7802 Trabalho 1885 - 1/3 ATENÇÃO DOMICILIAR NO SISTEMA ÚNICO DE SAUDE Azevedo, Neusa Maria de.1 Oliveira, Roberto Santos de Alves, Andrea Valéria Maia Mirão Espirito Santo, Fátima Helena do Andrade, Marilda Introdução: O atendimento domiciliar à saúde ressurge no Brasil, como uma modalidade de atenção, com a finalidade de suprir as necessidades dos usuários[1]. A atenção domiciliar, engloba atendimento, visitas e internação no domicílio; pode ser entendida como um conjunto de ações realizadas por uma equipe interdisciplinar ao indivíduo e à família; que ocorre em cenários e contextos peculiares (no domicilio). Este estudo teve como Objetivo refletir sobre o Programa de Internação Domiciliar (PID) do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), e suas ações. Metodologia: Estudo de caso, descritivo de abordagem qualitativa; que permitiu incorporar o significado e a intencionalidade dos atos, às estruturas sociais, como elemento de transformação e de construção das relações humanas[4][5]. O estudo tem aprovação no CEP-HGNI, sob o Protocolo CAAE: 0013.0.316.258-08. Resultados: Criado em junho de 2005, tem como objetivo diminuir a demanda de retornos de pacientes egressos de internação; oferecer continuidade de tratamento ao paciente pós alta hospitalar; diminuir o tempo de permanência do paciente e da família, reduzir os riscos de complicações causadas por uma internação prolongada; Integrar os aspectos físicos, psicológicos, sociais e espirituais da assistência ao paciente, alem de oferecer uma estratégia de apoio à família no enfrentamento de doença do paciente; promovendo a melhoria na qualidade de vida do usuário e de seus familiares através de uma assistência humanizada e integral [3]. A equipe é formada por um Médico, uma Enfermeira, um Fisioterapeuta, uma Assistente Social e um Técnico de Enfermagem; realiza atendimentos de 2ª a 6ª feira, de 8h às 17h; conta com o apoio da rede local da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e do serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) atendendo as exigências legais [15]. O 1 Neusa Maria de Azevedo. RN. MSc Student UFF. RJ, Brasil. [email protected] Roberto Santos de Oliveira. RN. MSc Student UFF. RJ, Brasil. Andrea Valéria Maia Mirão Alves. RN, Nephrology specialist. RJ, Brasil. Fátima Helena do Espírito Santo. RN. PhD. UFF. RJ, Brasil. Marilda Andrade. RN PhD. UFF. RJ, Brasil. 7803 Trabalho 1885 - 2/3 usuário do PID deve preencher os pré-requisitos: residir no município de Nova Iguaçu; estar acamado por mais de 50% do tempo; ter pessoa responsável pelos cuidados no domicílio; ter sido internado no HGNI; ter diagnóstico confirmado, assim como plano de tratamento. A alta ocorre quando há mudança de domicílio para outro município; na falta do cuidador domiciliar; quando houver desistência da assistência e quando o paciente atingir a autonomia passando a ter condições de se cuidar e em caso de morte. O PID do HGNI já atendeu 650 usuários, dos quais 50.9% vieram a falecer, 34.1% receberam alta e 13.4% usuários continuam em atendimento. Os pacientes são egressos dos setores de Emergência, Clínica Médica e Clínica Cirúrgica; a patologia identificada como de maior prevalência é o Acidente Vascular Cerebral seguida das neoplasias. Conclusão: a Atenção Domiciliar é um instrumento de Gestão inovador no auxílio da otimização de recursos em Saúde Pública, com relevante importância para a sociedade por reduziu custos e otimizar o número de leitos hospitalares e de internações, além de possibilitar o breve retorno do paciente ao lar. A implantação do PID é estratégia prevista pelo QUALISUS, com retorno de financiamento e alocação de recursos para os Municípios e Estados. O trabalho desenvolvido na unidade em estudo caracteriza-se como sendo norteado pelas relações efetuadas com atenção e respeito ao cliente e ao cuidador familiar, com atitudes de escuta, diálogo e respeito. Palavras-chaves: idoso, família, assistência domiciliar. Bibliografia de Referência: 1. Gomes IM, Kalinowski LC, Lacerda MR, Ferreira RM. The domiciliary health care and its state of art: a bibliographic study. Online Braz J Nurs [periódico na Internet] 2008; 7(3): [aproximadamente 8 p.] available in URL http://www.uff.br/objnursing/index. php/nursing/article/viewArticle/1781 acesso em 22/04/2009. 2. Souza IR, Caldas CP. Atendimento domiciliário gerontológico: Contribuições para o cuidado do idoso na comunidade. RBPS 2008;21(1):618. 3. Nardi EFR, Oliveira MLF. Conhecendo o apoio ao cuidador familiar do 7804 Trabalho 1885 - 3/3 idoso dependente. Revista Gaúcha Enferm 2008 29(1): 47- 53. 4. Kerber NPC, Kirchhf ALC, Cezar-Vaz MR. Vínculos e satisfação de usuários idosos com a atenção domiciliária. Texto Contexto Enferm 2008; 17(2): 304-12. 5. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária: ANVISA. RDC n° 11/2006, de 26/01/2006. Dispõe sobre o regulamento técnico de funcionamento de serviços que prestam atenção domiciliar. DOU; Poder Executivo (30 Jan, 2006). Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/Resol/2006/rdc/1106.pdf. Acesso: 30 Out 2008.