Ministro do Ambiente diz que AMS é
exemplo a seguir
Publicado em 7 de Setembro de 2014 por Jornal de Oleiros - JL
ECONÓMICA E AMBIENTALMENTE
O ministro do Ambiente considerou a fábrica de papel ’tissue’ AMS-BR “Star Paper”,
em Vila Velha de Ródão, um exemplo a seguir no país, “não apenas por razões
ambientais, mas também económicas”.
Jorge Moreira da Silva
“O facto de ter apostado em opções de produção mais sustentáveis ambientalmente,
tornou a empresa [AMS-BR "Star Paper"] mais competitiva em termos económicos. E é
essa alteração de paradigma que é hoje muito importante”, disse Jorge Moreira da Silva
à agência Lusa.
O governante deslocou-se a Vila Velha de Ródão para visitar a fábrica de papel ’tissue’
[que serve para fabricar papel higiénico, lenços, guardanapos, entre outros], no âmbito
de um projeto de apoio ao desenvolvimento de mercados ecológicos e à eficiência de
recursos da AMS-BR “Star Paper” que está entre os finalistas ao prémio ‘European
Enterprise Promotion Awards 2014′.
“Fiz questão de visitar a empresa, na medida em que é um exemplo nacional, europeu e
internacional de compatibilização de fatores de competitividade com fatores de
sustentabilidade”, explicou o governante.
Jorge Moreira da Silva sublinhou ainda que as opções de produção da empresa
permitem demonstrar “quão errada é a conceção de alguns que consideram o ambiente e
a eficiência energética como um custo de contexto e não, pelo contrário, um fator de
competitividade produtividade e de emprego”.
O ministro do Ambiente explicou que a AMS é a única empresa europeia que integrou
com a Celtejo a cadeia de valor da pasta de papel até à transformação do papel. “Este é
um exemplo internacional e é em torno deste exemplo que ganharam uma fortíssima
eficiência energética”, disse.
Segundo Moreira da Silva, esta é a razão pela qual a empresa de Vila Velha de Ródão
foi selecionada para a fase final do prémio europeu.
Esta seleção “resulta do facto de ter conseguido poupanças de energia na ordem dos
18% e poupanças de emissões de CO2 de 11 mil toneladas/ano. Estas poupanças têm
valor ambiental, mas também económico. Hoje, a energia é um custo relevante na
produção das empresas e as emissões de CO2 também representam um custo
económico”, adiantou.
Produto acabado
Por último, o governante citou um estudo recente da Comissão Europeia (CE) que
refere que no custo final dos produtos, no setor industrial, os fatores laborais, isto é, o
custo de emprego, representa 17% do custo final dos produtos, mas os recursos
energéticos e materiais, representam 40% do preço final dos produtos.
“Isto quer dizer que quem quiser vencer nesta nova economia terá de ser cada vez mais
eficiente na utilização de recursos. Em vez de andarmos sistematicamente a olhar para
fatores laborais na competitividade da economia, é cada vez mais importante reduzir a
outra fatura, a fatura energética”, concluiu.
*Jornal de Oleiros/Lusa
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