UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
Departamento de Letras e Artes
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Diversidade Cultural
Especialização em Estudos Literários
JOÃO BOSCO DA SILVA
([email protected])
CANTOS E CANTARES, de HELENA PARENTE CUNHA
Fichamento
Feira de Santana
2012
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Na orelha do livro: Num momento cíclico, a água e a luz comparecem no primeiro e
no derradeiro poema cantos e cantares.
Pág.
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Texto
Cantos e cantares (...) se destaca pela permanente renovação estética e
temática, esta poesia, madura e elegante que ora é apresentada, revela-se mais
do que nunca profunda e íntima.
(...) está organizado em quatro partes que se articulam entre si (...) parece
potencializar ora um sentido ora outro, mas com nítido destaque para a visão e
o olfato. A primeira intitulada “Cantos de uma viagem de Frankfurt a Paris
passando pela primavera”, é também a maior, com vinte e seis poemas. A
segunda “Cantos de uma viagem entre mim e comigo” tem dezesseis poemas.
A terceira, “Cantos de uma viagem por esquinas passando por meninos e
relógios”, seis poemas. E, a quarta, “Cantares de água e luz”, seis poemas.
(...) dedicado cada parte, e cada poema, a uma pessoa de seu círculo de
amizade ou de sua família (...)
(...) abre lugar para um destinatário que, mesmo singular, se identifica no
pronome mais plural de seus leitores.
Na primeira parte, no deslumbramento da primavera, a profusão de cores e
flores (...) No périplo diante de quadros famosos, como a Mona Lisa que vai
merecer quatro poemas (...)
Na segunda parte (...) apontamos alguns poemas, e, meio a tantos inspirados
momentos poéticos.
e Enfim, na quarta parte (...) instala-se um sentimento de aconchego e paz interior
(...)
“Cantos de uma viagem de Frankfurt a Paris passando pela primavera”,
A partir daqui até a página 98, eu vou destacar palavras dos poemas.
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Metamorfoses: “primavera, cerejeiras, revelações, metamorfoses, vento e da luz,
começava ali”.
Indícios: acrescento, somo, pétalas e cores e pólens, odores.
Quintal: azaléias, macieiras em flor, girassóis, primaveras.
Efemeridade: vegetal, magnólias, pétalas e pistilos, perfumes.
Amor-perfeito: cores, matizes, lilás, pólen, raízes.
Amanhecer: despertei, vermelhos, jardim, flores da cerejeira.
Fábrica anterior mente de tecidos: cor-de-rosa, pessegueiros, flores em flor.
Caminhos: descida, subida, carvalhos e pinheiros.
Parque: verdes, vermelhos, azuis.
Policromia: azaléias, policromias.
Tulipas: tulipas, cores, primaveras.
Mandala: acordei, claro-escuro,
Certezas no entanto: desejos, imersões, ressurgir, certeza, incerteza.
Síntese?: miragens, cores destes verdes, jardim
Desperto, espelhos, morrer é devagar.
Delirando com Van Gogh: paisagens, espelho, amarelos, tintas, infinito vazio.
Bailarinas de Degas 1: luminosidade.
Bailarinas de Degas 2: alçam voos. (para Myriam Fraga)
Monet? : penetro na paisagem, relva, neblina, pinéis, luz. (Para Rosana e Aleílton
Fonseca)
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Girassóis de Van Gogh: girassóis, amarelos, em chamas.
Visões:
Jardim de Luxemburgo: fechavam, abriam, verdes, folhas, raízes, seiva, renova,
coloridos, caracóis.
Mona Lisa 1: O olhar de Mona Lisa, casulo, existo.
Mona Lisa 2: silêncio.
Mona Lisa 3: fundo, começo, olhares, invisível, ver.
Mona Lisa 4: olhar
e Notre Dame: raízes, vozes, primavera, mistério, azuis, oculto, silêncio.
“Cantos de uma viagem entre mim e comigo”
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Efêmero dia: horas, anoitece, jardim, outrora, tempo.
Etapas: o olhar, os sinais, o sorriso, oculta.
Ausência, espirais.
Corpo de vidro: vidro, visível, memória é ilusão, oscilo, vacilo a negação oculta
transparência.
Cajueiro 1: cajueiro, ramos, curvo, verde, sementes e frutos.
Cajueiro 2: ramagens, sinto, pensar, folha, raiz, planto, terra.
Espera: Vidro, cores, penso, sorriso, silêncios, corpo.
Canto de chegada: chego, silêncio, fundo, vidro, flor, lilás, violeta.
Canto de não saber: Tempo, meio, invisível, luz, rio, certeza, estrela, pupila,
iluminada.
Ângulo, estreita, raiz, digo, saber, perguntar.
Menos eu: somo, multiplico, caio, sombra.
Cajueiro 3: vinha, chegava, tronco, folhas, ficar, raiz, descia, subir, cajus.
Verde, lâmpadas, estrelas.
Intermezzo: hora cai, chegar, folha.
Busca 1: o sol, memória, ir, vir, recuar, envergar, seguir, fechadas, lua, luzes.
Começo, fim.
Busca 2: buscando, viajei, espelhos, abismo, perder, imagens, caminhos, perigo,
limite, ganhei, perdi, fim, final.
Sinopse: aqui, casulo, retrocedo, ali, reconheço, pés.
Canto de Amor 1: noite, luar, sinos, vento, flores, noite, lua, cheiro, cio.
Canto de Amor 2: cheiro, flor, noite, janelas, cheiros, florada, passos, tempo.
“Cantos de uma viagem por esquinas passando por meninos e relógios”
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Tempo e espaço da cidade: hora, rua, lugar, aqui e lá, depressa, até.
Referenciais: relógios, folhas, trilhas, atalhos, espaço, tempo.
Moonlight: esquinas, pés, terra, luzindo, ouro,
Brancos, sinos, cantos, lua.
Do ônibus sequestrado e de suas reféns: medo, janelas, ar, fogo, gritos,
Memória, igreja, fugi, sempre, corpos, peito.
Medo, peito, morri.
Menina uma: dia, canto, esquina, qualquer, cheiro, invisível, rosto, desprezo,
Tempo, aromas, cheiro, corpo, canto, esquina.
Doze passos parados na corrida do tempo: tempo, ângulos, encurvados, boas
horas, do dia, da noite, manhã, espelhos, reflexos.
Hora, pele, poros, esquina, sigo, na vertigem, meia-noite, meio do dia.
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Caminhar, hora, parar, prosseguir, ilusão, relógios.
Palavras, vestígios, sinais, invisível, sem tempo, silêncio, estrelas, simetria,
relógio.
Relógio, triangularmente, calendário, tempo, memória, olhar, via, ouvia, sino,
horas, outrora.
Acredito, horas, vida, fugir, ponteiros, triângulo.
“Cantares de água e luz”
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Água e luz 1: Corpo, sangue, galgo, água, olhos, braços.
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Água e luz 2: água, joelhos, subir, descer, pedra.
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Água e luz 3: silêncio, velas, ergo, rumo, estilhaços, água, joelhos.
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Água e luz 4: luz, pele, água, subo, cabelos, escuridão, água, soma, sopro, outra.
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Água e luz 5: luz, seguro, cair, água, horizonte, pupilas.
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Água e luz 6: subida, lavarei, água, lentamente, luz.
101 a PÓSFÁCIO: (Antônio de Pádua Dias)-Destaca o não uso as iniciais maiúsculas
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para não confundir a expressão com o arquétipo, embora a alusão feita seja
essa. (...) Explorando o território da prosa e da poesia, bem como a do ensaio
(...) de cores, de sons, de sentimentos que causam às vezes, dó, raiva, paz (...)
uma liturgia artística (...) em seus textos imagens (...) clássicos como Mulher no
Espelho (1985), As doze cores do vermelho (1988), Cem mentiras de verdade
(1985), A casa e as casas (2ª edição – 1998), Vento ventania, vendaval (1998), e
Os provisórios (2ª edição – 1990) (...) com sonoridade lírica, que possa dar
sentido a vida dos que são arrolados no contexto criado. O distanciamento se
mostra (...) trilha os caminhos do visual, da audição (ao gênero canto, como
analogia às cantigas – uma tradição milenar) e do olfato, orbitando em torno da
primavera e suas flores. A autora foge do experimentalismo visual, para atingir a
maturidade tão buscada pelos concretistas. Este livro tem a natureza mais
relacionada ao conteúdo do que à forma, inclusive com as imagens, fazendo
alusões a obras de pintores importantes (Van Gogh, Degas, Monet), atualizando
conhecimento e visão da estética parnasiana do final do século XIX.
REFERÊNCIAS:
CUNHA, Helena Parente. Cantos e cantares – Poemas. Rio de Janeiro: Tempo
brasileiro, 2005
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CANTOS E CANTARES, de HELENA PARENTE CUNHA