os mercados me permito duvidar.
É fundamental que a “máquina”
do Estado seja reduzida à sua dimensão essencial, tendo em vista
uma relação eficiência-custo mais
adequada às possibilidades do
país
É uma tarefa difícil, porque em
Portugal toda a gente está de acordo com a implementação de reformas, desde que não se mexa nos
seus interesses. Por outro lado exige bom senso e capacidade técnica
que não existe no actual quadro
político, onde cada qual só cuida
dos seus interesses.
O actual governo já deu provas
suficientes da sua incapacidade
para conduzir este processo, tendo recorrido a vários números de
malabarismo para o tentar conseguir, o primeiro dos quais foi a
“encomenda” ao FMI de um estudo sobre a refundação. É a mesma
coisa que um criador de galinhas
encomendar à raposa o sistema de
segurança do galinheiro. Existem
em Portugal entidades muito mais
competentes e preparadas para
fazer esse trabalho. Mas, assim, lá
vem a eterna desculpa das imposições da troika. A propósito deste estudo, aconselhamos a leitura
do excelente artigo da autoria do
Doutor António Capucho publicado nas edições on-line e papel do
nosso jornal.
Tentou também o governo fazer
passar como sendo a participação
da denominada sociedade civil no
processo, uma reunião de duas
dezenas de convidados, realizada no Palácio Foz, sede do antigo
secretariado nacional da informação, uma espécie de ministério da
propaganda do antigo regime.
O objectivo dessa reunião foi
meramente propagandístico, e
teve o seu ponto alto, como não
podia deixar de ser, no discurso
de encerramento, proferido por
Passos Coelho.
A sociedade civil não pode ser reduzida àquele punhado de amigos
do governo, quase todos gente bem
instalada na vida, por muito bemfalantes ou pensantes que sejam.
Este tipo de reforma não pode ser
feita a começar pelo fim, ou seja, a
começar pelo objectivo de cortar os
tais 4mil milhões de euros.
Deve ser feita com base numa
análise exaustiva da estrutura de
custos do Estado, a partir da qual
se determinará o montante economizavel, que, até poderá ser superior àquele valor.
O que nunca poderá acontecer é
a redução do Estado a uma organização de cobrança de impostos.
Para cobrança de dívidas existem
no mercado empresas cuja contratação sairia muito mais barata aos
portugueses do que o sustentar da
burocrática máquina administrativa actual.
Os estados e, consequentemente, os governos, existem para assumir deveres sociais para com os
seus cidadãos, para melhorarem
as suas condições de vida, para
lhes assegurarem a justiça, a defesa, a educação e a saúde. Não
existem para sacar aos cidadãos os
seus rendimentos em favor de um
grupo de privilegiados os quais
estão, na prática, isentos de colaborar nos sacrifícios exigidos aos
demais.
Até breve ■
4
Jornal de OLEIROS
2013 MARÇO / ABRIL
Os desafios da intermunicipalidade
(Este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico)
Alda Barata Salgueiro
Na última edição do Jornal foi
publicado um artigo da autoria
de Eduardo Lyon de Castro - “As
Autárquicas no Pinhal – 1 , o qual
faz uma criteriosa análise sobre as
Autarquias e aproveita o momento
para sugerir uma estratégia futura
que dê notoriedade e força ao Interior: A inter-municipalidade.
Diz o autor do artigo ….” O sentimento da minha terra terá de dar
lugar ao sentimento da minha região….”. Trata-se de um diagnóstico conciso e pragmático do desempenho das Autarquias no passado
e na necessidade de terem de encontrar uma outra estratégia para
enfrentar o futuro imprevisível, estratégia essa que deverá passar por
uma união de esforços tendo em
conta os mesmos fins – o progresso
do Zona Interior do País.
Os tempos mudaram as mentalidades e as rivalidades do foro hereditário rural já não fazem qualquer
sentido. Hoje, com a informação ao
minuto e á escala mundial, exigese paz e garantia de bem-estar não
interessando tanto o lugar onde se
vive mas sim como se vive.
A ideia de intermunicipalidade
regional com os mesmos ideais de
realização em zonas mais despovoadas, será a via mais natural e por
ventura a mais eficaz no sentido
de os municípios conseguirem ver
satisfeitas as suas reivindicações.
Além disso, o associativismo intermunicipal poderá trazer um valor
acrescentado em diversas áreas,
em especial na divulgação e na valorização do património da região,
como é o caso particular da Zona
do Pinhal Interior, que só agora começa a apresentar condições fiáveis
para o investimento de projectos
adequados à sua particularidade
geográfica.
Seria um desafio interessante
para os vários intervenientes, principalmente para a população jovem
dos municípios desta Zona apostarem na investigação, na pesquisa e
na conservação do património local em termos de visibilidade turística e em particular de valorização
nacional. A riqueza e a particularidade da história, da etnografia, da
gastronomia, da enologia, do turis-
mo rural, da religiosidade popular,
das inúmeras “Alminhas,”à beira
dos caminhos, das festas populares,
da pirotecnia e muitas outras áreas
que fazem parte exclusivamente
do património regional, ficarão no
esquecimento, esvaindo-se na frivolidade dos tempos, se ninguém
se lembrar de que a solidez do futuro dependerá muito do valor que
se der ao passado.
Este poderá ser um pequeno
passo em situação de intermunicipalidade, outros de mais envergadura poderiam surgir no mesmo
contexto.
Um exemplo de associativismo
deste tipo, com sucesso e visibilidade, é a Associação Al-Baiaz sediada em Alvaiázere. Nasceu em
1997 por iniciativa de um grupo
de pessoas que se propôs estudar,
cuidar e promover o património
do seu município e também o de
outros municípios com características históricas comuns: Alvaiázere,
Figueiró do Vinhos, Ansião, Pedrógão Grande e Castanheira de
Pêra. Trata-se de um exemplo de
dedicação, altruísmo e de amor à
região, e é bonito ver o excelente
Doçaria Fina
Caseira e Regional
Regional - Snack-Bar . Restaurante
Praça do Município, 6160 Oleiros
Tel. 272 682 309
Edifício Sta. Margarida, Lt 1, Lj 2, 6160-404 Oleiros
Telefone 272 681 011. Fax 272 681 012
email: [email protected]
(A minha saudação ao autor do
artigo mencionado). ■
* Maria Alda Barata Salgueiro, Colabora com o Jornal de Oleiros, desde a fundação. Membro do Grupo de Amigos
do JO.
É um bom exemplo a seguir.
Protecionismo
TAU CETI
Rua Tristão vaz, 8-C (ao Restelo)
1400-351 LISBOA
Telem.. 936 747 384
trabalho de pesquisa levado a cabo
por jovens historiadores, engenheiros, arqueólogos, designers, que
orgulhosamente disponibilizam o
seu tempo na divulgação não só da
história humanizada, mas também
da geologia e da biodiversidade de
toda uma Região.
Joaquim Vitorino
O Presidente Obama, reconheceu recentemente, que os Estados
Unidos e a União Europeia, ainda
são no seu conjunto, o maior bloco
económico do planeta, e apelou a
que o protecionismo fosse aliviado
de ambas as partes; eu direi mesmo que salvaguardando a questão
da imigração por parte dos EUA,
o que se compreende, tendo em
conta o desemprego na União, as
portas do Comércio, entre estas
duas potências económicas, deveriam ser amplamente abertas; os
Estados Unidos, desde a recessão
dos anos 30, que não atravessa um
período tão grave como nos dias de
hoje; em que 45 milhões de famílias
vivem no limiar da pobreza, é um
terço da população deste fantástico
país; que mesmo em dificuldades,
muitos são aqueles que para ali,
querem emigrar.
Obama não tem dúvidas, que
na origem da crise, não está só a
deslocalização das grandes Empresas para a Ásia, mas também o
protecionismo exercido, contra o
seu maior parceiro, a União Europeia; ele sabe muito bem, que tanto
nós como eles, não conseguimos
ultrapassar esta crise, uns sem os
outros. Para além das vicissitudes
financeiras, que estiveram no seu
epicentro, e que levou a um estado
total de pobreza, dezenas de milhões de americanos, que ficaram
na impossibilidade de pagarem
as suas dívidas, a exemplo as casas, que levaram bancos à falência,
como o Lehman Brothers e outros,
em que trabalhavam num sistema de bolha; os EUA e também a
União Europeia, ao colocarem-se
numa situação de simples mercadores de produtos asiáticos, abriram as suas portas ao desemprego,
e consequentemente agravaram a
sua situação económica, e também
a de todos os seus parceiros de longa data.
Obama que tem ascendência Europeia, e também Africana; sabe
que uma saída para esta crise, também passa, pelo Eixo Atlântico Sul,
dada a ligação que a Europa tem
com África, e com os países membros do Mercosul, tendo Portugal
e Brasil, um papel preponderante
a desempenhar; nós em África, e
Brasil nos seus parceiros do Mercosul.
Ironicamente iriamos, reeditar a
era quinhentista, em que os Europeus, com os Portugueses na vanguarda, dominavam o Atlântico
Norte e Sul até ao Índico; a Ásia
tem crescido ao mesmo ritmo, que
a Europa e os Estados Unidos empobrecem; os efeitos deste boom de
crescimento, foi descuidado e mal
avaliado pelos Americanos e Europeus, que inicialmente só pensaram
na mão de obra barata, os Asiáticos
e Indianos, rapidamente criaram
raízes e dependências, nos dois
lados do Atlântico, onde alteraram
em seu favor, uma hegemonia sem
precedentes desde há 500 anos.
Ninguém vai tirar o valor a estes
países, a China em menos de 20
anos, tirou de uma pobreza ancestral, 1.350 milhões chineses, a Índia
não obstante o avanço tecnológico,
mantém em pobreza extrema, um
terço da população, 400 milhões de
pessoas.
Se os EUA e a União Europeia,
não tomarem medidas urgentes,
acabando com o protecionismo,
como referiu o Presidente Obama,
acabamos como a Índia; só que
não será, um terço da população,
mais de metade dos Americanos e
também Europeus, ficarão à mercê, daqueles a quem entregámos, a
nossa tecnologia e saber, em nome
da produção barata.
Não houve equilíbrio e ponderação, quando da transferência
da produção em larga escala para
a Ásia, temos que aceitar, que é
difícil para nós, impor os nossos
produtos, porque eles produzem
muito mais quantidade, e com
custo inferior; mas este paradigma vai mudar, os Asiáticos estão a
adoptar os nossos estilos de vida,
e nós forçados a tomar o deles; só
que o reverso da medalha vem a
seguir; os EUA e a Europa têm sido
o grande destino dos seus produtos, terá que haver algum equilíbrio; ou nunca mais sairemos da
crise. A China tem a maior reserva
do mundo em divisas, mas não
durará para sempre; o seu maior
mercado são os Europeus e Americanos. Obama lançou a alerta; as
comissões de ambos os lados do
Atlântico, vão certamente entrar
em negociações; Portugal terá a representar a Europa, nos dois mais
altos cargos, dois Portugueses; o
Dr. Durão Barroso, Presidente da
Comissão Europeia, e o Dr. João
Vale de Almeida, representante da
União Europeia nos EUA, para o
Comércio Livre. ■
2013 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
5
Islão - Um Desafio à Cultura ocidental e à Religião
Diálogo - Uma Estrada de Sentido único
António Justo
[email protected]
www.antonio-justo.eu
A forte emigração muçulmana
para a Europa, as maiores taxas
de natalidade dos muçulmanos
e as condições do casamento de
muçulmanos com mulheres doutras religiões são factores que
conduzem a um grande avanço
do Islão. A expansão, que não
pode fazer através das armas,
consegue-a através da procriação,
da discriminação de minorias
nos próprios países, da política
de gueto no exterior, de leis de
casamento e da severidade da religião. Por outro lado, a política
ocidental aceita, sem contrapartidas, a sua autoafirmação dentro
dos próprios Estados pelo facto
da religião islâmica fazer parte do
poder político e estatal dos países
muçulmanos e também devido à
dependência dos Estados ocidentais do petróleo árabe, e à possibilidade de investimento neles.
A linguagem das Estatísticas
Um estudo realizado nos finais
de 2011 e publicado pelo US- Pew
Research Center e seu foro Religion & Public Life, sobre o futuro global dos muçulmanos nos
próximos 20 anos, revela que a
população mundial muçulmana
aumentará de 35%, isto é, passará de 1,6 mil milhões para 2,2 mil
milhões. Nos países muçulmanos
com menor formação escolar das
mulheres, cada mulher dá à luz,
em média, 5 filhos, enquanto nos
países muçulmanos com maior
formação escolar, a média por
muçulmana é de 2,3 crianças.
O estudo prevê para a Europa
de 2030 um aumento de, actualmente, 44,1 milhões de muçulmanos para 58,2 milhões; nos
USA de 2,6 milhões para 6,2 milhões. Nas nações europeias, os
muçulmanos sofrerão grande
aumento: na Inglaterra passarão
de 2.869.000 para 5.567.000; na
Bélgica de 638.000 para 1.149.000;
na Alemanha de 4.119.000 para
5.545.000; na França de 4.704.000
para 6.860.000; os Países Baixos
também aumentarão de 914.000
em 2010 para 1.365.000 em 2030.
Mundivisões diferentes
O que está em questão entre a
sociedade ocidental e a sociedade islâmica é o encontro de duas
concepções de Deus-HomemSociedade totalmente diferentes e
secundadas por práticas e estratégias contrárias de auto-afirmação.
A sociedade islâmica caracterizase pela autoafirmação pela defensiva cultural (monocultura) pela
acentuação do grupo e a sociedade ocidental (cristã) afirma-se
pela abertura (interculturalismo),
pela acentuação do indivíduo.
Assim não se proporciona um
diálogo intelectual sério entre
maometanos e o ocidente. A política está interessada numa opinião pública de nivelamento das
religiões; não está interessada em
diferenciações que tornem inquietas as maiorias. Sem discussão, a
sociedade acolhedora vai cedendo às exigências dos guetos muçulmanos, procurando, por outro
lado, fomentar oportunidades da
sua integração indirecta através
de aulas de religião islâmica nas
escolas e através da criação de
cursos da religião maometana
(“Centros islâmicos”) nas universidades. Estes esforços dão-se na
espectativa de fomentar entre os
muçulmanos o espírito científico
e o diálogo interdisciplinar, no
intuito de levar os muçulmanos a
fomentar o espírito académico teológico na sua discussão interna e
a não se limitar ao âmbito moral
(leis) e de costumes.
Na Alemanha há 900 mesquitas
com os seus Imames (orientadores
religiosos) normalmente, enviados pela Turquia em sistema rotativo; estes têm, geralmente, pouca
formação geral, o que se tem revelado como um dos factores fomentadores do espírito de gueto.
Cerca de 70% dos muçulmanos
alemães são sunitas; os alevitas
(mais democráticos) são 12%, os
xiitas 7% e os Ahmadiyya 1,7%.
Dentro da comunidade maometana há também a pequena minoria
dos salafistas – grupo extremamente radical – muitas vezes envolvidos em ataques à sociedade
não islâmica.
Entre maometanos alemães,
levantam-se vozes raras, como
a da deputada Lale Akgün, que
considera a crescente “islamização desastrosa para muitas áreas
da vida em que a religião não tem
lugar”.
De facto, esta civilização que não
conheceu o renascimento não aceita uma sociedade laica a rivalizar
com ela e para quem o ser humano é concebido apenas em parâmetros culturais religiosos (homo
religiosus). A propaganda contra
os judeus tem aumentado substancialmente entre os imigrantes
turcos bem como na etnia árabe e
norte-africana. 90% da imigração
para a Europa, desde os anos 90,
é muçulmana. O fomento político
desta imigração foi considerado
como um erro por Helmut Schmidt, antigo chanceler alemão.
A estratégia muçulmana de
auto-afirmação pelo gueto e a
negação do modernismo em contraposição com o relativismo de
valores ocidentais tem-se revelado vantajosa para a afirmação da
religião muçulmana. Na França
há mais de 1.000 mesquitas. No
sul da França, já há mais mesquitas do que igrejas.
O diálogo intercultural urge e
não pode continuar tabu
O tema da imigração muçulmana tem sido considerado tabu pela
maioria dos intelectuais europeus
e dos políticos. Não se dá uma
discussão séria entre a cultura
árabe e a cultura ocidental devido
aos interesses das elites económicas, políticas e ideológicas. Nunca
é tematizado o caracter da relação
totalitária da religião a nível concepcional, social e humano.
Qualquer análise mais crítica
relativamente ao islão e às atitudes dos imigrados islâmicos é
abafada de início com o carimbo
de islamofobia e de extremismo.
Do islão ou se fala bem ou não se
fala. O ditado do politicamente
correcto da informação conduz
a uma verdadeira desinformação
e as pessoas, mesmo no convívio
privado têm medo de se expressarem sobre o assunto. Devido à
grande quantidade de muçulmanos os políticos estão interessados neles como votantes, com as
consequências que daí derivam.
É verdade que uma discussão
aberta poderia, por um lado, ajudar os imigrantes maometanos a
compreender melhor os parâmetros por que se orienta a sociedade civil ocidental, mas por outro
criaria inquietação na sociedade
acolhedora, correndo o perigo de
se fomentar a xenofobia.
O comportamento exigente das
comunidades islâmicas e a sua
política de gueto na sociedade
europeia aberta, que lhes permite
liberdade total, fomenta muitos
medos nos povos ocidentais.
Na discussão pública alemã
procura-se branquear a praxis
agressiva islâmica actual com
argumentos de tolerância islâmica em eras passadas e sente-se
a necessidade de enxovalhar o
cristianismo de hoje com argumentos desfavoráveis do passado
(cruzadas, inquisição, etc.) na esperança de que o maometanismo
também se mude. Um irracionalismo de último grau ao denegrirse o cristianismo portador no seu
seio dos valore individuais e da
democracia. A hipersensibilidade
muçulmana com as suas reacções
públicas imediatas, atemoriza os
políticos e muitos membros da sociedade contribui assim para uma
hipocrisia nas relações. A opinião
publicada e o politicamente correcto paralisam qualquer opinião
crítica em relação às comunidades islâmicas e ao islão.
O desenvolvimento da economia ocidental criou a necessidade
de mão-de-obra; nesse sentido,
os políticos abriram as portas à
imigração contando apenas com
mão-de-obra mas, depois de algum tempo, depararam com pessoas que traziam com elas, como é
natural, os seus costumes. Quando os políticos se viram confrontados pela afirmação de costumes
e éticas culturais questionadores
da harmonia social meteram a
cabeça na areia, tal como faz a
avestruz, quando se encontra em
perigo. Agora a política (União
Europeia) aceita as crenças sem
contar que com elas vêm as religiões e os conflitos interculturais.
O direito à imigração é um direito inalienável; o que se precisa é
responsabilidade e respeito pela
dignidade humana da parte dos
acolhedores e dos acolhidos.
Dificuldades no Diálogo interreligioso e intercultural
Na Europa, a religião encontra-se enquadrada por um pano
de fundo de tendência liberal
capitalista e socialista; estas são
orientações aparentemente contraditórias, mas complementares
na instrumentalização da pessoa
e do seu modo de sentir e viver.
O que conta é a matéria e o produto que se faz dela. Uma filoso-
fia relativista suporte, justifica o
consequente individualismo consumista e a massificação duma
sociedade, cada vez mais incapaz
de distinguir e analisar.
Neste panorama, o cristianismo, fundamento da civilização
ocidental, encontra-se de retirada. É sentido como demasiado
complicado e exigente para uma
sociedade que se quer consumista e proletária. Vão-se sucedendo
ondas da moda a nível de ideias
e de consumo, numa espiral de
desresponsabilização individual
e institucional.
Assim, na Europa dos anos
70 esteve em moda o induísmo
que ainda acreditava em Deus.
Depois seguiu-se-lhe a onda ateísta com o budismo. O Budismo
(novo budismo), como é percebido e espalhado no Ocidente, vem
mais de encontro às necessidades
de pessoas que se satisfazem com
um budismo de tipo coquetel espiritual à la carte, virado para o
momento do agora e aqui. Procura-se o prático e o útil. Não se
trata de crer mas de experimentar. As pessoas sentem-se bem
num budismo que junta o útil
ao agradável, ensinando técnicas
de vivências pessoais e criando
espaços para se descansar dum
pensar esforçado e duma vida estressada.
Muitos ocidentais aprendem
a aprofundar-se no cristianismo
através do desvio do budismo.
Um cristianismo, por vezes demasiadamente intelectual e fixado no além recebe assim uma
rectificação intuitiva.
Um outro desafio, não só à religião cristã mas à cultura ocidental em geral constitui o aumento
crescente e militante do islão que
com uma doutrina simples (subjugação) e uma ética fácil se vai
espalhando na Europa.
Duas concepções de Homem e
sociedade diferentes têm a oportunidade de se encontrarem na
responsabilidade e respeito pela
dignidade humana. Para isso o
politicamente correcto não deve
adiar uma discussão séria que
ajudaria acolhedores e acolhidos a melhor compreender os
parâmetros por que se orienta
a sociedade árabe e a sociedade
ocidental e ambos trabalharem
no sentido de um progresso comum. ■
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6
Jornal de OLEIROS
2013 MARÇO / ABRIL
Comendador José dos Santos Marques
na homenagem a Joaquim Mateus
“A Casa da Comarca da Sertã foi
palco de um recital de piano em
homenagem a Joaquim Mateus, a
que se dignou assistir o Presidente
da Câmara Municipal de Oleiros ,
Comendador José dos Santos Marques, tendo entregue a medalha do
município à família do homenageado.
Através da referida iniciativa,
ocorrida no dia 21 de Janeiro, foi
prestada uma singela homenagem
a Joaquim Mateus, antigo dirigente
da Casa da Comarca da Sertã, falecido a 4 de Julho de 1995, dando
nota pública do restauro do piano
por si oferecido à Casa da Comarca da Sertã e que foi recentemente
restaurado com o apoio da Câmara
Municipal de Oleiros.
Joaquim Mateus nasceu a 8 de
Janeiro de 1908 na Gaspalha, lo-
calidade da freguesia de Álvaro,
no concelho de Oleiros. Foi sóciofundador e dirigente da Casa da
Comarca da Sertã, tendo desempenhado, nomeadamente, o cargo de
representante de Oleiros no Conselho Regional e de Vice-Presidente
da Direcção.
Joe Coronado, da Orquestra
Gulbenkian, interpretou magistralmente as seguintes peças musicais:
“1èreArabesque”, de Claude Debussy, “Samba de Uma Nota Só”,
de António Carlos Jobim, “Bésame
Mucho”, de Consuelo Velazquez, e
“I’ve Got You Under My Skin”, de
Cole Porter.
No final foi servido um beberete com o apoio da Pastelaria Suiça,
propriedade do sócio Fausto Roxo,
natural da freguesia de Mosteiro,
município de Oleiros.” ■
OLEIROS ANTIGAMENTE
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de Jornais, Unipessoal, Lda
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Iniciamos nesta edição a publicação de fotos de Oleiros solicitando aos nossos Leitores que
nos indiquem por escrito os locais e eventos a que se referem
as fotos. Embora não conte para
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também a época a que se referem.
Devem enviar por escrito para
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A presente acção tem a ajuda
e apoio da nossa Amiga Cristina Matos que cedeu as fotos, a
quem muito agradecemos. ■
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2013 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
7
Os comentadores do litoral
contra o povo do interior
Paulo Campos
Nunca como hoje, os comentadores políticos foram tão contestados
nas redes sociais, nas conversas de
café, no dia-a-dia dos portugueses.
Porquê? Porque o povo se fartou
de uma “narrativa” que falhou em
toda a linha e se veio a comprovar
falsa. Ao contrário do dito, a mentira repetida não se torna verdade!
Mais cedo que tarde torna-se perceptível e ninguém perdoa.
Não foi totalmente inovador:
durante meses, ainda antes das
últimas eleições, a actual maioria
preparou a sua entrada em cena.
Um conjunto de “comentadores”,
apresentados como “altamente especializados” nas matérias económicas, com grande “independência” e “total desapego”, explicava
várias vezes por dia ao povo, nos
jornais, nas rádios e nas televisões,
os “erros” do governo Sócrates, a
responsabilidade pela crise e o espírito “despesista” e “faraónico” de
então.
Falaram, falaram, falaram. Venderam o que quiseram, durante
o tempo que lhes apeteceu, sem
contraditório, nem equilíbrio. Esses
comentadores criaram a doutrina
teórica travestida de grande exercício democrático, que veio servir de
sustentação para a actual política
vigente e que resultou, afinal, na
desgraça que o país está a viver. No
fundo, não é só o Dr. Gaspar que falhou todas as suas previsões, como
foi agora demonstrado pela União
Europeia. Os comentadores de ser-
viço, também eles não acertaram
uma! Óbvio: porque falharam no
diagnóstico, falharam na solução.
O diagnóstico falhado era “simples”: malandros governantes, irresponsável povo. Os políticos e o
governo tinham a culpa, gastavam
de mais e em projectos desnecessários. O povo também. Havia pessoas que iam de férias, outras tinham
casa e outras duas televisões. Foi
uma récita repetida vezes sem conta que se instalou no subconsciente
dos portugueses. No fundo, a crise
internacional não existiu, ou a existir, em nada influenciava o nosso
“mau comportamento” colectivo.
Estado, empresas e pessoas, em
Portugal, um cocktail explosivo de
inconsciência despesista. Parece absurdo que um estado que não deixou depagar um tostão a qualquer
credor não pudesse investir nas necessidades do país, ou, que um cidadão trabalhador e produtivo não
pudesse disfrutar as suas férias, ou
ter a melhoria da qualidade de vida
que um automóvel e uma via condigna lhe permitem.
Desse diagnóstico tiraram os comentadores ao serviço da maioria
a conclusão: cortar. Cortar nas gorduras, cortar na despesa, cortar nas
fundações, cortar no investimento.
Ainda no último debate da campanha, José Sócrates tentou, durante
mais de uma hora, explicar o óbvio. A coligação preparava-se para
cortar na Saúde, na Educação e na
Solidariedade Social. Qual quê, replicava Passos Coelho. Ele ia cortar
nas gorduras, posteriormente “fundações” e “PPP”, sem aumentar
impostos e sem cortar as funções
essenciais do Estado. A quase dois
anos de distância é incrível. José
Sócrates falava a verdade, a maioria
ia dissecar o país e Passos Coelho
mentiu em todas as intervenções
que fez.
Na verdade, o discurso oficial
da maioria, sustentado por Marques Mendes, Medina Carreira,
José Gomes Ferreira e tantos, tantos
outros (especialmente os que agora
integram os altos gabinetes da esfera pública), veio a comprovar-se
uma desgraça para Portugal, uma
mentira sem paralelo na história da
democracia e um truque muito feio
para açambarcar o “pote” e dele fazer o que der jeito sem prestar contas a quem quer que seja.
Como nenhuma previsão,deste
governo, se revelou correta, seja
macroeconómica, do desemprego,
do PIB, da execução orçamental,
da dívida pública, da receita ou da
despesa, só há uma forma de aceitar as previsões da actual governação: entender o contrário do que
diariamente nos dizem.
E porquê? Porque é que nada
vindo dos Drs. Coelho, Relvas ou
Gaspar bate certo? Porque, ao contrário do que nos tentaram dizer,
as políticas de promoção do desenvolvimento, da igualdade de
oportunidades e da competitividade nomeadamente através do investimento, da inovação e da qualificação das pessoas, preconizadas
por José Sócrates, fazem hoje ainda
mais sentido e são necessárias para
criar emprego e dar esperança aos
portugueses.
Chegámos ao ponto essencial:
durante 6 anospromoveram-se políticas e projectos com base no mais
elementar princípio de solidariedade e coesão territorial. Porque é que
durante décadas e décadas a fio os
Idanha-a-Nova recebeu visita
do Batalhão de Caçadores 3866
O “3866” proveniente de Furancungo há 39 anos, celebrou o aniversário no “Espanhol” - excelente
por sinal e o dia foi empolgante.
Pode ver mais em www.jornaldeoleiros.com , mas, não podemos
deixar de saudar o Sr. Padre Adelio Américo Louenço que nos ofereceu a Edição Especial editada a
propósito das Suas Bodas de Ouro
Sacerdotais (uma honra que destacamos e, evidentemente a foto
de Família e o indispensável bolo.
Para o ano, em 8 de março de 2014
(curiosamente dia da Mulher), será
o Morais a receber-nos em Murça.
Até lá. ■
cidadãos do interior ajudaram a
pagar infra-estruturas no litoral e
quando se resolve compensar essa
desigualdade, aqui-del-rei que o estado é despesista?
Porque é que ciclicamente se analisa e debate a desertificação do interior e a sua falta de competitividade e na altura de atacar o problema
de frente, “que desgraça porque os
projectos não são necessários”?
Porque é que todos sabemos, inclusive os autarcas de todas as proveniências partidárias (que aliás,
justamente exigiram condições de
igualdade para as suas gentes) que
a forma de fomentar o progresso e
o pleno emprego é através do investimento na economia, sobretudo
das regiões desprotegidas e abandonadas pelos interesses eleitoralistas e quando as medidas foram
tomadas, toca a adjectivar o esforço
nacionalde faraónico para cima?
Nos últimos anos o país estava a
retribuir o pesado e decano esforço
que a população do interior fez no
desenvolvimento do litoral. Investimos em estradas, em fibra óptica, no acesso à Banda Larga e aos
conteúdos televisivos. Investimos
nos recursos naturais, na produção
de energias renováveis, nas escolas,
nas universidades e nos seus pólos,
na ciência e no conhecimento. Na
rede nacional de saúde e no maior
apoio social alguma vez existente
na história do nosso país. Nos governos de José Sócrates, dizemos
com orgulho, levámos à letra a
máxima: ninguém ficou para trás.
Nem pela sua idade, origem social
ou étnica, pela sua ideia política, ou
capacidade intelectual! Não é um
“destino fatal” nascer, crescer e viver no Interior, não pode ser!
Foi essa a nossa energia, o coração da política que desenvolvemos
por Portugal.
E foi tudo isso que foi falseado pela ambição desmedida pelo
poder, servida pela maioria dos
comentadores
ideologicamente
assalariados. Cada um que falou,
não estava simplesmente a dizer
mal dos governos de José Sócrates,
não estava a “analisar” livremente
a necessidade e sobretudo o verdadeiro impacto económico dos projectos. Não. Estava, antes de mais, a
prestar um serviço. Um serviço que
demonizava os reais valores em
causa, do investimento à receita,
da criação de postos de trabalho directos e indirectos à promoção das
economias locais.
O que Marques Mendes, Medina
Carreira, José Gomes Ferreira e outros fizeram durante tempo demais
e sem contraditório foi subjugar
uma população inteira ao pensamento único, que não há vida para
além da austeridade e que o investimento no interior foi um acto
“despesista” e “faraónico”. Falharam. Falharam. Falharam. E quem
saiu prejudicado? Mais uma vez, a
população do interior de Portugal
que se vê de novo abandonada à
sua sorte.
Para cúmulo dos cúmulos, ironia
das ironias, a actual governação lá
apresentou com pompa e circunstância o seu primeiro investimento.
A primeira PPP deste tipo de governo. Mil milhões de euros, um porto,
no litoral claro, junto a Lisboa! Ainda dizem que não se preocupam
com eleições. Pois, pois. Enquanto
no interior houver menos votos, o
investimento aí realizado será sempre “despesismo”… ■
Jornal de Oleiros em Idanha-a-Nova
Dra. Carmo
Barroso é a nossa
Correspondente
Licenciada em Sociologia, exerce funções no Gabinete de
Inserção Profissional
da Câmara Municipal
de Idanha-a-Nova e
integra a Coissão de
Protecção de crianças e jovens em risco
(Coordenadora
de
Casos), alargando as
suas intervenções nas
àreas de competência,
mesmo além fronteiras dada a proximidade com Espanha por exemplo.
Carmo Barroso que se junta à Equipa e muito nos vem ajudar,
proporciona com esforço pessoal a nossa maior proximidade a todas as Comunidades do Distrito, compreensivelmente, neste caso,
centrado em Idanha-a-Nova e, isso é motivo de grande alegria
para nós.
Bom trabalho Carmo Barroso.
Director
8
Jornal de OLEIROS
2013 MARÇO / ABRIL
PROENÇA-A-NOVA
Espaço Ribeiro Farinha reúne 75 peças
Núcleo museológico inaugurado
na Sobreira Formosa
Magda Ribeiro
No local onde aprendeu a ler e
escrever, nasceu o “ponto de retorno” de Ribeiro Farinha às suas
origens. Assim definiu o pintor
o espaço inaugurado sábado na
Sobreira Formosa, no Centro
de Artes e Ofícios. Recordando
os tempos em que o edifício era
ainda escola primária, Ribeiro
Farinha evocou o percurso que o
levou até Lisboa e “a dureza da
voragem da cidade”, explicações
de vida que ajudam a desvendar
um pouco da sua carreira e das
várias fases criativas espelhadas
no novo núcleo museológico.
Com um total de 75 peças, entre pintura, escultura e cerâmica,
o Espaço Ribeiro Farinha resulta
do encontro de vontades entre
o autor, que cedeu as obras, e o
Município, interessado em criar
um núcleo dedicado “a um dos
melhores artistas do concelho”,
como definiu o presidente da
Câmara, João Paulo Catarino. Perante uma sala cheia de público,
o autarca considerou a “presença
de todos um sinal claro da importância deste projeto”.
Lembrando que as obras expostas “não serão as mais significativas” do seu trajeto, mas “as que
foi possível reunir”, José Ribeiro
Farinha formulou o desejo de
ter ainda força para trabalhar “e
quem sabe mudar algumas das
peças”. A mais antiga da exposição é de 1966, ano de lançamento
da carreira do pintor, com a escolha de dois trabalhos para o Salão
de Outono do Estoril.
A par da abertura do espaço, foi
lançado o catálogo que reconstitui
cronologicamente a atividade do
pintor, sintetizando as várias fases
e técnicas que foi experimentando
ao longo do tempo. Poetas e amigos contribuíram com poemas e
testemunhos que enriquecem a
publicação, tendo Ribeiro Farinha
deixado “o reconhecimento sincero” por essa mais-valia.
A cerimónia incluiu um apon-
tamento musical de piano e canto lírico, protagonizado por uma
jovem natural da Sobreira Formosa, Sofia Ventura, acompanhada
de dois colegas. Para marcações e
mais informações sobre o espaço,
o Posto de Turismo é o ponto de
apoio disponível para esclarecer
os interessados. ■
Aprovada venda da Proençatur
Canil alargado a cinco novos concelhos
Alienação do Hotel
das Amoras decorre
do novo quadro legal
das empresas municipais
Rentabilização das
infraestruturas eredução
dos custos para as
autarquias são as principais
vantagens
A Assembleia Municipal aprovou hoje
a alienação da empresa municipal Proençatur, estando fixado em 700 mil euros o
valor base de licitação. A decisão decorre
da imposição prevista no novo regime
jurídico da atividade empresarial local,
que prevê a extinção de empresas que
apresentem prejuízo em três anos consecutivos. Na mesma sessão, foi aprovado o
relatório de liquidação e contas finais da
PEPA EM, cuja extinção tinha sido aprovada na sessão de dezembro. A exploração e dinamização do parque serão feitas
diretamente pelo Município.
Para estudar os diferentes cenários
possíveis face ao novo quadro legal, foi
solicitado um estudo a umaempresa de
consultoria, cujo relatório aponta a alienação como solução mais favorável. Está
em causa não apenas o imóvel do Hotel
das Amoras como a empresa no seu todo,
ficando salvaguardados os direitos de antiguidade dos funcionários. Entre as obrigações contratuais de compra, prevê-se a
manutenção da classificação do hotel pelo
período mínimo de cinco anos.
A proposta de alienação foi aprovada
por unanimidade, com uma declaração de
voto do deputado Jorge Tomé (PSD), que
lamentou o desfecho do processo numa
fase em que as condições de mercado e
a lei não deixam margem para outras soluções. Na sessão foi também aprovada
por unanimidade a aceitação da doação
da parte do capital social da Santa Casa
da Misericórdia de Proença-a-Nova, a
favor do Município. Recordando que foi
também por doação que a Misericórdia
entrou na Proençatur, as duas bancadas
foram unânimes em considerar que “com
essa doação se faz justiça”.
Referindo-se à atual conjuntura e à dificuldade de rentabilizar a unidade, o presidente da Câmara, João Paulo Catarino,
lamentou o carácter impositivo da lei, que
não permite atender a fatores como a capacidade financeira da autarquia e o interesse estratégico que o turismo tem para
o concelho. Em 2011 foi feita uma hasta
pública para alienação do imóvel, mas a
operação acabou por não se concretizar
por falta de interesse por parte de compradores. ■
Cinco novos municípios vão passar a
estar associados ao Centro Intermunicipal
de Recolha de Animais Errantes (CIRAE),
localizado em Proença-a-Nova. O protocolo de colaboração foi assinado esta manhã
nos Paços do Concelho de Proença e alarga
para dez os concelhos que beneficiam dos
serviços prestados pela infraestrutura, gerida pela Pinhal Maior, estando ainda em
análise a adesão de mais um município.
João Paulo Catarino, presidente da Câmara de Proença-a-Nova e na qualidade
de presidente da Pinhal Maior, explica
que o alargamento permite “rentabilizar
uma estrutura que estava subaproveitada”, numa altura em que vários concelhos
da região se viam obrigados a resolver os
problemas de saúde pública decorrentes
da existência de animais vadios.
Havendo uma maior partilha dos custos de manutenção do CIRAE, acaba por
baixar o custo do serviço. Cada Município
passa a comparticipar a exploração com
quatro mil euros por ano. “Com a adesão
de novos parceiros, estão criadas as condições para fazer novos investimentos”, explica João Paulo Catarino. A possibilidade
de introduzir novos serviços, como seja
a disponibilização de um hotel de cães, é
um dos cenários em estudo. “O poder local dá, uma vez mais, o exemplo de como
se podem rentabilizar os recursos disponíveis, trabalhando em equipa.”
Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Idanha-a-Nova, Pedrógão Grande
e Penamacor são os cinco novos parceiros
do CIRAE, que servia até agora, além de
Proença-a-Nova, os concelhos de Mação,
Oleiros, Sertã e Vila Velha de Ródão. O
protocolo assinado vigora por cinco anos,
podendo vir a ser renovado após aquele
período. ■
2013 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
9
cASTELO BRANCO
Desemprego leva cada vez mais jovens a sair do país
Falta de oportunidades obrigou
a optar pela emigração
José Lagiosa
A crise atinge cada vez mais
os jovens portugueses. A taxa
de desemprego jovem não para
de aumentar pelo que obriga
os jovens a procurar melhores
condições de vida no exterior,
nomeadamente os que têm melhores habilitações e formação.
Uma dessas jovens é Joana Germano que se viu obrigada a
emigrar para a Bélgica, porque
pura e simplesmente não conseguiu mais do que encontrar
alguns trabalhos precários no
país que a viu nascer e crescer.
Apesar de ter nascido em Lisboa,
a jovem veio viver para Castelo
Branco muito cedo e por cá fez
toda a escolaridade, incluindo
a formação superior, no Instituto Politécnico de Castelo Branco
(IPCB), onde em 2010, concluiu a
sua licenciatura em Enfermagem.
Depois de alguns estágios, dois
dos quais em Espanha, Joana Germano regressou a Portugal. Dos
estágios e especialmente da sua
passagem por Espanha, a jovem
enfermeira diz que foram experiências muito interessantes e enriquecedoras.
Contudo, uma vez em Portugal, a jovem começou à procura
de emprego. E foi nesta altura que os sonhos começaram a
chocar com a realidade. “Procurei emprego em Castelo Bran-
co e depois em Lisboa e nada. Encontrei poucas ofertas de emprego e todas pediam dois anos de
experiência, que eu não tinha”.
Contudo, Joana Germano não
deixou de continuar a procurar
emprego na sua área de formação,
a enfermagem, e sem oportunidades por Portugal, decidiu virar-se
para o estrangeiro. Eis que surge
então a oportunidade de emigrar
para a Bélgica. Durante o período
em que esteve à espera de rumar
para Bruxelas, a jovem trabalhou
ainda num Centro de Dia na zona
de Castelo Branco.
Em Agosto de 2011, vai então
para Bruxelas, onde se encontra
atualmente a trabalhar num hospital. “Até agora o balanço é positivo. Não estou arrependida, pelo
contrário. Só tenho pena de não ter
ido mais cedo”, diz Joana Germano. A adaptação a Bruxelas correu
bem. No entanto, Joana Germano
diz que tudo se tornou mais fácil,
porque acabou por ir com uma
colega de Castelo Branco que por
uma feliz coincidência foi trabalhar
precisamente para o mesmo hospital onde se encontra Joana Germano. “Foi muito bom”, diz. Tenciono
voltar um dia. Hoje com 25 anos,
Joana Germano diz que se tivesse
tido uma oportunidade em Portugal, não teria saído. Isto apesar de
gostar muito de estar em Bruxelas,
mas o seu pensamento está sempre no regresso a Portugal. “Tenciono um dia voltar a Portugal,
mas não nestas condições”, diz,
acrescentando que foi a “falta de
oportunidades que a obrigou optar
pela emigração. “Esse foi o motivo
maior”. Em relação a Portugal, Joana Germano diz que vê o País cada
vez pior. “A situação do País é ridícula e degradante. Os cuidados de
saúde estão a entrar numa pobreza
chocante”, refere a jovem.
Para já, Joana Germano tenciona continuar a trabalhar mais
algum tempo no hospital em
Bruxelas e “com calma, tentar
outras coisas, nomeadamente ir
para a Suíça, onde as condições
de trabalho são mais favoráveis”. Contudo, Joana Germano diz
que o futuro vai depender também da situação que se vive por
toda a Europa. Para os jovens
que tencionam emigrar, Joana Germano deixa algumas dicas que podem ser importantes. Em primeiro lugar certifiquei-me,
junto do Centro de Emprego, que a
Empresa de recrutamento era fiável.
No entanto, deixa um conselho
para que experimentem, Joana
Germano diz mesmo que quando soube que ia para a Bélgica,
passou um mau bocado. Porém,
realisticamente diz que “temos
que optar. Ou estamos na nossa
terra e não temos trabalho, ou vamos para fora e temos trabalho”.
Quando disse que ia sair do País,
a minha mãe ficou muito preocupada. Já o meu pai apoiou desde
o início”, refere Joana Germano.
Aos 25 anos, esta jovem enfermeira não conseguiu arranjar em
Portugal mais do que meia dúzia
de trabalhos precários ou parttime. Passou pelo Call Center
da Segurança Social de Castelo
Branco, trabalhou no Boom Festival de Idanha-a-Nova, andou
por estágios, trabalhou num caférestaurante e num Centro de Dia.
Durante todo este tempo em que
continuou sempre à procura de
trabalho na sua área de formação,
aproveitou também para aprofundar os seus conhecimentos em línguas estrangeiras, nomeadamente
francês e inglês. ■
Centro Coordenador de Transportes
avança em bom ritmo
Prosseguem, em bom ritmo, as
obras de construção do Centro Coordenador de Transportes, junto à
estação de caminho-de-ferro, nos
antigos terrenos da Prazol, hoje
propriedade do município albicastrense.
As movimentações de terras
estão praticamente terminadas,
foram já demolidas duas casas
situadas na área de intervenção,
faltando o edifício da Casa das Bifanas, que aguarda que o espaço
destinado à casa de restauração
que o vai substituir, esteja pronta.
Simultaneamente já começou a ser
demolida a ponte da Carapalha
que dava acesso ao bairro com o
mesmo nome, sendo que vai nascer uma nova travessia, com caraterísticas mais adequadas às normas arquitetónicas atuais e novas
condições quer para veículos, quer
para peões. Até lá existem alternativas que estão devidamente sinalizadas para que os transtornos
de automobilistas e transeuntes
sejam o menos possível.
A duração das obras está prevista para cerca de seis meses, sendo
espetável que possam dilatar-se
um pouco mais, face às condições
climatéricas adversas que se têm
feito sentir. ■
10
Jornal de OLEIROS
2013 MARÇO / ABRIL
Vila de Rei
é o concelho
com menos
divórcios por 100
casamentos
Uma peça jornalística intitulada “O destino já não passa pelo
casamento e não se rompe com
o divórcio”, presente na Revista
2, da edição de 17 de Fevereiro
do Jornal Público, destaca Vila
de Rei como o Concelho português com menos divórcios por
100 casamentos.
Segundo dados do Instituto
Nacional de Estatística (INE),
durante o ano de 2011 foram
registados, em Vila de Rei, 15
casamentos e 1 divórcio.
A reportagem sublinha ainda
os apoios dados pela Autarquia
em prol da fixação das pessoas
em Vila de Rei, que actualmente
estão fixados em 750€ de apoio
ao casamento e em 750€ pelo
primeiro filho, 1.000 pelo segundo e 1.250 pelo terceiro e seguintes filhos.
Entrevistado para esta peça
jornalística, o vereador Paulo
César salienta que “os dados
transmitidos nesta reportagem
mostram uma nova vertente das
vantagens dos apoios à fixação
da população atribuídos pela
Câmara Municipal. A Autarquia
olha para o casamento como a
base fundamental da família e
como parte importante no processo de fixação destas no nosso
Concelho.
Em 2011 mudámos o paradigma dos incentivos à fixação da
população. O apoio à natalidade é de 750 euros pelo primeiro filho, 1.000 pelo segundo e
1.250 pelo terceiro e seguintes,
incluindo para casais que optem
pela adopção ou que estejam em
união de facto. ■
Vila de Rei
com nova viatura
para os serviços
de Água
A Autarquia de Vila de Rei tem
ao seu dispor, desde o dia 26 de
Fevereiro, um novo veículo que
será utilizado para os serviços de
piquete de água, nomeadamente
na resolução de problemas relacionados com possíveis roturas
nas redes de água e na construção
de novos ramais de abastecimento de água e de saneamento.
Este serviço estava, até ao momento, a ser realizado pelo antigo
veículo da presidência, que não
se encontrava já em condições
de assegurar a tarefa por todo o
Concelho.
Para Ricardo Aires, Vice-Presidente da Câmara Municipal,
“através da aquisição desta nova
viatura, a Autarquia de Vila de
Rei vai certamente prestar um
melhor serviço a todos os munícipes, garantindo uma mais rápida
e eficiente resolução de anomalias
nas redes de água e de saneamento.” ■
O Pinhal na FITUR
A FITUR é uma das maiores feiras
de turismo da Europa e realizou-se
em Madrid, este ano no final de
Janeiro e princípios de Março. Durante cinco dias - os dois últimos
reservados a visitantes - o tema turismo é abordado com enorme profissionalismo numa demonstração
do quanto representa este sector de
actividade tão fundamental para
tantas economias. Por tudo isto
deslocámo-nos à FITUR que decorre numa área cerca de três vezes a
nossa FIL e a que acorrem centenas
de milhar de visitantes e milhares
de profissionais desta verdadeira
“indústria de serviços”.
Para além das inúmeras possibilidades que se oferecem no plano
dos negócios a FITUR é também
uma excelente oportunidade para
aprender.
Pela primeira vez e numa iniciativa da Pinhal Maior foi possível a
cinco municípios (Mação, Oleiros,
Proença a Nova Sertã e Vila de
Rei) estarem agregados num único
stand dando a conhecer o seu território e respectivas potencialidades
em diversos domínios nomeadamente paisagem, cultura, gastronomia artesanato etc.
Há fartos motivos de felicitação
por esta iniciativa que revela, para
além do mais uma tomada de consciência de que só há condições para
o Pinhal Sul se assumir como ver-
dadeiro pólo turístico se for possível consertar as politicas turísticas
dos vários concelhos, trabalhando
em conjunto, acordando projectos
e agindo de forma profissional sem
o que não será possível ir longe.
Este é um desígnio que gostaríamos de ver implementado e para o
qual, todos, autarquias e privados
se devem empenhar.
Sobre esta presença da Pinhal
Maior na FITUR gostaríamos de tecer algumas considerações no sentido de contribuir para a necessária
discussão sobre os seus resultados
práticos.
Abstraindo o facto de a localização não ser a melhor (ao fundo e a
um canto), de estar distante do pavilhão de Portugal, de que praticamente não recebeu qualquer apoio,
os cinco municípios ocuparam um
espaço que dignificou a região oferecendo profusa informação integrada numa decoração apelativa.
Posto isto e salvaguardando o
facto de ser “a primeira vez” e não
haver experiência de participação
em eventos de carácter internacional verificaram-se alguns lapsos
e lacunas bem como uma atitude
menos conseguida na função receptivo que deve ser mais proactiva. Salientamos por exemplo que
mesmo sendo a Pinhal Maior a
promotora, esta denominação não
é a mais conveniente sendo certo
que a sua existência não ultrapassa muito para além da sua área de
intervenção, acrescendo que sendo
os potenciais interessados estrangeiros e neste caso espanhóis a sua
origem se perde tanto mais que a
palavra Portugal não lhe está associada. Relativamente à documentação disponível seria interessante
que fosse maioritariamente abrangente dando mais força à região
como um todo.
Balanço final positivo a obrigar
a pensar desde já nas futuras participações em eventos desta natureza. ■
Eduardo Lyon de Castro * Colaborador
Especializado do Jornal de Oleiros
Férias Desportivas
da Páscoa em Vila de Rei
O Município de Vila de Rei
volta a organizar, uma vez
mais, as Férias Desportivas da
Páscoa, iniciativa destinada a
jovens dos 6 aos 14 anos, que
terá lugar entre os dias 18 de
Março e 1 de Abril.
A actividade, que pretende
ocupar os tempos livres dos
jovens durante o período das
férias escolares da Páscoa, vai
decorrer no espaço da Escola
Fixa de Trânsito e inclui diversas acções de cariz educativo,
desportivo e cultural.
Os interessados poderão realizar a sua inscrição, a partir
do dia 4 de Março, na Recepção ou no Gabinete de Educação da Câmara Municipal de
Vila de Rei, ou ainda através
dos números 274 890 010 e 912
514 347. ■
2013 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
Exposição de Desenho
e Pintura de Augusto
de Matos
Esteve patente no Hotel de Santa Margarida uma Exposição de
Augusto de Matos (nosso Colaborador) que se revestiu de enorme
sucesso. Com efeito, Augusto de
Matos exprime nestas disciplinas
toda a Sua sensibilidade e amor
à terra.
Nascido em 3 de Dezembro
de 1931, Augusto de Matos após
a aposentação dos CTT em 1992
quando chefiava o Gabinete de
Desenho no momento da criação
da Portugal Telecom, passa então
a estar disponível para abraçar a
tempo inteiro as artes em que brilha. Isabel Bessa Garcia, Mestre
em História de Arte e Especialista em Assuntos Culturais Autárquicos, editou a propósito desta
Exposição um guia orientativo e
interpretativo de grande valor e
mérito que muito nos ajuda a conhecer melhor Augusto de Matos
a quem saudamos gratificados
por o ter entre os nossos Amigos
e Colaboradores. ■
VI Passeio da Pinhal Total
foi enorme êxito
Como habitualmente, as organizações da Pinhal Total
ultrapassam largamente o Concelho. Foi o caso deste VI
Passeio que envolveu mais de 300 participantes. Incrível,
mas já habitual. Pode ver reportagem desenvolvida em
www.jornaldeoleiros.com ■
11
vai acontecer em oleiros
É na verdade um acontecimento de grande importância. O
Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade e a Câmara Municipal de Oleiros, de ano para ano vão subindo a fasquia
que se coloca seguramente já ao nível da grande exigência e qualidade.
Por isso, esta nota ainda distanciada no tempo, é importante para estimular as importantes equipas envolvidas, especialmente a Directora do Agrupamento, a Amiga Isabel Gonçalves
a quem saudamos efusivamente. Força e contem com o Vosso
Jornal no papel e no online. ■
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12
Jornal de OLEIROS
2013 MARÇO / ABRIL
Agricultura competitiva?
Que fantasia…
Dr. António Moreira
É hoje público e notório que
a nossa Agricultura e as nossas
Pescas, a seguir à nossa entrada
na então C.E.E. (Comunidade
Económica Europeia), no dia
01.01.1986, foram sacrificadas
até ao estado miserável em que
hoje se encontram.
No entanto vários responsáveis políticos e associativos têm
vindo a fazer crer à opinião pública, por razões que não conseguimos vislumbrar, que a nossa
Agricultura e as nossas Pescas, se
encontram em boa forma, isto é,
que têm vindo a conquistar um
bom nível de competitividade.
É certo que em relação a alguns produtos, como o vinho,
o azeite, o leite, o tomate e os
produtos hortofrutícolas, estão
no bom caminho, sendo o nosso
Pais já excedentário em relação
a alguns deles, alcançando até,
pontualmente, um bom nível de
exportações, o que é positivo e
de aplaudir.
Todavia o saldo líquido, é ainda, escandalosamente deficitário, como está à vista de todos.
Com efeito importamos cerca
de 80% dos produtos alimentares de que carecemos, sendo
certo que, em relação ao trigo
para fazer pão, base da nossa alimentação, importamos mais de
90% deste cereal, e mais de 60%
do pescado, apesar de termos a
maior Zona Económica Exclusiva (Z.E.E.), isto é, um imenso
mar.
Chegamos ao cúmulo de importar peixe a empresas estrangeiras que o vêm capturar nas
nossas águas.
Como também é do domínio
público, mais de metade da nossa frota pesqueira foi abatida a
seguir à nossa estrada na C.E.E.,
tendo os proprietários de barcos
de pesca recebido dinheiro para
os abater, quando toda a lógica
impunha que os subsídios recebidos se destinassem ao seu
aperfeiçoamento, modernização
e dinamização, e não para a sua
destruição.
Chegamos à actual situação
em que mais de 220.000 agricultores recebem dinheiro para
abandonar as suas terras numa
área total que ultrapassa os
2.000.000 (dois milhões) de hectares, deixando-os sem cultivo e
sem exploração, o que tem como
consequência imediata, para
além da desertificação e despovoamento de todo o interior, a
proliferação de incêndios florestais, que consomem anualmente
mais de 100.000 hectares em cuja
prevenção e combate se gastam
mais de 100.000.000,00 (cem milhões) de euros anualmente.
Em muitas terras abandonadas, outrora cheias de cereais,
produtos hortofrutícolas, milho,
feijão, batatas, etc. etc, hoje só se
vêm lagartos, borboletas e passarinhos…
É certo que a nossa Agricultura e as nossas Pescas estavam
muito atrasadas em relação às
dos nossos parceiros a quem
nos vínhamos juntar, e a vida
dos nossos agricultores, porque
baseada em métodos rudimentares e artesanais era extremamente dura e de reduzida rentabilidade.
Todavia, impunha o bom senso
e uma gestão racional e adequada dos nossos recursos naturais,
que tivessem sido dotados com
formação profissional adequada
todos quantos aí trabalhavam, e
com mais a moderna tecnologia
e equipamentos adequados e eficazes e nunca “matar” estes sectores produtivos, isto é, a base da
nossa economia.
Paralelamente ocorreu ainda
outro crime gravíssimo contra a
nossa Sociedade.
É que em vez de se promover
a chamada transição geracional,
isto é, transmitir os conhecimentos, nestas actividades, dos Pais
para filhos e para os netos, pura
e simplesmente se promoveu o
seu corte e afastamento destas
gerações, levando-as a abandonar os campos e os mares em
busca de melhor sorte para o
seu futuro e das suas famílias,
nas grandes cidades e em todo
o litoral.
Nesta fase do campeonato
temos cerca de 1.000.000 (um
milhão) de desempregados que
podiam e deviam, aqueles que
o desejassem, trabalhar neste
sector primário da economia,
isto é, a agricultura e as pescas,
mas que, nestas circunstâncias,
as mais que legítimas aspirações
da sua maioria consistem na
busca desesperada de um posto
de trabalho no estrangeiro com
intenções de não mais voltarem
à sua terra, como se estivessem
nas décadas de 1960/70. ■
P.S. António Martins Moreira escreve ao abrigo da antiga
Ortografia.
Pobre interior
Fernando Serrasqueiro
Deputado
Um país é uma comunidade
alicerçada numa história que
cimentou uma cultura num espaço que se foi consolidando ao
longo de anos.
Qualquer país só terá futuro
se conseguir uma coesão territorial e que proporcione um
bem-estar àqueles que formam
a nação.
Um país distribui-se por um
espaço com potencialidades
naturais diferenciadas e com
possibilidades de valorização
distintas. Compete a cada governo promover formas de
reequilibrar o país de maneira
a não se constituírem bolsas
deprimidas que criem insatisfações e conflitos que ponham em
causa a harmonia e orgulho de
ser cidadãos de cada nação.
O que se passa em Portugal
é algo inusitado e excecional,
que a pretexto da consolidação
das finanças públicas faz cessar toda discriminação positiva
que as zonas mais deprimidas
eram justamente beneficiadas.
Eram apoios diferentes a níveis,
social, económico, organizacional, investimento, e que visavam a aproximação às áreas
com maior desenvolvimento e
sobretudo fixar população nas
zonas com menores possibilidades.
O atual governo continua a
exigir apoios comunitários, incluindo fundo de coesão, com
argumento que Portugal um
país pobre e por isso é mais carente.
Se concordamos com esta
ideia de exigência relativa à
União Europeia, discordamos
que os mesmos se comportem
diferentemente face às zonas
deprimidas do país.
Exigimos mais por sermos
menos desenvolvidos, mas distribuímos esses recursos sem
atender ao mesmo princípio no
interior do país.
O nosso distrito teve nos últimos anos uma atenção especial
por parte dos governos de António Guterres e José Sócrates.
Se olharmos com atenção, para
o que foi feito, percebemos que
foram opções estratégicas que
vão marcar o futuro da nossa
região.
Refiro-me só a título de exemplo à A23, Faculdade de Medicina, Escolas do politécnica de
Castelo Branco, gás natural,
regadio da Cova da beira, energias renováveis, eletrificação da
ferrovia, melhoria dos princi-
pais eixos rodoviários, atribuição de apoios à fixação de grandes empresas, fixação de toda a
logística da ASAE em Castelo
Branco, estímulos a criação call
centers, etc.
Tudo isto é marcante e teve
os seus efeitos em todos os concelhos e veja que o desemprego fica muito abaixo da média
nacional sendo o caso mais
relevante o de Vila Velha de
Ródão.
Foram também criadas condições para que outros investimentos se fizessem e só não se
concretizaram porque o atual
governo os impediu.
Posso referir, entre outros investimentos, pelo impacto que
iriam ter, a barragem do Alvito,
não só na fase de construção
com mais de mil trabalhadores,
mas também posteriormente
pelas valências que proporcionaria.
Suspendeu-se o plano das renováveis, que potenciavam receitas muito importantes para
os concelhos que usufruem das
suas condições.
Veja-se o caso de Oleiros e o
que significa para o orçamento
da autarquia, e atenda-se à forma como o governo não soube
criar condições que evitasse a
deslocalização da fábrica de bonecos de peluche.
A maioria das freguesias
que acabaram localizam-se nas
Carne de qualidade
Praça do Município . Oleiros
Telefone 962567362
zonas mais pobres ficando as
populações mais afastadas dos
seus serviços
Hoje, há um olhar diferente
sobre o interior e a tese governamental do modelo utilizadorpagador coloca-nos sempre em
inferioridade. Se houver poucos utilizadores, por termos
menos população, teremos menos pagadores e por isso, não
podemos ter acessos aquilo que
outra zonas mais desenvolvidas podem usufruir.
Um país tem de ser solidário, tem de promover um desenvolvimento harmonioso e
não pode aceitar que alguns se
considerem filhos e outros enteados.
A aposta na floresta (pasta,
papel, mobiliário, paletes, bioenergia), no agroalimentar, no
turismo, nos lanifícios e confeção, nas energias renováveis, na
indústria ligada à terceira idade, etc., iria favorecer as nossas
terras, mas sobretudo ajudaria
o país a desenvolver-se e a reequilibrar a nossa balança de
pagamentos.
Compreendo mal que tudo
o que seja suspenso, adiado,
transferido, tenha como principal destinatário o interior do
país.
Atravessamos um período
negro, mas espero que sejam
nuvens passageiras. A não ser
assim não teremos país.■
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2013 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
13
De “Olho” na Educação
Mulheres, Mães, Educadoras
Manuela Marques
E porque em março se fala muito da Mulher (uma vez que no dia
oito se comemora o Dia Internacional da Mulher e também porque a
vinte e um se inicia a Primavera,
altura em que segundo a mitologia
grega, Perséfone volta ao convívio
da mãe Deméter, após ter passado os meses longos de Outono e
Inverno com seu marido, o frio e
violento Hades, o que deixa a mãe
feliz, começando a mostrar essa
felicidade cobrindo os campos de
verde e fazendo florir a natureza!)
este título é sugestivo para abordar uma questão muito importante social e educacional. Não se
pretende aqui abordar a questão
da importância da mulher na sociedade de hoje, ou talvez se aflore
ligeiramente, mas essencialmente
o papel das mulheres na educação
dos filhos.
Ao longo dos séculos este papel
foi crucial, diria eu que foi, pois
parece já não ser…E mais, crucial,
também o afirmo, pois que a sua
importância na construção do Ser
é deveras capital. Se avaliarmos o
papel da mãe como a primeira educadora, mesmo desde as primeiras
sociedades humanas, em que as
fêmeas se ocupavam dos filhos a
tempo inteiro, ensinando, educando, até à idade da passagem para
a fase adulta, na qual intervinham,
então, os pais com elaborados rituais de passagem (rapazinhos apresentavam a sua força e coragem
com atos, por vezes extremos).
Estes rituais, ainda hoje perduram
em algumas sociedades, ou pelo
menos vestígios deles.
Porém, centremos a nossa atenção nas mamãs e na forma como
ao longo da história humana, este
vocábulo tão pequenino (mãe)
quer exatamente referir tanto!
Na antiguidade, a mãe, (prefiro
chamar-lhe assim, por tudo o que
o vocábulo encerra e não progenitora como efetivamente também o
é) como já referi, tinha um papel
bem diferente daquele que tem
agora. As mães ocupavam-se dos
filhos, da casa e das coisas próprias do sexo feminino, conceito
minimalista quando toca a pronunciarmo-nos a estas condições
femininas. Nos dias que correm,
tudo anda às avessas, julgo eu,
por vezes… As mães parecem
ser mais progenitoras que mães,
contudo existe uma razão muito válida para esta tendência se
acentuar cada vez mais. A vida
das mulheres mudou, quando
um grupo delas considerou que
deviam e bem lutar pelos seus
direitos fundamentais, perante os
seus semelhantes, os homens, que
exageradamente as manipularam
e subjugaram a seu belo prazer du-
rante muitos séculos. Ora, a partir
do momento em que as mulheres
encontram um motivo para lutar,
dedicam-se de tal forma a essa luta
que conseguem igualar esses direitos, ou quase, quase, e por isso hoje
vivemos na sociedade tal como ela
é, com papéis femininos e masculinos não muito bem delineados,
como antigamente, porque o que
é apanágio do homem ou da mulher, acaba por ser dos dois. Se um
faz a cama, o outro lava a loiça. Se
um gere uma grande empresa, o
outro é ministro, embora na questão profissional, a sociedade ainda
não parcelou corretamente a capacidade feminina e masculina…
(ficará este tema não esquecido!).
E na lida da casa, se os homens
fazem tudo ou não fazem nada, a
cada cabeça sua sentença! Todavia,
as mulheres continuam a ter de lidar com essas questões práticas de
limpeza e arrumação, de almoço
e jantar, de ocupação dos filhos…
Enfim, digamos que a maioria de
nós o faz porque é tão natural que
o fazemos rápido e bem, e por vezes se queremos partilhar essas
questões, arrependemo-nos, visto
que Eles só atrapalham em vez de
ajudarem. No que toca à ocupação
que deve o casal ter com os filhos
a situação é semelhante, mas não
devia ser e são ainda bem raros os
casos em que o pai tem um papel
ativo na vida da sua prole. E conheço alguns que têm e levam muito a
sério o papel dos dois (pai e mãe,
se isso é possível) quando um está,
por qualquer motivo, ausente. O
amor pelos filhos é algo que julgo
deve ser primordial em qualquer
situação, assim uma mãe ama tão
fortemente o seu filho, quanto um
pai. É claro que ficam aqui de parte
casos da sociedade extraordinários,
ou mais ordinários (pela frequência que têm) porque aqui se fala da
estrutura familiar pai, mãe e filhos
e não de famílias monoparentais,
porque essas acarretam outras problemáticas (morte, divórcio, abandono, etc), em que geralmente a
criança sofre!
Então, as mulheres, atingiram
hoje um estatuto muito diferente
daquele que tinham e por isso a
evolução social, até porque a partir de certa altura tornou-se necessário, permitiu-lhes trabalhar, mas
trabalhar fora de casa, não como
faziam até aí, e receber um salário (mais empobrecido que o dos
homens, apesar de trabalharem as
mesmas horas). Deste modo, ao
longo dos anos, estes mais próximos de nós, que correram e correm
como um rio procura o mar desenfreadamente, as mulheres passaram a trabalhar mais, embora com
mais direitos, mas também a não
conseguirem prestar a educação
aos seus descendentes tal como a
que os nossos antepassados usufruíram. O tempo não permite…não
há tempo suficiente para trabalhar,
preparar o trabalho, cuidar da casa
e das coisas próprias das mulheres
e dos filhos, que apenas fruem de
breves momentos com a mamã, à
noite…para tomar banho, a papa,
e ler uma história…ou então porque a mãe trabalha longe de casa
e não está todas as noites da semana, só ao fim de semana. Dizemos
nós que a evolução é maravilhosa
e traz conforto, prolonga a vida.
Sim, é verdade, mas a que custo? A custo de coisas que vamos
apelidando de pormenores…Será
que os problemas afetivos que a
maioria das crianças apresenta na
escola não são fruto desta característica evolutiva? Ainda bem que
temos telefone e telemóvel e todas
as mães podem dar assistência remota aos seus filhos. Será isso suficiente? Onde aprenderão eles as
“skills” que precisam para enfrentar a vida? Terá de ser na creche,
com os outros meninos e com as
educadoras, e refiro educadoras
propositadamente no feminino
porque a questão das profissões
também tem o seu busílis, pois
embora haja homens educadores
e professores, neste “clube” jogam
muito mais mulheres. O porquê,
está relacionado com as questões
abordados superficialmente no
início deste artigo: coisas de homens e coisas de mulheres…
Oxalá os nossos tempos fossem diferentes ou a evolução dos
homens, seja ela tecnológica ou
científica, tivesse um método para
operar as falhas que a humanidade vai tecendo! ■
CERTIFICO
_____ Para efeitos de publicação, que por escritura lavrada hoje neste Cartório a folhas sessenta e um, do livro
número trezentos e vinte e três-A, de escrituras diversas, que: ____________________________
_____ AMÉLIA DE JESUS BARATA DE ALMEIDA DE LIMA QUEIROZ, viúva, natural de Madeirã, Oleiros, e residente na
Rua Viriato, 14, 5º. Esqº. em Lisboa, NIF 103 420 827. ________________________________
____ DECLAROU que é dona e legítima possuidora dos seguintes prédios: _____
____ Prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão com uma divisão e primeiro andar com cinco divisões, um terraço e um logradouro, sito em Vilarejo, na freguesia de Madeirã, concelho de Oleiros, com a área de cento e vinte
e um metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respectiva matriz
sob o artigo 348, com o valor patrimonial de 6.560,00 €, confrontando a norte, sul e poente com terrenos da própria
outorgante, e a nascente com Rua, ao qual atribui o valor de seis mil quinhentos e sessenta euros; _________
____ Prédio urbano, composto por casa de rés-do-chão com seis divisões e logradouro, sito em Vilarejo, na freguesia
de Madeirã, concelho de Oleiros, com a área de mil setecentos e trinta e três metros quadrados, não descrito na
Conservatória do Registo Predial de Oleiros, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 447, com o valor patrimonial
de 2.930 €, confrontando a norte, sul e nascente com terrenos da própria outorgante, e a poente com a Rua, ao
qual atribui o valor de dois mil novecentos e trinta euros;
_____ MAIS CERTIFICO SEGUNDO ALEGA: _______________________
____ Que os referidos imóveis foram por si adquiridos por contrato de partilha efectuado no ano de mil novecentos
e cinquenta, em data que não consegue precisar, com os herdeiros de Maria de Jesus, casada que foi com António
Barata de Almeida, a qual por dificuldades registrais nunca foi reduzida a escrito (formalizada) e, como tal, nunca
foram as citadas aquisições registadas. ________
____ Que, a partir de então, possui os citados prédios, sem interrupção, desde o seu início, e, portanto, há mais
de vinte anos, pagando por eles os impostos devidos, fazendo as necessárias, úteis e voluptuárias benfeitorias e
arranjos sobre os mesmos, explorando-os, e praticando todos estes actos, com a convicção de ser proprietária
dos mesmos, comportando-se, como tal, à vista de toda a gente, sem a menor oposição de quem quer que seja,
tratando-se, portanto, de uma posse pacífica, contínua, pública, e de boa fé, pelo que os adquiriu por USUCAPIÃO,
não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, e por dificuldades registrais, documento que lhe permita fazer prova
do seu direito de propriedade perfeita. _
_____ Lisboa e Cartório Notarial do Notário Lic. Rui Manuel Justino Januário, aos vinte e um de Dezembro de dois
mil e doze.
A Colaboradora, no uso da respectiva delegação publicada em 30/1/2012, inscrito sob o nº. 51/7.
May de Figueiredo Bordadágua
Conta registada sob o nº. PA 3040/12.
Rua Dr.º Barata Lima, 39 - 6160 - Oleiros
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Contabilidade . Salários . IRS/IRC . Pocal
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Jornal de OLEIROS
Amigos
Assinantes
do Jornal
de Oleiros
Por razões várias, muitos dos nossos assinantes não regularizam atempadamente as suas assinaturas. O Jornal de
Oleiros, como todos os jornais que desejam ser INDEPENDENTES e LIVRES, carecem do apoio dos seus assinantes. Se
o não fizerem, ou “morremos” ou, por cedência (que nunca
será o nosso), ficaremos à mercê de interesses, muitas vezes
indefensáveis.
Por isso, apelo aos que o possam fazer e até angariar novos
assinantes, para não deixarem de o fazer.
Podem renovar com as transferências que se indicam
na ficha apropriado publicada em todos os jornais, ou enviando para a Sede, na Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros os valôres das renovações em cheque ou Vale dos
CTT’s ou por transferência indicando-nos que o fizeram.
Bom Ano para todos
Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra
Rua dos Bombeiros Voluntários - Oleiros
Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016
PERFUMARIA PRESTÍGIO
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2013 MARÇO / ABRIL
2013 MARÇO / ABRIL
Jornal de OLEIROS
O FUTURO AGORA!
“Ultrapasse o presente,
chegue ao sucesso e seja feliz.”
Taróloga Cartomante Margarida Fernandes
Contacto: 961 093 788
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Carneiro 21/3 a 20/4
Carta Dominante: O Julgamento: Juízo, renascimento.
Amor: Inicia uma batalha, neste sector. Poderá ver resolvidas
situações do passado. Terá um mês de análise sentimental e
poderá sofrer alguns desgostos, no entanto conseguirá ter forças para
avançar ao encontro das suas ambições.
Trabalho: Mês negativado. Poderão querer “passar-lhe a perna. Perspectiva-se mudança de sector ou de tarefas. Situação financeira estável.
Saúde: Especial atenção com a garganta.
Conselho: Esclareça os seus temores. Nada deverá ser deixado por dizer, este mês. Seja claro quanto às suas intenções.
Pode encontrar o
Jornal de Oleiros
Oleiros
Vila de Rei
• Papelaria JARDIM
• Papelaria Tertúlia
Estreito
• Café O LAPACHEIRO
Lisboa
Estreito - 6100 Oleiros
• Papelaria Tabacaria Sampaio
Rua Reinaldo dos Santos, 12-C
Proença-a-Nova
1500-505 Lisboa
• A/C Da Idalina de Jesus
Avenida do Colégio , nº 1
Jardins da Parede
6150-410 Proença-a-Nova
• Papelaria Tabacaria Resumos
Diários
• Tabacaria do centro
Avª das Tílias, nº 136, Lj B -
Largo do Rossio
Parede
6150-410 Proença-a-Nova
• Jornal de Oleiros - 922 013 273
• Agrupamento de Escolas
do concelho
de Oleiros – 272 680 110
Oleiros – 272 680 170
• Centro
de Saúde – 272 680 160
• Correios – 272 680 180
• G.N.R – 272 682 311
Farmácias
• Estreito – 272 654 265
• Oleiros – 272 681 015
• Orvalho – 272 746 136
Cambas (OLR)
Ponte de Cambas
Postos
de Abastecimento
Loja nº 4, Edifício Intermarché
Cadaval (Vermelha)
6000 Castelo Branco
• Junta de Freguesia da Ver-
• Galp (Oleiros) – 272 682 832
• Restaurante Café Slide
• Quiosque da Cláudia
Zona Industrial, lote P-6 C
melha
Ameixoeira
Rua Eng. Duarte Pacheco, 13
• BIG Bar
2550-552 - Vermelha
Estação de Serviço
Rua Dr. José de Carvalho, 5 - 6160-421 Oleiros
Telefone 272 681 052
CONTACTOS ÚTEIS
• Bombeiros Voluntários de
Castelo Branco
PAPELARIA JARDIM
15
Estª Nacional 238
Sertã
Ameixoeira - 6100 Oleiros
A indicar em breve.
Covilhã
Idanha-a-Nova
Exmo Senhor Pedro Luz
A indicar em breve
Rua General Humberto Delgado
Penamacor
Quiosque - 6200-014 Covilhã
a indicar em breve,
• Galp (Ameixoeira) – 272 654 037
• Galp (Oleiros) – 272 682 274
• António Pires Ramos
(Orvalho) – 272 746 157
Infra-Estruturas
• Câmara
Municipal – 272 680 130
• Piscinas Municipais/
/Ginásio – 272 681 062
• Posto de Turismo/Espaço net –
272 681 008
• Casa da Cultura/
APOIE
Cupão de Assinatura
/Biblioteca – 272 680 230
• Campo
de Futebol – 272 681 026
• Pavilhão Gimnodesportivo
OS
(Oleiros) – 272 682 890
BOMBEIROS
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q Nacional
q Europa
15,00€
25,00€
q Apoio
(valor livre)
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Morda....................................................................................................
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O JORNAL
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Ramos*, Maria Alda Barata Salgueiro , Vânia Ramos, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás,
Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA, Eliane Brick, Estados Unidos da América • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil)
• Fernando Caldeira da Silva (África Austral), Sakarya (Turquia, Soraya Tomaz • Carla Rodrigues Mendes Chamiça Reboucinhas de Cima (Cambas-OLR), Álvaro (Oleiros), Ana Silva, email: [email protected] • Correspondente em Castelo Branco: José Lagiosa, email:[email protected]; Proença-a-Nova:
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Barroso, email: [email protected] • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: [email protected]
* João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros.
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Jornal de OLEIROS
2013 MARÇO / ABRIL
PINHAL MAIOR agrupou
Concelhos da região na “BTL”
PUBLICIDADE 06/2012
A BTL é um momento soberano
para exibir potencialidades a hipotéticos visitantes que a região
tanto precisa.
O modelo oferece economias,
mas “castra” notoriedades de
cada um dos Concelhos ali agrupados, diria “encerrados num espaço”...
Não pretendemos oferecer crítica vulgar e fácil como já destacamos em EDITORIAL do Director
na página 2, mas, simplesmente,
exigir reflexão alargada que deve
incluir a participação de especialistas na matéria.
O que designamos de “prata da
casa” já não é aceitável nos dias
de hoje, nem de ontem e menos
ainda de amanhã.
A região possui Quadros muito
qualificados.
Aproveitemos então essa capacidade para construir um futuro
mais promissor.
Nesta “vulgaridade agrupada”, algumas experiências e
serviços que deviam ter sido exibidos, ficaram invisíveis. Há res-
www.charon.pt
Semáforo
Nelson Matos é o novo presidente da Comissão Política de Oleiros
do CDS-PP. Foi eleito no passado dia 22 de Fevereiro. É licenciado
em Relações Internacionais e, atualmente, desempenha as funções de
consultor financeiro numa multinacional britânica. Acompanham o
novo presidente da comissão política os militantes José Libério Alves (Vice-Presidente), Joaquim Farinha Alves (Secretário), Anabela
Figueiredo Alves (Vogal) e José Rodrigues de Jesus (Vogal).
ponsabilidades a atribuir.
Preparemo-nos então para as
POR MUITAS VOLTAS
QUE A VIDA DÊ, ESTAMOS
SEMPRE AO SEU LADO.
www.creditoagricola.pt
oportunidades do futuro, de forma decisiva e inteligente. ■
A Assembleia Concelhia é presidida por composta por Floriano Jesus Alves e tem António Farinha Luís, como Vice-Presidente, e Manuel Fernandes enquanto Secretário. O militante Joaquim Farinha Alves foi eleito delegado da concelhia à Assembleia Distrital de Castelo
Branco. ■
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vi passeio da pinhal total foi enorme êxito